terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Caminho da Páscoa


Com o Primeiro Domingo da Quaresma, entramos plenamente no período de conversão que nos conduzirá à Páscoa, ao encontro com Cristo Crucificado, Morto e Ressuscitado. Todos nós que percorremos a via quaresmal devemos passar por esse drama da existência humana, onde sofrimento purificador e restauração estão intrinsecamente vinculados. A passagem do evangelho de São Marcos, que a liturgia deste domingo nos oferece, mostra claramente essa realidade.

É um trecho breve: apresenta Cristo sendo “impelido para o deserto” e travando a batalha espiritual com o demônio, que culminará em sua vitória sobre o maligno e, também, o anúncio evangelizador através da pregação: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho.” (Mc 1, 15).

Na Primeira Leitura (Gn 9,8-15), estão as belíssimas palavras de Deus, que renova sua aliança com Noé e, através desse, com toda a humanidade: “Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra.” (Gn 9, 13)

Deus faz uma aliança com Noé. Mas, ao lado das promessas de salvação, Ele, conhecendo a fragilidade humana, toma para si nossas dores. Será Seu filho a ser crucificado para resgatar de modo definitivo toda a humanidade. Deus se compraz de cada um de nós, conhece nossas fraquezas e nos resgata. Estabelece conosco a nova e eterna aliança em seu Filho, a ser contemplado no alto da Cruz. Agora, já não são as cores do arco-íris que vemos, mas água e sangue que jorram de seu peito transpassado. Eucaristia e batismo. Igreja e sacramento. Grão que morre para dar vida.

A água do dilúvio é uma prefiguração da água do Batismo. Esse sacramento nos transforma em filhos de Deus, nos faz Igreja. Somos da realeza divina, não para mandar, mas para servir e conduzir todas as criaturas a Deus. Assim, como nos indica São Pedro na Segunda Leitura (1Pd 3,18-22): “Também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus.” (1 Pd 3, 18).

A aliança do Batismo é plena e, em Cristo, constitui a Igreja Peregrina. Ele nos dá seu Corpo, a Santa Eucaristia, para caminhar pelo deserto da vida. Ler a passagem que a liturgia nos oferece hoje, através do apóstolo Pedro, é realizar um verdadeiro mergulho na história. Mas uma imersão que nos permite renovar o presente. Estamos diante de um Hino Cristológico, uma catequese dedicada aos que estavam sendo introduzidos na fé.

Assim como Cristo foi lançado ao deserto após seu encontro com o Batista no Jordão, também nós, batizados, somos chamados a viver estes quarentas dias com Cristo no deserto, com a certeza de que sairemos vitoriosos. O objetivo desta batalha é renovar nossa aliança batismal, que o faremos liturgicamente na Vigília Pascal.

Só é possível transmitir aquilo que cremos, experimentamos, possuímos. E como nossa fé é fruto de um encontro, de ouvir a pregação, de acolher o dom do Espírito Santo, só poderemos ser luzes se deixarmos que Cristo transforme nossas vidas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pastoral da Sobriedade: Lixo Humano


O dependente de crack tem só uma vontade: fumar o tempo todo; enquanto ele definha, sua família e o Estado nada podem fazer, pois não há pena prevista. O projeto anticrack lançado pelo Governo Federal foi feito para ser descumprido, até porque as obras e serviços dos centros estão em desacordo com os recursos e prazos anunciados pelo governo, divergindo do que preceitua a ANVISA. A tradição do governo é não investir sequer as migalhas propagadas. O ex-presidente Lula garantiu R$ 124 milhões ao setor em 2010. Repassou apenas R$ 5,3 milhões. Para este ano, o governo reservou R$ 33,6 milhões e, até agora havia investido pouco mais de R$ 4 milhões. O montante prometido é mil vezes maior: R$ 4 bilhões, valor que reacende a vigilância dos atentos e aguça a ganância dos aliados. Em um aspecto, no entanto, o plano é plausível, ao tratar da internação sem consentimento do doente. Mas essa é exatamente a parte que vem sendo muito criticada por alguns juristas e uma parte da sociedade, por considerar o “tratamento na marra”. Com esse título, uma internação representaria um retrocesso de décadas, "perigoso" e inconstitucional. 


