domingo, 30 de setembro de 2018

Uberaba: Padre é demitido do estado clerical


Nota enviada à imprensa no fim desta quinta-feira (27) confirma a demissão de José Lourenço da Silva Júnior, o Padre Júnior. Na nota de esclarecimento, a Arquidiocese de Uberaba informa que a decisão é do Papa Francisco, após longo processo canônico, tendo sido ouvida a Congregação para o Clero. Dessa forma, Padre Júnior foi dispensado das obrigações sacerdotais, incluindo o celibato, não sendo mais reconhecido como padre.

Ele teria sido notificado ainda ontem. Em nota encaminhada à reportagem, a assessoria de imprensa da Arquidiocese de Uberaba informa que o processo é sigiloso para resguardá-lo. “O senhor José Lourenço sabe do conteúdo de todo o processo e foi lhe dada a possibilidade de ampla defesa. [Ele] contratou advogado eclesiástico sacerdote, que o acompanhou no processo da Primeira Instância até Roma. 

Por ser um processo interno da Igreja, é necessário que seja um advogado eclesiástico (apenas uma observação: este advogado deve ter mestrado e doutorado em Direito Canônico, e receber autorização da Santa Sé para exercer essa função). Quando o processo é relacionado a um sacerdote, o advogado eclesiástico também deve ser sacerdote”, informa a nota.

Ainda conforme a Arquidiocese, o juiz responsável pelo processo em Uberaba foi trazido de Recife para garantir a isenção e lisura do mesmo, “inclusive para que o imputado e o povo de Deus não alegassem perseguição”. A Arquidiocese ressalta que o processo foi analisado por três juízes da Congregação para o Clero, em Roma, antes de ser remetido ao Santo Padre, para a decisão final.

O papel da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no contexto das Eleições 2018


No contexto eleitoral, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe inúmeras manifestações cobrando-lhe posicionamentos quanto a determinados assuntos e candidatos, sobre casos de religiosos que concorrem a cargos públicos e também sobre caso de religiosos que defendem, nos púlpitos, determinados candidaturas. Nas manifestações encontra-se muita confusão sobre o que cabe ou não à CNBB. Em razão de sua natureza, a CNBB não se manifesta a favor de nenhuma candidatura. Contudo, a entidade vem desenvolvendo um processo de oferecer oportunidades para que cristãos e cristãs façam um bom discernimento na hora do voto.

Um exemplo é cobrança para que a CNBB manifeste-se sobre religiosos que se candidatam. Neste caso, o Código de Direito Canônico, que rege a Igreja Católica, em seu canon 287, parágrafo 2º diz: “Os clérigos não podem ter parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais, a não ser que a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exijam a defesa dos direitos da Igreja ou a promoção do bem comum”.

O cânon 285 também faz referência ao tema e determina que “os clérigos evitem aquilo que, mesmo não sendo indecoroso, é alheio ao estado clerical” e enfatiza que “os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos, que implicam participação no exercício do poder civil”. Mas, apesar das orientações, o direito canônico não prevê punição alguma aos religiosos que forem contra as determinações. Neste casos, cabem aos bispos das Igrejas Particulares tomarem as medidas que julgarem mais coerentes. Existem casos de dioceses que estabelecem normas próprias para orientar esta situação.

Sobre o processo político mais geral a entidade não se exime da sua responsabilidade histórica de oferecer elementos para que cristãos e cristãs façam um bom discernimento para as suas escolhas políticas. Esta tem sido a postura adotada pela presidência da CNBB. Neste sentido, em sua 56ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP), lançou a mensagem “Compromisso e Esperança” na qual expressou suas preocupações mais gerais com o processo político deste ano.

Comissão de Textos Litúrgicos continua tradução da revisão do missal romano


Terminou na quinta-feira, 27, a reunião da Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (Cetel) que faz a revisão da tradução do Missal Romano. O grupo esteve na sede da CNBB, em Brasília (DF) desde o dia 25, terça-feira, para dar continuidade ao trabalho, de modo especial às missas votivas e às missas pelos defuntos.

Segundo o presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Armando Bucciol, o grupo já está na fase final do processo. “Essa última parte é bastante exigente e comprida, mas esperamos que na próxima etapa, no mês de novembro, a gente termine o nosso trabalho”, disse.

Padre Leonardo Pinheiro, assessor da Comissão afirmou que o grupo tem dado prosseguimento ao trabalho “bonito” e “exaustivo”. Ele explica que apesar de faltar pouco para a conclusão da tradução, as últimas partes precisarão ainda, depois de todo o processo, passar por uma revisão criteriosa e ser apresentado aos bispos de todo o Brasil, na próxima Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em abril do próximo ano. 

“A gente fica de fato muito contente porque é um trabalho que já vem se desenvolvendo há 11 anos, então com esperança esperamos que os trabalhos sejam concluídos para que possamos oferecer para a Igreja no Brasil a próxima edição do missal romano”, afirma o padre Leonardo.

Ex-núncio publica nova carta e reafirma acusações contra o Papa Francisco


O Arcebispo italiano Carlo María Viganò, ex-núncio apostólico nos Estados Unidos, publicou nesta quinta-feira, 27, uma nova carta reiterando suas acusações contra o Papa Francisco e outros membros da Cúria Romana por supostamente terem encoberto as más condutas sexuais de Theodore McCarrick, Arcebispo Emérito de Washington recentemente sancionado pelo Papa Francisco.

A carta leva por título o lema episcopal de Dom Viganò, Scio Cui credidi (Sei em quem pus a minha confiança) e, embora tenha como data 29 de setembro, foi dada publicada na quinta-feira 27.

