segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

"Vimos a Sua Glória"



Cristo tinha de vir na nossa carne: não um outro, Anjo ou embaixador, era Cristo Quem tinha de vir, em pessoa, para nos salvar (Is 35,4). Teve de nascer em carne mortal: eis pois um menino, deitado numa manjedoura, envolto em panos, alimentado ao peito, que havia de crescer com os anos e, por fim, morrer cruelmente. Tantos testemunhos de profunda humildade. Quem nos dá tais exemplos de humildade? O Altíssimo.



Que grandeza é a Sua? Não procures na terra, sobe as alturas dos astros. Quando chegares as legiões angélicas, ouvirás dizer: "Sobe mais alto, acima de onde estamos." Quando tiveres subido até aos Tronos, Dominações, Principados e Potestades (Col 1,16), ouvi-los-ás ainda dizer : "Sobe mais alto, que nós próprios somos ainda criaturas, por Ele é que tudo começou a existir" (Jo 1,3). Eleva-te pois acima de todas as criaturas, de tudo o que foi formado, de tudo o que recebeu existência, de todos os seres que mudam, corporais ou incorporais, numa palavra, acima de tudo. A tua vista ainda não alcança tais alturas; é pela fé que tens de te elevar até lá, é a fé que te deve conduzir ao Criador (...). Lá, contemplarás o Verbo, que era no princípio(...).


Ora esse Verbo que estava em Deus, esse Verbo que era Deus, por Quem todas as coisas foram feitas, sem Quem nada teria sido feito, e em Quem estava a vida, desceu até nós. Que éramos nós? Merecíamos que Ele descesse até nós? Não, nós éramos indignos de que Ele tivesse compaixão de nós, mas Ele era digno de ter piedade de nós.
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Fonte: Deus Sacramento de Amor.
Imagens do presépio 2012 da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - São Luís - MA.

Mensagem do Papa Bento XVI para o dia Mundial da Paz



Dia Mundial da Paz
1º de janeiro de 2013


Bem-aventurados os obreiros da paz

1. Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera.

À distância de 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que permitiu dar mais força à missão da Igreja no mundo, anima constatar como os cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre os homens, se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças, tristezas e angústias, anunciando a salvação de Cristo e promovendo a paz para todos.

Na realidade o nosso tempo, caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo.

Causam apreensão os focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os homens.

E no entanto as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus.

Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, às palavras de Jesus Cristo: «Bem--aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9).

A bem-aventurança evangélica

2. As bem-aventuranças proclamadas por Jesus (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-23) são promessas. Com efeito, na tradição bíblica, a bem-aventurança é um gênero literário que traz sempre consigo uma boa nova, ou seja um evangelho, que culmina numa promessa. Assim, as bem-aventuranças não são meras recomendações morais, cuja observância prevê no tempo devido – um tempo localizado geralmente na outra vida – uma recompensa, ou seja, uma situação de felicidade futura; mas consistem sobretudo no cumprimento duma promessa feita a quantos se deixam guiar pelas exigências da verdade, da justiça e do amor. Frequentemente, aos olhos do mundo, aqueles que confiam em Deus e nas suas promessas aparecem como ingênuos ou fora da realidade; ao passo que Jesus lhes declara que já nesta vida – e não só na outra – se darão conta de serem filhos de Deus e que, desde o início e para sempre, Deus está totalmente solidário com eles. Compreenderão que não se encontram sozinhos, porque Deus está do lado daqueles que se comprometem com a verdade, a justiça e o amor. Jesus, revelação do amor do Pai, não hesita em oferecer-Se a Si mesmo em sacrifício. Quando se acolhe Jesus Cristo, Homem-Deus, vive-se a jubilosa experiência de um dom imenso: a participação na própria vida de Deus, isto é, a vida da graça, penhor duma vida plenamente feliz. De modo particular, Jesus Cristo dá-nos a paz verdadeira, que nasce do encontro confiante do homem com Deus.

A bem-aventurança de Jesus diz que a paz é, simultaneamente, dom messiânico e obra humana. Na verdade, a paz pressupõe um humanismo aberto à transcendência; é fruto do dom recíproco, de um mútuo enriquecimento, graças ao dom que provém de Deus e nos permite viver com os outros e para os outros. A ética da paz é uma ética de comunhão e partilha. Por isso, é indispensável que as várias culturas de hoje superem antropologias e éticas fundadas sobre motivos teorico-práticos meramente subjetivistas e pragmáticos, em virtude dos quais as relações da convivência se inspiram em critérios de poder ou de lucro, os meios tornam-se fins, e vice-versa, a cultura e a educação concentram-se apenas nos instrumentos, na técnica e na eficiência. Condição preliminar para a paz é o desmantelamento da ditadura do relativismo e da apologia duma moral totalmente autônoma, que impede o reconhecimento de quão imprescindível seja a lei moral natural inscrita por Deus na consciência de cada homem. A paz é construção em termos racionais e morais da convivência, fundando-a sobre um alicerce cuja medida não é criada pelo homem, mas por Deus. Como lembra o Salmo 29, « o Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com a paz » (v. 11).

