sábado, 28 de abril de 2018

Papa Francisco: “Profundamente tocado pela morte do pequeno Alfie”. Entenda o caso.



O que o governo britânico fez com Alfie e sua família é quase inacreditável. O governo determinou que Alfie Evans, afligido por um distúrbio neurodegenerativo raro, tem uma qualidade de vida tão ruim que nenhum esforço deve ser feito para mantê-lo vivo. 

Ele foi retirado da respiração artificial, mas continuou respirando, surpreendendo os médicos. Ele também foi privado de água e comida. Seus pais querem levá-lo para a Itália, onde um hospital está disposto a tratá-lo. O governo britânico disse que não, e tem policiais estacionados para impedir que o menino seja resgatado. Afinal, para o governo, o melhor é matar o menino.

Existem casos de fim de vida que levantam questões genuinamente complicadas. O mesmo tratamento médico pode ser obrigatório em um conjunto de circunstâncias, permissível em outro e cruel em um terceiro. Há áreas cinzentas. 

Este não é um desses casos. Não há motivos para crer que fornecer nutrição e hidratação ao bebê, ou tratamento em geral, cause sofrimento a ele — ou que prolongar sua vida prolongará seu sofrimento, uma vez que não há indicação de que ele esteja sofrendo. 

A família não pediu ao governo britânico para pagar tratamentos caros. Eles só queriam a liberdade de levar o menino para as pessoas que tentariam mantê-lo vivo, em vez de causar a morte dele. 

As considerações que moveram o governo são de que os médicos do bebê acreditavam ser improvável que ele jamais chegue a um alto nível de funcionamento cognitivo ou que seja capaz de sobreviver por conta própria, e provavelmente sua condição acabará por matá-lo. Os tribunais decidiram que Alfie Evans, portanto, não tira proveito de continuar vivendo. 

É realmente simples assim: o governo decidiu que é o melhor interesse do bebê morrer, e garantiu que ele morresse rapidamente. Ele superou os direitos dos pais no processo e Alfie Evans completou sua batalha.

“O nosso bebê ganhou asas nesta noite às 2h30 da manhã. Estamos com o coração partido. Obrigada a todos pelo seu apoio”.

Com este post no Facebook, Kate James anunciou a morte do seu bebê, enquanto, o pai, Thomas, escreveu:

“O meu gladiador baixou o seu escudo e ganhou asas às duas e meia da manhã. Totalmente inconsolável. Euy amo você meu menino”. 

terça-feira, 24 de abril de 2018

José Dirceu compara delitos do PT a “crimes da Igreja Católica contra a humanidade”



Passou batida pra muitos a entrevista que Zé Dirceu concedeu, no último dia 20, à jornalista Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo. Comentando a prisão de Lula, que já completa deliciosos 15 dias, afirmou que “a Igreja Católica Apostólica Romana tem uma história de crimes contra a humanidade.” Tudo é fruto, segundo ele, de um “balanço histórico” profundíssimo, imagino eu. Claro, não poderia ser diferente, pois todo comunista tem uma tara atávica de revisar e reescrever a História a seu favor. É um vírus mental chamado mneumofobia, o medo da memória, da factualidade histórica.

Para desmentir essa frase de Dirceu seriam necessárias horas e horas de apresentação das provas históricas e documentações, que provam justamente o contrário. Ele invoca inclusive o mofado e já arquicontrargumentado mimimi a respeito das Cruzadas e da Inquisição. Além das provas historiográficas dos crimes da Igreja, segundo o preso petista, teríamos também de “mandar prender todos os padres e bispos porque a pedofilia é generalizada.” Ele sustenta a tese de que o Partido dos Trabalhadores não é um partido corrupto de maneira alguma, muito menos guiado por bandidos. Quem teria a ousadia de levantar tal calúnia, não é mesmo? O Partido da ética é apenas uma pobre vítima de alguns traidores que se desviaram e acabaram em esquemas ilícitos.

Que isso, cumpanhêro?! Devagar com o andor, que o santo é de barro. Não tenho um segundo de paciência para responder as acusações levantadas contra a Igreja nem caridade monástica suficiente para pontuar aqui as provas, arquidocumentadas pela Justiça, da rede de crimes sistematizadas dentro e pelo PT, através de seus dirigentes: Lula, Palocci, Dirceu et caterva.

Não é preciso apresentar contraprovas para as colocações espúrias de Dirceu contra a Igreja, mas mostrar a intenção maligna por trás delas. Dirceu é um canalha; um grande canalha mneumofóbico. Muito inteligente e mendaz. Foi treinado em Cuba e tem uma estrutura interna muito mais rija que a de Lula para aguentar o repuxo do cárcere. Lula é um frouxo, sempre o foi. Delatou até a esposa morta! O que não fará com um pouco de estímulo na cadeia?

Zé Dirceu cospe no prato que o salvou, revolucionário ingrato e subversivo que é. Cospe na Igreja que foi instrumentalizada por terroristas, como Marighella e Frei Betto, que, em 4 setembro de 1969, usaram a guerrilha ALN para sequestrar o embaixador americano Charles Elbrick em troca de presos do regime militar, único meio de parar a revolução socialista por eles intentada. 

Episcopado alemão nega que o Vaticano tenha rejeitado proposta de Comunhão para protestantes



A Conferência Episcopal da Alemanha negou as informações que assinalam que a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) teria rechaçado um plano dos bispos a fim de publicar um documento para permitir que protestantes casados com católicos recebam a Comunhão.

“Os relatórios que assinalam que o Vaticano, tanto o Santo Padre como os seus dicastérios, rechaçaram o documento, são falsos”, disse Matthias Kopp, porta-voz do Episcopado.

