quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Igreja de São Francisco, no Chile, é alvo de profanação


A Igreja de São Francisco, em Valdívia, no Chile, foi profanada e vandalizada nesta quarta-feira, 13. A informação foi confirmada pelo Vigário Geral da diocese, Dom Nelson R. Huaiquimil. Em declaração, o bispo descreve a tristeza dos fiéis pelo ato profano e pede aos chilenos que se unam em oração pela justiça e paz no país que enfrenta sérios problemas sociais e políticos.

“Estamos profundamente tristes com a destruição que o Templo de São Francisco de Valdivia sofreu, sabemos que o mais importante em todas as situações são sempre as pessoas, e lá vivem cinco irmãos dehonianos, pessoas consagradas ao serviço da comunidade. Eles estão bem, mas experimentam um estado natural de desamparo e dor. Dói-nos o fato de terem entrado no templo e o Santíssimo Sacramento ter sido profanado, destruído as imagens sagradas, destruído o mobiliário e causado danos gerais a essa parte do patrimônio, que pertence a todos os valdivianos”.

A Igreja, patrimônio histórico do país, foi construída entre 1586 e 1628 e é o edifício mais antigo da cidade, tendo resistido a três grandes terremotos.

Na declaração, o vigário geral afirma compartilhar a legítima busca por justiça e paz empreendida por tantos chilenos em todo o país. Ele destaca as “belas manifestações que devem nos encher de esperança; no entanto, é chocante ver mortos e feridos e muitas pessoas que sofreram destruição e danos por causa da violência”.

Por fim, ele convida todos “a se unirem à oração e à busca do bem, a todos aqueles que sofreram violência e causam violência de diferentes tipos”, exortando-os a se olharem “não como inimigos, mas como aqueles que são capazes de construir juntos a família humana que todos esperamos ”.

A crise política e social pela qual o Chile está passando é acompanhada de manifestações violentas que já causaram vários danos aos locais de culto. Os Bispos do país já expressaram sua tristeza “pelo ataque às igrejas e locais de oração sem respeito a Deus e àqueles que acreditam nele”, lembrando que “as igrejas e outros locais de culto são sagrados”.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Diocese repudia ato de profanação em capela de Adoração na Bahia


A Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas (BA) emitiu uma nota de repúdio ao ato de profanação cometido na Capela de Adoração da Paróquia São Francisco de Assis, onde um indivíduo roubou hóstias consagradas.

Segundo a Diocese, por volta das 23h de sexta-feira, 8 de novembro, um homem entrou a capela, quebrou janelas e levou o sacrário juntamente com o cibório e as hóstias consagradas que estavam em seu interior, além do Santíssimo no ostensório.

Além disso, informa, o indivíduo ainda arrombou a caixa de ofertas e recolheu uma determinada quantia deixada por fiéis.

Chile: «Mais igrejas atacadas e vandalizadas» por manifestantes, alerta fundação pontifícia


A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta que “cresce” a “violência” no Chile onde há “mais igrejas atacadas e vandalizadas”, como a igreja da Assunção e a da Vera Cruz ou o Santuário de Maria Auxiliadora.

Em nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, a fundação pontifícia informa que um grupo de “vândalos encapuzados atacou violentamente” o Santuário de Maria Auxiliadora, esta segunda-feira, em Talca.

Do santuário da comunidade Salesiana, na região de Maule, a cerca de 255 quilómetros a sul da capital do Chile, os manifestantes levaram bancos de madeira para serem usados como barricadas nas ruas, destruíram imagens religiosas e móveis e danificaram o edifício “em claro sinal de desprezo”.

Segundo a AIS, ao mesmo tempo, um “violento incêndio” consumiu parte da igreja da Vera Cruz, no bairro turístico de Lastarria, em Santiago, depois do templo ter sido saqueado.

Antes destes ataques no início desta semana, um grupo de manifestantes encapuzados já tinha assaltado a igreja da Assunção, na Praça Itália, na capital do Chile, na tarde de sexta-feira, dia 8 de novembro; neste templo, as imagens também “foram retiradas e destruídas” e nas paredes escreveram frases contra a Igreja Católica.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

7 motivos pelos quais um sacristão é importante nas igrejas católicas


Durante a celebração da Missa, o sacerdote é assistido pelos acólitos, mas é o sacristão quem ajuda não apenas nas questões litúrgicas, mas também para o bom andamento cotidiano do serviço nas igrejas católicas.

A seguir, apresentamos 7 razões pelas quais o sacristão é importante nos templos:

1. Disponibilidade e serviço

O sacristão é um leigo ou religioso que é responsável pela ordem, cuidado e limpeza da igreja. Encarrega-se de que o sacerdote tenha todo o necessário para presidir a Eucaristia em cada tempo litúrgico, festa e solenidade.

O Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME), a partir de uma entrevista feita com um grupo de sacristãos, indicou que nesta ocupação “não há somente homens, mas também sacristães. Aliás, excelentes”.