A paz: dom de Deus e obra do homem

3. A paz envolve o ser humano na sua integridade e supõe o empenhamento da pessoa inteira: é paz com Deus, vivendo conforme à sua vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação. Como escreveu o Beato João XXIII na Encíclica Pacem in terris – cujo cinquentenário terá lugar dentro de poucos meses –, a paz implica principalmente a construção duma convivência humana baseada na verdade, na liberdade, no amor e na justiça.A negação daquilo que constitui a verdadeira natureza do ser humano, nas suas dimensões essenciais, na sua capacidade intrínseca de conhecer a verdade e o bem e, em última análise, o próprio Deus, põe em perigo a construção da paz. Sem a verdade sobre o homem, inscrita pelo Criador no seu coração, a liberdade e o amor depreciam-se, a justiça perde a base para o seu exercício.

Para nos tornarmos autênticos obreiros da paz, são fundamentais a atenção à dimensão transcendente e o diálogo constante com Deus, Pai misericordioso, pelo qual se implora a redenção que nos foi conquistada pelo seu Filho Unigênito. Assim o homem pode vencer aquele germe de obscurecimento e negação da paz que é o pecado em todas as suas formas: egoísmo e violência, avidez e desejo de poder e domínio, intolerância, ódio e estruturas injustas.

A realização da paz depende sobretudo do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana. Esta, como ensina a Encíclica Pacem in terris, está estruturada mediante relações interpessoais e instituições sustentadas e animadas por um «nós» comunitário, que implica uma ordem moral, interna e externa, na qual se reconheçam sinceramente, com verdade e justiça, os próprios direitos e os próprios deveres para com os demais. A paz é uma ordem de tal modo vivificada e integrada pelo amor, que se sentem como próprias as necessidades e exigências alheias, que se fazem os outros co-participantes dos próprios bens e que se estende sempre mais no mundo a comunhão dos valores espirituais. É uma ordem realizada na liberdade, isto é, segundo o modo que corresponde à dignidade de pessoas que, por sua própria natureza racional, assumem a responsabilidade do próprio agir.

A paz não é um sonho, nem uma utopia; a paz é possível. Os nossos olhos devem ver em profundidade, sob a superfície das aparências e dos fenômenos, para vislumbrar uma realidade positiva que existe nos corações, pois cada homem é criado à imagem de Deus e chamado a crescer contribuindo para a edificação dum mundo novo. Na realidade, através da encarnação do Filho e da redenção por Ele operada, o próprio Deus entrou na história e fez surgir uma nova criação e uma nova aliança entre Deus e o homem (cf. Jr 31, 31-34), oferecendo-nos a possibilidade de ter « um coração novo e um espírito novo » (cf. Ez 36, 26).

Por isso mesmo, a Igreja está convencida de que urge um novo anúncio de Jesus Cristo, primeiro e principal fato do desenvolvimento integral dos povos e também da paz. Na realidade, Jesus é a nossa paz, a nossa justiça, a nossa reconciliação (cf. Ef 2, 14; 2 Cor 5, 18). O obreiro da paz, segundo a bem-aventurança de Jesus, é aquele que procura o bem do outro, o bem pleno da alma e do corpo, no tempo presente e na eternidade.

A partir deste ensinamento, pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade – religiosa, civil, educativa e cultural – é chamada a trabalhar pela paz. Esta consiste, principalmente, na realização do bem comum das várias sociedades, primárias e intermédias, nacionais, internacionais e a mundial. Por isso mesmo, pode-se supor que os caminhos para a implementação do bem comum sejam também os caminhos que temos de seguir para se obter a paz.

Obreiros da paz são aqueles que amam,defendem e promovem a vida na sua integridade.

4. Caminho para a consecução do bem comum e da paz é, antes de mais nada, o respeito pela vida humana, considerada na multiplicidade dos seus aspectos, a começar da concepção, passando pelo seu desenvolvimento até ao fim natural. Assim, os verdadeiros obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida humana em todas as suas dimensões: pessoal, comunitária e transcendente. A vida em plenitude é o ápice da paz. Quem deseja a paz não pode tolerar atentados e crimes contra a vida.

Aqueles que não apreciam suficientemente o valor da vida humana, chegando a defender, por exemplo, a liberalização do aborto, talvez não se deem conta de que assim estão a propor a prossecução duma paz ilusória. A fuga das responsabilidades, que deprecia a pessoa humana, e mais ainda o assassinato de um ser humano indefeso e inocente nunca poderão gerar felicidade nem a paz. Na verdade, como se pode pensar em realizar a paz, o desenvolvimento integral dos povos ou a própria salvaguarda do ambiente, sem estar tutelado o direito à vida dos mais frágeis, a começar pelos nascituros? Qualquer lesão à vida, de modo especial na sua origem, provoca inevitavelmente danos irreparáveis ao desenvolvimento, à paz, ao ambiente. Tão pouco é justo codificar ardilosamente falsos direitos ou opções que, baseados numa visão redutiva e relativista do ser humano e com o hábil recurso a expressões ambíguas tendentes a favorecer um suposto direito ao aborto e à eutanásia, ameaçam o direito fundamental à vida.

Também a estrutura natural do matrimonio, como união entre um homem e uma mulher, deve ser reconhecida e promovida contra as tentativas de a tornar, juridicamente, equivalente a formas radicalmente diversas de união que, na realidade, a prejudicam e contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu caráter peculiar e a sua insubstituível função social.

Estes princípios não são verdades de fé, nem uma mera derivação do direito à liberdade religiosa; mas estão inscritos na própria natureza humana – sendo reconhecíveis pela razão – e consequentemente comuns a toda a humanidade. Por conseguinte, a ação da Igreja para os promover não tem caráter confessional, mas dirige-se a todas as pessoas, independentemente da sua filiação religiosa. Tal ação é ainda mais necessária quando estes princípios são negados ou mal entendidos, porque isso constitui uma ofensa contra a verdade da pessoa humana, uma ferida grave infligida à justiça e à paz.