Na verdade, é o contrário. O dominado pelo vício tem uma única vontade: fumar pedras dia e noite. Para conseguir isso, ele gasta tudo, vende os bens que tem em casa, passa ao furto e ao tráfico. Enquanto definha, família e autoridades nada podem fazer, pois não há pena prevista na Lei de Drogas nem na da reforma psiquiátrica, a 10.216/01. Para quem defende a decisão da vítima, o Estado não deve se intrometer se ela vai do tratamento diretamente para a boca de fumo encher o cachimbo. É a política do "se quiser morrer, que morra" ou do "resolveu entrar, resolva parar". Claro que quanto menor a interferência do Estado no dia a dia das pessoas, melhor. Mas a cracolândia é o oposto de qualquer símbolo de iniciativa própria. O poder público falha ao controlar a entrada das drogas e a sua circulação. Depois, em vez de sanar o erro, usufrui dele dizendo que se omite para assegurar ao craqueiro o direito de se matar. A existência das cracolândias em quase todas as cidades brasileiras, é uma negação das liberdades, conviver com ela é afirmar a vitória do banditismo, aceitá-la é sinônimo de covardia e incompetência. Em nome dessa liberdade sociológica, o paciente só fica na clínica se quiser. Mas ele não quer, pois a dependência é avassaladora. Tratar exige acompanhamento por tempo indefinido. Deixar o dependente se exaurir nas calçadas ou desistir dele em 72 horas é, sobretudo, desumano. A vida é o maior bem jurídico tutelado e a única coisa que viciados têm além da ânsia pelo crack, e que é cada vez maior e estimulada pela ausência do Estado; aquela, um fiapo envolto em molambos esquecidos para os quais o mesmo Estado diz "dane-se".

Brasil dá pena! Não pela beleza exuberante e cheia de sol tropical. Mas dá pena como trata seu povo de forma escusa e desigual. Minha ânsia é mostrar ao povo do desse País, que temos leis, mas não são aplicadas. Temos políticos, mas não têm ética. Temos cara e estigma de País de Primeiro Mundo, mas não sabemos administrar. Nossa constituição tem que ser modificada, ajustada para um mundo moderno, com leis que preservem em especial a nossa vida, a nossa cidadania e a segurança dessa nação e dessa população sofrida. Abramos os olhos!
Uma colaboração da Pastoral da Sobriedade – São Luis/MA
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Fonte: http://www.arquidiocesedesaoluis.com.br/

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Programação do Lançamento da Campanha da Fraternidade 2012 e do Ano Jubilar


Acontece neste fim de semana (25/02) o Lançamento da Campanha da Fraternidade 2012, abertura do Ano Jubilar e Lançamento do Selo por ocasião dos 400 anos de Anúncio do Evangelho em Terras Maranhenses.




ROTEIRO PARA SOLENIDADE
Data: 25 de Fevereiro de 2012

14h30 – Animação e acolhida- Hasteamento da Bandeira e Hino Nacional
15h – Teatro
15h30 - Palavra do profissional de saúde
15h45 – Palavra de Dom Belisário
16h - Lançamento do selo (abertura do ano jubilar) – Diretor dos Correios e Telégrafos
16h15 – Coral 400 vozes
Hino de São Luís
Hino dos 400 anos
Musica popular
16h30 – Santa Missa


Lembramos também que a abertura da Campanha da Fraternidade Paroquial, será neste domingo, 26 de fevereiro, às 17h na Igreja Matriz. Não haverá missa à tarde nas comunidades N. S. Graças (forquilha) e N. S. Guadalupe (Recanto Stos. Dumont).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O sentido do Jejum na Quaresma


Embora o jejum seja uma prática muito antiga que faz parte da cultura religiosa de vários povos e o jejum praticado pelos cristãos tenha suas raízes na experiência do povo de Deus, muitas pessoas ainda tem dúvidas em relação a prática cristã. Para ajudar os leitores a entender o jejum, comum na Quaresma, a Voz de Nazaré conversou com Agostinho Filho. Confira:

Por que é importante para o cristão fazer Jejum durante a Quaresma?

Uma vez que se considerando a dignidade do homem e da condição decaída da humanidade, a mortificação corporal é encarada e aceita como um meio livremente escolhido para conseguir manter a sujeição das tendências naturais do homem aos interesses superiores do espírito. Entre essas mortificações corporais, encontra-se o jejum. É uma prática que remonta a experiência bíblica. O motivo espiritual do jejum também deve ser ressaltado, pois, “para uma vida de verdadeira glorificação de Deus os interesses do espírito devem ser antepostos aos interesses da natureza humana. Devido à tendência da natureza humana “decaída”, tal intento não se concretizará se o homem não tiver aprendido, através da força da graça redentora de Cristo, a vencer-se a si mesmo. Ora, um desses meios de mortificação é precisamente o jejum. Eis a exortação de São Pedro Crisólogo, bispo (Séc. IV): “homem a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa, porque todos podem se oferecer a si mesmos”, exorta-nos o bispo São Pedro Crisólogo (séc. IV). Além de que, a Igreja não recomenda somente o jejum neste tempo quaresmal; fazem parte da vida de mortificação e penitência dos cristãos a oração e a esmola (caridade feita a outro) (cf. Tb 12, 8; Mt 6, 1-18), que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. 

