quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Revista Italiana afirma que Papa Francisco foi espionado por EUA


Depois as notícias de que os Estados Unidos estariam espionando países aliados como Brasil, França e Alemanha, a mais nova revelação apresenta o Estado do Vaticano.Segundo a reportagem da revista “Panorama” que irá as bancas nesta quinta-feira, 31, o Vaticano também foi espionado pela Agência de Segurança Nacional (NSA). As converas monitoradas pela NSA incluiam a residência de cardeal argentino, Jorge Mario Bergoglio, em momentos anteriores ao Conclave que o elegeu Papa em março deste ano, dentre outros organismos de Roma.

As ligações do Vaticano estavam entre as 46 milhões de conversas monitoradas na Itália no período de 10 de dezembro de 2012 a 8 de janeiro de 2013. Na reportagem são citados documentos oriundos do ex-técnico da CIA Edward Snowden onde possivelmente teria continuado por ocasião das reuniões dos cardeais e no Conclave.


O porta-voz do Vaticano, padre Frederico Lombardi, declarou que a Santa Sé não tem informações sobre o caso e que não há nenhuma preocupação com relação ao assunto. De acordo com o “Panorama”, as chamadas do Vaticano eram monitoradas e receberam classificação de quarta categoria, relacionada à “intenções de liderança”, “ameaças ao sistema financeiro”, “política externa” e “direitos humanos”.

A reportagem recorda que o então cardeal arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, já havia sido mensionado em documentos de Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Há a suspeita de que as conversas tenham sido monitoradas sobre a escolha do novo presidente do Banco do Vaticano, Ernst Von Freyberg. (JS/Com Agências)
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Fonte:portalecclesia.com
Disponível em: Pro Ecclesia Catholica


Vaticano consolida o domínio ".catolica" na internet: uma forma mais coesa e organizada de fornecer uma identidade autenticamente católica para os sites deste segmento.


A Internet Corporation for Assigned Names and Numbers deu o aval para o website ".Católica", bem como o mesmo domínio em chinês, árabe e russo, para o Vaticano. Assim, a Igreja Católica terá uma forma mais coesa e organizada para fornecer uma identidade própria e para garantir sites autenticamente católicos.

A Igreja Católica começará a ser facilmente reconhecida na web em seu novo domínio ".Católica ". A Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN), o organismo responsável por estabelecer os endereços de protocolo de Internet, aprovou uma proposta do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais para assumir o ".Católica", bem como o mesmo domínio em chinês, árabe e russo.

Agora é o Vaticano que tem a autoridade para decidir quais as páginas que pode levar o final ".Católica" e, assim, garantir o seu conteúdo. Os usuários podem facilmente reconhecer o trabalho da Igreja Católica por trás de cada página após esse domínio.

O domínio, que estará pronto para uso a partir de novembro, foi solicitado pelo Vaticano em junho de 2012 após a Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números anunciar a expansão de TLDs.


A Santa Sé quer ter uma identidade de marca mais coesa e organizada para garantir sites "autenticamente católicos ", explicou o secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Paul Tighe.

Este domínio de internet pode ser utilizado pelas instituições e comunidades que têm reconhecimento canônico, disse o monsenhor Tighe. Católica é o sufixo de "dioceses, paróquias e de outra jurisdições territoriais da Igreja. Também gostaria de receber ordens e comunidades reconhecidas como instituições católicas como também universidades, escolas e hospitais religiosos". "Nossa esperança, continuou Tighe, é que, ao longo do tempo, os usuários da Internet saibam que, se encontrar um site que termine em ".Católica" será uma instituição reconhecida pela Igreja Católica e, portanto, o conteúdo que encontrar lá é confiável e pode ter certeza que ele virá de uma fonte verdadeiramente católica."

  
O custo de cada aplicação é 185.000 dólares, mas o secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais chamou-lhe de um bom investimento, que asseguram "uma forma mais coesa e organizada, de modo que a estrutura conhecida da Igreja pode ser replicada no espaço digital". O valor do investimento pode ser comparado com aquele necessário para manter a boa estrutura de um templo, só que este é digital e global.
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Fonte: Aleteia
Disponível em: Fabiano Marta Tobias

Bispo da Universal é flagrado ameaçando pastores


Um bispo da igreja Universal do Reino de Deus foi flagrado dando uma repreensão em seus pastores.

