terça-feira, 30 de setembro de 2014

Barbie católica causa polêmica na Argentina



 
A dupla de artistas Pool e Marianela, da cidade de Rosario, na Argentina, causou polêmica e despertou crítica dos religiosos com sua mostra "Barbie, a Religião Plástica". "Se existe uma Barbie doutora, professora e policial, por que não poderia existir uma Barbie Virgem Maria?", questionam eles em seu site.



Na exposição, que acontecerá em Buenos Aires, serão exibidas 33 figuras dos bonecos da Mattel adaptados como figuras católicas, budistas e judaicas, assim como também de crenças populares do país. "Em um mundo que nos recompensa para pensarmos, agirmos e sentirmos de maneira igual, Marianela e Pool rebelam-se ao se reafirmarem diferentes. Usam o humor para destacar seu desligamento a partir de um universo histórico, político e religioso que ressalta a ficção ligada aos mais velhos", dizem eles.

Corte inaugura “direito à blasfêmia” na França




Em fevereiro do ano passado, algumas ativistas do movimento feminista Femen, famosas por suas exibições internacionais desnudas, decidiram “comemorar” a renúncia do Papa Bento XVI invadindo a Catedral de Notre Dame, em Paris, com inscrições no corpo que diziam: “ Pope no more - Papa não mais” e “Pope Game Over”. Além dos transtornos causados pela invasão do templo e pelo ultraje ao sentimento religioso dos católicos presentes, as militantes teriam danificado três sinos da igreja com bastões de madeira, segundo informações das agências internacionais.

Notícias recentes reportam que as feministas foram “absolvidas por ato na Notre Dame”. A Justiça penal da França não só decidiu “inocentar nove ativistas do movimento feminista Femen”, como “condenou três vigias da catedral que haviam tentado interromper a ação das militantes a multas que vão de 300 euros a 1 mil euros (...) por violência contra as militantes”!

Não, você não leu errado. É isso mesmo. As ativistas invadiram Notre Dame e saíram… impunes. Ao contrário, os vigias “malvados”, que não deixaram que as militantes “expressassem o seu pensamento”, foram condenados pelo tribunal a pagar multas.

Mas, o absurdo não para por aí. A Justiça francesa “considerou que não havia provas suficientes de que as ativistas haviam danificado o sino” da igreja! Ou seja, não tem problema nenhum em invadir a catedral, gritar e insultar a religião católica… contanto que os sinos da igreja permaneçam intactos. Está liberado entrar em templos religiosos e fazer o escarcéu… contanto que não se danifique nenhum móvel ou objeto do local. “Se alguém jura pelo Santuário, não vale; mas se alguém jura pelo ouro do Santuário, então vale!” (Mt 23, 16), decretam os fariseus do século XXI.

Hospital do Vaticano faz descoberta pioneira com células-tronco




A descoberta científica do hospital do Vaticano promete salvar a vida de milhões de crianças no mundo inteiro. A notícia foi divulgada pelo hospital pediátrico da Santa Sé, “Bambino Gesù” (“Menino Jesus”), com sede em Roma. Segundo a direção do hospital, os resultados foram apresentados à revista científica internacional “Blood”, e poderiam ser “um marco na cura de muitas doenças no sangue”.



O hospital anunciou, em uma coletiva de imprensa, que a manipulação de células-tronco, em ausência de um doador compatível, permite o transplante de um pai ou mãe ao seu filho. A descoberta é importante para curar crianças com problemas de imunodeficiência, doenças genéticas, leucemia e tumores no sangue.



“Estamos orgulhosos de apresentar este sucesso dos pesquisadores do Hospital ‘Bambino Gesù’, conscientes de que o protocolo dos nossos laboratórios é um marco na terapia de muitas doenças no sangue”, confirmou o professor Bruno Dallapiccola, diretor científico do hospital da Santa Sé.



Para a aplicação no campo da leucemia, a técnica aplicada pela equipe do professor Franco Locatelli, responsável pela Onco-hematologia e Medicina Transfusional do hospital, foi apresentada no último mês de dezembro em New Orleans, durante o congresso da Sociedade Americana de Hematologia (ASH).

Homilia do Papa na Jornada dos Idosos no Vaticano



 HOMILIA  
Jornada dos Idosos – 
“A benção da vida longa”  
Basílica Vaticana  
Domingo, 28 de setembro de 2014



O Evangelho que acabamos de ouvir é acolhido hoje por nós como o Evangelho do encontro entre os jovens e os idosos: um encontro cheio de alegria, cheio de fé e cheio de esperança.