Por que a Igreja orienta a abstinência de carne às quartas e sextas-feiras da Quaresma?

Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta[5]. O quarto mandamento que a Santa Igreja dispõe aos seus filhos que peregrinam na fé, é o de “Jejuar e abster-se de carne”. Este preceito “determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre os nossos instintos e a liberdade de coração[6]. Para a Igreja, não somente na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão do Senhor é que se deve jejuar, mas toda sexta-feira deve-se buscar a abstinência de carne, segundo as orientações da Igreja no Brasil[7]. O tempo da Quaresma e cada sexta-feira em memória da Paixão e Morte de Nosso Senhor, são momentos singulares para que os fiéis pratiquem a penitência[8]; é um tempo de graça favorável para crescer no amor a Deus e melhorar sua vida espiritual com “apropriados exercícios espirituais, liturgias penitenciais, peregrinações em sinal de penitência, via sacras, privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna”[9]

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Tempo da Quaresma


Aqui resolvemos abordar a questão sobre o Tempo da Quaresma: aspectos litúrgicos, orientações e significado simbólico e real. Esperamos que a leitura deste texto nos ajude a vivenciar uma quaresma melhor nas casas e nas comunidades religiosas. Que sirva também de orientação para as equipes de liturgia.

1. Um tempo com características próprias.

A Quaresma é o tempo que precede e dispõe à celebração da Páscoa. Tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão, de preparação e de memória do Batismo, de reconciliação com Deus e com os irmãos, de recurso mais freqüente às “armas da penitência cristã”: a oração, o jejum e a esmola (ver MT 6,1-6.16-18).

De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.

A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.
A Quaresma é um dos quatro tempos fortes do ano litúrgico e isso deve ver-se refletido com intensidade em cada um dos detalhes de sua celebração. Quanto mais forem acentuadas suas particularidades, mais frutuosamente poderemos viver toda sua riqueza espiritual.

Portanto é preciso se esforçar, entre outras coisas:

- Para que se capte que neste tempo são distintos tanto o enfoque das leituras bíblicas (na Santa missa praticamente não há leitura contínua), como o dos textos eucológicos (próprios e determinados quase sempre de modo obrigatório para cada uma das celebrações).

- Para que os cantos, sejam totalmente distintos dos habituais e reflitam a espiritualidade penitencial, própria deste tempo.

- Por obter uma ambientação sóbria e austera que reflita o caráter de penitencia da Quaresma.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Redescobrir a oração


A oração é um exercício fundamental na busca pela qualidade de vida. Nas indicações que não podem faltar, especialmente para a vida cristã, estão a prática e o cultivo disciplinado da oração. É um exercício que tem força incomparável em relação às diversas abordagens de autoajuda, como livros e DVDs, muito comuns na atualidade.

A crise existencial contemporânea, em particular na cultura ocidental, precisa redescobrir o caminho da oração para uma vida de qualidade. Equivocado é o entendimento que pensa a oração como prática exclusiva de devotos. A oração guarda uma dimensão essencial da vida cristã. Cultivar essa prática é um segredo fundamental para reconquistar a inteireza da própria vida e fecundar o sentido que a sustenta.

É muito oportuno incluir entre as diversificadas opiniões, junto aos variados assuntos discutidos cotidianamente, o que significa e o que se pode alcançar pelo caminho da oração. Perdê-la como força e não adotá-la como prática diária é abrir mão de uma alavanca com força para mover mundos. A fé cristã, por meio da teologia, tem por tradição abordar a importância da oração ao analisar a sua estrutura fundamental, seus elementos constitutivos, suas formas e os modos de sua experiência. Trata-se de uma importante ciência e de uma prática rica para fecundar a fé.


A oração tem propriedades para qualificar a vida pessoal, familiar, social e comunitária. Muitos podem desconhecer, mas a oração pode ser um laço irrenunciável com o compromisso ético. É prática dos devotos, mas também um estímulo à cidadania. Ao contrário de ser fuga das dificuldades, é clarividência e sabedoria, tão necessários no enfrentamento dos problemas. Na verdade, a oração faz brotar uma fonte interior de decisões, baseadas em valores com força qualitativa.