Também foi relatado que o Arcebispo de Munique e Presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, Cardeal Reinhard Marx, foi convidado a Roma pelo Papa Francisco para discutir a respeito deste tema.

Na quarta-feira dia, 18 de abril, o site de notícias austríaco Kath.net informou em 18 de abril que fontes do Vaticano assinalaram que a CDF suspendeu a proposta dos bispos alemães. Fontes deste Dicastério confirmaram estas afirmações à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.

O que não explicaram é se o Vaticano teria pedido aos bispos alemães que modificassem o conteúdo do seu documento ou se impediram a preparação do rascunho, enquanto analisavam o tema; ou se rejeitaram completamente esta proposta.

Há dois meses, a Conferência Episcopal Alemã anunciou a publicação de um documento com normas para permitir que os protestantes casados com católicos recebam a Comunhão eucarística “sob certas condições”. 

Tribunal inglês rejeita transferência de Alfie Evans para a Itália



O Supremo Tribunal da Inglaterra rejeitou pela terceira vez o recurso de amparo dos pais de Alfie Evans e negou-lhes a possibilidade de levar seu filho para a Itália para que receba tratamento médico.

“Isso representa o capítulo final do caso deste extraordinário pequeno menino”, disse o juiz Anthony Hayden, do Supremo Tribunal, segundo informou a BBC de Londres neste dia 24 de abril.

Até o momento, Alfie permanece no hospital Alder Hey, em Liverpool. Os médicos lhe retiraram o suporte vital depois das 21h do dia 23 de abril. Entretanto, em vez de perder a vida, o pequeno começou a respirar por si mesmo. Em seguida, voltaram a administrar-lhe hidratação e oxigênio. 

Pronunciamento dos Bispos do Paraná sobre bebidas de álcool em festas de Igreja



PRONUNCIAMENTO DOS BISPOS DO REGIONAL SUL 2

Nós, Bispos e Administradores Diocesanos do Paraná, reunidos em Aparecida (SP) para a 56ª Assembleia Geral da CNBB, queremos manifestar aos párocos, aos administradores e vigários paroquiais, a todos os sacerdotes e diáconos, bem como a todos os Conselhos de Pastoral das comunidades e Conselhos de Assuntos Econômicos, a nossa firme decisão referente à exclusão por completo da venda de bebidas alcoólicas em nossas festas de padroeiros e quaisquer eventos da Igreja.

A missão da Igreja é evangelizar! Queremos que nossas comunidades se tornem cada vez mais evangelizadoras e, por isso, reiteramos veementemente a aplicação dessa norma, mesmo compreendendo as dificuldades culturais de algumas regiões de nosso Estado em colocá-la em prática.

É sabido que o álcool é uma das substâncias mais ameaçadoras aos jovens e, consequentemente, às famílias, além de ser uma porta de entrada para drogas ilícitas. O consumo descontrolado de bebidas alcoólicas desencadeia, com grande frequência, conflitos e até atos de violência, em direção claramente oposta ao que a Igreja no Brasil propôs com a Campanha da Fraternidade deste ano: a superação da violência. Além do mais, o consumo de álcool em promoções de Igreja representa um grande contratestemunho perante a sociedade.1 

Mensagem da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) na 56º Assembleia Geral da CNBB



PALAVRA DA CRB NA 56ª ASSEMBLEIA DA CNBB

Estou aqui em nome dos Consagrados e Consagradas do Brasil, uma força imensa em nossa Igreja, mesmo nos grandes desafios e crises, estamos respondendo à nossa Missão de norte a sul do País.

Nossa grande preocupação como Conferência é animar a Vida Religiosa Consagrada na fidelidade à sua IDENTIDADE.

A Vida Religiosa Consagrada é chamada, segundo o Carisma de cada Instituto, à responder a VIDA ONDE MAIS CLAMA.

A partir da sua última Assembleia (2016), preocupada com a perda gradativa da identidade, principalmente por parte dos Religiosos Presbíteros, cada vez mais envolvidos pela administração e profissionalização (necessárias, é claro) estamos preparando o I ENCONTRO NACIONAL DOS RELIGIOSOS PRESBÍTEROS, em setembro de 2018, em Belo Horizonte.

Também realizaremos, logo após o Encontro Nacional dos Presbíteros, o II SEMINÁRIO NACIONAL DA VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA, neste local, com a participação dos Superiores e Superioras maiores, Gerais, Provinciais, Conselheiros/as, Formadorese/as, mais de 550 participantes, com o TEMA: MISTICA E PROFECIA NA MISSÃO COMUNITÁRIA, E LEMA: “SAIAMOS, ÀS PRESSAS, COM MARIA, AONDE CLAMA A VIDA”.

Somos todos chamados pelo Batismo  e realizamos nossa missão numa Igreja Ministerial. 

Autoridades chinesas aos católicos: não cruzem a "linha vermelha"


As autoridades da cidade chinesa de Henan divulgaram um comunicado no qual alertam aos católicos de que os seus lugares de culto serão fechados se não obedecerem às normas referentes aos temas religiosos.

Segundo informa UCAnews.com, nos últimos meses aumentou a pressão das autoridades contra os católicos em Henan, com a retirada de cruzes das igrejas, a proibição dos menores de entrar nos templos, o fechamento de centros educativos pré-escolares administrados pela Igreja, e inclusive a expulsão das crianças enquanto participavam da Missa.

A Associação Católica Patriótica Chinesa de Henan e a Comissão Católica de Administração de Henan, instituições controladas pelo Governo, publicaram um comunicado pedindo aos fiéis que assumissem as novas normas “com seriedade”.