Maria é jovem, muito jovem. Isabel é idosa, mas manifestou-se nela a misericórdia de Deus e há seis meses que ela e o marido Zacarias estão à espera de um filho.



Maria, também nesta circunstância, nos indica o caminho: ir encontrar a parente Isabel, estar com ela naturalmente para a ajudar mas também e sobretudo para aprender dela, que é idosa, a sabedoria da vida.



A primeira Leitura faz ecoar, através de várias expressões, o quarto mandamento: «Honra o teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias sobre a terra que o Senhor, teu Deus, te dá» (Ex 20, 12). Não há futuro para um povo sem este encontro entre as gerações, sem os filhos receberem, com gratidão, das mãos dos pais o testemunho da vida. E, dentro desta gratidão a quem te transmitiu a vida, entra também a gratidão ao Pai que está nos céus.



Às vezes há gerações de jovens que, por complexas razões históricas e culturais, vivem de forma mais intensa a necessidade de se tornar autónomos dos pais, a necessidade quase de «libertar-se» do legado da geração anterior. Parece um momento de adolescência rebelde. Mas, se depois não se recupera o encontro, se não se volta a encontrar um equilíbrio novo, fecundo entre as gerações, o resultado é um grave empobrecimento para o povo, e a liberdade que prevalece na sociedade é uma liberdade falsa, que se transforma quase sempre em autoritarismo.

As heresias sionistas e a negação do Calvário como Sacrifício absoluto.



A heresia sionista da perpetuação da lei mosaica não é uma agressão à fé com nocividade limitada, é uma tentativa de ruptura que agride um grande núcleo de nossa fé, o Sacrifício Eucarístico.

Podemos observar isso na defesa judaizante do professor Olavo de Carvalho:

“Se Deus, ao instituir o sacrifício da missa, quisesse abolir no mesmo instante o antigo sacrifício mosaico, ele o teria feito de maneira explícita e inequívoca” (Olavo de Carvalho, Visão Judaica, n. 25, agosto de 2004).

O que ele não sabe é que Deus aboliu o Sacrifício anual de animais (Mosaico) de maneira explícita e inequívoca, pois o único previsto para a Nova Aliança é o sacrifício Pascal de nosso Senhor. 2Co 3,14”Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do VELHO TESTAMENTO, o qual FOI POR CRISTO ABOLIDO”

Cristo nossa páscoa foi imolado (1Co 5,7), sendo esse mesmo Sacrifício atualizado diariamente (Jr 33,17-18) em todas as nações (Ml 1,11).

O Sacrifício Mosaico está abolido pelo próprio Deus e de nada serve para expiação, pois Jesus realizou o sacrifício UMA VEZ POR TODAS (Hb 9,24-26).

Sabemos que nada de impuro entra no céu(Ap 21,27), portanto não pode haver condicionantes salvíficas no sacrifício mosaico.

Hebreus 10,4: “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados”.

Tolkien e a Comunhão heróica



 
Uma pergunta comum que brota espontaneamente naqueles que começam a descobrir o sentido da Liturgia e mergulhar em seu verdadeiro espírito é: "o que fazer quando os abusos litúrgicos são tamanhos e a bagunça tão generalizada que a Santa Missa fica quase que desfigurada e a vontade maior é chorar e sair correndo dali?".

É bem verdade que, em último caso, o fiel pode discretamente sair da celebração (e procurar outra mais adequada caso o dia seja de preceito). E por "último caso" entenda-se aqui uma situação verdadeiramente excepcional, em que permanecer na missa levaria o fiel a pecar (e.g. contra a caridade no que diz respeito ao celebrante ou alguém que o auxilia), pois aplicar isto corriqueiramente pode demonstrar duas coisas da parte do fiel:

Um mau entendimento de que a liturgia na terra é perfeita, o que não é verdade, pois enquanto a liturgia celeste é perfeita em essência e forma, a terrestre é imperfeita em sua forma); 

Uma vaidade florescente, em contraposição à humildade que diminui, por se considerar uma espécie de Sr. Liturgista. Parafraseando Tomás de Kempis na Imitação de Cristo: "Que te aproveita discutires sabiamente sobre a Sagrada Liturgia e o Santíssimo Sacramento, se não és humilde, desagradando, assim, ao mesmo Nosso Senhor presente no Santíssimo Sacramento?"[1]

Mensagem da CNBB sobre as eleições 2014



 PENSANDO O BRASIL:

DESAFIOS DIANTE DAS ELEIÇÕES 2014

DESAFIOS DA REALIDADE SOCIOPOLÍTICA



1. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entende que é responsabilidade de todo cidadão, participar, conscientemente, da escolha de seus representantes. Para os cristãos tal escolha deve ser iluminada pela fé e pelo amor cristãos, os quais exigem a universalização do acesso às condições necessárias para a vida digna de filhos de Deus. Afinal, “ninguém pode exigir-nos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos. Uma fé autêntica – que nunca é cómoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela”1

.