A oração como prática e como inquestionável demanda, no entanto, passa, por razões socioculturais, por uma crise. Aliás, uma crise numa cultura ocidental que nunca foi radicalmente orante. O secularismo e a mentalidade racionalista se confrontam com aspectos importantes da vida oracional, como a intercessão e a contemplação. Diante desse cenário, é importante sublinhar: paga-se um preço muito alto quando se configura o caminho existencial distante da dimensão transcendente. O distanciamento, o desconhecimento e a tendência de banir o divino como referencial produzem vazios que atingem frontalmente a existência.

É longo o caminho para acertar a compreensão e fazer com que todos percebam o horizonte rico e indispensável da oração. Faz falta a clareza de que existem situações e problemas que a política, a ciência e a técnica não podem oferecer soluções, como o sentido da vida e a experiência de uma felicidade duradoura. A oração é caminho singular. É, pois, indispensável aprender a orar e cultivar a disciplina diária da oração. Tratar-se de um caminhar em direção às raízes e ao essencial. Nesse caminho está um remédio indispensável para o mundo atual, que proporciona mais fraternidade e experiências de solidariedade.

A lógica dominante da sociedade contemporânea está na contramão dessa busca. Os mecanismos que regem o consumismo e a autossuficiência humana provocam mortes. Sozinho, o progresso tecnológico, tão necessário e admirável, produz ambiguidades fatais e inúmeras contradições. Orar desperta uma consciência própria de autenticidade. Impulsiona à experiência humilde do próprio limite e inspira a conversão. É recomendação cristã determinante dos rumos da vida e de sua qualidade. A Igreja Católica tem verdadeiros tesouros, na forma de tratados, de estudos, de reflexões, e de indicações para o cultivo da oração, que remetem à origem do cristianismo, quando os próprios discípulos pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar”. É uma tarefa missionária essencial na fé, uma aprendizagem necessária, um cultivo para novas respostas na qualificação pessoal e do tecido cultural sustentador da vida em sociedade.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte - MG


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade sobre saúde pública será aberta na Quarta-feira de Cinzas


O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, abre, na Quarta-feira de Cinzas, 22, às 14h, na sede da Conferência, em Brasília (DF), a Campanha da Fraternidade-2012. O tema proposto para a Campanha deste ano é  “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, tirado do livro do Eclesiástico.

O ministro da saúde, Alexandre Rocha Santos Padilha, confirmou sua presença. Além dele, participarão do ato de abertura da CF o sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos; o Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança e membro do Conselho Nacional de Saúde, Clovis Boufleur, e o cirurgião e membro da equipe de assessoria da Pastoral da Saúde do Conselho Episcopal Latino-americano, André Luiz de Oliveira. O ato é aberto à imprensa.


A CF-2012 tem como objetivo geral “refletir sobre a realdiade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobiliza por melhoria no sistema público de saúde”.

Realizada desde 1964, a Campanha da Fraternidade mobiliza todas as comunidades catóilcas do país e procura envolver outros segmentos da sociedade no debate do tema escolhido. São produzidos vários materiais para uso das comunidades com destaque para o texto-base, produzido por uma equipe de especialistas.

A Campanha acontece durante todo o período da quaresma que, segundo o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, “é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado”.

Na apresentação do texto-base, dom Leonardo, eplica que, com esta Campanha da Fraternidade, a Igreja quer sensibilizar as pessoas sobre a “dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade”.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Abertura do Ano Jubilar e da Campanha da Fraternidade a nível Arquidiocesano

A Arquidiocese de São Luís convida todos para a abertura da Campanha da Fraternidade 2012: "Fraternidade e Saúde Pública" e para abertura do Ano Jubilar que comemora os 400 anos de chegada do Evangelho às terras maranhenses. O evento acontece às 16h no Ginásio Castelinho. Participe!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Nota da CNBB por ocasião do encerramento do Simpósio “para cura e renovação” – para bispos católicos e os superiores religiosos, realizado em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana, de 6 a 9 de fevereiro de 2012.


Nos últimos anos, diversas denúncias de abusos sexuais contra menores cometidos por membros do clero causaram dor e feridas à Igreja, em diversas partes do mundo. Essas ações delituosas ocorreram também em nosso país. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem se preocupado em discutir e refletir sobre este tema e em buscar caminhos para prevenir, combater e eliminar esses abusos e outros, que não condizem com a vida e a missão do presbítero. Com este escopo, diversas ações efetivas e concretas foram e estão sendo realizadas pelo episcopado brasileiro.

