quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Dom Orani, as frases soltas do Cabral e a Imprensa desesperada


Oi Povo Católico!

E mais uma vez as fake news vêm bater à nossa porta. Quase sempre é com o Papa Francisco. Mas agora resolveram tretar aqui pelo quintal mesmo: a ideia é carimbar no Cardeal Orani Tempesta (e, a reboque, em toda a Igreja do Brasil) o selo da corrupção.

Nestes últimos dias, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, fez a seguinte declaração durante um depoimento à Justiça:

“O dom Orani devia ter interesse nisso, com todo respeito ao dom Orani, mas ele tinha interesse nisso. Tinha o dom Paulo, que era padre, e tinha interesse nisso. E o Sérgio Côrtes nomeou a pessoa que era o gestor do Hospital São Francisco. Essa Pró-Saúde certamente tinha esquema de recursos que envolvia religiosos. Não tenho a menor dúvida”

"Devia", "Eu acho", "certamente"... ué? Cabral afinal sabe ou não sabe do que está falando? Sabe ou não sabe de algum esquema? Se sabe, porque não disse logo, em vez de ser tão vago?

Uma declaração sem pé nem cabeça, mas que fez os olhos da grande mídia brasileira brilharem: a chance de implicar um cardeal muito conhecido em alguma coisa. Literalmente, em qualquer coisa. E começou um festival de bobagens que chega a ser difícil de acreditar.

Uma das matérias que está circulando pelas redes sociais conta histórias de uma década atrás, quando Dom Orani nem sequer era arcebispo do Rio de Janeiro! A matéria fala dos gastos excessivos de Padre Edvino Steckel e do dia em que Monsenhor Abílio da Nova foi pego no aeroporto com dinheiro não declarado. Nenhum dos dois assuntos tem qualquer relação com o que foi dito pelo Cabral, e só servem de pretexto para atacar a Igreja. A matéria finaliza dizendo que ninguém foi punido. Mas para o jornalista, que parece querer ser juiz, escapa o detalhe de que, no caso do Edvino não houve crime, houve má administração e, por isso, ele foi punido sendo afastado do cargo de ecônomo da Arquidiocese. No caso de Monsenhor Abílio, houve punição, sim: levou a multa que qualquer um levaria nesses casos. Ponto final.

Vaticano: Cardeal explica normas do Vaticano para acompanhar filhos de sacerdotes



O cardeal Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero (Santa Sé), explicou hoje em entrevista ao portal ‘Vatican News’ as diretrizes do Dicastério para os casos dos sacerdotes do rito latino que têm filhos.

O responsável sublinha que a Santa Sé segue, desde o pontificado de Bento XVI (2005-2013), a prática de dispensar padres com menos de 40 anos, “com o objetivo de salvaguardar o bem da prole, isto é, o direito das crianças de ter ao seu lado um pai e uma mãe”.

O portal de notícias do Vaticano recorda que, nos últimos dias, esteve em Roma o psicoterapeuta Vincent Doyle, filho de um padre católico irlandês e fundador da “Coping Internacional”, associação para a defesa dos direitos de crianças por padres católicos em todo o mundo.

Foi Doyle a falar publicamente de um documento da Congregação para o Clero, de uso interno, com diretivas para os casos de sacerdotes com filhos.

O prefeito da Congregação para o Clero assinala que, nestes casos, não está em causa apenas o “necessário apoio econômico”.

“O que deve acompanhar o crescimento de uma criança é, acima de tudo, o afeto dos pais, uma educação adequada, de facto, tudo o que envolve um exercício eficaz e responsável da paternidade, especialmente nos primeiros anos de vida”, sustenta o cardeal Stella.

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2019: «A criação encontra-se em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rm 8,19)



MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA 2019
Terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

«A criação encontra-se em expectativa ansiosa, 
aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rm 8, 19)

Queridos irmãos e irmãs!

Todos os anos, por meio da Mãe Igreja, Deus «concede aos seus fiéis a graça de se prepararem, na alegria do coração purificado, para celebrar as festas pascais, a fim de que (…), participando nos mistérios da renovação cristã, alcancem a plenitude da filiação divina» (Prefácio I da Quaresma). Assim, de Páscoa em Páscoa, podemos caminhar para a realização da salvação que já recebemos, graças ao mistério pascal de Cristo: «De facto, foi na esperança que fomos salvos» (Rm 8, 24). Este mistério de salvação, já operante em nós durante a vida terrena, é um processo dinâmico que abrange também a história e toda a criação. São Paulo chega a dizer: «Até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rm 8, 19). Nesta perspectiva, gostaria de oferecer algumas propostas de reflexão, que acompanhem o nosso caminho de conversão na próxima Quaresma.

1. A redenção da criação

A celebração do Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, ponto culminante do Ano Litúrgico, sempre nos chama a viver um itinerário de preparação, cientes de que tornar-nos semelhantes a Cristo (cf. Rm 8, 29) é um dom inestimável da misericórdia de Deus.