No início de sua nova carta, Dom Viganò afirmou que “como sacerdote e bispo da Santa Igreja, esposa de Cristo, estou chamado como todo batizado a dar testemunho da verdade (…). Quero fazer isso até o final dos meus dias. Nosso único Senhor se dirigiu a mim com o convite ‘Segue-me!’, e pretendo segui-lo com a ajuda de sua graça até o fim de meus dias”.

O Prelado também recordou os fatos que sucederam seu testemunho de 11 páginas, publicado há aproximadamente um mês, acusando o Santo Padre assim como outros bispos e cardeais de terem encoberto os crimes de Theodore McCarrick. Este ex-membro do serviço diplomático vaticano afirma que tudo o que disse e fez neste período foi “exclusivamente pelo bem da Igreja”.

Espanha: Prefeito socialista se disfarça de padre para oficiar uma cerimônia civil


Emiliano Rodríguez, prefeito de Ayna na cidade de Albacete (Espanha), se “disfarçou” de sacerdote para celebrar um casamento civil. Rodríguez está há 10 anos à frente do povoado e pertence ao PSOE.

Recentemente, vazaram imagens nas quais se via Rodríguez com uma batina, clesma, um grande crucifixo pendurado no pescoço, a Bíblia entre as mãos e óculos de sol em uma área de jardim aos pés de uma montanha, junto com cerca de 30 pessoas.

Após a publicação das fotos, o prefeito assegurou que não era uma cerimônia oficial, mas um “ato familiar privado” em um “recinto particular” e que “não houve intenção de ofender ninguém”.

Papa pede aos católicos de todo o mundo a oração do terço para "proteger a Igreja da divisão"


O Papa pediu no último dia 29 aos fiéis de todo mundo que rezem a oração do terço “todos os dias” durante o mês de outubro, convidando à “comunhão e penitência” como forma de “proteger a Igreja da divisão”.

Com efeito, recentemente, vivemos na Igreja situações difíceis, como contínuas denúncias de abuso sexual por parte do clero, das pessoas consagradas e dos leigos. O aumento dos abusos e divisões internas na Igreja, certamente, é favorecido pelo espírito maligno, “inimigo mortal da nossa natureza humana”.

Num comunicado divulgado esta manhã pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa apela à “Santa Mãe de Deus e ao Arcanjo Miguel para proteger a Igreja do diabo”, que procura o distanciamento “de Deus e dos outros”.

“Com este pedido de intercessão, o Santo Padre pede aos fiéis de todo o mundo que orem à Santa Mãe de Deus, coloquem a Igreja sob o seu manto protetor: preservá-la dos ataques do maligno, o grande acusador, e ao mesmo tempo sempre mais conscientes das falhas, dos erros, dos abusos cometidos no presente e no passado e comprometidos a lutar sem qualquer hesitação para que o mal não prevaleça”, pode ler-se no comunicado.

Enfim, o mal se manifesta de diversos modos, complicando a missão de evangelização da Igreja, chegando até a desacreditá-la. Em parte, a responsabilidade é nossa por deixarmo-nos levar pelas paixões e não pela verdadeira vida: a riqueza, a vaidade e o orgulho. Estes são os caminhos pelos quais o maligno nos seduz e nos arrasta para o mal, levando-nos a cometer ações perversas, como discórdias, mentiras etc.

BOLSOFOBIA? Revista ISTOÉ abandona jornalismo e ataca Jair Bolsonaro


A revista ISTOÉ saiu do armário. Não no tema sexualidade, por enquanto, mas na política. Na edição 2501 do semanal impresso e digital lê-se o título sobre Jair Bolsonaro: "Perigo. Ele pode ser Presidente", acompanhado de uma descrição aterrorizante do possível candidato.

Para quem acompanha os noticiários nacionais e internacionais não é surpresa alguma encontrar reportagens tendenciosas. Diferente, por exemplo, deste site que é estritamente de opinião, veículos informativos possuem, ou pelo menos deveriam possuir, o compromisso da imparcialidade e transmissão dos fatos tal como eles se apresentam.

Ao que parece, não é mais o caso da revista ISTOÉ. No lugar de oferecer informações imparciais, possibilitando que seus leitores formem a própria opinião e visão acerca dos fatos, o semanário resolveu partir para a militância político-ideológica, assumindo de uma vez por todas a trincheira eleitoral contra o candidato à Presidência da República em 2018, Jair Messias Bolsonaro.

Na descrição da manchete está escrito: "Bolsonaro é contra os direitos humanos, ofende homossexuais e mulheres, reage a críticas com a virulência de governantes totalitários e, para se tornar palatável ao mercado, veste o figurino do liberal que nunca foi. É ele que você quer na Presidência?".

Em outra postagem também na página oficial do Fecebook da ISTOÉ, dessa vez com uma imagem "sombria" de Bolsonaro, está escrito:

"O candidato que reverencia torturadores, chama os direitos humanos de 'esterco da vagabundagem', diz que só quem 'fraqueja' gera filha mulher e que preferiria um filho morto a ser homossexual ostenta quase 20% nas pesquisas. Agora, finge ser liberal para encantar o mercado".

sábado, 29 de setembro de 2018

Você vota em valores ou em figuras políticas? Uma reflexão sobre consciência e alienação



A idolatria política é fruto da alienação ideológica, que por sua vez é resultado de duas coisas: carência existencial e ignorância intelectual. O autor de "Visões e Ilusões Políticas", David Koyzis, respalda bem esse conceito.