2. Nossa fé requer que “todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ao contrário disso, constatamos que irmãos nossos têm sido maltratados e muitos, inclusive, perderam e continuam perdendo a vida à espera de serviços públicos. Enquanto isso, outros se corrompem e enriquecem com recursos que deveriam ser destinados a políticas que atendam às necessidades do povo. Os meses que antecedem as eleições constituem um momento privilegiado para a reflexão sobre tais situações injustas que se alastram no País. É uma oportunidade para anunciar qual é o plano de Deus para seus filhos. Somos chamados a empenhar-nos em viver o evangelho do Reino na esperança de vê-lo antecipado na terra, ainda que sob o signo da Cruz. Isso exige que trabalhemos pela superação dos sofrimentos atrozes vividos por aqueles que são sistematicamente excluídos e que não se veem respeitados em sua dignidade de pessoa humana.



3. As eleições que ocorrerão em outubro deste ano se revestem de um significado especial para o País. Os cristãos comprometidos com a vivência de sua fé e todos os homens e mulheres de boa vontade são chamados a ações mais efetivas. Nesta eleição, pessoas que já tiveram condenação judicial em segunda instância estarão impedidas de se apresentarem como candidatas. Esse fato – resultado da chamada “Lei da Ficha Limpa” (Lei 135/210) – um fruto da mobilização e da participação política dos brasileiros que, no exercício de sua cidadania, fizeram valer seu desejo de não serem representados por quem não encarne os valores da ética e do compromisso com a sociedade. Essa lei criou a possibilidade de uma efetiva renovação, já que vários políticos – acostumados a usar cargos eletivos como profissão e a se beneficiarem do exercício de suas funções para proveito próprio e não como serviço ao público – estarão, agora, forçados a deixar a disputa eleitoral. Esta é uma importante conquista para a democracia brasileira.



4. Desta vez os cidadãos brasileiros vão às urnas depois das significativas manifestações de junho e julho de 2013, quando milhares de pessoas ocuparam as ruas exigindo melhores serviços de transporte, de saúde, de educação, além de outras tantas demandas por políticas públicas realmente comprometidas com os interesses populares. Destaca-se no “discurso das ruas”, também, a insatisfação com a maneira como políticos eleitos vêm exercendo o poder, distanciados das necessidades da população, fazendo da política um 1 Papa Francisco. Evangelii Gaudium. Brasília: Ed. CNBB, 2013, n. 183.balcão de negócios, onde se barganha bens da coletividade como se fossem particulares. O direito de representar os eleitores, que um candidato conquista nas urnas, tem de ser assumido pelo político como um dever de servir. Ao contrário disso, uma lógica perversa tem pautado a atuação de inúmeros eleitos, desvirtuando a finalidade da própria política que, ao invés de tratar do bem comum, se converte em espaço de conchavos e negociações espúrias. O protesto das ruas pode ser compreendido como um clamor contra o poder que se torna fim em si mesmo e que deixa, portanto, de ser verdadeira representação popular.



5. A mudança dessas situações de injustiça e desigualdade requer a intervenção dos cristãos na política, como eleitores ou como candidatos. Problemas políticos exigem ação política; uma cidadania ativa. Os cristãos devem contribuir oferecendo à sociedade sua proposta de construção de um mundo mais justo e igualitário. Está cada vez mais claro que “não basta fazer o diagnóstico da atual crise; impõe-se também uma tomada de decisão sobre os meios mais justos e eficientes para a sua superação, e esta é uma decisão política”2

No Angelus, Papa pede orações pelo Sínodo sobre famílias



 ANGELUS  
Praça São Pedro – 
Vaticano  
Domingo, 28 de setembro de 2014



Antes de concluir esta celebração, desejo saudar todos os peregrinos, especialmente vocês idosos, vindos de tantos países. Obrigado de coração!



Dirijo uma cordial saudação aos participantes do congresso-peregrinação “Cantar a fé”, promovida em ocasião do trigésimo aniversário do coro das dioceses de Roma. Obrigado pela vossa presença e obrigado por terem animado com o canto esta celebração. Continuem a desenvolver com alegria e generosidade o serviço litúrgico nas vossas comunidades!



Ontem, em Madri, foi proclamado beato o Bispo Álvaro del Portillo; o seu exemplar testemunho cristão e sacerdotal possa suscitar em muitos o desejo de aderir sempre mais a Cristo e ao Evangelho.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A Reforma Protestante: divisões, causas e consequências.