Durante uma reunião, o bispo Walber Barbosa se mostra extremamente autoritário e ameaça seus pastores.

No vídeo ele diz que a igreja está vazia porque os obreiros não tiram o "rabo da cadeira" e que eles só pensam em mulher. Confira o vídeo a seguir:



Atualizando...

A Universal conseguiu retirar o vídeo do Youtube, mas nós conseguimos colocar de novo.

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Fonte: O Fuxico Gospel




Tentam destruir meu ministério, diz pastor Valdemiro


Em discurso emocionado, o apóstolo Valdemiro Santiago, que vai deixar a Rede 21, UHF, que pertence à Band, afirmou que "estão tentando destruir" seu ministério. Ele se referia à Igreja Universal, que tomou seu espaço não só no canal 21, mas também nas madrugadas da Band.

A igreja de Valdemiro, a Mundial, teria atrasado vários pagamentos do contrato de locação do canal 21 e da Band. A Universal fez uma proposta rentável à Band e tirou seu espaço. Valdemiro ainda deverá ficar alguns dias no ar, conforme reza o contrato com a emissora da família Saad.

"Não é a primeira vez (que tentam me destruir). Lembro que eu estava feliz numa rádio. Um dia chegou a polícia e confiscou tudo. Disseram: o senhor está preso. Fecharam a rádio, mas o dono mesmo da rádio nada sofreu. Eu perguntei, 'mas por quê?' E um policial me disse: 'O senhor é a bola da vez'".

"Não vão apagar minha luz", afirmou Santiago, principal inimigo da Igreja Universal de Edir Macedo. "Ninguém vai destruir esta obra".

Santiago está tentando comprar a extinta MTV, do grupo Abril, que hoje exibe a TV Ideal, um canal corporativo. Há rumores de que também estaria tentando adquirir uma parte das ações da RedeTV! A emissora nega.


A Mundial vem sofrendo com problemas financeiros há pelo menos um ano, supostamente devido a uma estratégia errada de crescimento. Santiago vinha tentando superar a Universal em número de templos e em tempo de TV. No ano passado, a Record, emissora de Edir Macedo fez várias denúncias contra a Igreja Mundial --inclusive sobre o desvio do dinheiro de fiéis para compra de propriedades. Valdemiro Santiago nega, mas teve de vender propriedades após inquérito aberto pelo Ministério Público de São Paulo.

Durante o sermão, Santiago chorou várias vezes ao mostrar supostos milagres ocorridos em sua igreja.
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Fonte: UOL

Disponível em: Jesus o Bom Pastor

Na catequese, Papa fala aos fiéis sobre a Comunhão dos Santos


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 30 de Outubro de 2013


Locutor:

Queridos irmãos e irmãs,

A comunhão dos santos, esta belíssima realidade da nossa fé, pode se entender em dois sentidos: comunhão nas coisas santas e comunhão entre as pessoas santas, ou seja, todos aqueles que pertencem a Cristo. Este segundo sentido nos lembra que a comunhão dos santos tem como modelo a relação de amor que existe entre Cristo e o Pai no Espírito Santo: é o amor de Deus que nos une e purifica dos nossos egoísmos, dos nossos juízos e das nossas divisões internas e externas. Ao mesmo tempo, também experimentamos que a comunhão com os irmãos nos leva à comunhão com Deus. De fato, nos momentos de incerteza e mesmo de dúvida, precisamos do apoio da fé dos demais. Finalmente, é importante lembrar que a comunhão dos santos não acaba com a morte: todos os batizados aqui na terra, as almas do Purgatório e os santos que estão no Paraíso formam uma grande família, que se mantém unida através da intercessão de uns pelos outros.

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Santo Padre:

Cari pellegrini del Portogallo, di Timor Est e del Brasile: benvenuti! Fra qualche giorno celebreremo la solennità di Tutti i Santi e la commemorazione dei fedeli defunti. La fede nella comunione dei santi vi stimoli ad affidare a Dio, specialmente nell’Eucaristia, i vostri familiari, amici e conoscenti deceduti, sentendoli vicini nella grande compagnia spirituale della Chiesa. Dio vi benedica a tutti!