O sábio ideologicamente carente se torna tão ignorante quanto um analfabeto, enquanto o analfabeto existencialmente resolvido se torna mais sábio do que um doutor. No estágio da alienação, no entanto, ambos se tornam iguais em capacidades de julgamento moral.

Quem não entende isso e não consegue avaliar a si mesmo diante das ideologias humanas, possui 99% de chance de se alienar, e consequentemente se tornar ignorante.

A ênfase da alienação na política está no discurso sobre pessoas, mas não sobre projetos. No partido, seus aliados e conchavos, mas não no que eles representam quando analisados separadamente.

O alienado endeusa o candidato, por isso o seu discurso quando analisado e espremido só pinga eferências ao ídolo, mas não ao que ele representa. Ideias deixam de existir para o louvor da imagem.

Mas, quem por outro lado entende isso, caminha com ideias. Defende valores e luta por propostas que são alinhadas com o que acredita. Pouco importa a figura do seu candidato, pois o importante está no que ele representa e corresponde.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Líderes evangélicos publicam "Carta aberta à Igreja Brasileira" por voto conservador



Alguns dos teólogos evangélicos mais renomados do Brasil e reconhecidos internacionalmente assinaram uma "Carta aberta à Igreja Brasileira" alertando sobre a importância das eleições nesse ano, deixando evidente o apelo por votos em candidatos conservadores.

Entre eles estão nomes como Augustus Nicodemus Lopes, ex-Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, autor de mais de 25 livros e certamente o nome mais referendado na Igreja Presbiteriana do Brasil. Franklin Ferreira, diretor do Seminário Martin Bucer e também autor de várias obras, entre elas "Contra a Idolatria do Estado", livro de grande repercussão no meio teológico e secular nos últimos anos.

Também estão Luiz Sayão, um dos biblistas mais renomados do país, autoridade em língua hebraica e responsável por alguns trabalhos de tradução bíblica realizados pela Sociedade Bíblica do Brasil, também autor de vários livros. Geremias Couto, que além de jornalista é um dos teólogos mais ativos em conferências dentro e fora do Brasil, também autor de várias obras.

A lista é grande e o leitor poderá conferir no final do texto. O fato é que a divulgação dessa carta possui um peso enorme no cenário teológico brasileiro, visto que se trata de acadêmicos expressando de forma direta a necessidade da igreja evangélica (cristã em geral) se posicionar em favor de políticos conservadores.

Os anos de relativismo moral pondo em risco concepções tradicionais do cristianismo, como família, casamento, direito à vida, liberdade religiosa e sexualidade, frutos do avanço das ideologias de esquerda no Brasil, tem provocado uma reação conjunta de vários setores da sociedade no sentido de impedir que este cenário se agrave. O teológico é um deles.

Segue abaixo a carta na íntegra, publicada originalmente no site TuPorém:

Contra a manipulação da grande imprensa, promova mídias alternativas



O período eleitoral tem servido para revelar o quanto a grande imprensa brasileira abandonou a ética jornalística, atuando de forma gritante em favor de interesses políticos e ideológicos que aos poucos vão sendo revelados, graças a contribuição significativa de pequenas mídias alternativas, como sites, blogs e pensadores independentes.

A indignação com o ativismo ideológico de grandes veículos "jornalísticos" não pode ficar restrita aos comentários nas redes sociais. É louvável esse tipo de manifestação, mas ele não é tudo e está longe de causar impacto positivo em prol do bom jornalismo.

É preciso compreender que a grande mídia está se moldando aos novos padrões de captação financeira, como através de assinaturas digitais e anúncios patrocinados online, exibidos em suas páginas sempre que você clica para ler uma notícia.

Veículos de grande porte, como os exibidos na imagem acima, possuem milhões de acessos por dia, fluxo esse que se reverte em lucro através da propaganda. Ou seja, ainda que você não tenha uma assinatura digital ou física, a sua audiência permanente contribui para a sustentação desses veículos.

Se você concorda que a grande mídia no Brasil deixou de fazer o seu papel, comprometida com a transmissão de informações imparciais acerca dos fatos, a melhor forma de protestar e fazer com que esses veículos sintam o peso desse protesto é não compartilhando seus conteúdos. Não clicando em anúncios e, principalmente, não fazendo qualquer tipo de transação comercial (assinaturas).

Institutos de pesquisa e grande mídia constroem narrativa de possível fraude eleitoral



Quantas pessoas você conhece que já participaram de uma pesquisa de intenção de votos? Essa é a pergunta feita em tom irônico por muitos que dizem desconfiar das pesquisas eleitorais, mas não é por menos.

Em tempos de redes sociais e mídias alternativas, a participação popular oferece uma estimativa espontânea do que pode acontecer nas urnas, podendo divergir bastante em relação às pesquisas encomendadas aos institutos como o DataFolha, Ibope e Vox Populi.

Mas será que isso é suficiente para tanta desconfiança? Ao que parece, sim! E o que torna isso evidente não são os resultados, apenas, mas o que parece ser uma ação coordenada de alguns setores contra determinada candidatura.

Um raciocínio simples

Quem procura analisar o comportamento do eleitor em redutos favoráveis ao candidato que o eleitor defende, obviamente está perdendo o seu tempo.

Pesquisas espontâneas nas redes sociais, por exemplo, criadas em páginas identificadas com certo viés político, naturalmente vão refletir um cenário favorável para suas pautas, pois quem participa dessas pesquisas comentando, curtindo e compartilhando, são os seguidores identificados com essas pautas.

Todavia, o que estamos vendo no Brasil, pelo menos quem acompanha diariamente os diferentes meios de comunicação, não é mais um cenário nitidamente dividido, onde cada qual é compatível com o reduto que frequenta.