O texto exige seguir “o princípio da separação entre a religião e a educação”, assim como as normas sobre temas religiosos.

“Anteriormente, tudo isso era apenas propaganda e formação, mas agora há uma linha vermelha, uma linha de pressão, então é necessário assumi-la seriamente”, indica o comunicado.

Entre as medidas que já foram tomadas contra os católicos, está a expulsão de crianças da Missa de Páscoa no dia 1º de abril, em uma igreja da Diocese de Zhengzhou.

Um católico disse à UCAnews que as autoridades também bloquearam a entrada de menores nas igrejas das dioceses de Shangqiu e Anyang. “Não sabemos o que acontecerá depois”, acrescentou.

Do mesmo modo, duas escolas de ensino fundamental enviaram uma carta aos pais de família assinalando que “ninguém pode usar a religião para provocar desordem social, prejudicar os cidadãos ou atentar contra o sistema de educação nacional”.

A carta explica que “é uma ofensa o fato de que qualquer organização ou indivíduo oriente, apoie ou permita que os menores acreditem nas religiões ou que participem das atividades religiosas”.

Bispo de Formosa afirma inocência e diz ter sido acusado sem provas


Após passar um mês preso acusado do desvio de R$ 2 milhões de recursos das paróquias da Diocese de Formosa (GO), Dom José Ronaldo Ribeiro declarou que ele e demais sacerdotes detidos foram vítimas de um plano para os desmoralizar, sendo “acusados sem provas”.

“Fomos massacrados, acusados sem provas, com um método de condenar, prender e apurar”, declarou o Prelado em uma entrevista a ‘O Estado de S. Paulo’.

Dom José Ronaldo e outros 5 sacerdotes da Diocese de Formosa foram presos em 19 de março na Operação Caifás, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, acusados de desviar R$2 milhões e usar dinheiro das paróquias para a compra de uma fazenda de gado e uma casa lotérica.

O Prelado permaneceu cerca de um mês na prisão, tendo sido liberado na última semana, após a concessão do habeas corpus em 17 de março pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Após ser solto, seguiu para a residência episcopal de Formosa, em vez de seguir conselhos para que se hospedasse na Casa do Clero, para padres idosos e doentes.

“Vim para cá, porque esta é minha morada. Eu ainda sou o bispo de Formosa, embora afastado”, afirmou.

Segundo Dom José Ronaldo, ele foi vítima de um plano arquitetado para o “desmoralizar e tirar do governo da Diocese”.

“É um grupo bem articulado com um plano e, nesse plano, vi claramente que usaram o anonimato e abriram quatro frentes para nos denegrir, nos desmoralizar: a mídia, redes sociais, Ministério Público e Nunciatura”, citou.

O Bispo assinalou que tal grupo teria armado “esse esquema há anos”, desde sua passagem pela Diocese de Janaúba (MG), de onde foi transferido para Formosa, em 2014. Além disso, indicou que na Diocese mineira, a armação teve início depois que ele acolheu ex-dependentes de drogas dos quais cuidava no trabalho pastoral, tendo ficado com sua conta negativa para ajudá-los.

“Lá (Janaúba), fui vítima de uma situação semelhante. Quando fui nomeado Bispo de Formosa, alguns padres e leigos foram às redes sociais e acessaram essa mesma campanha que fizeram contra mim lá. Então, eles já tinham uma ideia pré-concebida a meu respeito”, afirmou o Bispo em vídeo publicado por ‘O Estado de S. Paulo’.

Fim do “Catolicismo romano”?


Este artigo, assim mesmo intitulado pelo próprio Autor e do qual apresento abaixo a tradução em português, apareceu no blog Settimo Cielo, no dia 13 de Abril passado, sob um outro provocador título dado por Sandro Magister: La riforma di Bergoglio l'ha già scritta Martin Lutero / A reforma de Bergoglio já a escreveu Martinho Lutero [1].

O Autor é Roberto Pertici: tem sessenta e seis anos de idade e é actualmente professor de história contemporânea na Universidade de Bergamo [2]. Um académico exactamente da minha idade; o que, pela contemporaneidade da vida, me ajudou à melhor compreensão deste ensaio.

Este, é de facto notável e algo invulgar pela «agudeza e amplitude de horizonte da análise», como diz Magister, e pela lógica do raciocínio que conjuga os factos examinados, relevando a sua unitária coerência com um “projecto” ou “operação”.

Para quem partilhe de uma visão conservadora ou tradicional da Igreja, parece-me obviamente muito perturbador.... mas há que ter presente que a Fé católica e apostólica não se conjuga jamais com qualquer espécie de desespero!

As notas assinaladas entre […], são todas da minha autoria.

22 de Abril de 2018

João Duarte Bleck, médico e leigo Católico 
***


1. Neste momento do pontificado de Francisco, creio que se possa razoavelmente sustentar que este marca o ocaso dessa imponente realidade histórica definível como “catolicismo romano”.

Isto não significa, bem entendido, que a Igreja Católica esteja no fim, mas que está a chegar ao fim o modo como historicamente se estruturou e se apresentou a si mesma nos últimos séculos.

De facto, parece-me evidente que é este o projecto conscientemente seguido pelo “brain trust” que rodeia Francisco: um projecto que se pretende quer uma resposta extrema / radical à crise das relações entre a Igreja e o mundo moderno, quer como premissa para um renovado percurso ecumênico, comum às outras confissões cristãs, especialmente aquelas Protestantes.