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Locutor:

Queridos peregrinos de Portugal, de Timor Leste e do Brasil: sede bem-vindos! Daqui alguns dias, celebraremos a solenidade de Todos-os-Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos. Possa a fé na comunhão dos santos vos animar a encomendar a Deus, sobretudo na Eucaristia, os vossos familiares, amigos e conhecidos falecidos, sentindo a proximidade deles na grande companhia espiritual da Igreja. Que Deus vos abençoe!

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Fonte: Santa Sé 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Homofobia: pela liberdade de expressão contra qualquer tipo de discriminação


A Manuf Pour Tous Itália se une ao luto da família e expressa as suas condolências aos pais de Simone, o jovem estudante que tirou a própria vida na noite passada, em Roma. "Esperamos que as instituições e as autoridades competentes esclareçam esta tragédia".

Simone, 21 anos, estudante de medicina, se atirou ontem à noite, por volta das 23h30, do décimo primeiro andar de seu prédio, na capital italiana. Na carta que levou consigo em seu voo de dezenas de metros rumo à morte, o jovem explicou as razões do seu gesto extremo e expressou a sua angústia e a sua acusação: "A Itália é um país livre, mas existem os homofóbicos. Quem tem essas atitudes deve prestar contas à sua consciência".

E prossegue: "Eu sou homossexual. Ninguém entende o meu drama e eu não sei como fazer a minha família aceitar", afirmou o rapaz, acrescentando: "Os homossexuais são mantidos fora de tudo. Mamãe, papai, peço desculpas, mas eu não posso mais viver. Não consigo seguir em frente. Não estou bem".


À luz deste acontecimento dramático, a Manif Pour Tous Itália reitera a sua firme condenação a "todo ato de humilhação, ridicularização e violência contra as pessoas com tendências homossexuais, lembrando que procura, em sua batalha antropológica, o respeito pela diversidade e não a discriminação".

Por isso, continua o comunicado, "vamos continuar a enfatizar a importância da liberdade de expressão e a defendê-la ainda mais fortemente nas ruas, na internet, nas redes sociais. É importante não instrumentalizar o que aconteceu. Depois dessa tragédia, e num momento tão delicado, qualquer um que gritar a favor de leis injustas e prejudiciais à liberdade de expressão só conseguirá esconder um problema e criar outro tão perigoso quanto".



(29 de Outubro de 2013) © Innovative Media Inc.
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Fonte: ZENIT

Como poderei estar feliz no céu se um amigo meu está no inferno?

Entenda por que a felicidade do céu é totalmente plena:
a comunhão com Deus não deixa espaço para nenhum tipo de limitação

A felicidade do céu é totalmente plena. Nenhuma preocupação, nenhuma dor, nem a mais mínima tristeza: nada pode limitar a suprema e definitiva alegria da comunhão de vida e amor com Deus.
 
O Catecismo da Igreja Católica explica que cada pessoa, depois de morrer, recebe sua retribuição eterna, seja através de uma purificação, seja para entrar imediatamente na bem-aventurança do céu, ou para condenar-se imediatamente para sempre.
 
Com relação ao céu, o Catecismo o considera como o fim último e a realização das aspirações mais profundas do ser humano, o estado supremo e definitivo de felicidade, e destaca que viver no céu é estar com Cristo.
 
São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, fala da felicidade de quem ama e exemplifica que o essencial do céu é a visão e a possessão de Deus: lá, Ele brilhará e alegrará pela sua misericórdia e pela sua justiça.


Quanto ao inferno, o Catecismo explica que a principal pena consiste na separação eterna de Deus, em quem o ser humano pode ter vida e felicidade.
 
Bento XVI, em seu livro "Introdução ao cristianismo", faz referência à "solidão onde a palavra do amor não tem mais guarida"; e fala do inferno como "fechar-se voluntariamente em si mesmo", não um lugar, mas "uma dimensão da natureza, o abismo no qual se precipita".

 
"A essência daquilo que chamamos 'céu' está na exclusiva possibilidade de se receber, assim como alguém só é capaz de se dar o inferno", escreveu o hoje Papa emérito. "Por esta razão, céu sempre será mais do que um destino individual; está em nexo com o 'último Adão', com o homem definitivo e, portanto, em nexo com o destino comum do homem."
 
"A esperança de imortalidade do indivíduo e a possibilidade de eternidade para toda a humanidade coincidem e se realizam em Cristo", resume.
 