Se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar pelo Espírito Santo (cf. Rm 8, 14), e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção. Por isso, a criação – diz São Paulo – deseja de modo intensíssimo que se manifestem os filhos de Deus, isto é, que a vida daqueles que gozam da graça do mistério pascal de Jesus se cubra plenamente dos seus frutos, destinados a alcançar o seu completo amadurecimento na redenção do próprio corpo humano. Quando a caridade de Cristo transfigura a vida dos santos – espírito, alma e corpo –, estes rendem louvor a Deus e, com a oração, a contemplação e a arte, envolvem nisto também as criaturas, como demonstra admiravelmente o «Cântico do irmão sol», de São Francisco de Assis (cf. Encíclica Laudato si’, 87). Neste mundo, porém, a harmonia gerada pela redenção continua ainda – e sempre estará – ameaçada pela força negativa do pecado e da morte.

Esquerda dos EUA vota pela morte de bebês nascidos vivos após tentativa de aborto


Os legisladores democratas bloquearam ontem no Senado dos Estados Unidos um projeto de lei promovido pelos republicanos para garantir atendimento médico a crianças nascidas com vida após uma tentativa de aborto tardio.

O projeto fracassou e não conseguiu os 60 votos necessários, apesar 53 legisladores - três deles democratas - votarem favor, 44 - todos democratas - votaram contra. Após a votação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou aos democratas de apoiarem a "execução de bebês".

"A posição dos democratas sobre o aborto agora é tão extrema que eles não se importam em executar bebês após o nascimento. Isso será lembrado como um dos votos mais chocantes da história do Congresso. Se há uma coisa que todos devemos concordar, é em proteger as vidas de bebês inocentes", escreveu o presidente americano no Twitter.

O projeto tinha como objetivo forçar médicos abortistas a dar "o mesmo nível de habilidade profissional, cuidado e diligência para preservar a vida" de crianças nascidas com vida após um aborto, assim como fariam com qualquer outro nascido vivo no mesmo estado de gestação. O texto previa punições na Justiça para quem descumprisse.

Os republicanos disseram que deixar um recém-nascido morrer nessas condições é um "infanticídio".

Os críticos ao projeto, por outro lado, argumentaram que o texto pretendia desencorajar médicos a praticar o aborto por medo das sanções em um ataque aos direitos reprodutivos das mulheres.

Segundo eles, a proposta também legislava para uma prática quase inexistente. De acordo com dados do governo, apenas 1% dos abortos nos Estados Unidos ocorre depois da 21ª semana.

O projeto teve a oposição de seis senadores democratas que já anunciaram a intenção de concorrer nas primárias em 2020: Elizabeth Warren, Bernie Sanders, Kamala Harris, Kirsten Gillibrand, Cory Booker e Amy Klobuchar.

A arte do negócio de Trump não chegou para convencer Kim — mas o processo é longo...

Trump acenou com notas de dólares, mas Kim não foi capaz de largar os seus mísseis. A cimeira de Hanói foi interrompida de forma abrupta e sem acordo. Mas, até ver, os dois líderes continuam amigos.


Amigo não empata amigo. Foi nesse espírito que Donald Trump anunciou esta quinta-feira de manhã que, após dois dias de cimeira em Hanói com o ditador Kim Jong-un, não havia um acordo a anunciar entre os EUA e a Coreia do Norte. O anúncio foi feito numa conferência de imprensa em que o Presidente norte-americano sublinhou as já antigas diferenças com os norte-coreanos, mas utilizando um tom de assumida cordialidade com o regime de Pyongyang.

“Estivemos o dia todo com Kim Jong-un. Ele é um bom tipo, é uma personagem, e penso que a nossa relação é muito forte. Mas, ao mesmo tempo, tínhamos algumas opções, mas decidimos não optar por nenhuma delas. Vamos ver até onde é que isto vai. Foram dois dias muito interessantes e produtivos. Mas às vezes temos de sair e hoje é uma dessas vezes”, disse Donald Trump, numa sala cheia de jornalistas.

Pe. Zezinho: “Hino Nacional? Eu gosto e canto desde menino!”


  
Consigo distinguir entre partidos, esquerda, direita, centro, ideologia e Brasil. Sou a favor de cantar o Hino Nacional na escolas e nos estádios. Aos 8 anos eu o cantava e cresci vivendo isso. E mesmo no exterior eu me sentia orgulho de nossa bandeira e do nosso hino. Não misturo este hino com doutrinação!

Pouco me importa se a direita quer isso ou a esquerda não quer. Eu sou a favor. Até porque conheço gente da esquerda e de direita que também sabe a diferença entre cantar uma canção de amor, de safadeza ou um hino de amor ao nosso povo. Eu canto e gosto e nem por isso vou ser direitista ou esquerdista ou menos católico!

Carnaval à Vista


Semana próxima é o Carnaval. Como todos os anos, aproveitamos a ocasião para uma reflexão de ordem histórica e espiritual.

Segundo uma teoria, a origem da palavra “carnaval” vem do latim “carne vale”, “adeus à carne”, pois no dia seguinte começava o período da Quaresma, tempo em que os cristãos se abstêm de comer carne, por penitência. Daí que, ao se despedirem da carne na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas, se fazia uma boa refeição, com carne evidentemente, e a ela davam adeus. Tudo isso, só explicável no ambiente cristão, deu origem a uma festa nada cristã. Vê-se como o sagrado e o profano estão bem próximos, e este pode contaminar aquele. Como hoje acontece com as festas religiosas, quando o profano que nasce em torno do sagrado, acaba abafando-o e profanando-o. Isso ocorre até no Natal e nas festas dos padroeiros das cidades e vilas. O acessório ocupa o lugar do principal, que fica prejudicado, esquecido e profanado.