Também deve “ter a disposição para fazer o que te peçam, por exemplo, trabalhos humildes de limpeza, e para ir onde quer que seja, mudar de paróquia, de rumo, de comunidade”.

“Às vezes, precisa servir também como coroinha, ou leitor. Nunca sabe o que vai ter que fazer e isso faz com que o trabalho não seja monótono, sempre há algo diferente”, indicou uma dos sacristãos entrevistado pelo SIAME.

2. Trabalha quando os demais descansam

Segundo informou o SIAME, um sacristão trabalha “a semana toda, e mais ainda nos domingos e dias festivos”.

“Quando há Missa 7h, precisa madrugar, quando há Missa 21h, precisa se manter acordado”.

O sacristão é o primeiro a chegar ao templo pela manhã e o último a sair. “Verifica se não ficou ninguém. Faz uma última vistoria para assegurar-se de que deixou as coisas em ordem”.

3. A primeira e a última coisa que faz é rezar

O SIAME indicou que a primeira coisa que o sacristão faz ao chegar à igreja “é rezar, encomendar seu dia ao Senhor”. Antes de voltar para sua casa, “faz um breve oração para agradecer a Jesus por seu dia, e apaga a luz”.

Papa recebe sacerdote atacado por extrema esquerda


No sábado, 9 de novembro, o Papa Francisco recebeu no Vaticano Pe. Mario Ghisaura, um sacerdote que foi duramente atacado pela extrema esquerda da Argentina no início deste ano.

A Sala de Imprensa do Vaticano só informou sobre o encontro e não deu detalhes do mesmo.

Pe. Ghisaura é pároco de Nossa Senhora de Fátima, no bairro de Isla Maciel, na diocese argentina de Avellaneda-Lanús.

No início deste ano, o sacerdote foi duramente atacado por setores da extrema esquerda que solicitaram sua retirada após a decisão de cobrir em um templo algumas imagens como a do Pe. Carlos Mugica, referência da teologia da libertação e membro do Movimento Sacerdotes do Terceiro Mundo, assassinado em 1974.

O Movimento de Sacerdotes para o Terceiro Mundo foi fundado em 1967, na Argentina, e teve um acentuado viés político e social. Esteve formado principalmente por sacerdotes ativos em vilas de miséria e bairros de operários. Vários de seus membros participaram de organizações guerrilheiras.

Pe. Ghisaura também decidiu retirar as imagens das ‘Mães da Praça de Maio’, que após o fato solicitaram ao Bispo de Avellaneda-Lanús, Dom Rubén Frassia, a retirada do sacerdote.

Em 25 de fevereiro deste ano, o jornal ‘La Prensa’ fez um relato desses fatos e divulgou algumas declarações do anterior administrador paroquial, Pe. Francisco Olveira, que se manifestou várias vezes a favor do aborto.

"Queremos guardar a memória de um Jesus subversivo", disse o sacerdote em um vídeo no qual apareceu cercado pelas ‘Mães da Praça de Maio’. "Não vamos permitir que o mural das Mães, com o rosto de Hebe e os desaparecidos de Isla Maciel, seja tapado. Estamos em pé de guerra. Se eles continuarem avançando, iremos juntos".

Em fevereiro de 2018, em uma entrevista publicada no YouTube, Pe. Olveira reconheceu que, devido a suas posições, “tinha, mais do que qualquer outra coisa, digo isso como uma piada, mas é verdade, um prontuário. Não era fácil que qualquer bispo me recebesse”.

Nessa oportunidade, também disse que “João Paulo II e Bento XVI foram papados muito conservadores e os bispos nomeados desde então também eram, na grande maioria, de uma linha muito conservadora. Isso está mudando”.

O sacerdote também se expressou a favor da Igreja ter uma papisa: “Teríamos que ter uma mulher Papa há muitos anos, mas bem, a Igreja também faz parte de uma sociedade que é patriarcal e se alimentam mutuamente. A Igreja alimentou o patriarcado durante muitíssimo tempo e hoje ainda é uma das instituições mais patriarcais que há”, afirmou.

Bolívia: Após renúncia de Evo, bispos e líderes pedem que parem atos vandálicos


A Conferência Episcopal da Bolívia (CEB), Representantes da Comunidade Cidadania, comitês cívicos e o Comitê Nacional de Defesa da Democracia (CONADE) incentivaram seus compatriotas a interromperem os atos vandálicos após a renúncia de Evo Morales à presidência.

Em uma mensagem divulgada na noite de domingo, 10 de novembro, os bispos e os líderes civis fizeram um apelo “aos bolivianos em prol da paz e para que não cometam atos vandálicos, nem de vingança, nem de nada que possam se arrepender mais tarde. Todos nós temos a grave obrigação de defender a vida de todos os bolivianos”.

Além disso, assinalaram que "o que acontece na Bolívia não é um golpe de Estado, dizemos isso diante dos cidadãos bolivianos e diante da comunidade internacional".