O que vemos é a presença massiva de eleitores pró Bolsonaro em todos os sítios digitais, não importa qual. Até mesmo em mídias como a Carta Capital, Brasil247, Mídia Ninja, Diário Centro do Mundo e outros, há não uma, mas várias manifestações em favor do candidato.
 

Ataque em massa contra Jair Bolsonaro revela desespero e a falência do jornalismo no país



Nas últimas semanas o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem sido alvo de matérias que nitidamente revelam um grau de tendenciosidade jamais visto no jornalismo do país.

Não são uma, duas ou três matérias abordando cada passo do presidenciável Jair Bolsonaro, mas várias por dia, publicadas por veículos como o UOL, o portal G1, VEJA, Folha e Estadão, apenas como exemplo, todas trazendo informações com alguma distorção, omissão ou má interpretação dos fatos relacionados ao candidato.

O portal UOl, por exemplo, foi um dos veículos que repercutiram largamente a informação de que "
Bolsonaro decide não participar de novos debates com adversários". Todavia, a própria matéria informa que a suposta declaração foi transmitida por Gustavo Bebiano, presidente do PSL, e não pelo candidato. Ou seja, o título não corresponde à realidade, já que Bolsonaro não fez tal afirmação.

Com um pouco mais de atenção, observa-se que o "não participar" se referiu, na verdade, ao embate que promovido pela Jovem Pan e não aos demais. Mas o título da matéria, entretanto, faz o leitor entender de forma generalizada a não participação, como também fizeram o G1, o EXTRA e a VEJA com o título "
Bolsonaro não deve mais participar de debates com adversários".

Agora a informação divulgada é outra. Tanto a VEJA como o UOL, por exemplo, dizem que "
Bolsonaro recua..", decidindo participar dos debates. A matéria apresenta um jogo de disse-me-disse, fazendo parecer uma coisa com a fala do presidente do PSL, Gustavo Bebiano, e outra com a opinião do próprio Bolsonaro.

A intenção obvia nisso é confundir o leitor através da indução de pensamento mediante o título da matéria. Uma vez lido o título, o leitor desatento já possui uma conclusão, especialmente se não tiver o trabalho de ler o conteúdo da "reportagem", o que a maioria não faz.
 

Modelagem Cultural - Como seu pensamento, comportamento e identidade são manipulados diariamente



Modelagem Cultural é um conceito abrangente, tem a ver com Engenharia Social Política. Requer uma visão criteriosa para perceber seus mecanismos. Recomendo que leia esse texto com muita atenção, pois ele poderá te ajudar a esclarecer o motivo de alguns conflitos sociais e consequentemente pessoais.

Vamos pensar quais são as principais ferramentas utilizadas por aqueles que praticam a Modelagem Cultural e até que ponto isso pode afetar a nossa vida.

O que é Modelagem Cultural?

Modelagem Cultural é a influência direta ou indireta sobre o maior número possível de aspectos formadores de uma cultura, com a finalidade de criar, gradualmente, e de modo quase imperceptível, uma sociedade/cultura segundo os interesses de quem mais exerce essa influência.

A forma de pensamento, orientação científica, comportamentos, a produção artística, religiosidade, os princípios éticos, etc., são os elementos alvos desse processo.

Há uma diferença entre Modelagem Cultural e Engenharia Social Política. A Modelagem Cultural é voltada para às ruas, atuando no "inconsciente coletivo", apegando-se aos detalhes da vida cotidiana, alcançando a intimidade das pessoas. Não requer medidas políticas, jurídicas ou grandes intervenções para obter sucesso, basta a capacidade e objetivos de uma única pessoa de exercer influência para que a Modelagem Cultural tenha início.

A Engenharia Social Política, por outro lado, começa de cima, está no "topo da pirâmide". Faz uso mais específico da política e medidas jurídicas para alcançar suas metas. Alinhada com grandes organizações e políticos, ela oficializa o que é o resultado da Modelagem Cultural, fazendo com que as duas atuem simultaneamente. Em outras palavras, enquanto a Modelagem Cultural atua "no povo", a Engenharia Social Política atua "nos sistemas".

A propósito das eleições


Estamos novamente em período eleitoral. Elegeremos deputados estaduais, governadores, deputados federais, senadores e presidente da República.

Voltam os ingredientes de sempre para este tempo:

as promessas dos candidatos, as esperanças de mudança, as acusações, as compras de votos, os pactos eleitorais muitas vezes incompreensíveis, a demagogia, a mentira, o terrorismo eleitoral, o clima meio policial criado por uma lei eleitoral que trata o povo como bando de tolos com necessidade de tutela: "não pode isso, não pode aquilo"...

Mas, o que importa mesmo, o que deveria estar presente na consciência dos eleitores são algumas poucas e simples ideias. Ei-las, algumas, a seguir.

1. As eleições são parte importante da formação da nossa jovem democracia. Votando, aprende-se a participar, toma-se consciência de que o poder pertence originariamente ao povo e é este quem escolhe a quem confiá-lo. Os governantes são representantes da vontade do povo e a ele devem servir.

2. O período eleitoral deve ser ocasião para examinar com seriedade o caminho político dos candidatos. Distinguindo-se cuidadosamente os verdadeiros dos falsos argumentos da campanha, é necessário analisar atentamente a personalidade e o histórico de cada um dos que pleiteiam ser eleitos. Atenção que é importante para a democracia não somente votar, mas avaliar o que foi feito com o voto que se deu: foi ele honrado ou não no exercício do mandato anterior que tal político exerceu? Qual o histórico político do seu candidato: cesteiro que faz um cesto, faz um cento!