Por isso, uma importante colaboração para a paz é dada também pelos ordenamentos jurídicos e a administração da justiça quando reconhecem o direito ao uso do princípio da objeção de consciência face a leis e medidas governamentais que atentem contra a dignidade humana, como o aborto e a eutanásia.

Entre os direitos humanos basilares mesmo para a vida pacífica dos povos, conta-se o direito dos indivíduos e comunidades à liberdade religiosa. Neste momento histórico, torna-se cada vez mais importante que este direito seja promovido não só negativamente, como liberdade de – por exemplo, de obrigações e coações quanto à liberdade de escolher a própria religião –, mas também positivamente, nas suas várias articulações, como liberdade para: por exemplo, para testemunhar a própria religião, anunciar e comunicar a sua doutrina; para realizar atividades educativas, de beneficência e de assistência que permitem aplicar os preceitos religiosos; para existir e atual como organismos sociais, estruturados de acordo com os princípios doutrinais e as finalidades institucionais que lhe são próprias. Infelizmente vão-se multiplicando, mesmo em países de antiga tradição cristã, os episódios de intolerância religiosa, especialmente contra o cristianismo e aqueles que se limitam a usar os sinais identificadores da própria religião.

O obreiro da paz deve ter presente também que as ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia insinuam, numa percentagem cada vez maior da opinião pública, a convicção de que o crescimento económico se deve conseguir mesmo à custa da erosão da função social do Estado e das redes de solidariedade da sociedade civil, bem como dos direitos e deveres sociais. Ora, há que considerar que estes direitos e deveres são fundamentais para a plena realização de outros, a começar pelos direitos civis e políticos.

E, entre os direitos e deveres sociais atualmente mais ameaçados, conta-se o direito ao trabalho. Isto é devido ao fato, que se verifica cada vez mais, de o trabalho e o justo reconhecimento do estatuto jurídico dos trabalhadores não serem adequadamente valorizados, porque o crescimento econômico dependeria sobretudo da liberdade total dos mercados. Assim o trabalho é considerado uma variável dependente dos mecanismos econômicos e financeiros. A propósito disto, volto a afirmar que não só a dignidade do homem mas também razões econômicas, sociais e políticas exigem que se continue « a perseguir como prioritário o objetivo do acesso ao trabalho para todos, ou da sua manutenção ».4 Para se realizar este ambicioso objetivo, é condição preliminar uma renovada apreciação do trabalho, fundada em princípios éticos e valores espirituais, que revigore a sua concepção como bem fundamental para a pessoa, a família, a sociedade. A um tal bem corresponde um dever e um direito, que exigem novas e ousadas políticas de trabalho para todos.

Construir o bem da paz através de um novo modelo de desenvolvimento e de economia.

5. De vários lados se reconhece que, hoje, é necessário um novo modelo de desenvolvimento e também uma nova visão da economia. Quer um desenvolvimento integral, solidário e sustentável, quer o bem comum exigem uma justa escala de bens-valores, que é possível estruturar tendo Deus como referência suprema. Não basta ter à nossa disposição muitos meios e muitas oportunidades de escolha, mesmo apreciáveis; é que tanto os inúmeros bens em função do desenvolvimento como as oportunidades de escolha devem ser empregues de acordo com a perspectiva duma vida boa, duma conduta recta, que reconheça o primado da dimensão espiritual e o apelo à realização do bem comum. Caso contrário, perdem a sua justa valência, acabando por erguer novos ídolos.

Para sair da crise financeira e econômica atual, que provoca um aumento das desigualdades, são necessárias pessoas, grupos, instituições que promovam a vida, favorecendo a criatividade humana para fazer da própria crise uma ocasião de discernimento e de um novo modelo econômico. O modelo que prevaleceu nas últimas décadas apostava na busca da maximização do lucro e do consumo, numa óptica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade. Olhando de outra perspectiva, porém, o sucesso verdadeiro e duradouro pode ser obtido com a dádiva de si mesmo, dos seus dotes intelectuais, da própria capacidade de iniciativa, já que o desenvolvimento econômico suportável, isto é, autenticamente humano tem necessidade do princípio da gratuidade como expressão de fraternidade e da lógica do dom. Concretamente na atividade econômica, o obreiro da paz aparece como aquele que cria relações de lealdade e reciprocidade com os colaboradores e os colegas, com os clientes e os usuários. Ele exerce a atividade econômica para o bem comum, vive o seu compromisso como algo que ultrapassa o interesse próprio, beneficiando as gerações presentes e futuras. Deste modo sente-se a trabalhar não só para si mesmo, mas também para dar aos outros um futuro e um trabalho dignos.