“Em nome de Deus pedimos: cessem as ações de violência e preservem a vida e a paz. Mantenhamos o espírito pacífico que reinou no povo durante tanto tempo”, ressaltaram.

A mensagem dos prelados e líderes responde aos atos de vandalismo que foram registrados durante o domingo após a renúncia de Morales.

Os tumultos em várias cidades da Bolívia, como La Paz, El Alto e Cochabamba, com incêndios, saques e ataques a residências, entre as quais a do próprio Morales, em um ambiente de tensão e incerteza diante do futuro político imediato do país.

Fiéis se unem para limpar igreja atacada e saqueada no Chile




Dezenas de fiéis chegaram na manhã de sábado, 9 de novembro, à paróquia da Assunção, em Santiago, Chile, para limpar e ordenar a igreja que foi atacada por manifestantes no dia anterior.

Na sexta-feira, enquanto ocorria uma nova manifestação em Santiago, um grupo de encapuzados forçou a entrada na Paróquia da Assunção para roubar os bancos, confessionários e imagens religiosas para armar barricadas com estes objetos.

No interior da igreja, os vândalos picharam as paredes, pilares e o altar com fortes frases e insultos à igreja. Depois, foram para queimar a Universidade Pedro de Valdivia, que ficava na frente da calçada.

Os jovens e adultos que foram ao templo no dia seguinte limparam e juntaram os pedaços das imagens destruídas, recolheram os vidros quebrados, entre outras ações.

O pároco, Pe. Pedro Narbona, agradeceu o apoio daqueles que se preocuparam durante os ataques e também pela solidariedade gerada.

"Despertou-se uma corrente de vida solidária, de preocupação, de oração, de vir hoje, de trazer materiais e deixar horas de suas coisas pessoais para nos ajudar a limpar toda a sujeira", assinalou.

Além de expressar sua dor pelo que aconteceu, Pe. Narbona expressou que a Igreja “é construída com pedras vivas, que são aqueles que vieram ajudar. Ainda que fique somente um cristão católico apostólico romano que viva coerentemente a sua fé e seu amor a Jesus Cristo, vai existir a Igreja Católica, porque a Igreja é mais que as tábuas”.

Estado Islâmico mata sacerdote e seu pai em emboscada


Na segunda-feira, 11 de novembro, um sacerdote católico e seu pai foram assassinados pelo Estado Islâmico (ISIS) na região de Deir ez-Zora, no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.

Segundo informa o jornal italiano ‘Avvenire’, Pe. Hovsep Petoyan e seu pai Abraham sofreram uma emboscada na estrada entre a cidade de Hasakeh e Deir ez-Zora, no distrito de Busayra.

Ambos estavam acompanhados pelo diácono Fati Sano em um carro SUV cinza, no qual se dirigiam para inspecionar as obras de restauração da bela igreja católica armênia de Deir ez-Zora.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O que vem a seguir para a Bolívia após a renúncia de Evo Morales? Bispo responde!



Evo Morales renunciou ontem à presidência da Bolívia, depois de mais de duas semanas de protestos após as eleições realizadas em 20 de outubro e em meio às acusações de fraude contra ele. Um bispo que serve na Bolívia explica o que vem a seguir para o país.

Dom Cristóbal Bialasik, Bispo de Oruro, conversou com ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, após saber da notícia da renúncia de Morales ocorrida no mesmo dia em que a Organização dos Estados Americanos (OEA) apresentou as conclusões de uma auditoria que cita sérias irregularidades nas eleições.

"Renuncio meu cargo de presidente para que (Carlos) Mesa e (Luis Fernando) Camacho não continuem perseguindo os dirigentes sociais", disse Evo Morales em mensagem transmitida pela televisão.

Evo Morales disse que esta decisão "dói profundamente", mas que é algo que faz "para o bem do país".

Morales disse que enviaria sua carta de renúncia ao Congresso nas próximas horas. Segundo a Constituição, o vice-presidente deveria assumir o cargo. No entanto, o vice-presidente Álvaro García Linera também renunciou. De acordo com o artigo 169 da Constituição, o presidente do Senado deve ocupar o cargo até que haja novas eleições, mas não está claro se ocupará o cargo.

Morales renunciou ao anunciar na manhã de ontem que convocaria novas eleições e um dia depois de denunciar que a casa de sua irmã na cidade de Oruro havia sido queimada, bem como as casas dos governadores da região e Chuquisaca.

Um dia antes, na sexta-feira, 8 de novembro, diversas unidades da polícia se manifestaram contra Morales em cidades como Cochabamba, Sucre, Santa Cruz, Chuquisaca, Beni, Potosí, Oruro e La Paz, informando que não enfrentariam os civis nos protestos contra Morales.

Os confrontos ocorreram após a retomada do escrutínio depois das eleições, o que deu a Morales uma vantagem que não possuía antes da pausa na contagem, o que tornava desnecessário um segundo turno que devia ser realizado com o candidato Carlos Mesa.

Os protestos dos últimos dias deixaram pelo menos três mortos, dezenas de feridos e centenas de presos.