2. Por “catolicismo romano” entendo aquela grande construção histórica, teológica e jurídica que se iniciou com a helenização (para o aspecto filosófico) e com a romanização (para o aspecto político-jurídico) do cristianismo primitivo e que se baseia sobre o primado dos sucessores de Pedro; tal como ela emerge da crise do mundo tardo-antigo e da sistematização teórica da idade gregoriana (“Dictatus Papae”) [3].

Nos séculos sucessivos, a Igreja, do mesmo modo, dotou-se de um Direito interno próprio, o Direito canónico, olhando para o Direito romano como modelo. E este elemento jurídico contribuiu para gradualmente plasmar uma complexa organização hierárquica, com precisas normas internas que regulam a vida, seja da “burocracia dos celibatários” (a expressão é de Carl Schmitt [1888-1985]) que a gere, seja dos leigos que dela fazem parte.

O outro momento decisivo da formação do “catolicismo romano” é, finalmente, a eclesiologia elaborada no Concílio de Trento [1545-1563], que reafirmou a centralidade da mediação eclesiástica em vista da salvação, em contraste com a tese luterana do “sacerdócio universal”, e que assim fixa o carácter hierárquico, unitário e centralizado da Igreja; o seu direito de controlar e, caso ocorra, condenar as posições que contrastem com a formulação ortodoxa das verdades de fé; o seu papel na administração dos sacramentos.

Esta eclesiologia foi selada no dogma da infalibilidade pontifícia proclamado no Concílio Vaticano I [1869-1870], colocado à prova oitenta anos depois, na afirmação dogmática da Assunção de Maria ao Céu (1950), a qual, juntamente com a precedente proclamação dogmática da sua Imaculada Conceição (1854), reafirma a centralidade do culto mariano.

Seria, todavia, redutor se nos limitássemos a quanto dissemos até agora. Porque existe, ou melhor existia, também um difuso “sentir católico”, assim constituído:

- uma atitude cultural que se baseia sobre um realismo, a propósito da natureza humana, por vezes desencantado, mas disposto a “tudo compreender” como premissa do “tudo perdoar”;

- uma espiritualidade não-ascética, compreensiva de certos aspectos materiais da vida e não disposta a desprezá-los;

- empenhado numa caridade quotidiana para com os humildes e os necessitados, sem precisar de os idealizar ou deles fazer quase um ídolo;

- disposto a representar-se também na própria sumptuosidade, portanto não surdo à razão de ser da beleza e das artes, enquanto testemunhos de uma Beleza suprema à qual o cristão deve tender;

- indagador subtil das moções mais recônditas do coração, da luta interior entre o bem e o mal, da dialéctica entre “tentação” e a resposta da consciência.

Poder-se-ia então dizer que naquilo a que chamo de “catolicismo romano” entrelaçam-se três aspectos, além, obviamente, do religioso: o estético, o jurídico e o político. Trata-se de uma visão racional do mundo que penetra numa instituição visível e compacta e que entra fatalmente em conflito com a ideia de representação que emergiu com a modernidade, baseada no individualismo e numa concepção do poder que, vinda de baixo, acaba por colocar em discussão o princípio da autoridade.

sábado, 21 de abril de 2018

Encurralados! Bispos do Brasil não têm pra onde correr


A esquerda pira! Quem diria que a mãe do PT abandonaria sua cria à morte e, ao mesmo tempo, confirmaria a expectativa de milhões de católicos brasileiros, não respondendo a nenhuma das acusações apresentadas nos últimos meses, antes, fazendo-se de vítima?…

Solenemente posta em cima do muro, a CNBB, na verdade, está completamente encurralada: se, de um lado, não pode negar o seu passado de compromisso com as esquerdas, de outro, atualmente, não tem fôlego para enfrentar a opinião pública, que execra o lulopetismo com absoluta veemência.

A mesma CNBB que protagonizou a “lei da ficha limpa” terá de ver Lula inelegível justamente por ser “ficha suja”; assim como a mesma CNBB que sempre militou pela judicialização da política, agora vê os seus políticos julgados e condenados, e não pode defendê-los, pois se condenaria.

Ao contrário do que dizem, não temos um país divido, nem tampouco os católicos estão divididos. O país está unido, rechaça com força a impostura socialista, e os católicos desejam de seus pastores uma posição clara e inequívoca, mas, ao contrário, estes lhes oferecem águas turvas.

Quem está dividindo a Igreja e o país não são as opiniões divergentes, é a dialética socialista do “nós contra eles”; quem dividiu a Igreja católica no Brasil não foram os leigos que gritam por transparência, foi a dialética da teologia da libertação. De tanto pregar o antagonismo entre a hierarquia e o povo, os teo-ideológos da libertação beberam de seu próprio veneno: uma vez na hierarquia, o povo se voltou contra eles, enquanto estes se fazem de desentendidos.

Se os bispos tivessem humildade e coragem, reconheceriam que erraram e se afastariam definitivamente desta bandidagem esquerdista, agradeceriam os denunciantes por lhes mostrarem que eles também estão sendo enganados por uma corja de manipuladores e tomariam as rédeas da Conferência Episcopal, seriam coerentes com o discurso anti-corrupção e apoiariam a justiça que prendeu um ex-presidente corrupto, corrigiriam os abusos litúrgicos, as aberrações doutrinais (como a “concelebração” das pastoras protestantes na “Romaria da Terra”) e dariam aos católicos mostras de levarem a sério a sua religião. Mas, não… preferem a neutralidade.