No âmbito econômico, são necessárias – especialmente por parte dos Estados – políticas de desenvolvimento industrial e agrícola que tenham a peito o progresso social e a universalização de um Estado de direito e democrático. Fundamental e imprescindível é também a estruturação ética dos mercados monetário, financeiro e comercial; devem ser estabilizados e melhor coordenados e controlados, de modo que não causem dano aos mais pobres. A solicitude dos diversos obreiros da paz deve ainda concentrar-se – com mais determinação do que tem sido feito até agora – na consideração da crise alimentar, muito mais grave do que a financeira. O tema da segurança das provisões alimentares voltou a ser central na agenda política internacional, por causa de crises relacionadas, para além do mais, com as bruscas oscilações do preço das matérias--primas agrícolas, com comportamentos irresponsáveis por parte de certos agentes econômicos e com um controle insuficiente por parte dos Governos e da comunidade internacional. Para enfrentar semelhante crise, os obreiros da paz são chamados a trabalhar juntos em espírito de solidariedade, desde o nível local até ao internacional, com o objetivo de colocar os agricultores, especialmente nas pequenas realidades rurais, em condições de poderem realizar a sua atividade de modo digno e sustentável dos pontos de vista social, ambiental e econômico.

Educação para uma cultura da paz:o papel da família e das instituições.

6. Desejo veementemente reafirmar que os diversos obreiros da paz são chamados a cultivar a paixão pelo bem comum da família e pela justiça social, bem como o empenho por uma válida educação social.

Ninguém pode ignorar ou subestimar o papel decisivo da família, célula básica da sociedade, dos pontos de vista demográfico, ético, pedagógico, econômico e político. Ela possui uma vocação natural para promover a vida: acompanha as pessoas no seu crescimento e estimula-as a enriquecerem-se entre si através do cuidado recíproco. De modo especial, a família cristã guarda em si o primordial projeto da educação das pessoas segundo a medida do amor divino. A família é um dos sujeitos sociais indispensáveis para a realização duma cultura da paz. É preciso tutelar o direito dos pais e o seu papel primário na educação dos filhos, nomeadamente nos âmbitos moral e religioso. Na família, nascem e crescem os obreiros da paz, os futuros promotores duma cultura da vida e do amor.

Nesta tarefa imensa de educar para a paz, estão envolvidas de modo particular as comunidades dos crentes. A Igreja toma parte nesta grande responsabilidade através da nova evangelização, que tem como pontos de apoio a conversão à verdade e ao amor de Cristo e, consequentemente, o renascimento espiritual e moral das pessoas e das sociedades. O encontro com Jesus Cristo plasma os obreiros da paz, comprometendo-os na comunhão e na superação da injustiça.

Uma missão especial em prol da paz é desempenhada pelas instituições culturais, escolásticas e universitárias. Delas se requer uma notável contribuição não só para a formação de novas gerações de líderes, mas também para a renovação das instituições públicas, nacionais e internacionais. Podem também contribuir para uma reflexão científica que radique as atividades econômicas e financeiras numa sólida base antropológica e ética. O mundo atual, particularmente o mundo da política, necessita do apoio dum novo pensamento, duma nova síntese cultural, para superar tecnicismos e harmonizar as várias tendências políticas em ordem ao bem comum. Este, visto como conjunto de relações interpessoais e instituições positivas ao serviço do crescimento integral dos indivíduos e dos grupos, está na base de toda a verdadeira educação para a paz.

Uma pedagogia do obreiro da paz

7. Concluindo, há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem comum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmosfera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será « dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar »,7 de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação. Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal vence-se com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os seus filhos (cf. Mt 5, 21-48). É um trabalho lento, porque supõe uma evolução espiritual, uma educação para os valores mais altos, uma visão nova da história humana. É preciso renunciar à paz falsa, que prometem os ídolos deste mundo, e aos perigos que a acompanham; refiro-me à paz que torna as consciências cada vez mais insensíveis, que leva a fechar-se em si mesmo, a uma existência atrofiada vivida na indiferença. Ao contrário, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.

Jesus encarna o conjunto destas atitudes na sua vida até ao dom total de Si mesmo, até «perder a vida» (cf. Mt 10, 39; Lc 17, 33; Jo 12, 25). E promete aos seus discípulos que chegarão, mais cedo ou mais tarde, a fazer a descoberta extraordinária de que falamos no início: no mundo, está presente Deus, o Deus de Jesus Cristo, plenamente solidário com os homens. Neste contexto, apraz-me lembrar a oração com que se pede a Deus para fazer de nós instrumentos da sua paz, a fim de levar o seu amor onde há ódio, o seu perdão onde há ofensa, a verdadeira fé onde há dúvida. Por nossa vez pedimos a Deus, juntamente com o Beato João XXIII, que ilumine os responsáveis dos povos para que, junto com a solicitude pelo justo bem-estar dos próprios concidadãos, garantam e defendam o dom precioso da paz; inflame a vontade de todos para superarem as barreiras que dividem, reforçarem os vínculos da caridade mútua, compreenderem os outros e perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias, de tal modo que, em virtude da sua ação, todos os povos da terra se tornem irmãos e floresça neles e reine para sempre a tão suspirada paz.

Com esta invocação, faço votos de que todos possam ser autênticos obreiros e construtores da paz, para que a cidade do homem cresça em concórdia fraterna, na prosperidade e na paz.

Vaticano, 8 de Dezembro de 2012.



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Tradução: Canção Nova.*

Indicações Litúrgico-Pastorais para receber Indulgência Plenária no dia 1º de Janeiro



A data de 1º de Janeiro, encerrando a oitava de Natal com a solenidade da Maternidade Divina de Maria abre um espaço particularmente adequado para um encontro da piedade litúrgica com a piedade popular. No Ocidente, este é um dia de se desejar boas-festas: o começo do ano civil. Os fiéis também ficam envolvidos neste clima festivo de ano-novo, aprendendo a sempre dar a este costume um sentido cristão e fazer dele quase uma expressão de piedade. De fato, os fiéis sabem que o “ano-novo” deve ser posto sob o senhorio de Cristo a quem pertencem os dias e os séculos eternos (Ap 1,8;22,13).