3. O eleitor deve votar pensando no bem comum, ou seja, nos grandes projetos para o bem da maioria. Seria imoral um voto dado pensando somente no próprio benefício! É preciso saber conjugar os legítimos interesses de cada um com o bem da sociedade em geral. No caso de um cristão, este nunca deve votar em quem defende valores contrários à fé: aborto, sexo "livre", dissolução da família, ideologia de gênero, artistas com shows imorais e que denigrem a fé, educação sexual aberrante nas escolas, laicismo, etc. A guerra contra o cristianismo é clara, pesada e metódica. Não dá para brincar com isto! Não vote em quem aprovou e defendeu leis contrárias aos valores cristãos! Não deixe que o cristianismo seja destruído em nosso País! Não vote, de modo algum, em quem é favorável ao aborto!

4. Os candidatos dignos do nosso voto devem ter preocupações com políticas públicas: saúde, educação, segurança pública e infraestrutura para o País. As promessas feitas pelos candidatos devem passar pelo crivo do realismo: donde virão os recursos para se cumprir o que se está prometendo? É uma promessas factível ou demagógica?

5. Deve-se prestar muita atenção no quesito corrupção, que tem causado enormes danos econômicos, morais e institucionais ao Brasil. Hoje, nosso País é uma nação desmoralizada pela praga da corrupção. A Lava Jato foi e é um bem enorme para o País; no entanto, muitos nela implicados são candidatos e muitos serão eleitos, constituindo uma tremenda desmoralização do próprio povo e para o próprio povo! Que vergonha para os brasileiros! Qual o futuro de um povo que escolhe ser governado e representado por ladrões? Que honra tem um povo assim? Merece ser roubado e espoliado, merece descambar para o atraso, o clientelismo e, por fim, para um regime ditatorial!

6. Nunca se deve trocar voto por benefícios particulares. Isto seria uma indigna compra de votos! Para o cidadão é imoral, para o eleitor é crime, para o cristão é pecado.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Espanha: Histórico convento fechará depois de 500 anos por falta de vocações


O convento de Santa Maria do Socorro da Congregação religiosa da Imaculada Conceição de Sevilha (Espanha) fechará as suas portas no dia 15 de outubro, depois de comemorar 500 anos de sua fundação de vida consagrada.

Este é o último convento de religiosas desta congregação que ainda está aberto na cidade de Sevilha, onde chegaram a ter até quatro.

A redução do número de vocações, assim como o gradual envelhecimento das religiosas, obrigou-as a fechar este mosteiro histórico.

Também informaram que as religiosas foram transferidas para o mosteiro da congregação na cidade de Mairena de Aljarafe, Sevilha (Espanha).

Mensagem do Santo Padre aos Católicos Chineses e à Igreja Universal


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO 
AOS CATÓLICOS CHINESES E À IGREJA UNIVERSAL

«O seu amor é eterno!
É eterna a sua fidelidade!»
(Sal 100/99, 5)

Caríssimos irmãos no episcopado, sacerdotes, pessoas consagradas e todos os fiéis da Igreja Católica na China, demos graças ao Senhor porque é eterna a sua misericórdia e reconhecemos que «foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sal 100/99, 3).

Neste momento, ecoam no meu espírito as palavras com que vos exortava o meu venerado Predecessor, na Carta de 27 de maio de 2007: «Igreja Católica na China, pequeno rebanho presente e ativo na vastidão de um imenso povo que caminha na história, como ressoam encorajadoras e provocantes para ti as palavras de Jesus: “Não temas, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino” (Lc 12, 32) (…); por isso, “brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus” (Mt 5, 16)» (Bento XVI, Carta aos Católicos Chineses, 27 de maio de 2007, 5).

1. Nos últimos tempos, circularam muitas vozes contrastantes sobre o presente e, principalmente, sobre o futuro das comunidades católicas na China. Estou ciente de que semelhante tropel de opiniões e considerações possa ter criado não pouca confusão, suscitando sentimentos contrapostos em muitos corações. Nalguns, surgem dúvidas e perplexidade; outros vivem a sensação de ter sido como que abandonados pela Santa Sé e, ao mesmo tempo, colocam-se a questão pungente do valor dos sofrimentos que enfrentaram para viver na fidelidade ao Sucessor de Pedro. Em muitos outros, ao contrário, prevalecem expectativas positivas e reflexões animadas pela esperança dum futuro mais sereno para um testemunho fecundo da fé em terra chinesa.

Tal situação tem-se vindo a acentuar sobretudo a propósito do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular Chinesa que, como sabeis, foi assinado em Pequim nos dias passados. Num momento tão significativo para a vida da Igreja e através desta breve Mensagem, antes de mais nada desejo assegurar que vos tenho diariamente presente nas minhas orações e partilhar convosco os sentimentos que moram no meu coração.

São sentimentos de gratidão ao Senhor e de sincera admiração – que é a admiração de toda a Igreja Católica – pelo dom da vossa fidelidade, da constância na provação, da arraigada confiança na Providência de Deus, mesmo quando certos acontecimentos se revelaram particularmente adversos e difíceis.

Estas experiências dolorosas pertencem ao tesouro espiritual da Igreja na China e de todo o Povo de Deus peregrino na terra. Asseguro-vos que o Senhor, através do crisol das próprias provações, nunca deixa de nos cumular com as suas consolações e preparar-nos para uma alegria maior. Estamos absolutamente certos de que «aqueles que semeiam com lágrimas – como afirma o Salmo 126 – vão recolher com alegria» (v. 5).