O Carnaval poderia até ser considerado uma festa pitoresca de marchinhas engraçadas, de desfiles ornamentados, um folguedo popular, uma brincadeira de rua, uma festa quase inocente, uma diversão até certo ponto sadia, onde o povo extravasa sua alegria. Mas, infelizmente, tornou-se também uma festa totalmente mundana e profana, cheia de licenciosidade, onde campeia o despudor e as orgias, onde se pensa que tudo é permitido, onde a imoralidade é favorecida até pelas autoridades, com a farta distribuição de preservativos, preocupadas apenas com a saúde física e não com a moral, por isso chamada “a festa da carne”.

A grande festa cristã é a festa da Páscoa, antecedida imediatamente pela Semana Santa, para a qual se prepara com a Quaresma, que tem início na Quarta-Feira de Cinzas, sinal de penitência. Por isso, é a data da Páscoa que regula a data do Carnaval, acontecendo sempre este 47 dias antes da Páscoa, no dia imediato antes da Quarta-Feira de Cinzas.

Pedofilia na Igreja: as propostas de Francisco para combater os abusos



Durante o discurso de abertura do seminário “Proteção dos Menores na Igreja” (leia aqui), o Papa Francisco mencionou alguns “pontos para reflexão” que ele distribuiria aos presentes. Estes itens representam as principais propostas e pensamentos do Santo Padre sobre o tema e, possivelmente, serão a base para um plano de ação a ser traçado após o evento.

Abaixo listamos os 21 “pontos de reflexão” de Francisco.
(tradução e grifos de O Catequista)

1.  Desenvolver um manual prático em que especifica as medidas a serem adotadas pela autoridade em todos os momentos-chave do surgimento de um caso.

2. Criar estruturas de escuta, compostas por pessoas preparadas e experientes, onde exerce um primeiro discernimento dos casos de supostas vítimas.

3. Estabelecer os critérios para o envolvimento direto do Bispo ou do Superior Religioso.

4. Implementar procedimentos comuns para o exame das alegações, a proteção das vítimas e o direito de defesa dos acusados.

5. Informar as autoridades civis e as autoridades eclesiásticas superiores em conformidade com as normas civis e canônicas.

6. Fazer uma revisão periódica de protocolos e padrões para salvaguardar um ambiente seguro para os menores em todas as estruturas pastorais; protocolos e normas baseados nos princípios da justiça e da caridade devem ser integrados para que a ação da Igreja também neste campo esteja em conformidade com a sua missão.

7. Estabelecer protocolos específicos para lidar com acusações contra os Bispos.

8. Acompanhar, proteger e tratar as vítimas, oferecendo-lhes todo o apoio necessário para uma recuperação completa.

8.Aumentar a consciência das causas e consequências do abuso sexual através de contínuas iniciativas de formação permanente de bispos, superiores religiosos, clérigos e agentes pastorais.

9. Preparar percurso de cura pastoral das comunidades feridas pelos abusos e itinerários penitenciais e de recuperação para os culpados.

10.Fortalecer a cooperação com todas as pessoas de boa vontade e com os meios de comunicação, a fim de reconhecer e distinguir os verdadeiros dos falsos casos, e as acusações de difamação, evitando ressentimentos e insinuações, rumores e calúnias (cf. Discurso à Cúria Romana 21 de dezembro de 2018).

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Irlanda: Cabeça de um cruzado com 800 anos foi roubada de uma igreja



A polícia irlandesa abriu uma investigação a um assalto à igreja de St. Michan, em Dublin. A cabeça de uma múmia, conhecida como “Cruzado”, com 800 anos, foi roubada do seu túmulo. Em comunicado, a igreja diz que a descoberta foi feita, esta segunda-feira, por um guia que se preparava para abrir a igreja. O crime está a ser investigado pela polícia irlandesa.

Os intrusos viraram o corpo e removeram a cabeça. Calcula-se que pertença a um soldado que combateu nas Cruzadas, numas das oito expedições da Igreja, entre os séculos XI e XIII, e que resultaram numa guerra religiosa entre cristãos e muçulmanos. Para além desta, restos de uma freira com 400 anos foram também “profanados”, segundo o mesmo comunicado.

A omissão da CNBB frente ao ativismo do STF para criminalizar críticas ao homossexualismo



Desde a década de 1970, no Brasil, o Catolicismo vem diminuindo abruptamente (em termos proporcionais).

Em 1970, 92% dos brasileiros se declaravam católicos, uma hegemonia religiosa em nossa nação. Já em 2010, 40 anos depois da primeira pesquisa, apenas 64% dos brasileiros se consideravam católicos, segundo os dados do IBGE. Infelizmente, ateus e protestantes crescem de maneira rápida. Na década de 1970 os protestantes eram apenas 7% da população e em 2010 pularam para quase 25%. É um aumento absurdo.