A esta consciência se liga o costume muito difundido de cantar, no dia primeiro de janeiro o hino Veni Creator Spiritus, para que o Espírito do Senhor dirija os pensamentos e as ações de cada um dos fiéis e das comunidades cristãs no decorrer do ano.

Também a esta prática de piedade litúrgica concede-se Indulgência parcial ao fiel que o recitar devotamente em todo o ano. A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente. Propomos dessa maneira que as comunidades encerrem a celebração eucarística deste dia com uma devida monição feita por parte do animador da celebração, seja pelo padre que preside ou por algum outro ministro idôneo, seguida do canto de súplica pela vinda do Espírito Santo antes da benção final.


Segue a tradução oficial do Hino Veni Creator – Ó Vinde Espírito Criador:

1. Ó, vinde, Espírito Criador, as nossas almas visitai
e enchei os nossos corações com vossos dons celestiais.

2. Vós sois chamado o Intercessor do Deus excelso,
o dom sem par, a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.

3. Sois doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.

4. A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

5. Nosso inimigo repeli, e concedei-nos vossa paz;
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

6. Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer.
que procedeis do seu amor fazei-nos sempre firmes crer.
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Fonte: Comissão Diocesana de Liturgia (Taubaté).

domingo, 30 de dezembro de 2012

Programação de passagem do ano civil 2012-2013 na Igreja Matriz


Na maioria dos países do Ocidente, neste dia, celebra-se o encerramento do ano civil. O acontecimento leva os fiéis a refletirem sobre o “mistério do tempo”, que corre veloz e inexorável. Isso provoca no seu espírito duplo sentimento: de arrependimento e de pesar pelas culpas e ocasiões de graça perdidas ao longo do ano que chega ao fim; e de gratidão pelos benefícios recebidos do Senhor.

Esta dupla atitude deu origem ao costume de entoar festivamente o hino do Te Deum em ação de graças a Deus pelo ano que se finda. Em sua rica Liturgia, dispõe a Santa Igreja de hinos próprios para cada ocasião. O Te Deum, cântico de ação de graças por excelência, pelo qual a Mãe Igreja exprime seu louvor e gratidão ao "Deus de imensa majestade", segundo o Manual das Indulgências emanado pela Penitenciaria Apostólica em 1968 e reeditado com a aprovação do Beato João Paulo II em 1986,  é enriquecido de indulgência parcial ao fiel que recitá-lo, sendo plenária quando recitado em público no último dia do ano. Para que não seja apenas uma recitação simples, pode ser realizado durante a Exposição do Santíssimo Sacramento ao fim da celebração litúrgica.

HORÁRIO DAS CELEBRAÇÕES NA IGREJA MATRIZ:

Às 6:30 – Santa Missa;
Às 17h não haverá celebração;
Às 21h: Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria*.

*Nesta celebração o hino Te Deum (A vós, ó Deus) será entoado em ação de graças, para que seja concedida indulgência plenária a todos os fiéis presentes.

OBS: Lembramos que dia 1º de Janeiro celebra-se a Solenidade de Maria, mãe de Deus. Na Matriz, missa nos seguintes horários: 9:30 e 17h. (Não haverá missa às 6:30 da manhã e nem às 19h).


ORAÇÃO PARA OBTER INDULGÊNCIA PLENÁRIA NO ÚLTIMO DIA DO ANO
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos.
A vós, eterno Pai, adora toda a terra.
A vós cantam os anjos, os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo!
Proclamam céus e terra a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro glorioso dos Apóstolos.
Vos louva dos Profetas a nobre multidão
e o luminoso exército dos vossos santos mártires.
A vós por toda a terra proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente, de imensa majestade.
E adora juntamente o vosso Filho Único,
Deus vivo e verdadeiro, e ao vosso Santo Espírito.
Ó Cristo, Rei da glória, do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem, a fim de nos salvar.
Sofrendo vós a morte, da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo vireis como juiz.
Portanto, vos pedimos: salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados, Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos na vossa eterna glória.
(A parte que segue pode ser omitida, se for oportuno.)
Salvai o vosso povo. Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos até a vida eterna.
Senhor, em cada dia, fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia, guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade de nós, que a vós clamamos.
Que desça sobre nós, Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre, não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio, sois vós minha esperança!

A seguir, veja uma versão do TE DEUM cantada pelo Pe. João Carlos segundo a tradução oficial:
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Fonte: Comissão Diocesana de Liturgia (Diocese de Taubaté).

O que são Indulgências?



Todo pecado leva uma culpa e uma pena. A culpa é perdoada na confissão. A pena deve ser expiada nessa vida ou na outra. A Igreja tem o poder de perdoar esta pena através das indulgências.

A indulgência é a remissão diante de Deus da pena temporal pelos pecados já perdoados no que se refere à culpa, que o fiel devidamente disposto e sob determinadas condições adquire mediante a intervenção da Igreja, a qual, como ministra da redenção, dispensa e aplica com autoridade o tesouro das expiações conquistadas por Cristo e pelos santos.

A indulgência é parcial ou plenária, dependendo de se libera somente uma parte ou toda a pena temporal causada pelos pecados. Ninguém pode oferecer a indulgência que adquire por pessoas que ainda vivem. As indulgências parciais ou plenárias podem ser aplicadas aos defuntos como sufrágio.