É hoje: Bento XVI e denúncias de bispos do Brasil


Bento XVI completa 91 anos. Este gigante, que já se curva pelo peso do tempo e da responsabilidade, permanece bem vivo e, ao que tudo indica, ativo. Claro, a idade e incidentes com sua saúde retiraram um pouco seu vigor, mas jamais sua vivacidade; seus olhos penetrantes. Que eu devo minha conversão a muitas pessoas, é público e notório, mas Papa Bento é uma daquelas que foi decisiva; tão decisiva quanto Santa Teresinha de Lisieux, não só porque dois de seus livros de teologia e catequese foram luzes no meu caminho de fé, mas pelo inacreditável fato de um deles ter sido canal para um milagre das rosas como resposta à minha primeira novena a jovem santinha: encontrei uma discreta pétala de rosa ainda viva no último dia da novena dentro das páginas escritas pelo então Cardeal Ratzinger.

Segundo a melhor tradição católica, sempre que Santa Teresinha ouve e atende uma novena, ela também concede, como sinal, uma rosa, as quais já me apareceram de ene modos: desde uma grande amiga deixar, sem saber absolutamente de nada, uma rosa em minha escrivaninha, até um completo estranho entregar nas minhas mãos, no fatídico nono dia da novena, um santinho com uma imagem da Santa segurando rosas. É assim. Explicações fogem; o fato nos abarca. Deve ser assim.

Não espero de modo algum um milagre de Santa Teresinha neste dia. Aguardo, porém, um outro milagre: que bispos e cardeais brasileiros dêem o mais sério tratamento às ainda mais sérias denúncias. Há quem julgue que os bispos envolvidos têm de se explicar porque os leigos assim demandam. Erra rudemente quem acha que esta é a razão. Nunca foi. Obviamente o calor das massas comovem corações, mas não é o centro. Respostas públicas, pormenorizadas e, se possível, exaustivas devem ser dadas pela natureza dos fatos apresentados, em grande parte, por mim desde o último janeiro.

Estar à espera de um milagre não é de forma alguma um deboche. Longe disto. Se a coisa sair do procedimento padrão de emitir notinhas evasivas, que nunca destrincham fatos e só deixam a emenda pior que o soneto; se a coisa responder a cada acusação no melhor estilo da apologética católica; se tivermos o privilégio de contemplar públicos e sinceros pedidos de perdão ‘mea maxima culpa’; se houver anúncio de uma série de medidas administrativas e canônicas para começar a resolver a coisa; se se fixarem, evocando o Magistério da Igreja, palavras sérias e necessárias a respeito da Teologia da Libertação de cunho marxista, a única existente; se, e somente se, tais e tais ações forem tomadas, aí sim saberemos que o episcopado brasileiro, ou pelo menos parte dele, ainda não se curvou covardemente perante o corporativismo, camaradagem e falsa tolerância.

Rezo neste preciso momento para que a verdade e o zelo pela fé não sejam outra vez sacrificados no altar do “deixa disso”.

Assembleia da CNBB: bispos querem “aprofundar” o Grito dos Excluídos (!!!)


Se você é novo no acompanhamento da política eclesial no Brasil, precisa assistir ao vídeo da coletiva de imprensa dessa quarta-feira (18/04), pois foi uma autêntica amostra do que costuma ser chamado de “esquerda católica” no Brasil.

Assistam e reparem num detalhe importante: um católico bem formado, bem intencionado, porém ingênuo, consegue tranquilamente ouvir tudo o que disseram e interpretar de forma ortodoxa. Mas se você não é limitado pelas discussões abstratas, se já esteve ou viu as ações mencionadas pelos bispos, sabe que não passa de aparelhamento descarado de estruturas da Igreja por entidades ideologizadas para fins político-partidários.

Querem um exemplo? Hoje foi dia de falar Grito dos Excluídos, que, segundo o péssimo dom Guilherme Werlang, precisa ser “repensado”, “atualizado” e “aprofundado”. Um tolo pode ler isso com esperança de que, se será “repensado”, é porque os antigos problemas das bandeiras de partidos socialistas, dos gritos pró-Lula e do apoio às invasões de propriedade serão resolvidos, e aquela grande marcha será, enfim, puramente cristã, focada na justiça social. Só pode supor algo assim quem não conhece dom Guilherme Werlang, um bispo que curte convocar fiéis para greve geral, é convidado de honra em evento do MST e muito próximo de cristãos exemplares como João Pedro Stédile, Rui Falcão, Frei Betto, entre outros ícones da esquerda latino-americana, comumente unidos pelo desprezo à moral cristã e até à lei.

Ele também disse que tentará convencer os colegas bispos a realizarem uma nova Semana Social Brasileira, cuja última edição aconteceu em 2013. O nome dá a entender algo legítimo, mas na prática não passa de um congresso de esquerda, bancado com dinheiro de fiéis católicos, para servir de apoio à agenda de partidos políticos e entidades socialistas. É um show de horrores, cujas fotos da última edição ainda estão disponíveis aqui.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Igreja Universal incentiva o roubo de hóstias para depois queimá-las



As hóstias são distribuídas em toda Santa Missa. O padre e os ministros da comunhão se encarregam de distribuí-las cuidado e respeito ao Corpo e Nosso Senhor Jesus Cristo.

Infelizmente algumas pessoas e até outras denominações cristãs ou não, fazendo do Santíssimo Sacramento alvo de furto. E esta prática parece que tem ocorrido com certa frequência.

HÓSTIA FOI ROUBADA

Você já deve ter ouvido falar que algumas práticas satânicas sugerem o furto de hóstias para algum tipo de ritual demoníaco. No entanto parece que este fato que ocorreu se trata de uma denominação que se julga cristã.

Recentemente eu recebi uma postagem em um grupo de whatsapp, em que um amigo dizia haver furtos de hóstias. E no corpo da postagem dizia ser em uma diocese do Rio Grande do Norte.