Bispo pede que pare toda violência após saque a igreja no Chile


O Administrador Apostólico de Santiago, Chile, Dom Celestino Aós, expressou sua absoluta rejeição aos saques que ocorreram na sexta-feira, 8 de novembro, na paróquia da Assunção nesta cidade.


"Nosso templo católico da paróquia da Assunção foi saqueado ontem à tarde, retiraram seus bancos e outros pertences para serem queimados, as paredes foram pichadas com slogans e insultos, as imagens sagradas foram destruídas", lamentou o Prelado em um vídeo mensagem divulgada pelo Departamento de Comunicação do Arcebispado de Santiago, no sábado, 9 de novembro.

Preso homem acusado de vandalizar igreja nos Estados Unidos


A polícia de Nova York anunciou no início desta semana que capturou um sujeito acusado de vandalizar no domingo, 3 de novembro, uma igreja em Williamsburg, um bairro do distrito de Brooklyn, em Nova York (Estados Unidos).

Michael Gould Wartofsky, de 34 anos, foi acusado de crime de ódio porque supostamente arrancou plantas nos arredores da Paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo, jogou-as contra a porta, depois derrubou e danificou uma estátua de aproximadamente cinco mil dólares.

Como comentou o pároco Mons. Jamie Gigantiello à NBC de Nova York, a polícia anunciou que o sujeito estava bêbado quando destruiu as propriedades da igreja. Uma câmera de vigilância capturou os fatos em vídeo.

“Essa demonstração de violência, ira e ódio é muito inquietante. Definitivamente, é um ataque contra a Igreja Católica”, disse Mons. Gigantiello ao meio de comunicação.

Justiça anula multa à Arquidiocese da Paraíba por suposta omissão em exploração sexual


A Justiça do Trabalho anulou na quinta-feira, 7 de novembro, a multa de R$ 12 milhões aplicada contra a Arquidiocese da Paraíba por suposta omissão em casos de abuso e exploração sexual infantil, por considerar que não há provas suficientes.

O julgamento do recurso aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho, em João Pessoa, mas a procuradoria afirmou que recorrerá. A informação foi confirmada pela Arquidiocese, por meio de nota de sua assessoria jurídica.

 A Arquidiocese havia sido condenada em janeiro deste ano pela Justiça do Trabalho a pagar a indenização de R$ 12 milhões, em caso que vinha sendo investigado desde 2014, no qual um grupo de sacerdotes era acusado de abusos e exploração sexual contra flanelinhas, coroinhas e seminaristas.

No início deste ano, após a condenação da Justiça do Trabalho, o Arcebispo da Paraíba, Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, se pronunciou, informando que “existe o procedimento canônico iniciado com a suspensão de ordem dos padres” investigados.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Crise: acusada de contrariar “valores da família”, TV Globo perde público e receita



A TV Globo foi alvo de denúncia no Senado e de instauração de inquérito para apurar a ocorrência de apologia ao crime de aborto depois que, em uma de suas telenovelas, uma personagem grávida afirma: “Pensando bem, ainda não é um bebê, é só um embrião. Não tem sistema nervoso, não tem coração, nem ainda é um ser humano“. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) contestou, conforme divulgado pela Agência Senado:

    “Em primeiro lugar, entre 14 e 21 dias de gestação — nesse tamanhozinho aqui que cabe na palma da minha mão, não sei se a câmera consegue mostrar —, nesse período em que a mulher ainda não tem certeza de que está grávida, já existe um sistema cardiovascular primitivo, tornando possível escutar através de ultrassonografia o batimento cardíaco da criança (…) Com 18 dias da concepção, já tem um coração batendo”.

No mesmo capítulo, a mesma personagem acrescenta, num segundo diálogo: “Aqui no Brasil é ilegal, mas todo mundo conhece alguém que já fez. Quem tem dinheiro consegue fazer aborto seguro; quem não tem pode até mesmo morrer ou ser presa“. O senador respondeu dizendo que, do ponto de vista médico, não existe nenhum aborto seguro.

Segundo Girão, o promotor da República Fernando Almeida Martins, do Ministério Público Federal, instaurou inquérito para apurar se houve apologia ao crime nas cenas em questão. O senador citou a portaria nacional que regulamenta a classificação indicativa dos programas de TV, visando proteger o público infanto-juvenil no período das 6h às 20h, e afirmou que as emissoras de TV aberta devem ter mais responsabilidade na transmissão desse conteúdo. Ele ainda elogiou o promotor e recordou que mais de 70% da população brasileira se declara contra a legalização do aborto.

Perda de anunciantes

A emissora carioca também é alvo da insatisfação de anunciantes. Os grupos empresariais Condor, de supermercados do Paraná, e Havan, de lojas de departamento de Santa Catarina com presença em grande parte do território brasileiro, comunicaram nesta semana que suspenderam todas as campanhas publicitárias que vinham veiculando nos intervalos de determinados telejornais, telenovelas e programas de entretenimento da Rede Globo por considerarem que a emissora desrespeita valores ligados à família natural tradicional e tergiversa a objetividade do jornalismo.