Por isso, continuemos a manter o olhar fixo no exemplo de tantos fiéis e Pastores que não hesitaram em oferecer o seu belo testemunho (cf. 1 Tim 6, 13) pelo Evangelho, chegando até ao dom da própria vida. Devem ser considerados verdadeiros amigos de Deus.

Papa na Estônia: "Quando a fé tem a coragem de sair, consegue manifestar as palavras mais belas do Mestre"


ENCONTRO COM OS ASSISTIDOS 
NAS OBRAS SOCIO-CARITATIVAS DA IGREJA

DISCURSO DO SANTO PADRE

Estônia - Catedral dos Santos Pedro e Paulo em Tallinn 
Terça-feira, 25 de setembro de 2018

Queridos irmãos e irmãs!

Obrigado por me terdes recebido, esta tarde, na vossa casa. Para mim, é importante fazer esta visita e poder encontrar-me aqui no vosso meio. Obrigado pelo vosso testemunho e por terdes partilhado connosco tudo aquilo que trazeis no coração.

Antes de mais nada, quero congratular-me contigo, Marina, e com o teu marido pelo belíssimo testemunho que nos destes. Fostes abençoados com nove filhos, com todo o sacrifício que isso implica como no-lo fizestes notar. Onde existem crianças e jovens, há muito sacrifício, mas sobretudo há futuro, alegria e esperança. Por isso mesmo, é reconfortante ouvir-vos dizer: «Damos graças ao Senhor pela comunhão e o amor que reina na nossa casa». Nesta terra, onde os invernos são duros, não vos falta o calor mais importante: o da casa, o que nasce de estar em família. Com discussões e problemas? Sim, é normal, mas com o desejo de prosseguir juntos. Não se trata de palavras bonitas, mas dum exemplo claro.

E obrigado por terdes compartilhado também o testemunho destas Irmãs que não tinham medo de sair e ir aonde vos encontráveis vós, para serem sinal da proximidade e da mão estendida do nosso Deus. Tu disseste que eram como anjos que vos vinham visitar. É assim: são anjos.

Quando a fé não tem medo de deixar as comodidades, de se envolver e tem a coragem de sair, consegue manifestar as palavras mais belas do Mestre: amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei (cf. Jo 13, 34). Amor que rompe as cadeias que nos isolam e separam, lançando pontes; amor que nos permite construir uma grande família onde todos nos podemos sentir em casa, como nesta casa. Amor que sabe de compaixão e dignidade. E isto é bonito. [olhando os nove filhos de Marina sentados num único banco, conta-os] Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove. Bonita família! Bonita família!

A fé missionária vai, como estas Irmãs, pelas estradas das nossas cidades, dos nossos bairros, das nossas comunidades, dizendo com gestos muito concretos: Fazes parte da nossa família, da grande família de Deus onde todos nós temos um lugar. Não fiques fora! É isto que vós, irmãs, fazeis! Obrigado.

Aos jovens na Estônia: "O amor não está morto, nos chama e nos envia"


ENCONTRO ECUMÊNICO COM OS JOVENS

DISCURSO DO SANTO PADRE

Estônia - Igreja Luterana de São Carlos em Tallinn
Terça-feira, 25 de setembro de 2018

Queridos jovens!

Obrigado pela vossa calorosa recepção, os vossos cânticos e os testemunhos de Lisbel, Tauri e Mirko. Agradeço as palavras amáveis e fraternas do Arcebispo da Igreja Evangélica Luterana da Estônia, Urmas Viilma, bem como a presença do Presidente do Conselho das Igrejas da Estônia, o Arcebispo Andres Põder, a do Bispo D. Philippe Jourdan, Administrador Apostólico da Estônia, e dos outros representantes das diversas confissões cristãs presentes no país. Agradeço também a presença da Senhora Presidente da República.

É sempre bom reunir-nos, partilhar testemunhos da vida, expressar o que pensamos e queremos; e é muito bom estarmos juntos, nós que cremos em Jesus Cristo. Estes encontros tornam realidade o sonho de Jesus na Última Ceia: «Que todos sejam um só (…) para que o mundo creia» (Jo 17, 21). Se fizermos esforço por nos vermos como peregrinos que fazem o caminho juntos, aprenderemos a abrir com confiança o coração ao companheiro de estrada, sem cultivar suspeitas nem difidências, olhando apenas para aquilo que realmente procuramos: a paz diante do rosto do único Deus. E, uma vez que a paz é artesanal, ter confiança nos outros é também algo de artesanal, constitui uma fonte de felicidade: «Felizes os pacificadores» (Mt 5, 9). E esta estrada, este caminho, não o fazemos só com os crentes, mas com todos. Todos têm qualquer coisa a dizer-nos; e nós, a todos, temos algo a dizer.

O grande quadro que se encontra na abside desta igreja contém uma frase do Evangelho de São Mateus: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28). Vós, jovens cristãos, podeis identificar-vos com alguns elementos deste texto do Evangelho.