Alguns anos depois, no primeiro volume de "Jesus de Nazaré", Bento XVI aprofunda nesta esperança e afirma que a glória de ressurreição confere uma alegria, uma "beatitude" maiores que toda felicidade que se possa ter experimentado antes, neste mundo.

 
A pessoa "só agora sabe o que é realmente a 'felicidade', a autêntica 'bem-aventurança' e, ao mesmo tempo, percebe quão mísero era o que, segundo os critérios habituais, se considerava como satisfação e felicidade", continua.
 
E conclui: "Suas lágrimas se secarão completamente; e o consolo será total somente quando também o sofrimento incompreendido do passado receber a luz de Deus e adquirir, pela sua bondade, um significado de reconciliação".
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Disponível em: Aleteia

Angola: Profanada a Imagem de Nossa Senhora de Muxima


“Uma ação perpetrada de maneira fria e covarde”. Assim Dom Joaquim Ferreira Lopes, Bispo de Viana, descreve a profanação do Santuário de Muxima, em Angola. Segundo Radio Ecclesia (emissora da Igreja angolana), no domingo 27 de outubro, 6 pessoas não identificadas vandalizaram e destruíram algumas imagens de Nossa Senhora veneradas no Santuário. “Felizmente, a imagem principal de Nossa Senhora de Muxima (uma imagem, ndr.) sofreu danos limitados, mas outras imagens são irrecuperáveis porque foram barbaramente destruídas”, afirmou o Bispo. O grave ato de vandalismo foi cometido no dia do encerramento do Ano da Fé em Angola. 

Recebida a notícia centenas de fiéis se reuniram diante do santuário para protestar. Dom Lopes convidou todos a manter a calma, mas sublinhou que além de alguns danos materiais, as autoridades devem considerar “os danos menos visíveis, ou seja, os danos morais que afetam o coração das pessoas que provocam raiva na população, que se sente privada dos símbolos aos quais é muito devota”. As autoridades anunciaram uma investigação e o recurso a especialistas para consertar a imagem da Virgem. 


Segundo notícias da imprensa, a polícia parou algumas pessoas pertencentes a confissão evangélica chamada “Igreja profética da Arca de Belém” e está avaliando a sua posição em relação ao ato de profanação. 

Os bispos angolanos expressaram em várias ocasiões suas preocupações pelo aumento das seitas e pelo forte crescimento de imigrantes de religião muçulmana no país (veja Fides 18/11/2011). Uma preocupação manifestada no final de sua última Assembleia Plenária por Dom Manuel Imbamba Arcebispo de Saurimo e porta-voz da CEAST, que numa entrevista a Rádio Ecclesia afirmou que a Igreja Católica não pode impedir a entrada de algumas religiões no país, mas sublinhou que não se pode ignorar “as graves consequências” por causa da chegada de formas religiosas marcadas “pela intolerância, fundamentalismo, violência e perversão de sua própria cultura”. 

Recordando que existem países que financiam a expansão do Islã para fins políticos, Dom Imbamba concluiu: "Devemos ficar atentos contra essas situações, olhando para as situações de violência na Nigéria, República Centro-Africana e Oriente Médio”.
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Fonte: Agência Fides

Disponível em: ZENIT

Três visões absolutamente terríveis do inferno

Se as visões dos santos estiverem minimamente próximas da verdade,
então o inferno é real e horrível

O juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos, Antonin Scalia, disse acreditar no inferno e no diabo, e as pessoas zombaram dele. Mas os partidários de Scalia são muito mais importantes que seu críticos: além de serem maioria no país, tanto Jesus, o Filho de Deus, como o seu Vigário, o Papa Francisco, falam constantemente do inferno em seus ensinamentos.
 
O inferno é real e, para os católicos, sua existência é um dogma. O Concílio de Florença estabeleceu, em 1439, que "as almas dos que morrem em pecado mortal atual, ou somente no pecado original, descem rapidamente ao inferno".
 
Por ser um lugar no qual estão somente aqueles que morreram, os vivos não têm acesso a ele – pelo menos em circunstâncias normais. No entanto, muitos santos, ao longo da história da Igreja, afirmaram ter vivido experiências místicas do inferno e as descreveram.
 
A seguir, detalharemos três destas descrições.
 
Cabe recordar que o Catecismo da Igreja Católica afirma claramente que o papel das revelações privadas não é "melhorar" ou "completar" o depósito da fé, mas "ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica".
 