Em âmbito nacional, a presidência da CNBB fez um pronunciamento oficial, em maio 2010, no qual considera: “o tratamento do delito deve levar em consideração três atitudes: para o pecado, a conversão, a misericórdia e o perdão; para o delito a aplicação das penalidades (eclesiástica e civil); para a patologia, o tratamento”. Foi aprovado na 48ª. Assembleia Geral da CNBB, realizada em Brasília no mesmo ano, o documento Diretrizes Gerais para formação dos presbíteros da Igreja no Brasil (Doc 93) com o propósito de dar uma resposta efetiva aos sinais dos tempos e aos consequentes desafios da mudança de época enfrentados pela Igreja no Brasil. Este documento concede especial atenção à necessidade de uma rigorosa seleção dos candidatos ao diaconado e ao sacerdócio, e à formação humano-afetiva, comunitária, espiritual, pastoral-missionária e intelectual oferecida nos seminários. Além das Diretrizes, a CNBB, por meio da Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológico do Brasil (OSIB) tem organizado encontros de estudo e reflexão para formadores, diretores espirituais, profissionais que acompanham os candidatos nas casas de formação.

Especificamente sobre o problema dos abusos sexuais cometidos por clérigos, tendo estudado o tema com ajuda de especialistas em diversas áreas do conhecimento, a CNBB elaborou o documento intitulado Orientações e Procedimentos Relativos às Acusações de Abuso Sexual Contra Menores, dirigido ao episcopado brasileiro. Aprovado pelo Conselho Permanente da CNBB, o documento foi enviado à Santa Sé para obter o placet. Por meio destas orientações, a CNBB procura tomar posição firme e coerente, de prevenção e reparação, em relação aos abusos sexuais cometidos por membros do clero. A posição consolidada é a de que não há lugar para impunidade e silêncio ou conivência para com aqueles que cometem tais atos abomináveis. Toda e qualquer vítima indefesa de ação pecaminosa de um clérigo exige atenção, proteção e acompanhamento.

Fiel ao evangelho de Cristo, a Igreja Católica no Brasil, corajosamente, se coloca do lado dos indefesos, dos pequenos. Em âmbito local, nas dioceses em que ocorreram denúncias de casos de abusos sexuais contra menores cometidos por clérigos, a atitude tem sido sempre a de colaboração com as autoridades públicas, de punição dos culpados e de assistência às vítimas. Ainda há muito o que fazer não somente no âmbito interno da Igreja, mas também da sociedade. Não existem caminhos prontos. O que não se pode afirmar é que a CNBB não tem se preocupado suficientemente com questões tão delicadas e complexas, como ocorreu durante o Simpósio “Cura e Renovação”, realizado em Roma, de 6 a 9 de fevereiro. A CNBB, com as orientações da Santa Sé, se encontra em um caminho efetivo de conversão e renovação para que seja hoje e sempre fiel à missão que lhe foi confiada por Jesus Cristo de anunciar o Evangelho, Caminho, Verdade e Vida, a todos os povos.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Bispos do mundo pedem perdão por abusos e omissões em casos de pedofilia.


Integrantes de Conferências Episcopais de todo o mundo que participam nestes dias do simpósio “Rumo à cura e à renovação” na Pontifícia Universidade Gregoriana, se uniram terça-feira, 7 de fevereiro, em uma vigília de oração penitencial na igreja de Santo Inácio, presidida pelo Cardeal-Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet. Os bispos, de mais de cem países dos cinco continentes, pediram perdão pela ‘tragédia’ e o ‘crime’ dos abusos sexuais cometidos por padres e não contrapostos por seus superiores.

A cerimônia começou com uma procissão silenciosa e se encerrou com uma declaração simbólica de arrependimento por parte de sete representantes de membros da Igreja que enfrentaram de modo inadequado o problema da pedofilia: um bispo, um educador, um superior, um sacerdote, um genitor, um fiel e um cardeal (o próprio Dom Ouellet).

Na conclusão, uma senhora irlandesa que quando adolescente foi vítima de abusos, Marie Collins, tomou a palavra diante da cruz e em nome das vítimas, rezou: “Senhor, ofendido pelos homens, homem de dores, para nós é difícil perdoar aqueles que nos fizeram mal; somente a tua graça pode nos conceder este dom; pedimos-te a força de unir-nos ao perdão que da cruz fizeste descer sobre a humanidade pecadora como um consolo, para que a tua Igreja seja curada também com o nosso perdão. Perdoa-lhes”. E o coro entoou o 'Kyrie eleison'.
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Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/8646-bispos-do-mundo-pedem-perdao-por-abusos-e-omissoes-em-casos-de-pedofilia

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Logomarca da JMJ brasileira é lançada oficialmente


“Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil! Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil”! Este trecho da canção “Cidade Maravilhosa”, de André Filho, que é tão conhecida pelos brasileiros, representou bem o que a logomarca da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro quis transmitir: em 2013, o Cristo Redentor com os braços abertos receberá uma multidão de jovens que estarão unidos em um só coração, em uma só fé de 23 a 28 julho de 2013.