A CNBB vem tomando as piores decisões pastorais possíveis. É notório o envolvimento do alto clero brasileiro com movimentos heréticos como a Teologia da Libertação. Infelizmente, após as reformas do Concílio Vaticano II, um “espírito liberal” tomou conta de certos clérigos que agora acham “feinho” (ou “extremista”) o instrumento da excomunhão formal contra hereges e por isso temos que aguentar pessoas como o herege Leonardo Boff propagando suas heterodoxias.

Vemos que a CNBB parece não se importar com a criminalização da homofobia que irá censurar os católicos (e até mesmo os protestantes) de criticarem os atos intrinsecamente desordenados do homossexualismo. Também não se poderá mais defender teses contra uniões homossexuais como as teses do grande filósofo neotomista (católico, seguidor de São Tomás de Aquino) como John Finnis. Nem mesmo criticar a ideologia de gênero em meio público será permitido.

Desta forma, no meio público, a posição oficial da Santa Igreja Católica, fundadora desta nação, será proibida. Seus filhos só poderão defendê-la no meio privado. Configurando mais uma vitória do Liberalismo secular contra a verdade universal.

Lembrando que de acordo com o item 10 do documento ‘Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões homossexuais‘, assinado em 2003 pela Congregação para a Doutrina da Fé e em vigor até hoje, “todos os fiéis são obrigados a opor-se ao reconhecimento legal das uniões homossexuais” enquanto que “os políticos católicos são-no de modo especial, na linha da responsabilidade que lhes é própria”. O Catecismo da Igreja Católica, em seu item 2357, considera tal atração uma desordem mental, e sua prática, um ato “intrinsecamente desordenado”. Por esses motivos, o Papa Francisco apoiou publicamente as manifestações mexicanas contra a aprovação do “casamento” civil gay.

Arquidiocese do Rio responde a depoimento de ex-governador envolvendo Dom Orani



A Arquidiocese do Rio de Janeiro publicou uma nota em resposta ao depoimento feito pelo ex-governador Sérgio Cabral, no qual ele fez declarações envolvendo o Arcebispo Cardeal Orani João Tempesta em esquema de desvio de recursos da saúde no estado.

Em depoimento na terça-feira, 26 de fevereiro, na 7ª Vara Criminal Federal, Sérgio Cabral falou sobre o esquema de desvio de recursos da saúde no estado do Rio de Janeiro e citou a Organização Social Pró-Saúde, bem como Dom Orani Tempesta.

“Não tenho dúvida de que deve ter havido esquema de propina com a O.S. da Igreja Católica, da Pró-Saúde. O Dom Orani devia ter interesse nisso, com todo respeito ao Dom Orani, mas ele tinha interesse nisso. Tinha o Dom Paulo, que era padre, e tinha interesse nisso. E o Sérgio Côrtes nomeou a pessoa que era o gestor do Hospital São Francisco. Essa Pró-Saúde certamente tinha esquema de recursos que envolvia religiosos. Não tenho a menor dúvida”, afirmou.

A Santa fica: Justiça determina que oratório em praça do Rio de Janeiro não será destruído


Após ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitando a retirada de um oratório de Nossa Senhora Aparecida de uma praça pública do Rio de Janeiro, a justiça determinou que o mesmo não deve ser destruído, ao julgar improcedente o pedido.



Segundo informou o próprio MPR no último dia 4 de fevereiro, foi ajuizada “Ação Civil Pública (ACP) com antecipação de tutela para que o município do Rio retire da Praça Milton Campos, no Leblon, um oratório religioso construído irregularmente no local e para impedir a construção, em caráter permanente, de novos oratórios religiosos no interior das praças públicas da cidade”.



A ação pedia ainda a retirada de todos os oratórios instalados em praça pública no Rio de Janeiro desde 1988, bem como a não autorização da construção de novos oratórios.



Segundo sentença do juiz Sérgio Louzada, da Segunda Vara da Fazenda Pública, o pedido foi julgado improcedente.



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Mulher em coma acorda e, sem conseguir se mexer, ouve família se despedindo


Imagine a seguinte situação: tendo sido internado e colocado em coma induzido, você acorda de repente – sem conseguir se mexer ou esboçar qualquer reação – e ouve um padre recitando o rito da unção dos enfermos, comumente associado aos últimos momentos de vida. Foi o que aconteceu com Naomi Bailie, de 33 anos, de Portaferry, na Irlanda do Norte, em dezembro de 2016.

Ela tinha sido colocada em coma induzido depois de ter contraído meningite. A ideia era dar a ela uma chance de se recuperar da doença. Durante o coma, porém, ela acordou, mas não conseguiu alertar os médicos e a família de que estava consciente.

“Tentava chamar a atenção deles, mas não conseguia”, disse Naomi, que tem uma filha. “Pensei: ‘Vou morrer’”. Ela teve um tipo de síndrome do encarceramento, uma condição rara em que os movimentos do corpo inteiro são paralisados, mas as faculdades mentais se mantêm perfeitas.