O relato destas visões servem para ajudar as pessoas a levar mais a sério a realidade do reino eterno dos condenados. Duas das visões que apresentamos são do século XX.


Densa escuridão: Santa Teresa de Ávila

 
A grande santa do século XVI, Teresa de Ávila, foi uma religiosa e teóloga carmelita. Está na lista dos 35 doutores da Igreja. Seu livro "Castelo Interior" é considerado um dos textos mais importantes sobre a vida espiritual. Em sua autobiografia, a santa também descreve uma visão do inferno que Deus lhe concedeu, segundo ela, para ajudá-la a afastar-se dos seus pecados.
 
“A entrada pareceu-me semelhante a uma passagem estreita muito longa, como um forno baixo, escuro e constrangido; o chão pareceu-me consistir em água lamacenta, muito suja e de muito mau cheiro, com muitos parasitas e vermes imundos. No fim, havia um nicho na parede ao jeito de um pequeno armário; aí achei-me metida em muito estreito lugar. Tudo isso era nada, em comparação com que eu sentia: isto que eu descrevo está só mal expresso.”
 
“O que senti, parece-me que não posso nem começar a exprimi-lo; nem pode ser entendido. Experimentei um fogo na alma, que eu não sei como descrevê-lo. As dores corpóreas tão insuportáveis, que embora as tenho sofrido penosas nesta vida e que, de acordo com o que os médicos dizem, das piores que podem ser sofridas na terra, pois todos os meus nervos estavam contraídos quando fiquei paralisada, e com mais muitos outros sofrimentos de muitas espécies que eu suportei, e ainda alguns, como disse, causados pelos demônios, todos estes eram nada em comparação com os que eu experimentei lá, e saber que haviam de ser sem fim e sem jamais cessar.”
 
“Isto não era nada, porém, em comparação com o agoniar da alma: um apertamento, um afogamento, uma aflição tão agudamente sentida e com tal desesperada e afligida infelicidade que atormenta, que eu não sei como exprimir; porque parece estar-se sempre arrancando a alma que se rasga em pedaços."

"O fato é que não sei como dar uma descrição suficientemente poderosa daquele fogo interior e aquela gravíssima desesperação sobre tão dolorosos tormentos e dores. Eu não vi quem me os infligia, mas, sentia-me queimar e espedaçar, ao que me parece, e repito que o pior era aquele fogo interior e aquele desespero."

"Estando em tão fétido lugar, tão incapaz de esperar qualquer consolação, não há onde sentar-se ou deitar-se, nem há lugar, ainda que estava eu metida nessa espécie de buraco feito na parede, porque essas paredes apertam e tudo sufoca. Não há nenhuma luz, senão todo trevas escuríssimas.”
 
“Depois, eu tive uma visão de coisas espantosas. De alguns vícios, o castigo. Porque não é nada o ouvi-lo dizer, nem eu ter meditado de outras vezes sobre diversos tormentos (embora poucas vezes o fizesse, pois que, por caminho de temor, não ia bem a minha alma), nem que os demônios atormentam, nem outros diferentes suplícios que tenho lido, nada é como esta pena, porque é outra coisa. Enfim, é tão diferente como a pintura o é da realidade, e o queimar-se aqui na terra é muito pouco em comparação com este fogo de lá. Eu fiquei tão aterrada, e ainda agora o estou ao escrever isto, apesar de haver já quase seis anos que de temor – parece-me, e assim é –, me falta o calor natural aqui onde estou.”
 
“Daqui também cobrei a grandíssima pena que me dão as almas que se condenam (destes luteranos em especial, porque já eram, pelo Batismo, membros da Igreja), e os grandes ímpetos de salvar almas, que me parece certo que, para livrar uma só de tão gravíssimos tormentos, padeceria eu muitas mortes de muito boa vontade.”
 
Cavernas horríveis, abismos de tormentos: Santa Maria Faustina Kowalska

Santa Maria Faustina Kowalska, conhecida como Santa Faustina, foi uma religiosa polonesa que afirmou ter tido uma série de visões que incluíam Jesus, a Eucaristia, os anjos e vários santos. Das suas visões, registradas em seu "Diário", a Igreja recebeu a já popular devoção ao Terço da Divina Misericórdia.
 