A nota da Havan, assinada em 7 de novembro pelo proprietário Luciano Hang, afirma:

    “Não compactuamos com o jornalismo ideológico e algumas programações da Rede Globo nacional e estamos sendo cobrados pela sociedade e nossos clientes. Enquanto esses programas prestarem um desserviço à nação e forem contra os valores da família brasileira, não voltaremos a anunciar (…) Por ora, manteremos nossas propagandas nas afiliadas e jornais locais, que ainda informam a sociedade de forma mais isenta e conservadora. Entendemos que o setor empresarial tem que ter a coragem e a responsabilidade de não aceitar o errado como verdadeiro”.

De modo semelhante, a rede Condor declarou em seu comunicado que continuará anunciando em programas regionais e de “entretenimento saudável” levados ao ar pela afiliada paranaense da TV Globo, mas que cortará a publicidade em programas da própria Globo, especialmente jornalísticos, afirmando que a decisão “está fundamentada na parcialidade que o jornalismo nacional da emissora vem demonstrando“.

A nota da Condor acrescenta explicitamente que discorda das abordagens da TV Globo em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Por sua vez, Luciano Hang não cita o nome do presidente, mas é conhecido como seu declarado apoiador e por ter feito intensa campanha eleitoral a seu favor.

Apesar do aberto posicionamento político de ambas as empresas, porém, as demonstrações de insatisfação com o posicionamento ideológico da Rede Globo no tocante a temas ligados a valores tradicionais de família e vida vão além do espectro partidário.

Idolatria, escândalo



No dia 25 de outubro, dois dias antes de finalizar o Sínodo, o Papa Francisco declarou que as estatuas da Pachamama, Mãe -Terra, tinham sido encontradas no fundo do Rio Tibre; elas tinham sido roubadas da Igreja dos Carmelitas perto do Vaticano, onde em cima de um altar estavam em exposição.

O Santo Padre na ocasião pediu desculpas a todos aqueles que por esse motivo tinham se sentido profundamente feridos nos seus sentimentos. Ao mesmo tempo afirmou: “A presença dessas estatuas na Igreja não tinha intenção idolátrica nenhuma”.

No dia 22, terça feira, o senhor André Tornielli, diretor editorial do Vaticano tinha chamado aos ladrões das estatuas de “vândalos”, “novos iconoclastas…”.

Tinha explicado que não se tratava de idolatria, mas de um símbolo da fecundidade da terra e da sacralidade da vida. Com argumentos tão fracos, apoiados em conceitos tão limitados e fluidos como os de símbolo, simbolismo, idolatria, adoração, o diretor editorial do Vaticano deixou ao descoberto a fragilidade da sua argumentação assim como a sensação estranha de que não estava sendo colocada toda a verdade.

De modo evidente, a declaração do Santo Padre de que o gesto de colocar as estatuas em cima do altar da igreja dos Carmelitas “não tinha intenção idolátrica nenhuma” manifestava a convicção pessoal do Santo Padre. Como negar esta afirmação do Papa pelo que diz respeito a certeza e consciência dele mesmo com relação a este assunto?

Mas esse mesmo gesto constituiu um escândalo (e não farisaico) para milhões de católicos no mundo inteiro. Especialmente para os pobres, “os pequenos”, para os ignorantes, “os fracos” que evidentemente têm o “sensus fidei” (sentido da fé) tão justa e permanentemente defendido pelo Papa Francisco e violentamente golpeados em sua consciência inerme, indefesa por completo diante de tamanha violência religiosa.
E de modo particular foram os pobres, os simples, “os fracos” os desprotegidos da Amazônia, os mais atingidos por este impacto idolátrico. Eles sentiram no mais íntimo, ao menos na Amazônia Brasileira este ataque contra a fé cristã, contra a convicção eclesial de que a única Rainha da Amazônia é Nossa Senhora de Nazaré, Mãe do Deus Criador e Redentor. Nenhuma outra mãe, nenhuma outra Pachamama andina ou de onde for, e tampouco nenhuma Iemanjá!

Assim como para o católico não tem outro Senhor e Salvador se não nosso Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo e de Nossa Senhora de Nazaré. Os outros vários espíritos, também dos indígenas, assim como qualquer outra espiritualidade do tipo que for e não vivificada pelo Espírito Santo de Deus, procede dos demônios e a eles conduz. “Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele” (Rm 8,9 e passim). É dizer, não é cristão, não é salvo. “Porque os que estão na carne (que não vivem segundo o Espírito) não podem agradar a Deus” (vs8).

Para os irmãos Evangélicos e Pentecostais este escândalo tem tido um efeito devastador. Horrorizados, tem sido testemunhas de cenas de verdadeira idolatria e entre o espanto e o estupor se confirmam agora mais e mais na convicção errada de que católico é adorador de ídolos. Já não de santos, santas, José, Maria, senão de verdadeiros demônios. Desta maneira, o diálogo ecumênico-inter-religioso ficou abalado com consequências humanamente irreparáveis e com complicações ecumênicas pesadas para quem queira entender o mistério da igreja como “Sacramento Universal de Salvação” (Lumen Gentium) também para os Pentecostais.