Como no corpo da mensagem havia o nome do sacerdote e dados da diocese, procurei saber se realmente o referido padre existia na diocese em questão.

Constatando que os dados eram corretos quis averiguar, encaminhei um e-mail para a diocese perguntando do fato. Dois dias após o envio do e-mail, recebi um comunicado confirmando a ocorrência. Sim, estão roubando hóstias em nossas paróquias.

A mensagem que recebi, sobre o roubo, dizia que o padre, que distribuiu a hóstia, percebeu que a pessoa não havia consumido a Eucaristia e também havia se ausentado da celebração.

Continuando, o padre entristecido com a situação, andando pela rua após a Santa Missa, percebeu uma movimentação de pessoas, entre estas pessoas estava a mulher que havia pego a hóstia.

Querendo se tomar par da situação, foi até a mulher, indagou sobre a Eucaristia. Ela se esquivando, argumentou que não sabia do ocorrido.

No entanto posteriormente, talvez por peso na consciência acabou esclarecendo, que de fato, havia pego a hóstia para levar até uma reunião da Universal do Reino de Deus.

Abaixo apresento a imagem do e-mail enviado para o contato da diocese juntamente com a respostas que me foi encaminhada:

Bispos reunidos em sua 56ª Assembleia Geral enviam mensagem ao povo de Deus


MENSAGEM DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 
AO POVO DE DEUS

O que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo (1Jo 1,3)

Em comunhão com o Papa Francisco, nós, Bispos membros da CNBB, reunidos na 56ª Assembleia Geral, em Aparecida – SP, agradecemos a Deus pelos 65 anos da CNBB, dom de Deus para a Igreja e para a sociedade brasileira. Convidamos os membros de nossas comunidades e todas as pessoas de boa vontade a se associarem à reflexão que fazemos sobre nossa missão e assumirem conosco o compromisso de percorrer este caminho de comunhão e serviço.

Vivemos um tempo de politização e polarizações que geram polêmicas pelas redes sociais e atingem a CNBB. Queremos promover o diálogo respeitoso, que estimule e faça crescer a nossa comunhão na fé, pois, só permanecendo unidos em Cristo podemos experimentar a alegria de ser discípulos missionários.

A Igreja fundada por Cristo é mistério de comunhão: “povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (São Cipriano). Como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (cf. Ef 5,25), assim devemos amá-la e por ela nos doar. Por isso, não é possível compreender a Igreja simplesmente a partir de categorias sociológicas, políticas e ideológicas, pois ela é, na história, o povo de Deus, o corpo de Cristo, e o templo do Espírito Santo.

Nós, Bispos da Igreja Católica, sucessores dos Apóstolos, estamos unidos entre nós por uma fraternidade sacramental e em comunhão com o sucessor de Pedro; isso nos constitui um colégio a serviço da Igreja (cf. Christus Dominus, 3). O nosso afeto colegial se concretiza também nas Conferências Episcopais, expressão da catolicidade e unidade da Igreja. O Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium, 23, atribui o surgimento das Conferências à Divina Providência e, no decreto Christus Dominus, 37, determina que sejam estabelecidas em todos os países em que está presente a Igreja.

Em sua missão evangelizadora, a CNBB vem servindo à sociedade brasileira, pautando sua atuação pelo Evangelho e pelo Magistério, particularmente pela Doutrina Social da Igreja. “A fé age pela caridade” (Gl 5,6); por isso, a Igreja, a partir de Jesus Cristo, que revela o mistério do homem, promove o humanismo integral e solidário em defesa da vida, desde a concepção até o fim natural. Igualmente, a opção preferencial pelos pobres é uma marca distintiva da história desta Conferência. O Papa Bento XVI afirmou que “a opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza”. É a partir de Jesus Cristo que a Igreja se dedica aos pobres e marginalizados, pois neles ela toca a própria carne sofredora de Cristo, como exorta o Papa Francisco.

A CNBB não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político. As ideologias levam a dois erros nocivos: por um lado, transformar o cristianismo numa espécie de ONG, sem levar em conta a graça e a união interior com Cristo; por outro, viver entregue ao intimismo, suspeitando do compromisso social dos outros e considerando-o superficial e mundano (cf. Gaudete et Exsultate, n. 100-101).

Sobre Eleições 2018 bispos advertem que “fake news” causam prejuízos à democracia


ELEIÇÕES 2018: COMPROMISSO E ESPERANÇA
MENSAGEM DA 56ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB AO POVO BRASILEIRO

“Continuemos a afirmar a nossa esperança, sem esmorecer” (Hb 10,23) 


Nós, bispos católicos do Brasil, conscientes de que a Igreja “não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Papa Bento XVI – Deus Caritas Est, 28), olhamos para a realidade brasileira com o coração de pastores, preocupados com a defesa integral da vida e da dignidade da pessoa humana, especialmente dos pobres e excluídos. Do Evangelho nos vem a consciência de que “todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a preocupar-se com a construção de um mundo melhor” (Papa Francisco – Evangelii Gaudium, 183), sinal do Reino de Deus.

Neste ano eleitoral, o Brasil vive um momento complexo, alimentado por uma aguda crise que abala fortemente suas estruturas democráticas e compromete a construção do bem comum, razão da verdadeira política. A atual situação do País exige discernimento e compromisso de todos os cidadãos e das instituições e organizações responsáveis pela justiça e pela construção do bem comum.

Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque, ao revelar raízes cada vez mais alastradas e profundas. Nem mesmo os avanços em seu combate conseguem convencer a todos de que a corrupção será definitivamente erradicada. Cresce, por isso, na população, um perigoso descrédito com a política. A esse respeito, adverte-nos o Papa Francisco que, “muitas vezes, a própria política é responsável pelo seu descrédito, devido à corrupção e à falta de boas políticas públicas” (Laudato Sì, 197). De fato, a carência de políticas públicas consistentes, no país, está na raiz de graves questões sociais, como o aumento do desemprego e da violência que, no campo e na cidade, vitima milhares de pessoas, sobretudo, mulheres, pobres, jovens, negros e indígenas.

Além disso, a perda de direitos e de conquistas sociais, resultado de uma economia que submete a política aos interesses do mercado, tem aumentado o número dos pobres e dos que vivem em situação de vulnerabilidade. Inúmeras situações exigem soluções urgentes, como a dos presidiários, que clama aos céus e é causa, em grande parte, das rebeliões que ceifam muitas vidas. Os discursos e atos de intolerância, de ódio e de violência, tanto nas redes sociais como em manifestações públicas, revelam uma polarização e uma radicalização que produzem posturas antidemocráticas, fechadas a toda possibilidade de diálogo e conciliação.

Nesse contexto, as eleições de 2018 têm sentido particularmente importante e promissor. Elas devem garantir o fortalecimento da democracia e o exercício da cidadania da população brasileira. Constituem-se, na atual conjuntura, num passo importante para que o Brasil reafirme a normalidade democrática, supere a crise institucional vigente, garanta a independência e a autonomia dos três poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – e evite o risco de judicialização da política e de politização da Justiça.  É imperativo assegurar que as eleições sejam realizadas dentro dos princípios democráticos e éticos para que se restabeleçam a confiança e a esperança tão abaladas do povo brasileiro. O bem maior do País, para além de ideologias e interesses particulares, deve conduzir a consciência e o coração tanto de candidatos, quanto de eleitores.

Administrador Apostólico para a Diocese de Formosa (GO): os fiéis querem superar os desafios


O Arcebispo Metropolitano de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto e o Bispo Auxiliar de Brasília (DF), Dom José Aparecido falaram ontem (17) sobre a situação da Diocese de Formosa (MG) em uma transmissão ao vivo pelo Facebook da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), afirmou que a visita apostólica já estava decidida antes da prisão de Dom José e dos padres, devido a queixas levadas à nunciatura e que a existência da mesma não significa que a Santa Sé já tenha um feito um juízo antecipado dos fatos ou dos envolvidos.

No dia 21 de março, dois dias depois da prisão do bispo de Formosa (GO), Dom José Ronaldo Ribeiro, acusado de participar de um esquema de desvio de mais de 2 milhões de Reais de dinheiro das paróquias, o Papa Francisco nomeou Dom Paulo Mendes Peixoto como administrador apostólico para a Diocese de Formosa. Desde então, o Arcebispo teve a chance de conhecer paróquias e comunidades da diocese goiana e se disse impressionado com a fé e o fervor dos leigos.

Presente na ocasião também estava o bispo Auxiliar de Brasília (DF), Dom José Aparecido, perito em Direito Canônico, quem ressaltou que o serviço de Administrador apostólico é tentar retomar a vida ordinária da Igreja. “Procuramos animar o presbitério e a comunidade diocesana para que fizessem retomar o curso normal da missão da Igreja em Formosa”, afirmou Dom José em trechos da entrevista reproduzidos pelo Portal A12, do Santuário Nacional de Aparecida.

Sobre o habeas corpus concedido a Dom José Ronaldo Ribeiro na tarde da terça-feira (17), o bispo auxiliar afirmou: “Nos alegramos muito com essa notícia do habeas corpus, porque é um irmão nosso que estava encarcerado, e nos alegramos que ele possa responder às acusações feitas em liberdade”.

Ainda segundo o A12, Dom José Aparecido afirmou que vão acompanhar e averiguar fatos pastorais para que a Santa Sé tome conhecimento e dê as orientações necessárias. Segundo ele, a existência da visita apostólica “não representa nenhum juízo antecipado”.

“É apenas uma averiguação, em vista das queixas que foram feitas junto à Nunciatura. Essa visita já estava decidida antes da prisão de Dom José e dos padres, por isso nosso trabalho é oferecer para os padres e a Congregação para os Bispos instrumentos de avaliação e apreciação da atividade pastoral de Dom José Ronaldo na diocese”, afirmou.

Dom José Aparecido acrescentou ainda que o Código de Direito Canônico como qualquer ordenamento jurídico que preze os direitos humanos parte da presunção de inocência de qualquer pessoa. “E é com esse sentido da presunção de inocência de Dom José Ronaldo que nós vamos trabalhar na visita apostólica para averiguar os fatos e oferecer ao Santo Padre um relatório”.

Justiça concede habeas corpus e manda soltar bispo de Formosa (GO) preso desde março


Ao início da tarde de terça-feira, 17, Desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás concederam, por unanimidade, um habeas corpus ao bispo Dom José Ronaldo Ribeiro, da diocese de Formosa (GO) e aos outros 5 padres presos na operação Caifás, que agora passam a responder liberdade à acusação de desviar R$2 milhões e usar dinheiro das paróquias para a compra de uma fazenda de gado e uma lotérica.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) confirmou ao Portal de notícias G1 que os alvarás de soltura estão sendo confeccionados e devem estar prontos até o fim do dia. Depois, o documento será enviado ao Fórum de Formosa e, então ao recém-inaugurado presídio da cidade, onde se encontram os padres e o bispo em uma ala isolada.