Em um trecho do seu diário, no final de outubro de 1936, ela descreve sua visão do inferno:
 
“Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do inferno, um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi: o primeiro tormento que constitui o inferno é a perda de Deus; o segundo, o contínuo remorso de consciência; o terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca; o quarto tormento, é o fogo que atravessa a alma, mas não a destrói: é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus; o quinto é a contínua escuridão, o terrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas veem-se mutuamente e veem todo o mal dos outros e o seu. O sexto é a continua companhia do demônio; o sétimo tormento é o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias.”

“São tormentos que todos os condenados sofrem juntos. Mas não é ó fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve lá e não sabe como é."
 
“Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos para falar às almas e testemunhar que o inferno existe. Sobre isso não posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus, tinham de me obedecer. O que eu escrevi dá apenas uma pálida imagem das coisas que vi."
 
"Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão é justamente daqueles que não acreditavam que o inferno existia. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores; incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. 'Ó meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios, a ter que vos ofender com o menor pecado que seja'."
 
Um grande mar de fogo: Irmã Lúcia de Fátima
 
A irmã Lúcia não é uma santa, mas é uma das destinatárias de uma das revelações privadas mais importantes do século XX, ocorrida em Fátima (Portugal). Em 1917, ela era uma das três crianças que afirmou ter tido numerosas visões de Nossa Senhora. Ela declarou que Maria lhes mostrou uma visão do interno que ela descreveu em suas "Memórias".
 
"Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor.”
 
“Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, graças à nossa boa Mãe do céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o céu (na primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.”

 
Alguma reação? Podemos nos confiar à misericórdia de Deus em Cristo, e evitar, assim, qualquer coisa que se aproxime destas descrições, passando toda a eternidade em união com Deus no céu.
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Disponível em: Aleteia

Palavras de Wagner Moura sobre o Pânico na TV


Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice.

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.



O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.

Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. ”

Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.


No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a “cagada” que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?
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Carta aberta do ator Wagner Moura sobre o programa Pânico, divulgada em 2008, que voltou à tona depois do quadro em que a Panicat Babi Rossi teve de ficar careca ao vivo, em 2012.
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Fonte: Globo.com

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Para comprar MTV, Igreja Mundial pede para fiéis fingirem doença

Valdemiro Santiago toma o depoimento de fiíes em culto
na igreja da avenida João Dias no último dia 6

Falso testemunho?

Em carta encontrada em uma sala do templo da Avenida João Dias, na zona sul de São Paulo, a Igreja Mundial do Poder de Deus pede a fiéis para se "passarem por enfermos curados, ex-drogados e aleijados" e assim "conseguir convencer mais pessoas a contribuírem financeiramente para a aquisição do canal 32".

O canal 32 é uma concessão do Grupo Abril, usada até 30 de setembro para transmitir a programação da MTV Brasil em sinal aberto. Estaria à venda por R$ 500 milhões.

A carta, reproduzida abaixo, chama a atenção pelo "pragmatismo". Os interessados não precisam comprovar que tiveram alguma doença. Necessitam apenas ter disponibilidade para viajar "para dar seu testemunho de consagração e vitória". Recompensa-se o esforço com "uma ajuda de custo".

A carta tem um espaço em branco para o preenchimento do nome do bispo local, mas diz que se trata de um "pedido feito diretamente pelo apóstolo Valdemiro Santiago a todos os seus fiéis". Pede-se a destruição da carta após sua leitura. 
 
A carta obtida pelo Notícias da TV é uma impressão simples, embora colorida. Havia algumas dezenas delas na sala em que foram encontradas. 


A Igreja Mundial do Poder de Deus passa por grave crise financeira. Devendo entre R$ 13 milhões e R$ 21 milhões para o Grupo Bandeirantes, perdeu a locação de 23 horas diárias da Rede 21 e de três horas diárias nas madrugadas da Band. O espaço será ocupado justamente por sua principal rival, a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo.


A igreja vem fazendo intensa campanha para viabilizar seu projeto de televisão. Pede "ofertas de R$ 100,00" durante a transmissão de cultos. 

O Notícias da TV tentou durante duas semanas uma entrevista com alguma autoridade da Igreja Mundial. Na semana passada, a igreja se limitou a informar que o bispo Jorge Pinheiro, segundo na hierarquia interna, declarou que "a informação não procede".