A última coisa que ela se lembrava era de ter telefonado ao marido, Gerard, dizendo que precisava que ele voltasse para casa, porque ela estava com muitas dores. Quando Gerard chegou, meia hora depois, a encontrou deitada no chão, tendo convulsões e falando coisas sem sentido. Fora de si, ela não se lembrava nem da filha nem do marido e tentava se despir no carro, a caminho do hospital.

Casal abre mão de festa de casamento para realizar jantar para famílias carentes


Victor Ribeiro e Ana Paula Meriguete são um jovem casal que recebeu o sacramento do matrimônio e, para comemorar, ambos decidiram abrir mão da tradicional festa para acolher diversas famílias carentes em um jantar solidário.

Tudo isso aconteceu em Guarapari (ES), onde Victor e Ana Paula se casaram em 16 de fevereiro e, no dia 21 do mesmo mês, tiveram a sua festa: um jantar para cerca de 160 pessoas do Centro Social Santa Mônica, o que, para o casal, foi “a realização do sonho de Deus”.

Victor e Ana Paula se conheceram em um grupo de jovens, participaram de grupo de orações, atuam em ministério de música e realizam ações sociais. O casal vive um relacionamento baseado na oração e busca transmitir isso aos demais também por meio de um apostolado nas redes sociais, com a página de Instagram ‘Reza Comigo’. 


Em dezembro de 2017, estes dois jovens ficaram noivos e começaram a pensar no casamento. Segundo Victor, inicialmente houve uma dúvida entre fazer a tradicional festa ou não. “Então – contou o noivo à ACI Digital –, começamos a nos perguntar se era isso que Deus queria de nós e decidimos rezar para ver o que Deus realmente queria sobre essa situação da festa do nosso casamento”.

Foi então que, “depois de alguns meses de oração”, o casal estava tocando em uma Missa e uma das canções dizia: “Se uma ceia quiseres propor, não convide amigos, irmãos e outros mais. Sai à rua a procura de quem não puder recompensa te dar, que o teu gesto lembrado será por Deus”.

“Já estávamos rezando bastante para saber o que Deus queria para nossa festa de casamento e, depois da Missa, conversamos, naquele momento ficamos um pouco emocionados. Isso foi nos trazendo paz ao coração. Falamos: ‘realmente, os nossos familiares não são ricos, mas têm condições de ter um alimento na mesa; vamos alimentar em uma festa quem realmente precisa’”, recordou.

O passo seguinte foi “discernir as possibilidades” e decidiram pelo Centro Social Santa Mônica, da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação, que atende crianças de uma região carente de Guarapari.

No Natal, relembrou Victor, que é professor de Educação Física, “eu, Ana Paula e meus alunos já tínhamos feito uma arrecadação de alimentos para o centro social”. Então, apresentaram a ideia para as religiosas de fazer uma jantar que não seria “só para as crianças, mas para os familiares também”.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Crianças emocionam ao enviar cartas para bombeiros em Brumadinho: "Muito obrigada"



Desenhos, letras coloridas e mensagens positivas estão sendo envidas por crianças aos bombeiros, que trabalham no resgate de vítimas do rompimento da barragem da mineradora da Vale. São cartas para os “heróis de Brumadinho”, as quais expressam gratidão e admiração aos militares que se arrastaram na lama e seguem na missão de localizar corpos.

Desde a tragédia, 166 mortes foram confirmadas e 155 pessoas estão desaparecidas. A barragem 1 da Mina Córrego do Feijão se rompeu no dia 25 de janeiro, na cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, liberando um tsunami de água, terra e rejeitos sobre funcionários da Vale e moradores da região.

Segundo o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Estadual, 393 pessoas foram resgatadas. O reconhecimento pelo trabalho árduo tem sido manifestado de várias formas.

“Muito obrigada por salvar tantas vidas. O trabalho de vocês foi uma dádiva de Deus. Vocês têm muito trabalho pela frente e podem ter certeza que Jesus também vai trabalhar na vida de vocês”, escreveu uma menina.

Cardeal: "A Igreja não deve encobrir abusos por medo de escândalo"



O Arcebispo de Chicago (Estados Unidos), Cardeal Blase Cupich, destacou que "o chamado da Igreja para acompanhar as vítimas exige uma mentalidade que rejeite categoricamente os encobrimentos por razões legais ou por medo de escândalo".

Assim afirmou o purpurado no dia 22 de fevereiro durante o encontro do Papa com os líderes da Igreja sobre o tema da proteção de menores.

"O conselho de nos distanciarmos dos sobreviventes de abuso por razões legais ou medo de escândalo, impede o verdadeiro acompanhamento daqueles que foram vítimas", denunciou o Cardeal Cupich que é membro da comissão organizadora deste importante evento realizado no Vaticano.

O cardeal assegurou que os 190 participantes estão reunidos em Roma “como episcopado universal, numa união afetiva e substancial com o sucessor de Pedro, para discernir através de um diálogo vivo onde o nosso ministério como sucessores dos apóstolos nos chama a enfrentar de maneira adequada o escândalo do abuso sexual por parte do clero que feriu tantos inocentes".