A logo, em formato de coração, o coração do discípulo, traz na parte superior, em verde, o Pão de açúcar, um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Na parte inferior, em azul, o litoral brasileiro. No centro, em amarelo, o Cristo Redentor.

A cruz à esquerda é uma demonstração de que o Brasil desde suas origens nunca deixou de ser a ‘Terra de Santa Cruz’ e representa ainda a cruz peregrina que percorre todas as dioceses do Brasil.

Além de referências à cidade do Rio de Janeiro, a logomarca representa Jesus que no alto da montanha se dirige aos seus discípulos, episódio narrado em Mateus 28,19: "Ide e fazeis discípulos entre todas as nações", o tema da Jornada Mundial da Juventude 2013.

Autor da logomarca



Foi um jovem de 25 anos o criador da logomarca vencedora da Jornada Mundial da Juventude do Rio. Gustavo Huguenin, que é formado em Design Gráfico, é natural do município de Cantagalo, região serrana do Rio de Janeiro e faz parte da paróquia do Santíssimo Sacramento, da diocese de Nova Friburgo.

Evento de lançamento

O evento de lançamento da logomarca oficial aconteceu nesta terça-feira, 07, às 20h, no auditório do edifício João Paulo II, no Rio de Janeiro, onde fica a sede do comitê oficial. A cerimônia reuniu mais de 100 bispos e membros da equipe organizadora da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro 2013, além de autoridades e representantes da sociedade.

“Nós estaremos ajudando o mundo a ter valores novos. Nós também estaremos fazendo um trabalho importantíssimo para a sociedade amanhã. Temos a grata alegria, mas uma grande responsabilidade também”, enfatizou o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.


Mirticeli Medeiros
Da Redação

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Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=285187 

 

LOGOMARCA OFICIAL DA JMJ RIO 2013: Conceito.



Com base no trecho da Palavra do Evangelho de São Mateus, percebe-se a necessidade de expressar uma referência direta à imagem de Jesus e ao sentido do discípulo. Neste episódio, Jesus se encontrou com seus discípulos em uma montanha, após sua ressurreição. Como símbolo da cidade do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor também se encontra em uma montanha e é um monumento reconhecido no mundo inteiro. O tema é uma palavra de ordem proclamada pelo próprio Senhor Jesus, e assim a Sua imagem possui destaque no centro do símbolo.

Os elementos do símbolo formam a imagem de um coração. Na fé dos povos o coração assumiu papel central, assim como o Brasil será o centro da juventude na Jornada Mundial. Também designa o homem interno por inteiro, se tornando nesta composição a referência aos discípulos que possuem Jesus em seus corações.

Os braços do Cristo Redentor ultrapassam a figura do coração, como o abraço acolhedor de Deus aos povos e jovens que estarão no Brasil. Representa nossa acolhida, como povo de coração generoso e hospitaleiro.

A parte superior (em verde) foi inspirada nos traços do Pão de Açúcar, símbolo universal da cidade do Rio de Janeiro, e a cruz contida nela reforça o sentido do território brasileiro conhecido por Terra de Santa Cruz. As formas que finalizam a imagem do coração possuem a cor azul, representando o litoral, somada ao verde e amarelo que transmitem a brasilidade das cores da bandeira nacional.
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Fonte: http://www.rio2013.com/pt/noticias/detalhes/202/logomarca-oficial-da-jmj-rio2013-conceito


Agenda da Paróquia - Fevereiro de 2012


03-05/02: Retiro Kairós do grupo Evangelizadores de Cristo;

04/02- Reunião do frei Luís Spelgatti com todos os Ministros Extraordinários da Eucaristia da Paróquia às 17h na sala 5 do Centro Catequético da Igreja Matriz.

11/02: Ordenação Diaconal dos seminaristas: Irailson e Luis Macêdo às 17h na Igreja S. José e S. Pantaleão (Centro).

12/02: Blocão Ágape: concentração às 16h em frente a Igreja Matriz com destino à Ig. N. S. Natividade – Planalto onde haverá louvor bastante animado.