Nas narrações anteriores, o evangelista mostra-nos que Jesus tem vindo a acumular decepções. Primeiro, lamenta-Se porque parece que, para aqueles a quem Se dirige, nada está bem (cf. Mt 11, 16-19). A vós, jovens, acontece muitas vezes que os adultos ao vosso redor não sabem o que querem ou esperam de vós; ou, quando vos veem muito felizes, ficam desconfiados; e, se vos veem angustiados, relativizam o sucedido. Na consultação preliminar do Sínodo, que está para se realizar e vai refletir sobre os jovens, muitos de vós pedem que alguém vos acompanhe e compreenda sem julgar e saiba escutar-vos bem como dar resposta às vossas questões (cf. Sínodo dedicado aos jovens, Instrumentum laboris, 132). Às vezes, as nossas Igrejas cristãs – e ousaria dizer todo o processo religioso estruturado institucionalmente – carregam consigo atitudes nas quais nos é mais fácil falar, aconselhar, propor a partir da nossa experiência, do que escutar, do que se deixar interpelar e iluminar por aquilo que vós viveis. Muitas vezes, sem dar por isso, as comunidades cristãs fecham-se e não escutam as vossas inquietações. Sabemos que vós quereis e esperais «ser acompanhados, não por um juiz inflexível nem por um pai receoso e superprotetor que gera dependência, mas por alguém que não tem medo da sua própria fraqueza e sabe fazer resplandecer o tesouro que guarda dentro de si, como num vaso de barro (cf. 2 Cor 4, 7)» (Ibid., 142). Aqui, hoje, quero-vos dizer que desejamos chorar convosco se estais a chorar, acompanhar com os nossos aplausos e nossos sorrisos as vossas alegrias, ajudar-vos a viver o seguimento do Senhor. Vós jovens, rapazes e moças, fixai isto: quando uma comunidade cristã é verdadeiramente cristã não faz proselitismo. Apenas escuta, acolhe, acompanha e caminha; mas não impõe nada.

Jesus queixa-Se também das cidades que visitou, nelas realizando mais milagres e reservando-lhes maiores gestos de ternura e proximidade, e lamenta a sua falta de perspicácia para perceber que a mudança que lhes viera propor era urgente, não podia esperar. Chega mesmo a dizer que são mais relutantes e cegos do que Sodoma (cf. Mt 11, 20-24). E quando nós, adultos, nos fechamos a uma realidade que é já um facto, dizeis-nos com ousadia: «Não o vedes?». E alguns mais decididos têm a coragem de dizer: «Não vos dais conta de que já ninguém vos escuta, nem crê em vós?». Verdadeiramente precisamos de nos converter, de descobrir que, para estar ao vosso lado, devemos derrubar muitas situações que, em última análise, são aquelas que vos afastam.

Papa se reúne com líderes da Estônia em última etapa nos países bálticos


ENCONTRO COM AS AUTORIDADES, 
A SOCIEDADE CIVIL E O CORPO DIPLOMÁTICO

DISCURSO DO SANTO PADRE

Estônia - Jardim das Rosas do Palácio Presidencial em Tallinn 
Martedì, 25 settembre 2018

Senhora Presidente, 
Membros do Governo e Autoridades,
Ilustres Membros do Corpo Diplomático,
Excelências, Senhoras e Senhores!

Sinto-me muito feliz por me encontrar convosco aqui em Tallinn, a capital mais setentrional que o Senhor me concedeu visitar. Agradeço-lhe, Senhora Presidente, as suas palavras de boas-vindas e a oportunidade de encontrar os representantes deste povo da Estónia. Sei que, entre vós, há também uma delegação dos setores da sociedade civil e do mundo da cultura, motivo este que me levou a conhecer um pouco mais da vossa cultura, especialmente aquela capacidade de resiliência que vos permitiu recomeçar face a tantas situações adversas.

Há séculos que estas terras são chamadas «Terra de Maria», Maarjamaa. Um nome que não só pertence à vossa história, mas faz parte da vossa cultura. A evocação de Maria sugere-me duas palavras: memória e fecundidade. Maria é a mulher da memória, que guarda tudo o que vive, como um tesouro, em seu coração (cf. Lc 2, 19); mas é também a mãe fecunda que gera a vida de seu Filho. Por isso mesmo, gostava de pensar na Estónia como terra de memória e de fecundidade.

Terra de memória

O vosso povo teve que suportar, em diferentes períodos históricos, duros momentos de sofrimento e tribulação. Lutas pela liberdade e independência, que sempre se viram postas em questão ou ameaçadas. No entanto, nos últimos cerca de vinte e cinco anos – em que voltastes a entrar, a título pleno, na família das nações – a sociedade estoniana realizou «passos de gigante» e o vosso país, apesar de ser pequeno, está entre os primeiros pelo índice de desenvolvimento humano, pela sua capacidade de inovação, bem como pela demonstração dum alto nível de liberdade de imprensa, democracia e liberdade política. Além disso, reforçastes os laços de cooperação e amizade com vários países. Quando consideramos o vosso passado e o vosso presente, encontramos motivos para olhar com esperança o futuro nos novos desafios que surgem. Ser terra de memória significa saber lembrar que o lugar que alcançastes atualmente se deve ao esforço, ao trabalho, ao espírito e à fé dos vossos pais. Cultivar, agradecidos, a memória permite identificar todos os resultados que hoje desfrutais com uma história de homens e mulheres que lutaram para tornar possível essa liberdade e que, por sua vez, vos desafia a prestar-lhes homenagem, abrindo caminhos para aqueles que virão a seguir.

Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil


O maior inimigo do Brasil e do continente nas últimas décadas precisa ser identificado pelos homens de bem deste país, de modo que reúno abaixo o mínimo que você precisa saber a respeito para se informar e educar os amigos, compartilhando este link nas redes sociais.

Fundado em 1990 por Lula e Fidel Castro — por ideia de Lula, segundo ele mesmo declarou (o que nunca é de todo confiável) em maio de 2011 [ver Vídeo 5] —, o “Foro de São Paulo é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”, como escreveu em 2007 o filósofo Olavo de Carvalho, autor do best seller idealizado e organizado por mim, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.