Nessa linha, o Arcebispo norte-americano assegurou que "é preciso considerar o desafio que enfrentamos à luz da sinodalidade, aprofundando com toda a Igreja os aspectos estruturais, jurídicos e institucionais da obrigação de prestar contas". "Um processo que se limite a mudar políticas não é suficiente, mesmo que seja o resultado dos melhores atos de colegialidade", assegurou.

Além disso, Dom Cupich exortou à "construção de uma cultura do prestar contas, com estruturas adequadas para modificar radicalmente a nossa abordagem a fim de salvaguardar os menores" e para isso, disse que o ponto de referência deve ser "o espaço sagrado da vida familiar".

Deste modo, o Cardeal exortou a ancorar todos os esforços na "dor profunda daqueles que foram abusados e das famílias que sofreram com eles".

Desta forma, o prelado exortou cada conferência episcopal a adotar procedimentos que "capacitem uma igreja sinodal a fazer com que os bispos envolvidos em má conduta e má gestão possam prestar contas". 

Venezuela: Bispos pedem que deixem entrar e distribuir ajuda humanitária



A presidência da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) pediu em um comunicado que "deixem entrar e distribuir ajuda humanitária em paz", já que "atende a situações graves de crise, e não a interesses políticos".

A CEV, durante uma coletiva de imprensa realizada na quainta-feira, 21 de fevereiro, informou sobre as condições graves em que o povo está vivendo e insistiu em seu chamado ao regime de Nicolás Maduro para ouvir "o clamor do povo".

Diante da crise na Venezuela, sobre a escassez de alimentos e medicamentos, a Assembleia Nacional "tomou a iniciativa de organizar esta ajuda", com o apoio de outros países e abrir um canal humanitário que foi muitas vezes negado pelo regime de Chávez.

Atualmente, as ajudas de medicamentos e alimentos estão armazenadas em Cúcuta (Colômbia), Roraima (Brasil), e os Países Baixos também ofereceram Curaçao para receber doações internacionais.

De acordo com Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado "presidente interino" da Venezuela, esta ajuda iria começar a entrar no sábado, 23 de fevereiro, apesar da oposição de Maduro, que nega que haja uma crise humanitária.

Em seu comunicado, os Bispos recordaram que "o regime tem a obrigação de atender as necessidades da população, e, para isso, facilitar a entrada e distribuição da ajuda humanitária, evitando qualquer tipo de violência repressiva".

Indicaram que solicitar e receber ajuda "não é nenhuma traição à pátria", como afirma Maduro, mas "um dever moral que cabe a todos nós".

Também mencionaram o trabalho pastoral e social que a Igreja realiza através da Cáritas. Nesse sentido, renovaram o compromisso de contribuir com a experiência desta instituição na recepção e distribuição de ajuda humanitária, junto com outras organizações.

"A ajuda consiste principalmente em porções de emergência e suplementos para crianças e idosos com déficit nutricional e suprimentos médicos, principalmente terapêuticos. É limitada em cobertura e tempo", explicou a CEV no comunicado. 

Alerta de um cardeal aos bispos: não busquem "inventar" uma nova Igreja



Observando os desafios que a Igreja enfrenta na Alemanha, o cardeal Rainer Maria Woelki, Arcebispo de Colônia, disse à EWTN em uma recente entrevista que, em meio às muitas disputas sobre a “direção” que a Igreja deve tomar, os bispos são chamados a preservar a fé e não mudá-la segundo critérios do mundo moderno, fazendo alusão ao caso de bispos da Alemanha e outros países que afirmaram que é chegada a hora da Igreja mudar sua doutrina para adequar-se aos tempos de hoje.

“A situação atual na Alemanha é realmente difícil. E parece haver uma disputa sobre a direção geral [da Igreja], que certamente também foi desencadeada pelo escândalo dos abusos. Aparecem agora aquelas vozes que argumentam que é hora de deixar de lado tudo o que mantivemos até agora. Que devemos abandonar os velhos tempos. Acho que esse é um conceito muito perigoso”, disse o Cardeal Woelki ao diretor do programa da EWTN em alemão, Martin Rothweiler, no dia 13 de fevereiro.
  
“Somos parte de uma grande tradição. A Igreja também representa verdades que transcendem o tempo. E não é nossa tarefa agora sair e inventar uma nova Igreja por nós mesmos. A Igreja não é apenas uma alavanca que nos foi dada para usar como bem entendemos. Pelo contrário, é nossa tarefa, como bispos, preservar a fé da Igreja, tal como nos veio através dos apóstolos, e para afirmá-la e proclamá-la em nossos dias, como também preservá-la para as gerações futuras, e expressá-la de tal maneira que elas também possam encontrar em Cristo sua salvação”. 

Abusos Sexuais: Novo documento orientador e criação de «task forces» para ajudar bispos são primeiras medidas da cimeira



O Vaticano vai enviar, nas próximas semanas, uma “vade-mécum” a todas as Conferências Episcopais, documento orientador para a prevenção e combate a casos de abusos sexuais.

O anúncio foi feito hoje pelo moderador do encontro sobre proteção de menores, padre Federico Lombardi, em conferência de imprensa.

O documento foi preparado pela Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé), para ajudar os bispos do mundo “a compreender os seus deveres e tarefas” em casos de abusos sexuais.