13/02: Reunião com os coordenadores dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão às 19:30 na Igreja Matriz;

14/02: Reunião em preparação da Assembléia Paroquial de Pastoral com o Setor 3 (N. S. Vitória - Turú, S. Antonio - Solar dos Luzitanos e B. Inocêncio de Berzo - Jardim Eldorado) às 19:30 no Centro Catequético da Igreja N. S. Vitória, Turú; 

15/02: Reunião em preparação da Assembléia Paroquial de Pastoral com o Setor 1 (N. S. Perpétuo Socorro - Cohab, N. S. Paz - Cohab III, N. S. Aparecida - João Rebêlo e N. S. Guadalupe - Recanto) às 19:30 no Centro Catequético da Igreja Matriz; 


16/02: Reunião em preparação da Assembléia Paroquial de Pastoral com o Setor 2 (N. S. Graças - Forquilha, N. S. Vitória - João Paulo II, N. S. Natividade - Planalto e S. José da Providência - Cohab IV) às 19:30 no Centro Catequético da Igreja N. S. Graças, Forquilha;


19-21/02: 20º Rebanhão das 8 às 19h no Ginásio Castelinho. Entrada franca. Obs: A única entrada cobrada, será o acesso a quadra do Castelinho, onde serã vendidas cadeiras para as pessoas que não desejarem participar nas arquibancadas, que serão liberadas durante o evento.


22/02: Quarta-feira de Cinzas: Missa e imposição das Cinzas:

* Matriz: 6:30 e 17h;
* Natividade: 19:30;
* Planalto: 19:30;
* IV Conj.: 19:30;
* Forquilha: 19:30;
* Solar: 19:30.
 

- Abertura da Campanha da Fraternidade 2012 a nível Nacional: “Fraternidade e Saúde Pública”.

24/02: Via-sacra às 16h na Igreja Matriz (todas as sextas).

- Reunião com os catequistas às 19:30 no Centro Catequético da Igreja Matriz.

- Reunião com os coordenadores de grupos, pastorais e movimentos às 19:30 no Centro Catequético da Igreja Matriz;

25/02: Abertura do Ano Jubilar com o lançamento da Campanha da Fraternidade 2012 a nível arquidiocesano às 16h no Ginásio Castelinho. (Não haverá missa à tarde e à noite em nenhuma das comunidades da paróquia).

26/02: Abertura da Campanha da Fraternidade 2012 a nível paroquial às 17h na Igreja Matriz. (Não haverá missa à tarde em nenhuma das comunidades da paróquia, exceto na Matriz).

- Formação para os missionários das Santas Missões Populares às 8h na casa das Irmãs de Madre Rubatto.

29/02: Último dia para entrega dos questionários de preparação da Assembléia Pastoral Paroquial na secretaria da paróquia;

RCC promove o Rebanhão 2012


O Rebanhão 2012 está chegando e os preparativos para este grande momento do período carnavalesco em São Luís estão a todo vapor!

Dias 19, 20 e 21 de fevereiro, no Ginásio Castelinho, das 8h às 19h, a Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de São Luís estará realizando a 20ª edição do encontro que reúne católicos e simpatizantes daquele que já se tornou um evento consagrado em nossa arquidiocese.
Os pregadores deste ano são do Sul do País, Darlen Vaz, coordenador da RCC do RS e Fr. Giriboni. Entre outros assuntos, eles falarão sobre o tema que a RCC escolheu para viver em 2012 os encontros de carnaval pelo Brasil.

"Estamos na expectativa do que Deus tem a realizar durante esse ano no Rebanhão, que completa duas décadas, levando ao povo de Deus uma opção de viver o carnaval sem drogas e sem violência", declarou o coordenador estadual e diocesano da RCC, Francisco Camêlo.


A música tema do Rebanhão 2012 é um frevo e já está em estúdio! A partir da próxima semana estará à disposição dos Grupos de Oração para aquecer os corações, com a música que promete fazer a alegria do Espírito Santo acontecer. A composição é de George Castro, coordenador do Ministério das Artes da RCC em São Luís. "Abrimos em novembro um concurso para escolher a música tema do encontro. A decisão aconteceu na última reunião para coordenadores e ministérios, na sede da RCC, dia 07. Fico feliz com o fato de Deus ter me inspirado durante dois anos consecutivos a fazer a composição do Rebanhão e espero que este frevo anime e leve fervor na fé, para os participantes do encontro e para todos que ouvirem", disse George Castro.
Novidades no Rebanhão 2012

Além da música tema outras novidades prometem animar o Rebanhão deste ano. Sob a batuta do Ministério Jovem, a RCC lançará o bloco na rua, "Ovelhinhas de Jesus", que estará aquecendo a bateria do Rebanhão antes do encontro. Os dias do circuito da alegria do Espírito será divulgado nesta quarta-feira, mas um dos apriscos das ovelhas já tem local, será a sede da RCC.