Para que alguém seja capaz de adquirir as indulgências requer-se que seja batizado, não esteja excomungado, esteja em estado de graça pelo menos no final das obras prescritas e seja súdito do que tem autoridade para concedê-las.

Para que a pessoa, que é capaz de recebê-las, realmente as obtenha, deve ter a intenção, aos menos geral, de recebê-las, bem como a de realizar as obras prescritas, no tempo e do modo determinado pelo teor da concessão.
Para conseguir a indulgência plenária é necessário realizar a obra aplicada com indulgência e cumprir três condições: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Sumo Pontífice. Requer-se, além disso, que se elimine qualquer afeto ao pecado, ainda que seja venial.

 1 - ... a confissão das faltas cotidianas (pecados veniais), é vivamente recomendada pela igreja. Com efeito, a confissão regular de nossos pecados veniais nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendências, a deixar nos curar por Cristo, a progredir na vida do espírito. ( cf. Catecismo da Igreja Católica, 1458 ).

2 - O pecado venial deixa subsistir caridade, embora a ofenda e fira. ( cf. Catecismo da Igreja Católica, 1855 ).

3 – Comete-se pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento. ( cf. Catecismo da Igreja Católica, 1862 ).
   
As três condições mencionadas podem cumprir-se muitos dias antes ou depois de realizadas a obra prescrita; não obstante, convém que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice, sejam feitas no mesmo dia em que se realiza a obra.

A condição da oração pelas intenções do Sumo Pontífice es cumpre plenamente recitando um Pai-nosso e uma Ave-Maria por suas intenções; apesar disto, cada um dos fiéis tem a liberdade de recitar outras orações, de acordo com a sua piedade e as sua devoções particulares.

Por meio da Igreja, é concedida ao fiel cristão que, pelo menos com o coração contrito realiza uma obra enriquecida com indulgência parcial, a remissão temporal da pena, proporcional à que ele recebe com sua ação.

A indulgência plenária pode ser adquirida somente uma vez ao dia, com exceção “In Articulo Mortis” ( em momento de morte ). A indulgência parcial pode ser adquirida muitas vezes durante o dia, a não ser que se expresse o contrário.

São dadas três condições de indulgências parciais ao fiel cristão que:

1 – No desempenho dos seus deveres e na paciência diante das dificuldades da vida levanta com humilde confiança a sua alma a Deus, acrescentando, ainda que só mentalmente, uma invocação piedosa;

2 – Guiado pelo espírito de fé emprega a si mesmo ou seus bens com espírito de misericórdia ao serviço dos seus irmãos necessitados;

3 – Espontaneamente se abstém de alguma coisa lícita e agradável a si por espírito de penitência.

 Algumas orações e ações enriquecidas com indulgência parcial:

 1 - Cada um dos atos de fé, esperança, caridade e contrição recitados com devoção de acordo com uma fórmula autorizada.

2 – A visita de adoração ao Santíssimo Sacramento.

3 – A oração ao Anjo da Guarda.

4 – O “Ángelus” e o “Regina Cæli”, recitados no tempo correspondente.

5 – O “Alma de Cristo”.

6 – O ato de comunhão espiritual.

7 – O Credo.

8 – A ação de ensinar ou aprender a doutrina cristã.

9 – As ladainhas dos santos, da Santíssima Virgem Maria, etc.

10 – O “Magnificat”.

11 – O “Lembrai-vos”.

12 – O “Miserere”.

13 – A oração pelas vocações sacerdotais ou religiosas.

14 – A oração mental ou meditação

15 – A oração pelo Sumo Pontífice

16 – O terço rezado em particular.

17 – A leitura da Sagrada Escritura.

18 – A “Salve Rainha”.

19 – O sinal da cruz

20 – O “À vossa proteção”.

21 – O “Tantum ergo”.

22 – O “Te Deum”.

23 – O hino ao Espírito Santo.

24 – Na renovação das promessas batismais.


Algumas orações e ações enriquecidas com indulgência plenária:


1 – A visita de adoração ao Santíssimo, de meia hora pelo menos.

2 – A visita por devoção a alguma das quatro basílicas patriarcais de Roma: São Pedro, São Paulo Fora dos Muros, São João Latrão e Santa Maria a Maior: o dia da festa titular, qualquer dia de festa de preceito; uma vez ao ano ou num dia escolhido por cada um.

3 – A benção do Papa, dada “urbi et orbi”, recebida com piedade e devoção, mesmo que seja somente através do rádio ou da televisão.

4 – A visita aos cemitérios acompanhada de oração, ainda que só mental, pelos defuntos, e aplicada somente às almas do purgatório, do dia primeiro ao oito de novembro.

5 – A adoração da cruz, na sexta-feira santa durante a solene ação litúrgica.

6 – Nas primeiras comunhões, aos que a recebem e aos que assistem.

7 – Aos sacerdotes que celebram a sua primeira missa solene e aos féis que participam com devoção.

8 – Aos participantes de exercícios espirituais que durem pelo menos três dias.

9 – Aos que rezam o terço numa igreja, num oratório público, em família, comunidade religiosa ou numa associação piedosa.

10 – Aos que lêem a sagrada Escritura pelo menos durante meia hora.

11 – O “Te Deum” rezado numa celebração pública, no último dia do ano.