O padre Federico Lombardi afirmou que este é um texto breve, direto e preciso, “do ponto de vista jurídico e pastoral”.

Outra medida saída da cimeira dedicada aos abusos de menores, com presidentes de conferências episcopais e superiores de institutos religiosos, é a criação de “task forces” para ajudar dioceses que tenham falta de recursos.

“Num espírito de comunhão com a Igreja universal, o Papa manifestou a intenção de criar task forces de pessoas competentes para ajudar conferências episcopais e dioceses com dificuldades em enfrentar problemas e produzir iniciativas para a proteção de menores”, assinalou o padre Federico Lombardi.

Outra iniciativa anunciada é um novo Motu Proprio (decreto pontifício) do Papa Francisco, sobre a proteção de menores e pessoas vulneráveis, para “reforçar a prevenção e o combate contra os abusos” na Cúria Romana e o Estado da Cidade do Vaticano.

O decreto, que será divulgado “em breve”, adiantou o padre Lombardi, será acompanhado por uma nova lei para Estado da Cidade do Vaticano e linhas-guia para o vicariato do Vaticano, sobre o mesmo tema.

190 participantes reuniram-se desde quinta-feira, no Vaticano, para um debate sobre a proteção de menores, reunindo presidentes de Conferências Episcopais e chefes de Igrejas Orientais, superiores gerais de institutos religiosos, membros da Cúria Romana e do Conselho de Cardeais.

“Estes primeiros passos são sinais encorajadores que vão acompanhar-nos na nossa missão de pregar o Evangelho e de servir todas as crianças no mundo, em solidariedade mútua com todas as pessoas de boa vontade que querem abolir qualquer forma de violência e abuso contra menores”, concluiu o moderador da cimeira. 

A culpa da ditadura na Venezuela é da esquerda brasileira



Enquanto o Brasil forja crises, a nossa vizinha Venezuela vive o caos em estágio avançadíssimo, com crueldades e barbarismos só vistos em ditaduras as mais brutais do século XX, enquanto a mídia finge que ela vive uma “crise”, ignora a palavra socialismo ou esquerda para descrever o seu bizarro sistema bolivariano e trata como uma questão de opinião as diferenças entre o ditador Nicolás Maduro (e seu eterno mandante do além Hugo Chávez) e o líder da oposição Juan Guaidó, numa situação que pode gerar o maior banho de sangue da história da América do Sul.

Mas o mais curioso de tudo é como a visão brasileira sobre a Venezuela exime ao fim e ao cabo a responsabilidade da própria esquerda brasileira no processo de destruição de um país que, como o Brasil, parecia ter um futuro promissor ao explorar o seu petróleo nativo.

Além de ignorar a articulação da esquerda latino-americana em criar ditaduras do “socialismo do século XXI” na América Latina tendo o Brasil como o país “não tão socialista” financiando toda a barafunda dos ditadores bolivarianos, a mídia e a Academia chegaram a tratar até como “teoria da conspiração” o maior think tank do mundo: o Foro de São Paulo, reunião de partidos de esquerda da América Latina que articulava como “ganhar na América Latina o que perderam no Leste Europeu”, segundo seus criadores, Fidel Castro e Lula (imagine-se o Apocalipse que seria se Bolsonaro se reunisse com um ditador de menor poder de matança, como Pinochet). 

O Brasil “prende demais” ou tem que criminalizar homofobia (sem lei)? Decidam-se!



A equiparação da chamada “homofobia” ao crime de racismo julgada nesta semana pelo STF é mais um dos estímulos primitivos com os quais a esquerda forma sua visão de mundo, despreocupada integralmente de comportamentos de extrema-direita, como a coerência.

Ministros do STF até há poucos dias soltavam presos, muitas vezes perigosíssimos ou que somavam o rendimento de uma geração familiar inteira em roubos, sob o argumento de que o Brasil “prende demais”, sem muita explicação sobre alguma alternativa além de soltar (e o corolário inescapável de permitir novos crimes descaradamente) ou sobre o fato de que tal ocorre porque aqui também se comete crimes demais. Era o chamado “punitivismo”, preferindo-se sem meias palavras o deixa roubar e deixa matar.

Agora, praticando o infame ativismo judicial, o STF quer que o Brasil possua uma “lei” que equipare o que alguém chamar de “homofobia”, sem definição clara, a racismo. A indefinição da homofobia é extremamente tirânica e orwelliana: não se trata de punir agressões a alguém por ser homossexual – tal ato já é crime definido pelo legislador. Trata-se de qualquer coisa de que um homossexual não goste.

Uma igreja que determine que uma relação homossexual é pecaminosa (como também considera que a masturbação, a traição ou o sexo antes do casamento é pecaminoso) estará em risco de praticar algo comparável (na prática, incluído) a um ato “racista”, como se comportamento fosse o mesmo que cor de pele. Ou o que a turminha no Twitter chama de “homofobia”, como piadinhas.

Racismo é um crime inafiançável e imprescritível: além de racismo, apenas a atuação de grupos armados contra a ordem a ordem constitucional e o Estado de Direito é imprescritível. Racismo é imprescritível, tortura, assassinato, estupro, seqüestro etc não o são. O que o STF está fazendo é criando mais um tipo penal que cairá nesta regra: a tal “homofobia”, um termo criado por ideólogos de esquerda para impedir que qualquer visão além do pansexualismo seja permitida.