 
Razões políticas na Reforma

A Reforma protestante foi iniciada por Martinho Lutero, embora tenha sido motivada primeiramente por razões religiosas, também foi impulsionada por razões políticas e sociais os conflitos políticos entre autoridades da Igreja Romana e governantes das monarquias européias, tais governantes desejavam para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e do Papa, muitas vezes para assegurar o direito divino dos reis.

Práticas como a usura eram condenadas pela ética católica romana, assim a burguesia capitalista que desejava altos lucros econômicos sentiria-se mais "confortável" se pudesse seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e conceito de Lutero de que a fé sem as obras justifica (Sola fide).

Algumas causas econômicas para a aceitação da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja romana e de ver-se livre da tributação papal que, apesar de defender a simplicidade, era a instituição mais rica do mundo, não por falcatruas, mas por doações de nobres, aristocratas, senhores feudais e até imperadores, quando se convertiam a Cristo.

Também na Alemanha, a pequena nobreza estava ameaçada de extinção em vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam às terras da igreja. Somente com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras da Igreja Católica.

Durante a Reforma na Alemanha, autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas, substituindo-os por religiosos com formação luterana.

Lutero era radicalmente contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos anabatistas liderados por Thomas Münzer,que provocou a Guerra dos Camponeses. Münzer comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada.

Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina,motivo pelo qual eles romperam.Lutero escreveu posteriormente:

"Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde".

As 10 músicas que nunca deveriam ser cantadas em uma Missa



1. Glória a Deus

Glória a Deus, glória a Deus, glória ao Pai. (2x)

A Ele seja a glória (2x)

Aleluia, amém.

Eu queria entender o porquê do medo que os padres têm de falar claramente: “não existe letra alternativa ao ‘Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominubus[...]‘”. Coloco em latim para que não haja dúvidas. Existe uma oração para o Glória incluído na categoria de partes fixas da missa, o Ordinário. As partes do ordinário, como já vimos, não podem ser modificadas de forma alguma. Eu vou ser muito sincero com vocês, a única atitude liturgicamente correta quando uma banda me chega com um glória “pirata”, ou seja, desautorizado, para cantar na missa é dizer, “rezemos a oração do glória”, antes de começarem os instrumentos. Não há de se fazer concessões. Por isso a importância de o padre saber antecipadamente tudo o que se vai cantar na missa. Vocês já acompanharam a escolha de um setlist para show? Nas paróquias comumente se diz: “já cantamos esse glória semana passada. Acho melhor esse para dar uma variada…”. Não se pode escolher o Glória como se escolhe o setlist de um show. A menos que se mude UNICAMENTE a melodia, é terminantemente proibido mudar a letra.

2.Em nome do Pai

Em nome do Pai, em nome do Filho[...]

Para louvar e agradecer, bendizer e adorar,

te aclamar…

Aqui há dois problemas: o primeiro é que o Sinal da Cruz NÃO é rezado por todos os fiéis. O Missal Romano esclarece: “O sacerdote diz: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O povo responde: Amém”. O segundo também pode ser esclarecido pelo missal: não está previsto nenhum “para louvar e agradecer, etc”. Infelizmente (eu diria felizmente) não temos (padres, leigos, religiosos e nem mesmo bispos individualmente) poder para alterar a liturgia, que é sinal da universalidade e da unicidade da Igreja. Como diz o papa Bento XVI, “A cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um meu ‘fazer’, mas é ação de Deus em nós e conosco”.

3. Santo, Santo, Santo, Dizem Todos Os Anjos

Santo, santo, santo, dizem todos os anjos [...]

Céus e terras passarão, mas Sua Palavra não passará

Não, não, não passará

Também existe uma oração específica, incluída na categoria “Ordinário da Missa”. Além disso, essa musiqueta é conhecida por incitar nos fiéis uma certa coreografia na qual os fiéis levantam as mãozinhas para cima, para baixo e fazem o sinal de negativo com o dedinho. Vamos combinar, nada mais inadequado para dizer o mínimo.

4. Faz um milagre em mim

Entra na minha casa

Entra na minha vida

Mexe com minha estrutura

Sara todas as feridas …

Ainda que a música protestante não tenha erro explícito (na letra), muitas vezes a melodia está carregada de personalismo e de sentimentalismo, próprios de certas seitas neopentecostais. Além disso, até onde sei costuma-se cantar essa música durante a Comunhão. Alguém lê alguma referência à Eucaristia nesse canto?