12 – O “Veni Creátor” rezado em celebração pública no primeiro dia do ano e no dia de Pentecostes.

13 – A Via Sacra, diante de estações legitimamente dispostas. De acordo com o uso
 comum a Via Sacra consta de quatorze leituras, às quais se somam algumas orações vocais. Isto não é indispensável; é suficiente a devota meditação da paixão e da morte do Senhor. A não ser que se esteja impedido, requer-se a passagem de uma estação à outra. Quando se trata de uma Via Sacra pública, basta que pelo menos quem a dirija passe de uma estação à outra, ficando os outros nos seus postos.

14 – Na renovação das promessas batismais, durante a celebração da Vigília Pascal e no aniversário do próprio batismo.

15 – A “Oração a Jesus crucificado (Olhai-me, bom Jesus), rezada devotamente diante do crucifixo, depois da comunhão em qualquer sexta-feira do tempo da Quaresma e do tempo da Paixão”.

16 – O ato de reparação de acordo com a fórmula aprovada, recitado em celebração pública no dia do Sagrado Coração.

17 – O ato de consagração do gênero humano a Cristo Rei, de acordo com a fórmula aprovada, rezado numa celebração pública no dia de Cristo Rei.

18 – A visita à Catedral da diocese ou à própria paróquia, no dia da festa titular e no dia dois de agosto, (a não ser que o Ordinário do lugar determine outra data).

19 – A devota assistência à celebração litúrgica ao final de um congresso eucarístico ou de uma missão popular.

20 – “In artículo mortis” (em momento de morte), se não há um sacerdote que possa administrar os sacramentos e a benção apostólica com a indulgência plenária subseqüente, a Santa Igreja concede ao falecido, convenientemente disposto, a indulgência plenária, se ele, durante a sua vida, tiver rezado habitualmente algumas orações. Neste caso, esta condição supre as três condições previstas.


Alguns objetos de piedade enriquecidos com indulgências:


 1 – A indulgência parcial é alcançada usando com devoção os objetos de piedade abençoados por um sacerdote de acordo com a fórmula prescrita. Estes objetos são: o crucifixo ou a cruz, o terço, o escapulário, as medalhas.

2 – Se estes objetos de piedade foram abençoados pelo Sumo Pontífice ou por um Bispo, pode-se alcançar a indulgência plenária usando-os devotamente na festa de São Pedro e de São Paulo, acrescentando qualquer forma aprovada de profissão de fé reconhecida e aceita.
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Título Original: Indulgências.
Autor: Alessandro Manoel da Silva
Fonte: Veritatis Splendor
Disponível em: Universo Católico
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Saiba mais: 

Indulgências: Como receber? De que se trata? Qual a natureza?


sábado, 29 de dezembro de 2012

Os Santos são oniscientes?


No céu os Santos sabem, através da comunhão com Deus, de nossas condições aqui na terra. A sua felicidade no céu consiste em compreender a Deus. Eles participam da comunhão e do interesse de Deus por nós. Deus não é indiferente ao que está acontecendo aos seus filhos da terra por ele criados. Os Santos, que tanto se assemelham a Deus no seu amoroso interesse por nós, também acompanham as nossas lutas.

Podemos invocá-los, e eles podem ouvir as nossas preces. Como? É claro que os Santos não são oniscientes e nem onipresentes, mas no Céu todos os seus desejos razoáveis são satisfeitos pelo poder de Deus. É razoável que eles desejem conhecer os pedidos a eles dirigidos. Então, Deus habilita-os a conhecer as nossas preces. A perfeita comunhão com Deus permite aos Santos conhecerem nossos pedidos e interceder por nós. Eles não estão dormindo. A alma não dorme. A Carta aos Hebreus ensina: “Está determimado que cada um morra uma só vez, e em seguida vem o juizo (de Deus)” (Hb 9,27). Ora. é óbvio que logo após a morte a alma não será julgada por Deus dormindo…

O tempo e a distância não são empecilhos para que os Santos ouçam nossas preces e nos socorram com sua intercessão; estas realidades que tratamos são coisas do espírito. Na vida eterna não existe mais a limitação do tempo e do espaço que nos impedem, por exemplo, aqui na terra a bilicação. Por mais secretas que sejam, eles conhecem as nossas preces. Querem ajudar-nos, por mais desesperada que seja a nossa necessidade.E podem ajudar-nos. Este é talvez o fato mais importante de todos. Eles são amigos de Deus, muito chegados a Ele pela sua santidade, que os fez “participantes da sua natureza divina”, como diz S. Pedro. Eles têm grande influência junto ao “Pai das luzes” de quem vem “todo dom melhor e todo dom perfeito” (Tg 1, 17).

Que fique claro, o Santo intercede diante de Deus ( Jesus ), mas é Deus quem faz o milagre.

Precisamos conhecer as vidas dos Santos e precisamos invocá-los em nossas necessidades continuamente. Devemos fazer todo esforço para nos lembrar deles. As imagens e os quadros são grandes auxílios para isto; nos inspiram seus exemplos e nos convidam à oração. Dias especiais de honra tributada aos Santos particulares renovam o nosso interesse por eles. Novenas, demonstrações públicas especiais, Procissões, a coroação da imagem da Santíssima Mãe de Deus no último de Maio, as peregrinações aos santuários, a dedicação de igrejas a um santo particular – todos estes são apenas alguns dos meios honestos, humanos, de nos ajudar a recordar e imitar os Santos.

Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, insistia sobre a necessidade de nos “recomendarmos” continuamente aos Santos. Santa Teresa de Ávila, também doutora da Igreja, tinha devoção especial a São José e a Santo Agostinho.

No Batismo, a cada criança católica deve ser dado o nome de um Santo. É bom que um novo cristão tome o nome de um dos heróis da fé cristã. Além disto, o nome dá honra ao Santo, tal como um homem na terra é honrado por ter um filho com o seu nome. E, do mesmo modo que um homem acompanha com interesse e afeição a carreira do seu homônimo, assim também o Santo no céu se interessa por aqueles que trazem os seus nomes na terra e os ajuda.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

JMJ abre inscrições de propostas de filmes para mostra de cinema



Convidamos aos criadores, diretores, produtores de cinema e possuidores dos Direitos Autorais, que têm um compromisso com a proposta cristã para que nos apresentem seus filmes para a sua projeção nas atividades da JMJ Rio2013.

A JMJ Rio2013 contará com dias de projeção de filmes, encontros, pré-estréia de cinema e atividades que ilustram quando a sétima arte olha pro infinito, inspira esperança, amor, solidariedade, unidade, liberdade, e um claro sentido da Verdade, a Verdade que devemos mostrar e projetar, “Ide e fazei discípulos entre todos os povos”.

Poderão participar todos aqueles produtores e/ou diretores, pessoas físicas ou jurídicas que possuam os direitos das obras. A inscrição dos filmes nas atividades de cinema da JMJ Rio2013 implica na cessão, em favor da JMJ Rio2013, dos Direitos de Propriedade Intelectual da obra selecionada para o único e exclusivo propósito de sua exibição na JMJ Rio2013. Além disso, os detentores das obras selecionadas cederão o uso da documentação que for necessária para a publicação da informação pertinente da obra nos materiais da JMJ.


Normas e Instruções

1 –Todas as atividades culturais e religiosas oferecidas na Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 serão de caráter gratuito.
2 –É de responsabilidade do proponente todo e qualquer custo fora da estrutura básica oferecida pela JMJ. Esta estrutura básica é composta por um espaço para apresentação, sistemas básicos de som e iluminação.
3 –Instrumentos, stand de partitura, cenários, deslocamentos e demais necessidades são de responsabilidade do proponente.
4 –Os participantes precisarão estar no local com um prazo de 1h30min antes da apresentação. Os participantes precisarão respeitar o tempo estipulado, em vista do bom funcionamento da Programação Cultural Oficial da JMJ Rio 2013.
5 –Os participantes deverão se enquadrar no mapa de palco pré-definido, para poder facilitar o trabalho da equipe de organização.
6 –Todos os inscritos que tiverem as suas participações confirmadas deverão assinar e encaminhar por e-mail no prazo de até 45 dias após a confirmação de aprovação de participação:
a.      Termo de compromisso de execução da proposta (sujeito a penalidades);
b.      Termo de cessão de imagem, de cada integrante do grupo.
7 –Os grupos, cantores, entre outros grupos que realizarem apresentações que contém músicas terão um prazo de 45 dias, após a confirmação de aprovação de participação, para enviar via e-mail ao Comitê Organizador o repertório liberado pelo ECAD. É expressamente proibida a execução de músicas que não forem liberadas pelo ECAD sob pena da multa correspondente as leis desta instituição.
8 –A observância de todos os itens acima é indispensável para a inclusão da proposta na Programação Cultural Oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

Requisitos gerais para a apresentação da obra:

Os filmes apresentados deverão tratar ou apresentar protagonistas que personifiquem a temática e o espírito das Jornadas Mundiais da Juventude em consonância com o Magistério da Igreja.

As obras serão apresentadas na sua língua original. Caso uma versão diferente ao português/brasileiro, deverá ser enviado obrigatoriamente a cópia legendada em inglês e/ou português/brasileiro.

É necessária uma projeção mínima de 30 minutos e máxima de 3 horas das obras.

Formatos

Para a fase de apresentação de propostas é preciso que se envie à organização uma copia da obra em qualquer formato para a sua posterior visualização. Uma vez selecionada para a sua projeção na JMJ Rio2013 os formatos aceitos pela organização serão 35 MM, DCP, HD Cam, BETACAM Digital PAL ou DVD/Blue-Ray. Os filmes deverão ser apresentados no melhor formato na sua qualidade de projeção, independentemente do seu formato original.

Local e data limite de apresentação

FASE DE APRESENTAÇAO E RECEPÇAO DAS PROPOSTAS: Até o dia 8 de abril de 2013.

FASE DE SELEÇAO: Até o dia 6 de maio.

FASE DE ENVIO DOS FILMES À ORGANIZAÇAO DA JMJ RIO2013:

Até o dia 21 de junho de 2013.

Os custos de envio serão pagos por conta dos participantes.

Apresentação das obras

Interessados, favor de contatar Teresa Ekobo através do e-mail: cinema@rio2013.com

Programação

A Coordenação das atividades de cinema e filmes da JMJ Rio2013 estabelecerá a ordem e a data de exibição de cada filme selecionado, reservando-se o direito de projeção dos mesmos em qualquer um dos locais estabelecidos, de acordo com a programação estabelecida.

Aceitação dos Termos/Condições à Convocatória

A participação desta convocatória pressupõe a aceitação da totalidade das condições do Festival da Juventude JMJ Rio2013.
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Fonte: http://www.rio2013.com