Veja a carta:


Por DANIEL CASTRO
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Fonte: UOL

Papa: como se reza em família?


SANTA MISSA PARA A JORNADA DA FAMÍLIA
POR OCASIÃO DO ANO DA FÉ

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça de São Pedro
Domingo, 27 de Outubro de 2013



As leituras deste domingo nos convidam a meditar sobre algumas características fundamentais da família cristã.

1.            A primeira: a família reza. A passagem do Evangelho destaca dois modos de rezar: um falso – o do fariseu – e outro autêntico – o do publicano. O fariseu encarna uma postura que não expressa tanto agradecimento a Deus pelos seus benefícios e pela sua misericórdia, como, sobretudo, autossatisfação. O fariseu se sente justo, se sente com a consciência tranquila, se vangloria disto e julga os demais do alto do seu pedestal. O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência da própria indignidade, das próprias misérias: este homem verdadeiramente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus.

A oração do publicano é a oração do pobre, é a oração agradável a Deus que, como fala a primeira leitura, subirá até as nuvens (cf. Eclo 35, 20), enquanto a oração do fariseu está sobrecarregada pelo peso da vaidade.

À luz desta Palavra, queria vos perguntar, queridas famílias: Rezais algumas vezes em família? Alguns, eu sei que sim. Mas, muitos me perguntam: Mas, como se faz? Faz-se como o publicano, está claro: com humildade, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha até nós. Mas, na família, como se faz? Porque parece que a oração seja uma coisa pessoal; além disso, nunca se encontra um momento oportuno, tranquilo, em família... Sim, isso é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que precisamos de Deus, como o publicano! E todas as famílias, todos nós precisamos de Deus: todos, todos! Há necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua bênção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é preciso simplicidade: para rezar em família, é necessária simplicidade! Rezar juntos o “Pai Nosso”, ao redor da mesa, não é algo extraordinário: é fácil. E rezar juntos o Terço, em família, é muito belo; dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa; a esposa pelo marido; os dois pelos filhos; os filhos pelos pais, pelos avós... Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto fortalece a família: a oração.


2.            A segunda Leitura nos sugere outro ponto: a família guarda a fé. O apóstolo Paulo, no ocaso da sua vida, faz um balanço fundamental, e diz: «guardei a fé» (2Tm 4,7). Mas, como a guardou? Não em um cofre! Nem a escondeu debaixo da terra, como o servo um pouco preguiçoso dos talentos. São Paulo compara a sua vida com uma batalha e com uma corrida. Guardou a fé, porque não se limitou a defendê-la, mas a anunciou, irradiou-a, levou-a longe. Opôs-se de modo decidido àqueles que queriam conservar, “embalsamar” a mensagem de Cristo nos limites da Palestina. Por isso, tomou decisões corajosas, penetrou em territórios hostis, deixou-se atrair pelos que estavam longe, por culturas diferentes, falou francamente, sem medo. São Paulo guardou a fé, porque, como a tinha recebido, assim a entregou, dirigindo-se às periferias, sem se fincar em posições defensivas.

Aqui também, podemos perguntar: De que modo nós, em família, guardamos a nossa fé? Conservamo-la para nós mesmos, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos demais? Todos sabemos que as famílias, sobretudo as jovens famílias, estão frequentemente “correndo”, muito atarefadas; mas já pensastes alguma vez que esta “corrida” pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias. Ontem escutamos, aqui na praça, o testemunho de famílias missionárias. Elas são missionárias também na vida quotidiana, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Guardai a fé em família e colocai o sal e o fermento da fé nas coisas de todos os dias.

3.            E há um último aspecto que tiramos da Palavra de Deus: a família vive a alegria. No Salmo Responsorial, encontramos esta expressão: «ouçam os humildes e se alegrem» (33,4). Todo este Salmo é um hino ao Senhor, fonte de alegria e de paz. Qual é o motivo desta alegria? É este: o Senhor está perto, escuta o grito dos humildes e os liberta do mal. Como escrevia São Paulo: «Alegrai-vos sempre... O Senhor está próximo!» (Fl 4,4-5). Pois bem... gostaria de fazer uma pergunta hoje. Mas, cada um leva esta pergunta no seu coração, para a sua casa, certo? É como um dever de casa. E responde-se sozinho. Como se vive a alegria, na tua casa? Como se vive a alegria na tua família? Bem, dai vós mesmos a resposta.