5. Pai-Nosso do Padre Marcelo Rossi

Pai, meu pai do céu, meu pai do céu

Eu quase me esqueci, me esqueci

Que o teu amor vela por mim, vela por mim

Que seja feito assim

Acho que essa é a música mais obviamente inadequada de todos os tempos. A oração do Pai-Nosso é bíblica. Quando foi que Jesus falou em “Eu quase me esqueci, etc”?

Não podemos votar...devemos votar





Este ano de 2014 tem uma importância muito grande para nós, cidadãos brasileiros, pois elegeremos aqueles que vão conduzir nosso país por quatro anos. Escolheremos, portanto, Presidente da República, Senadores, Governadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais.



Nós, eleitores, temos a responsabilidade de votar em pessoas que sejam dignas dos cargos que exercerão, pois se votarmos sem critérios objetivos, veremos cair sobre nós o peso da nossa má escolha.



Desejoso de colaborar na reflexão sobre alguns assuntos importantes que estão latentes na sociedade brasileira, alerto, segundo os critérios da vida cristã:



1.  O A educação é a base e o futuro de uma nação. O dinheiro empregado na educação é o melhor investimento. Por isso, não podemos votar em candidatos que não tenham a educação como prioridade, não só no discurso, mas na sua prática de vida. Devemos votar naqueles que lutam para a implantação de boas escolas e pela evolução cultural do povo brasileiro.



2.  Sem saúde não se vive. O povo está morrendo à míngua, e as promessas de mudança no setor da saúde não saem do papel há décadas. Não podemos votar em candidatos que nunca fizeram nada pela real melhoria de vida da população. Devemos votar naqueles que mostraram empenho para a transformação da realidade caótica em que vivemos, no que tange à saúde.



3.  A vida é um dom de Deus. Só Deus tem o poder de dar a vida e de chamá-la para a eternidade. Por isso, não podemos votar em candidato que apoia o aborto ou a eutanásia. Devemos votar naqueles que expressam abertamente a sua posição em favor da vida.



4. A família é o fundamento de uma sociedade. Família desorganizada e cheia de confusão gera sociedade desestruturada e violenta. Não podemos votar em candidato que atentam contra os valores familiares. Devemos votar em candidatos que vivem e acreditam na família como elemento basilar para a formação de uma sociedade harmoniosa e feliz.



4. O estado brasileiro é laico, mas o povo brasileiro é profundamente religioso. Não podemos votar em candidatos que desprezam o sentimento religioso do povo. Abolir os sinais religiosos é amputar sentimentos profundos presentes no coração de nossa gente e negar o direito sagrado dos cidadãos. Devemos votar em candidatos que respeitam as religiões e dão o devido valor às manifestações religiosas da comunidade.



5. Vivemos no meio de uma violência desenfreada. As vítimas maiores são os jovens, os negros e os pobres da periferia. Não podemos votar em candidatos que ignoram a violência e pouco ou nada fazem para contê-la. Devemos votar naqueles que tem projetos reais para a contenção da violência, a formação de policiais bem preparados e bem remunerados, e desejam mudar a realidade de forma pacífica e não violenta.

Dia da Bíblia




No último domingo do mês de setembro celebramos o Dia Nacional da Bíblia. A Igreja no Brasil dedica este mês à Bíblia. A motivação deste mês temático vem do fato de a Igreja celebrar em 30 de setembro a memória do grande santo e doutor da Igreja, São Jerônimo, que, a pedido do Papa Dâmaso (366-384), preparou a tradução da Bíblia em latim, a partir das línguas originais. Foi um trabalho gigantesco, que demandou muitos anos e estudos. São Jerônimo dizia que quem não conhece os Evangelhos não conhece Cristo.



São Jerônimo (347-420), chamado de “Doutor Bíblico”, nasceu na Dalmácia e educou-se em Roma; é um dos Padres da Igreja Latina; sabia o grego, o latim e o hebraico. Viveu alguns anos na Palestina como eremita. Em 379, foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino de Antioquia; foi ouvinte de São Gregório Nazianzeno e amigo de São Gregório de Nissa. De 382 a 385 foi secretário do Papa São Dâmaso. Pregava o ideal de santidade entre as mulheres da nobreza romana (Marcela, Paula e Eustochium) e combatia os maus costumes do clero. Na figura de São Jerônimo destacam-se a austeridade, o temperamento forte, o amor à Igreja e à Sé de Pedro.



Conhecer a Palavra de Deus é fundamental para todo cristão. A Carta aos hebreus diz que “a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12). Jesus conhecia profundamente o Antigo Testamento.  Isso é o suficiente para que todos nós façamos o mesmo. Na tentação do deserto, Ele venceu o demônio lançando em seu rosto, por três vezes, a santa Palavra.  Quando o tentador pediu que Ele transformasse as pedras em pães para provar Sua filiação divina, Jesus lhe disse: “O homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8,3c).