Estes são alguns dos “novos caminhos” para a Igreja e para a Ecologia Integral na Amazônia?

Eu sei e confesso que o Papa é ou princípio visível da unidade da Igreja. Que ele tem autoridade plena e universal sobre toda a Igreja. Declaro, diante de todo o mundo, que me sinto em comunhão com ele, o sucessor de Pedro, “cum Petro et sub Petro” (com Pedro e debaixo de Pedro).

O precedente imediato deste escândalo foi amplamente noticiado por todo o mundo no gesto idolátrico de um grupo de adoradores (as) desta divindade, entre os quais um religioso com hábito nos jardins do Vaticano, no início do Sínodo. Neste ritual a Pachamama, a Mãe Terra foi adorada. O grupo se prostrou rosto por terra em profundo gesto de reconhecimento diante da deusa. O significado desta prostração pode ter sido duplo, prostração como forma máxima de adoração, reconhecimento e gratidão pela fecundidade generosa da deusa em toda a terra ou como um sinal bem expressivo da necessidade humana de recorrer em intercessão diante dela para as bênçãos da fecundidade da terra, dos animais, da saúde etc. Isto na presença do Santo Padre e de algum Cardeal, Bispo etc. Precederam esta adoração outros rituais incluindo por exemplo a invocação de “espíritos” defumações… em Brasília no mês de junho pela Repam e poucos dias antes do Sínodo na Sé de São Paulo em presença de algum Cardeal.

Pelo que vamos dizendo não se oferece uma explicação satisfatória quando diante de reações gerais algumas vezes apaixonadas de muitos na Igreja, se diz que se trata exclusivamente de grupos “ultra conservadores”. Por que não abrir-se a possibilidade de que esta indignação geral não seja pelo contrário, o resultado de uma reação a consciência cristã injustamente agredida, mas bem formada na Escritura, na Tradição e na Doutrina da Igreja que está vendo de fato como é verdade um perigo grave para a integridade da fé católica, para a unidade da Igreja já tão abalada e em definitiva, para uma evangelização autentica da Amazônia que influenciará o futuro da humanidade?

Na declaração do Papa dois dias antes do encerramento do Sínodo, pedindo perdão aqueles que tinham se sentido profundamente feridos pelo roubo das estatuas, concluiu dizendo: “Ainda não está decidido se a Pachamama que representa a Mãe terra em forma de uma mãe gravida e nua estará presente na Missa de encerramento do Sínodo”. Estas palavras na boca do Papa deixaram no espanto e no horror a milhões de católicos diante desta possibilidade. Os corações de muitos filhos da Igreja choraram amargamente clamando por piedade para a Igreja e por misericórdia a Mãe de Deus, Mãe e Rainha da Amazônia, Nossa Senhora de Nazaré.

As estatuas foram recolocadas na igreja dos Carmelitas, perto do Vaticano, para a vergonha e a humilhação de muitos membros do Corpo de Cristo. Mas uma vez “a abominação da desolação” voltava para seu lugar. As estatuas receberam adoração idolátrica de novo num “gesto de reparação” da honra profanada da Deusa Mãe: velas acesas, gestos de reconhecimento da deusa, homenagens convictas a ela oferecidas por parte de adoradores de costas para o Rei dos Reis presente no Santíssimo Sacramento. Assim se consumava este momento tristíssimo para a Esposa de Cristo; esta estava desprezando publicamente ao seu Esposo; “Não queremos que este reine sobre nós!”; Ele suportou as chacotas e as zombarias do seu próprio povo. Este, abandonando o seu Deus se voltou para um ídolo, um bezerro, festejado, aclamado e acariciado pelo seus. Este, que é um ídolo morto.
Neste contesto de trevas, “mas esta é vossa hora e o poder das Trevas” (Lc 22,53) lembremos entre as inúmeras Mãe-Terra que precederam e acompanharam a Pachamama como deusas da fecundidade, da fertilidade, em culturas e religiões de todos os tempos duas do âmbito bíblico. No Antigo Testamento a Astarte (Asherà) é a deusa da fecundidade, do amor sensual e representada nua. Com Baal constitui a divindade máxima do mundo cananeu em luta permanente e mortal as vezes (conf. Elias…)  com os profetas de Deus. Seu símbolo era o poste sagrado.

No Novo Testamento, no livro dos Atos dos Apóstolos 19, 23-40; 20,1 Ártemis de Éfeso “a Grande”, deusa da fecundidade representada com a metade do corpo cheio de mamas, resumia o que se entende pela estátua da Mãe-Terra Pachamama.