Queridas famílias, como bem sabeis, a verdadeira alegria que se experimenta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis... A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros no caminho da vida. Mas, na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, cheio de respeito por todos. E, acima de tudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, na família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós. Amor paciente. Só Deus sabe criar a harmonia a partir das diferenças. Se falta o amor de Deus, a família também perde a harmonia, prevalecem os individualismos, se apaga a alegria. Pelo contrário, a família que vive a alegria da fé, comunica-a espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.

Queridas famílias, vivei sempre com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre convosco!
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Fonte: Santa Sé


Que posição os fiéis devem adotar depois da comunhão?


Em sua coluna semanal sobre liturgia, o padre McNamara responde hoje a uma pergunta feita por um missionário italiano em Ruanda.

Eu gostaria de perguntar quais são as posições a manter durante as várias partes da celebração eucarística: de pé, sentados, ajoelhados... Em particular, depois de comungar, alguns esperam para sentar-se após o padre colocar o Santíssimo Sacramento no tabernáculo; outros voltam para o seu lugar e sentam-se imediatamente para adorar o Senhor que acabaram de receber. Obrigado. - E.B., Kigali

Os gestos e posturas que os fiéis devem assumir são tratados na Instrução Geral do Missal Romano, nº 43:

Os fiéis estão de pé: desde o início do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para o altar, até à oração coleta, inclusive; durante o cântico do Aleluia que precede o Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o convite “Orai, irmãos”, antes da oração sobre as oblatas, até ao fim da Missa, exceto nos momentos adiante indicados.

Estão sentados: durante as leituras que precedem o Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia e durante a preparação dos dons ao ofertório; e, se for oportuno, durante o silêncio sagrado depois da Comunhão.

Estão de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote faz a genuflexão depois da consagração.

Compete, todavia, às Conferências Episcopais, segundo as normas do direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indicados no Ordinário da Missa. Atenda-se, porém, a que estejam de acordo com o sentido e o caráter de cada uma das partes da celebração. Onde for costume que o povo permaneça de joelhos desde o fim da aclamação do Sanctus até ao fim da Oração eucarística, é bom que este se mantenha.

Para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo na celebração, os fiéis devem obedecer às indicações que, no decurso da mesma, lhes forem dadas pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido nos livros litúrgicos.


No tocante à pergunta desta semana, a frase-chave do parágrafo tem sido fonte de controvérsia, especialmente nos EUA. A tradução inglesa do texto diz que os fiéis podem ficar "sentados ou ajoelhados durante o silêncio sagrado depois da comunhão".

Alguns liturgistas e até bispos interpretaram estas palavras como uma proibição de se ajoelhar ou de sentar-se antes de se receber a comunhão. A polêmica levou o cardeal Francis George, como presidente da Comissão Litúrgica da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, a pedir uma interpretação autêntica da Santa Sé, em 26 de maio de 2003.

O então prefeito da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Francis Arinze, respondeu à pergunta em 5 de junho daquele mesmo ano (Prot 855/03/L):

Em muitos lugares, os fiéis estão acostumados a ficar de joelhos em oração pessoal ou sentados depois de regressar aos seus lugares após receberem, individualmente, a Sagrada Eucaristia durante a missa. As normas da terceira edição típica do Missal Romano proíbem esta prática?

A lógica é que o nº 43 da Instrução Geral do Missal Romano pretende estabelecer, dentro de amplos limites, uma certa uniformidade de posições a serem assumidas pela assembleia durante as várias partes da celebração da Santa Missa, mas, ao mesmo tempo, não estabelecê-las tão rigidamente a ponto de aqueles que desejam permanecer ajoelhados ou sentados não poderem fazê-lo.

Depois de receber esta resposta, o boletim da Comissão comentou: "Na aplicação da Instrução Geral do Missal Romano, as posições não devem ser reguladas de modo rígido, a ponto de se proibirem os indivíduos que comungam de se ajoelhar ou sentar-se após receber a Sagrada Comunhão" (p. 26).


O que é válido para Washington é aplicável também nos outros lugares: os fiéis podem se ajoelhar ou sentar-se depois de terem comungado.


Pe. Edward McNamara, LC, 
professor de teologia e diretor espiritual
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Fonte: ZENIT