É preciso acolher, ler e estudar a Bíblia todos os dias! O Papa Francisco insiste sempre em levarmos no bolso (e nos aplicativos) um exemplar do Evangelho para ler durante o dia onde quer que estejamos. Isso nos faz aquecer a alma com um trecho dela; e saber usá-la nos momentos de dor, dúvida, angústia, medo etc. Abra a Palavra, deixe Deus falar a seu coração. E fale com Deus; é a maneira mais fácil de rezar (Leitura, Meditação, Oração e Contemplação). O Espírito Santo nos ensina essa verdade pela boca do profeta Isaías; cuja boca tornou “semelhante a uma espada afiada” (Is 49,2): “Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não voltam sem ter regado a terra, sem a ter fecundado e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à Palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado a minha vontade e cumprido a sua missão” (Is 55,10).

Catequese com o Papa Francisco sobre sua viagem à Albânia



 CATEQUESE Praça São Pedro – Vaticano Quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Hoje gostaria de falar da viagem apostólica que realizei à Albânia domingo passado. Faço isso antes de tudo como ato de agradecimento a Deus, que me concedeu realizar esta visita para demonstrar, também fisicamente e de modo tangível, a proximidade minha e de toda a Igreja a este povo. Desejo, depois, renovar o meu reconhecimento fraterno ao episcopado albanês, aos sacerdotes e aos religiosos e religiosas que trabalham com tanto empenho. O meu grato pensamento vai também às autoridades que me acolheram com tanta cortesia, bem como a quantos cooperaram para a realização da visita.

Esta visita nasceu do desejo de ir a um país que, depois de ter sido oprimido por longo tempo por um regime ateu e desumano, está vivendo uma experiência de pacífica convivência entre as suas diversas componentes religiosas. Parecia-me importante encorajá-lo neste caminho, para que o prossiga com tenacidade e aprofundem todos os aspectos em vantagem do bem comum. Por isto, no centro da viagem, esteve um encontro inter-religioso onde pude constatar, com viva satisfação, que a pacífica e frutífera convivência entre pessoas e comunidades pertencentes a religiões diversas não só é desejável, mas concretamente possível e praticável. Eles a praticam! Trata-se de um diálogo autêntico e frutuoso que evita o relativismo e leva em conta as identidades de cada um. Aquilo que as várias expressões religiosas têm em comum, de fato, é o caminho da vida, a boa vontade de fazer o bem ao próximo, não renegando ou diminuindo as respectivas identidades.

O encontro com os sacerdotes, as pessoas consagradas, os seminaristas e os movimentos leigos foi a ocasião para fazer grata memória, com momentos de particular comoção, dos numerosos mártires da fé. Graças à presença de alguns idosos, que viveram em sua carne as terríveis perseguições, ecoou a fé de tantos testemunhos heroicos do passado, os quais seguiram Cristo até extremas consequências. Foi justamente da união íntima com Jesus, do relacionamento de amor com Ele que surgiu para estes mártires – como para cada mártir – a força para enfrentar os acontecimentos dolorosos que os conduziram ao martírio. Também hoje, como ontem, a força da Igreja não é dada tanto pela capacidade de organização ou das estruturas, que são necessárias, mas a Igreja não encontra sua força ali. A nossa força é o amor de Cristo! Uma força que nos apoia nos momentos de dificuldade e que inspira a atual ação apostólica para oferecer a todos bondade e perdão, testemunhando assim a misericórdia de Deus.

Em prisão domiciliária ex-núncio acusado de abusos





A Santa Sé anunciou nesta terça-feira que o antigo Núncio Apostólico na República Dominicana vai ficar em prisão domiciliária, enquanto aguarda julgamento por causa de acusações de abusos sexuais de menores.

O promotor de Justiça do Tribunal de primeira instância do Estado da Cidade do Vaticano convocou Józef Wesolowski que já tinha sido condenado em fase inicial pela Congregação da Doutrina da Fé à redução ao estado laical no final de um processo administrativo penal canónico.

Segundo o padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, estão em causa “graves atos de abuso contra menores” na República Dominicana.

Sacerdote editor da Ignatius Press responde a polêmicas declarações do Cardeal Kasper a respeito da Comunhão aos casais de segunda união




O Pe. Joseph Fessio, fundador e editor da Ignatius Press, a editora encarregada de publicar o livro “Remaining in the Truth of Christ: Marriage and Communion in the Catholic Church” (Permanecendo na verdade de Cristo: Matrimônio e comunhão na Igreja Católica) o qual critica a postura do Cardeal Walter Kasper que propõe que católicos divorciados em nova união possam receber a Eucaristia, respondeu às polêmicas declarações do Cardeal a respeito do livro que deve ser lançado em Outubro no contexto do Sínodo para as Famílias.