Ainda segundo o G1, o advogado de Dom José Ronaldo, Lucas Rivas, disse que pautou a defesa em três pontos:

"[Argumentamos] Que não procedem as alegações de associação criminosa, que o dom Ronaldo não representa risco à instrução criminal e que também não representa risco à ordem publica", declarou o legista ao Portal G1.

Os desembargadores determinaram que o passaporte do bispo ficará retido. Ele está proibido de sair do país até a sentença. A defesa do bispo e demais sacerdotes acusados já haviam apelado ao STJ em oito ocasiões para conseguir os habeas corpus.

Bispos convidam os fieis à jornada de oração pela Venezuela


A Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) convidou a população a participar de uma jornada de Oração pelo país do dia 19 ao 22 de abril.

Em um vídeo divulgado em sua conta no Twitter, a CEV afirmou que “a Venezuela precisa da nossa oração e da nossa ação”.

“Por isso, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) exorta a todos os venezuelanos a unir-se do dia 19 ao 22 de abril em uma jornada de oração pela Venezuela”.

No vídeo, o Episcopado também pediu aos fiéis para que realizem “gestos de misericórdia e caridade para com as pessoas que realmente precisam de uma manifestação de ternura e de solidariedade”.

Para incentivar o dia de oração, a CEV elaborou um subsídio que sugere usar em 19 de abril “os textos da Missa pelo país, no dia 20 pela justiça e pela paz e no dia 21 pelo progresso dos povos”. Em 22 de abril, é o IV Domingo de Páscoa, Domingo do Bom Pastor, indicou.

O documento recorda que o dia de oração foi sugerido pelo CEV na sua mensagem do dia 19 de março.

Nesse sentido, recorda que “a sugestão da Presidência da CEV, pede ter um longo Dia de Oração ante o Santíssimo Sacramento, semelhante às ‘Quarenta Horas’”.

“Também vamos propor um horário de Adoração ao Santíssimo Sacramento para cada dia do Dia Nacional de Oração. Com sugestões de algumas citações bíblicas para a prolongada adoração da Santa Eucaristia”.

Vaticano teria negado Comunhão para protestantes na Alemanha


A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) teria rechaçado um plano da Conferência Episcopal Alemã para publicar um documento para permitir que protestantes casados com católicos recebam a Comunhão.

O site de notícias austríaco Kath.net informou em 18 de abril que fontes do Vaticano assinalaram que a CDF suspendeu a proposta dos bispos alemães. Fontes deste Dicastério confirmaram estas afirmações à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.

O que não explicaram é se o Vaticano teria pedido aos bispos alemães que modificassem o conteúdo do seu documento ou se impediram a preparação do rascunho, enquanto analisavam o tema; ou se rejeitaram completamente esta proposta.

Em fevereiro deste ano, a Conferência Episcopal Alemã anunciou a publicação de um documento com normas para permitir que os protestantes casados com católicos recebam a Comunhão eucarística “sob certas condições”.

O anúncio foi realizado pelo Presidente da Conferência Episcopal e Arcebispo de Munique, Cardeal Marx, “depois de um intenso debate”, ao concluir a assembleia geral dos bispos alemães, realizada de 19 a 22 de fevereiro.

Assembleia da CNBB: documento final revela que denúncias agitaram o encontro


Na última coletiva de imprensa desta Assembleia Geral a CNBB divulgou suas mensagens finais, revelando que não foi possível varrer para debaixo do tapete a enxurrada de críticas que a instituição tem recebido por dois motivos principais: o uso indevido do dinheiro dos fiéis para financiar ONGs abortistas e até o MST, e o apoio descarado de vários bispos a grupos ideológicos de esquerda, aparelhando estruturas eclesiais de modo a promover determinada agenda de interesses socialistas.

Foram divulgados dois textos importantes que sintetizam em parte o que os bispos discutiram – ou ao menos aquilo que decidiram colocar no papel. Uma “mensagem ao povo de Deus” e uma sobre eleições. As duas têm pontos interessantes, mas é na primeira que se encontram sinais de que a divisão entre os bispos foi forte o bastante para que, dessa vez, não fosse possível simplesmente ignorar o barulho das redes sociais.

Denúncias

Como vocês verão, no texto, a CNBB tentou bancar a equilibrada, invocando as origens teológicas que justificam sua existência e sua legítima ação, e ignorando completamente fatos concretos, constatáveis, e sem fazer qualquer menção à substância comprovada das denúncias. Há trechos, contudo, surpreendentes para os mais pessimistas, como este:

“A CNBB não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político. As ideologias levam a dois erros nocivos: por um lado, transformar o cristianismo numa espécie de ONG, sem levar em conta a graça e a união interior com Cristo; por outro, viver entregue ao intimismo, suspeitando do compromisso social dos outros e considerando-o superficial e mundano”.

É claro que o papel aceita tudo e o mundo real é feito de fatos, mas uma negativa explícita dessas num documento oficial é algo que certamente não agrada aos bispos mais militantes, que adorariam orientar politicamente seus fiéis de forma mais direta e sem constrangimentos. A meu ver, isso eles não conseguem mais.

Outro trecho revelador é esse:

“A Conferência Episcopal, como instituição colegiada, não pode ser responsabilizada por palavras ou ações isoladas que não estejam em sintonia com a fé da Igreja, sua liturgia e doutrina social, mesmo quando realizadas por eclesiásticos.”

Esse trecho merecia uma foto de dom Angélico bem ao lado para ilustrar do que estão falando. O circo armado pelo bispo emérito de Blumenau na celebração de despedida de Lula, antes dele ser preso, foi um vexame insuportável demais até para alguns de seus colegas mais coniventes no episcopado.