Daqui aprendemos que Éfeso famosa pelas práticas magicas, testemunhou o poder do evangelho quando muitos cidadãos convertidos jogando no fogo os livros de magia que haviam utilizado, ao mesmo tempo confessavam publicamente seus pecados (vs18,19). A pregação apostólica “desencaminhou em Éfeso e em quase toda a Ásia” uma multidão de idólatras “porque Paulo diz que não são deuses os que são feitos por mãos humanas” (vs26). A pregação de Paulo fez com que o “templo da grande Ártemis seja desconsiderado e até mesmo a Ártemis seja despojada da sua majestade, aquela que toda a Ásia e o mundo inteiro adoram” (vs27). “Éfeso cultua a grande Ártemis e sua estátua caiu dos céus” (vs35)

Que diferença existe entre estas formas ancestrais que cultural e religiosamente se perdem no túnel do tempo, com a adoração da Mãe-Terra, a Pachamama, a sua fecundidade, a sua potência vital?

Com a reinstalação das estatuas da Mãe-Terra na igreja dos Carmelitas tornam em nosso tempo as monstruosidades da idolatria introduzidas na história de Israel: “filho do homem tu vês o que estão fazendo, as monstruosas abominações que se cometem aqui (no meu templo) a fim de afastar-me do meu próprio santuário? Mas, verás ainda outras abominações monstruosas “(Ez 8,6)

“O espírito me levou a entrada do pórtico interior do templo que dá para o Norte onde está colocado o ídolo do ciúme, isto é, aquele que provoca o ciúme” (IBID 8), este é o ciúme de Javé, a sua cólera por toda prática idolátrica.  Esse ídolo do ciúme talvez seja a estátua da Astarté que Manassés introduzira no templo (2Reis 21,7).

Este ídolo do “ciúme” tem tudo a que ver com “a abominação da desolação de que fala o profeta Daniel e instalada no lugar santo” (Mt 24, 15ss), “instalada onde não devia estar” (Mc 13,14). Em Daniel (9,27;11,31;12,11) parece que designava um altar pagão erguido no templo de Jerusalém (ano 68 A.C) e em conexão com a profanação do mesmo e o final do sacrifício perpetuo (é dizer não existe mas comunhão com Deus) “até que a cólera chegue ao cumulo” (Dn11,36) entre o esmagamento do povo de Deus e purificações terríveis do mesmo, junto com as maldades enormes dos maus (Conf. Dn12,5-13).
Esta é “a abominação horripilante” ou “desoladora” evocando o antigo Baal e sua consorte inevitável Astarté objeto da idolatria enfrentada e reprovada pelos profetas (Dn.9,27). Evidentemente tudo isso tem a ver para quem queira compreender com aquilo que nestes dias aconteceu em Roma.

Um dos aspectos, mas vergonhosos deste gesto idolátrico tem sido o esmagamento da consciência dos “pequenos” pelo escândalo. Muitos se mostraram insensíveis para o princípio fundamental apostólico do respeito a consciência do outro proclamado e efetivado pelo apostolo como em Romanos 11,1ss. Muitos esqueceram que o princípio primeiro e último de discernimento e ação na Igreja, a lei suprema da mesma é a caridade especialmente com os “pequenos”. Diante do fraco, o irmão cristão está obrigado pela lei da caridade, “a lei do espirito que dá a vida” (Rm 8,1-4) ao acolhimento do “fraco na fé” com amor compreensivo, que o faça renunciar de fato aos seu direito, em virtude do supremo mandamento da caridade: “Acolhei o fraco na fé sem querer discutir suas opiniões” (Rm11,1).

“Cuidai antes de tudo de não colocar tropeço ou escândalo diante de vosso irmão” (13). E aqui se colocaram muitos tropeços de maneira que muitos irmãos caíssem. Os motivos segundo a doutrina apostólica são evidentes. Se por causa de um alimento (estatua) teu irmão fica contristado “sucumbindo ao escândalo ou vendo seu irmão cometer uma ação que ele reprova já não procedes por amor” (vs.15). O efeito deste comportamento frio e insensível é devastador: “Estás fazendo perecer por causa do teu alimento (estatua) alguém pelo qual Cristo morreu” (ibidem 15b). Isto leva necessariamente a destruição da obra de Deus que é a própria pessoa do fraco (vs.15) ou a comunidade cristã (1 Cor 3,9).

Esta é a regra suprema também em nossos tempos. “Nós os fortes devemos carregar as fragilidades dos fracos e não buscar a própria satisfação” (Rm15,1). Tudo isto recebe confirmação plena no texto paralelo da primeira carta aos Coríntios 8, vs. 10-13. Esta é a suprema lei do Evangelho. Muitos “pequenos” ignorantes, pobres, sobretudo na Amazônia ficaram atingidos na sua consciência com consequências para a fé e para a comunhão eclesial, de transcendência dificilmente imaginável. Fatos que clamam ao céu.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Cardeal Ruini: "Ordenar sacerdotes casados seria um erro".


O Cardeal Camillo Ruini, que foi Vigário da Diocese de Roma e, durante 16 anos, presidente dos bispos italianos, afirmou que a possível ordenação sacerdotal de diáconos casados seria um erro e assegurou que a possibilidade de que um sacerdote casado se divorcie seria um fracasso.