O livro “Remaining in the Truth of Christ: Marriage and Communion in the Catholic Church” (Permanecendo na verdade de Cristo: Matrimônio e comunhão na Igreja Católica) reúne diferentes ensaios sobre o enfoque pastoral da Igreja a respeito dos católicos divorciados em nova união. Entre os autores destes ensaios se encontram cinco cardeais e outros estudiosos. São eles: Dom Gerhard Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; Dom Raymond Leo Burke, Prefeito do Tribunal da Signatura Apostólica Vaticana; Walter Brandmüller, presidente emérito do Comitê Pontifício de Ciências Históricas; Dom Carlo Caffarra, Arzobispo de Bolonha e um dos teólogos mais próximos a São João Paulo II em matérias de matrimônio e família e Dom Velasio De Paolis, Presidente emérito da Prefeitura para os Assuntos Econômicos da Santa Sé.

Na introdução do livro, a Ignatius Press assinala que os ensaios são uma resposta ao livro do Cardeal Walter Kasper “The Gospel of the Family” (O Evangelho da família), publicado este ano, no qual o purpurado propõe que os católicos divorciados em nova união possam receber a Eucaristia.

A controvérsia sobre o tema surgiu quando o Cardeal Kasper pronunciou um discurso de duas horas perante os Cardeais reunidos em um consistório realizado em fevereiro deste ano. Em seu discurso, Kasper se centrou no tema da família e defendeu sua postura expressa ainda em outras entrevistas e discursos seus.

Brasil tem patronos dos Catequistas e dos Químicos




A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da Santa Sé confirmou São José de Anchieta como patrono dos catequistas do Brasil e o beato Francisco de Paula Castelló i Aleu como  patrono dos profissionais Químicos do Brasil. A decisão foi tomada atendendo ao pedido do arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, feito em julho de 2013.

Dom Damasceno alegou em sua solicitação a “veneração fervorosa e contínua” dada pelo clero e dioceses do país ao santo que “se dedicou ao ensino e à transmissão da catequese no território brasileiro” e ao bem-aventurado “que não hesitou doar a sua vida totalmente a Cristo”.

São José de Anchieta

Canonizado pelo papa Francisco, no dia 03 de abril de 2014, o chamado Apóstolo do Brasil é considerado pelo presidente da CNBB um modelo evangelizador e missionário.
“Nos ensinou que o Evangelho, ao ser anunciado, deve ser inculturado, levando em conta a cultura das pessoas ao qual se destina”, disse dom Damasceno na ocasião da canonização.

Natural de Tenerife, nas Ilhas de Canárias, na Espanha, Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534 e chegou ao Brasil em 1553. Foi responsável pela criação do colégio de Piratininga no dia 25 de janeiro de 1554, que deu origem à cidade de São Paulo.

No decorrer de sua vida, o santo passou por lugares como São Paulo, Espírito Santo e Bahia propagando os ensinamentos do Evangelho. Faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta, no Estado do Espírito Santo), em 9 de junho de 1597.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Estado Islâmico: “Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes e escravizaremos as suas mulheres”


Estado Islâmico fez um apelo aos seus milicianos e seguidores para que matem “de qualquer forma” os cidadãos norte-americanos, europeus e dos países que apoiam a coalizão militar contra eles no Iraque e na Síria, e advertiram a estas nações que pagarão um “preço alto” por atacar-lhe.

“Ataquem os soldados, patrões e tropas dos tawaghit (aqueles que excedem os limites fixados por Alá). Ataquem os seus policiais, agentes de segurança e de Inteligência, assim como os seus agentes traidores. Destruam as suas camas. Amarguem as suas vidas e ocupem-se deles”, indicou Abú Muhamad al Adnani, o porta-voz do Estado Islâmico, em um comunicado publicado na Internet e difundido pelo jornal digital 'The Long War Journal'.

“Se podem matar um infiel norte-americano ou europeu, especialmente os franceses sujos e vingativos, ou um australiano, um canadense ou qualquer infiel que promova a guerra infiel, incluindo aqueles cidadãos que aderiram à coalizão contra o Estado Islâmico, confiem mais uma vez em Alá e os matem de qualquer forma que se possa fazer”, destacou. "Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes, escravizaremos as suas mulheres com a permissão de Alá, o elevado", assegurou.