Ou seja: se alguém seqüestrar, estuprar, torturar, matar, esquartejar alguém e escapar de julgamento por 20 anos (lembrando que é praxe no Direito brasileiro punir apenas o crime mais grave), estará free to go. Um homem íntegro, pronto para freqüentar a sociedade e talvez até freqüentar o banheiro da sua filha (do contrário, será “transfobia”). Já se fez uma piadinha com a palavra “viado” no Facebook, talvez ainda mereça mofar na cadeia pelo resto da vida se for descoberto daqui a 40 anos. 

"Chegou a hora" de erradicar os abusos sexuais, diz o Papa



HOMILIA
Missa de encerramento do Encontro sobre Proteção dos Menores na Igreja, no Vaticano
Domingo, 24 de fevereiro de 2019


Amados irmãos e irmãs!

Ao dar graças ao Senhor que nos acompanhou nestes dias, quero agradecer também a todos vós pelo espírito eclesial e o empenho concreto que manifestastes com tanta generosidade.

O nosso trabalho levou-nos a reconhecer, uma vez mais, que a gravidade do flagelo dos abusos sexuais contra menores é um fenômeno historicamente difuso, infelizmente, em todas as culturas e sociedades. Mas, apenas em tempos relativamente recentes, se tornou objeto de estudos sistemáticos, graças à mudança de sensibilidade da opinião pública sobre um problema considerado tabu no passado, ou seja, todos sabiam da sua existência, mas ninguém falava nele. Isto traz-me à mente também a prática religiosa cruel, difusa no passado em algumas culturas, de oferecer seres humanos – frequentemente crianças – como sacrifícios nos ritos pagãos. Todavia, ainda hoje, as estatísticas disponíveis sobre os abusos sexuais contra menores, compiladas por várias organizações e organismos nacionais e internacionais (Oms, Unicef, Interpol, Europol e outros), não apresentam a verdadeira extensão do fenômeno, muitas vezes subestimado, principalmente porque muitos casos de abusos sexuais de menores não são denunciados, sobretudo os numerosíssimos abusos cometidos no interior da família.

De fato, as vítimas raramente desabafam e buscam ajuda. Por trás desta relutância, pode estar a vergonha, a confusão, o medo de retaliação, os sentimentos de culpa, a difidência nas instituições, os condicionalismos culturais e sociais, mas também a falta de informação sobre os serviços e as estruturas que podem ajudar. Infelizmente, a angústia leva à amargura, e mesmo ao suicídio, ou por vezes a vingar-se, fazendo o mesmo. A única coisa certa é que milhões de crianças no mundo são vítimas de exploração e de abusos sexuais.

Seria importante referir os dados gerais – na minha opinião, sempre parciais – a nível global e sucessivamente a nível da Europa, da Ásia, das Américas, da África e da Oceânia, para ter um quadro da gravidade e profundidade deste flagelo nas nossas sociedades. Para evitar discussões desnecessárias, quero antes de mais nada salientar que a menção de alguns países tem por único objetivo citar os dados estatísticos referidos nos citados Relatórios.

A primeira verdade que resulta dos dados disponíveis é esta: quem comete os abusos, ou seja, as violências (físicas, sexuais ou emotivas) são sobretudo os pais, os parentes, os maridos de esposas-meninas, os treinadores e os educadores. Além disso, segundo os dados Unicef de 2017 relativos a 28 países no mundo, em cada 10 meninas-adolescentes que tiveram relações sexuais forçadas, 9 revelam que foram vítimas duma pessoa conhecida ou próxima da família.

De acordo com os dados oficiais do governo americano, nos Estados Unidos mais de 700.000 crianças são, anualmente, vítimas de violência e maus tratos. Segundo o Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (Icmec), uma em cada 10 crianças sofre abuso sexuais. Na Europa, 18 milhões de crianças são vítimas de abusos sexuais.

Se tomarmos o exemplo da Itália, o relatório 2016 de «Telefone Azul» salienta que 68,9% dos abusos acontece dentro das paredes domésticas do menor.

Palco de violências não é apenas o ambiente doméstico, mas também o do bairro, da escola, do desporto e, infelizmente, também o ambiente eclesial.

Dos estudos realizados, nos últimos anos, sobre o fenômeno dos abusos sexuais contra menores, resulta também que o desenvolvimento da web e dos mass-media contribuiu para aumentar significativamente os casos de abusos e violências perpetrados on-line. A difusão da pornografia cresce rapidamente no mundo através da internet. O flagelo da pornografia assumiu dimensões assustadoras, com efeitos deletérios sobre a psique e as relações entre homem e mulher, e entre estes e os filhos. Um fenômeno em crescimento contínuo. Uma parte considerável da produção pornográfica tem, infelizmente, por objeto os menores, que deste modo ficam gravemente feridos na sua dignidade. Estudos neste campo documentam que isto acontece sob formas cada vez mais horríveis e violentas; chega-se ao extremo dos atos de abuso sobre menores comissionados e seguidos ao vivo através da internet.