Em uma entrevista concedida ao jornal italiano ‘Corriere dela Sera’, o Cardeal Ruini refletiu sobre alguns pontos polêmicos do recente Sínodo da Amazônia.

Reconheceu que, “na Amazônia, e também em outras partes do mundo, há uma grave carência de sacerdotes e as comunidades cristãs se veem frequentemente privadas da Missa”. Nesse contexto, “é compreensível que haja uma demanda por ordenar sacerdotes os diáconos casados e nesse sentido se orientou a maioria no Sínodo”.

Entretanto, seria uma medida equivocada, porque, por um lado, “o celibato dos sacerdotes é um grande sinal de dedicação total a Deus e ao serviço dos irmãos, especialmente em um contexto erotizado como o atual. Renunciar a ele, inclusive de uma forma excepcional, seria uma cessão ao espírito do mundo que sempre tenta se introduzir na Igreja e que dificilmente se limitaria a casos excepcionais como o da Amazônia”.

“E, por outro lado, hoje o matrimônio está profundamente em crise: os sacerdotes casados e seus consortes ficariam expostos aos efeitos desta crise e suas condições humanas e espirituais poderia não resistir”.

Perguntado se um sacerdote divorciado seria um fracasso, sua resposta foi taxativa: “Isso mesmo”.

Durante a entrevista, o Cardeal Ruini também expôs sua experiência com o celibato. “Viver o celibato não foi fácil para mim: é um grande dom que o Senhor me deu. Porém, não padeci o peso de não ter filhos, talvez porque tive o afeto de muitos jovens. Sobre a falta de uma família própria, estou muito unido à minha irmã Donata e tenha a sorte de viver com pessoas que, para mim, são como uma família”.

Eucaristia foi profanada em duas igrejas na Venezuela


O Bispo de Guarenas, Dom Gustavo García Naranjo, denunciou que em menos de dez dias a Eucaristia foi profanada em dois templos do Vicariato de Barlavento, no estado venezuelano de Miranda.

Segundo uma nota enviada em 3 de novembro à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, pelo jornalista Ramón Antonio Pérez, neste domingo o bispo presidiu uma Missa de reparação às 15h (hora local) na paróquia de Santa Rosa de Lima, um dos locais afetados do Vicariato de Barlovento.

No início da manhã de 2 de novembro, a Paróquia de San Fernando del Guapo foi profanada, no município de Páez. Segundo relatos, indivíduos desconhecidos roubaram o Sacrário, dois sinos e dois ventiladores, depois de forçar a fechadura de entrada.

"Devem ser as mesmas pessoas que roubaram na igreja de Santa Rosa de Lima em El Clavo, onde também profanaram o Sacrário", disse o bispo de Guarenas após recordar a primeira profanação ocorrida em 25 de outubro no município de Acevedo.

China: Católicos se entrincheiram em Igreja para evitar demolição


Há alguns dias, um grupo de sacerdotes e paroquianos se entrincheirou em uma igreja católica na província chinesa de Hebei para tentar impedir que o governo a derrubasse, segundo relatos.

O protesto começou às 6h de quinta-feira, 31 de outubro, na igreja de Wu Gao Zhang, parte do distrito de Guantao em Hebei, na costa norte da China. As autoridades ordenaram que a igreja fosse destruída, mesmo sendo totalmente reconhecida e aprovada pelo governo. Segundo AsiaNews, as autoridades locais indicaram que o edifício não possui licenças adequadas.

Em setembro de 2017, a China promulgou novos regulamentos estritos para a religião. Desde então, as autoridades têm estado vigilantes para que os requisitos para as licenças sejam cumpridos. Igrejas que não cumprem são destruídas.

Segundo AsiaNews, muitos católicos chineses dizem que o acordo entre a Santa Sé e a China em setembro de 2018 incentivou o governo a tomar medidas punitivas contra católicos que não pertencem a igrejas aprovadas pelo estado.

Segundo relatos, funcionários públicos afirmam que "o Vaticano nos apoia" e ordenaram a destruição de outras 40 igrejas.

Durante décadas, a Igreja na China ficou dividida entre a Associação Católica Patriótica Chinesa, uma igreja estatal sob o controle do Partido Comunista Chinês e a Igreja clandestina que estava em plena comunhão com a Santa Sé. O acordo de 2018, cujos detalhes não foram publicados, pretendia unificar as duas comunidades eclesiásticas, embora vários relatos da China indiquem que sacerdotes e leigos que se recusam a adorar nas igrejas administradas pelo governo enfrentam uma maior perseguição.

Nas províncias de Jiangxi e Fujian, no leste da China, os sacerdotes que se negaram a assinar acordos que os vinculavam aos regulamentos do governo foram expulsos de suas casas e tiveram suas igrejas fechadas. O governo chinês proibiu que os sacerdotes que não estejam de acordo viajem e muitos foram obrigados a se esconder.