No seu comunicado, intitulado “Em verdade, o vosso senhor está sempre vigilante”, o porta-voz do Estado Islâmico ameaça aos Estados Unidos e a “todos” os seus “aliados”, definindo-os como “cruzados”. “Saibam que o tema é mais perigoso do que imaginaram e maior do que previram”, assegurou. “Advertimos-lhes que hoje estamos em uma nova era, onde o Estado, seus soldados e seus filhos não são escravos. São pessoas que não conhecem a derrota faz tempo", explicou.

Padre candidato a cargo político. Pode?



Eis a orientação do decreto Apostolicam Actuositatem, do Concílio Vaticano II, a propósito da missão dos leigos na esfera pública:” Os católicos [leigos] versados em política, e devidamente firmes na fé e na doutrina cristã, não recusem cargos públicos, se puderem, por uma digna administração, prover o bem comum e, ao mesmo tempo, abrir caminho para o evangelho.” (n. 14).

Os documentos do Concílio Vaticano II, de um modo geral, frisam que é papel do leigo, não do padre, atuar diretamente na política partidária. Eis o que estatui a constituição dogmática Lumen Gentium: “É, porém, específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o reino de Deus, exercendo funções temporais, e ordenando-as segundo Deus.” (n. 31b). A secularidade dos leigos, caríssima aos integrantes do Concílio, é juridicamente confirmada pelo código canônico (C.I.C.). Leia-se a tradução do cânon 225, § 2.º: “Têm [os leigos] também o dever especial, cada um segundo a própria condição, de animar e aperfeiçoar com o espírito evangélico a ordem das realidades temporais e, assim, dar testemunho de Cristo, especialmente na gestão dessas realidades [como deputado, senador, vereador, prefeito, governador, presidente etc.] e no exercício das atividades seculares.” O Catecismo da Igreja Católica perfilha a mesma concepção sobre o múnus do leigo: “A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs.” (n. 899).

Na verdade, o aludido catecismo católico é contundente: “Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Esta tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos.” (n.º 2442).

O bem paga mais que o dinheiro, diz Papa em centro caritativo na Albânia



 Viagem Apostólica à Albânia Encontro com crianças do Centro Betânia
e com representantes de assistidos
de outros centros caritativos do país Igreja do Centro Domingo, 21 de setembro de 2014

Queridos amigos do Centro Betânia,

De coração vos agradeço pela vossa jubilosa recepção! E sobretudo agradeço-vos pela recepção que aqui se oferece cada dia a tantas crianças e adolescentes carecidos de tratamento, de carinho, de um ambiente sereno e de pessoas amigas que sejam também verdadeiros educadores, um exemplo de vida e um apoio.

Em lugares como este, todos somos confirmados na fé, todos nos sentimos ajudados a crer, porque vemos a fé fazer-se caridade concreta. Vemo-la levar luz e esperança a situações de grave contrariedade; vemo-la reacender-se no coração de pessoas tocadas pelo Espírito de Jesus, que disse: «Quem receber um destes meninos em meu nome é a Mim que recebe» (Mc 9, 37). Esta fé que opera na caridade move as montanhas da indiferença, da incredulidade e da apatia e abre os corações e as mãos para fazer o bem e irradiá-lo. Através de gestos humildes e simples de serviço aos pequeninos, passa a Boa Nova de Jesus que ressuscitou e vive entre nós.

Além disso, este Centro testemunha que é possível uma convivência pacífica e fraterna entre pessoas pertencentes a várias etnias e a diferentes confissões religiosas. Aqui as diferenças não impedem a harmonia, a alegria e a paz; antes, tornam-se ocasião para um conhecimento mais profundo e mútua compreensão. As diferentes experiências religiosas abrem-se ao amor respeitoso e eficaz para com o próximo; cada comunidade religiosa exprime-se através do amor e não da violência; não se envergonha da bondade. Esta, a quem a faz crescer dentro de si, dá uma consciência tranquila, uma alegria profunda, mesmo no meio de dificuldades e incompreensões. E até perante as ofensas sofridas, a bondade não é fraqueza mas verdadeira força, capaz de renunciar à vingança.

O bem é prêmio em si mesmo, aproximando-nos de Deus, Sumo Bem. Faz-nos pensar como Ele, faz-nos ver a realidade da nossa vida à luz do seu desígnio de amor para cada um de nós, faz-nos saborear as pequenas alegrias de cada dia e ampara-nos nas dificuldades e nas provações. O bem paga infinitamente mais do que o dinheiro, que, pelo contrário, desilude porque fomos criados para acolher o amor de Deus e dá-lo, por nossa vez, aos outros, e não para medir tudo em termos de dinheiro ou de poder.