Por quase duas décadas, os jornais e supostos oposicionistas brasileiros esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo, descoberto pelo advogado paulista José Carlos Graça Wagner, que o denunciou publicamente em 1º de setembro de 1997, e não faltou quem rotulasse seus denunciadores como “teóricos da conspiração”. De uns anos para cá, quando o Foro já tinha feito e desfeito governos em toda a América Latina, elegendo presidentes dos países do continente cerca de 15 membros da organização, seu nome começou a aparecer aqui e ali em reportagens, como se o Foro fosse apenas uma entidade como outra qualquer.

Vamos ver se é mesmo? Vem comigo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

A campanha de Bolsonaro na reta final


Disseram por aí: “para quem votou no Aécio a eleição passada, você não acha que está muito exigente nesta eleição?”. Em 2014 o voto antipetista foi todo para o candidato do PSDB, Aécio Neves. De fato, a preferência a Aécio significava votar num grupo político de modo a escolher um “mal menor”, e quem sabe, nas eleições 2018, aparecesse um nome mais realista no campo da oposição, aonde a escolha do “mal menor” fosse transformada numa escolha por um “voto assertivo”. E se, mesmo que este voto assertivo não tivesse chances reais de vitória, seria de extrema importância sua participação nos debates presidenciais para expor e questionar toda uma agenda política de esquerda, hegemônica no País em todas as eleições das últimas décadas. Por isso, a campanha de Bolsonaro (PSL) na reta final da disputa eleitoral merece toda a atenção.

Como disse o professor Olavo de Carvalho, antes de colocar um presidente em Brasília que quebre o sistema político hegemônico, seria melhor um prazo maior para que a militância se organizasse bem, fazendo com que a base se fortalecesse para só depois, então, fosse empossado um presidente realmente de oposição, contando com a força de uma base militante estabelecida.

Formam-se aqui duas questões: 1- Não tivemos este período mais longo de preparação de uma base militante, mas temos um candidato favorito agora. 2- Até que ponto a base militante deste candidato ainda é fraca, uma vez que um dos motivos de Bolsonaro ter alcançado este favoritismo se dê por causa do trabalho de tal militância.

É óbvio que, se temos no presente momento, um candidato outsider, não contaminado pela atividade criminosa da política nacional, faz-se necessário e urgente apoiá-lo e (para usar uma expressão do professor Carlos Nougué) “Não é hora de ter medo, nem sequer de fraude. É hora de disputar votos palmo a palmo, conquistar todos quantos nos seja possível. Quanto mais votos em Bolsonaro, menos chances de fraude". E nisso consiste esta urgência: dar continuidade à hegemonia política, neste momento, seria levar o golpe fatal que nos conduziria à queda ao radicalismo esquerdista nos moldes da Venezuela ou Nicarágua.

Houve uma grande batalha no Céu


Ao tirar do nada o universo, quis o Divino Artífice fazer deste um reflexo seu, espelhando-se no homem, rei da criação e microcosmo, criando-o à sua imagem e semelhança” (Gn l, 26)

No ápice desta obra, superando em perfeição todas as criaturas visíveis, encontram-se os Anjos, seres dotados de inteligência e puros espíritos, com personalidade própria e exclusiva, distribuídos por Deus em nove coros: Serafins, Querubins, Tronos, Virtudes, Dominações, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos. Formam estes a milícia da Jerusalém celeste, com a missão de adorar continuamente a Santíssima Trindade, executar os desígnios de Deus e guardar o gênero humano, bem como governar toda a criação material.1

Imensa e inimaginável é esta corte celeste! “Porventura podem ser contadas as suas legiões?” — indaga o livro de Jó (25, 3). E o profeta Daniel, maravilhado exclama: “Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! ” (Dn 7, 10).

A tanta diversidade e beleza quis Deus colocar um ponto monárquico, um ser que representasse de modo inigualável a luz eterna. Obra-prima, esplendor dos esplendores, cintilava no mais alto do universo angélico, todos se extasiavam diante dele: o primeiro dos Serafins e seu nome era Lúcifer, “Aquele que portava a luz”. A ele se aplicavam as palavras de Ezequiel: “Tu és o selo da semelhança de Deus, cheio de sabedoria e perfeito na beleza; tu vivias nas delícias do paraíso de Deus e tudo foi empregado em realçar a tua formosura!” (Ez 28, 12-13).

Entretanto, a seres tão excelsos, reservada também estava uma prova. Apesar da perfeição da natureza angélica, não podiam os Anjos gozar da essência da bem-aventurança: a posse da visão beatífica. Diante deles a face do Senhor achava-se como que envolta em véus, e apenas seus reflexos animavam o ardente amor dos Anjos.

Segundo exegetas e teólogos, a prova que decidiu o destino eterno dos Anjos foi o anúncio da Encarnação do Verbo: Deus haveria de enviar seu Filho Unigênito, nascido de uma mulher, criatura que teria seu trono elevado acima das Potestades: Maria Santíssima, Regina Angelorum.

A esse propósito, diz-nos o Padre Pedro Morazzani: “O Criador eterno, inacessível, todo-poderoso, se uniria hipostaticamente à natureza humana, elevando-a assim até o trono do Altíssimo; e uma mulher, a Mãe de Deus, tornar-se-ia medianeira de todas as graças, seria exaltada por cima dos coros angélicos e coroada Rainha do universo”.2

O momento decisivo: amar sem entender; subjugar os próprios critérios aos critérios do Absoluto! Eis o ato que os confirmaria, in perpetuo, na graça e na glória!

“Foram eles submetidos a uma prova. No momento da prova, muitíssimos destes espíritos permaneceram fiéis a Deus; mas muitos outros pecaram. Seu pecado foi de soberba, querendo ser iguais a Deus e não depender dEle” (CCE 3399).