Com o bloco será centralizado também uma prévia que já acontece a mais de três anos na RCC, um baile à fantasia organizado pelos jovens, no fim de semana que antecede o domingo do Rebanhão. "Sempre realizavamos a esta prévia do Rebanhão, o baile à fantasia, na Cidade Operária, com organização dos Grupos de Oração Sementinha de Jesus e A Voz do Bom Pastor, mas neste ano, por sugestão dos próprios jovens, vamos centralizar a animação na sede da Renovação, com isso esperamos que mais pessas participem", informou Gleyvison Cunha, coordenador estadual do Ministério Jovem.

No sábado antes do Rebanhão, dia 18, a RCC retomará também a tradicional carreata pelas ruas da cidade, anunciando que as chaves da cidade estão sob o comando do Rei Jesus e convidando todos a participarem do rebanho da alegria, no Castelinho. Será praticamente o mês inteiro de muita alegria no Espírito!

"O que eu gosto do Rebanhão é que ele não é um retiro fechado onde eu me isolo do mundo, assim eu posso ter a liberdade de voltar para casa e dividir com os da minha casa a alegria que vivo no Castelinho", disse animada a jovem Jacileide de Jesus, integrante do Grupo de Oração, Deus seja Louvado, no Bairro de Fátima, que já participa do Rebanhão há três anos.

E com o Rebanhão é uma festa para a família inteira, atividades para cada faixa etária é o que não falta. Não serão apenas os jovens e adultos que poderão brincar um carnaval diferente, as crianças também poderão participar, brincando e louvando a Jesus no REBANHÃOZINHO, encontro para crianças de 7 a 12 anos, com uma linguagem adequada ao público e programação especial para elas, que ano passado reuniu cerca de 500 crianças, durante os três dias de evento.
Aviso às ovelhinhas

Para quem nunca participou, é importante dizer que o Rebanhão é um evento de entrada franca e a camisa, que será vendida a partir da próxima semana, não será condição para participar do evento. A única entrada cobrada, será o acesso a quadra do Castelinho, onde serã vendidas cadeiras para as pessoas que não desejarem participar nas arquibancadas, que serão liberadas durante o evento.
Agende-se! Dias 19, 20 e 21 de fevereiro, você tem um encontro marcado com o rebanho da alegria!
Informações: 3246 7870/ 8124 8686
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Fonte: http://www.arquidiocesedesaoluis.com.br/

Na mensagem para a Quaresma 2012 o papa alerta para a reflexão sobre a essência da vida cristã: o amor.


Sua Santidade o papa Bento XVI publicou hoje, 07 de fevereiro, a sua mensagem para a Quaresma 2012. No texto, o Santo Padre pede aos católicos de todo o mundo que neste período haja reflexão, no sentido de “prestarmos atenção uns aos outros”, com “preocupação concreta pelos mais pobres”. Na mensagem, o papa faz o chamamento dos cristãos à “responsabilidade pelo irmão”. Isto é, que estejamos atentos “aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida”.

Leia na íntegra o texto divulgado pela Santa Sé:
Irmãos e irmãs!

Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.

Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.

1.    «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.

O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).

A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.

O fato de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correcção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão.

Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais rectamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22, 61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.

2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.

O fato de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a actual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correcção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.

Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a acção do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.

Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efectivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre actual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).

Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 3 de Novembro de 2011

Estação Ágape promove caravana para a JMJ 2013

Cardeal Willian Levada diz que Igreja combate a pedofilia


O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, abrindo o simpósio internacional para bispos e superiores religiosos sobre o abuso sexual, esclareceu que existe o máximo empenho por parte do Papa, da Santa Sé e das Conferências episcopais para "encontrar as melhores maneiras para ajudar as vítimas, proteger os menores e formar os sacerdotes de hoje e de amanhã para que estejam conscientes desta chega e seja eliminada do sacerdócio".

Texto publicado pela Agência de notícias da Conferência Episcopal Italiana divulgado nesta terça, 7 de fevereiro, expressa que a Congregação para a Doutrina da Fé, também "sob a constante orientação do card. Joseph Ratzinger", assistiu a "um dramático aumento" do número de casos criminosos de abusos sexuais contra menores por parte de clérigos, também por causa da cobertura da mídia que estes escândalos tiveram no mundo todo. Nos últimos dez anos, chegaram até a Congregação vaticana mais de 4 mil casos de abusos sexuais contra menores e estes casos "revelaram, por um lado, uma resposta inadequada do Código de Direito Canônico a esta tragédia em por outro, a necessidade de uma resposta mais abrangente".


Em sua conferência, o Prefeito também lembrou o que o Papa fez neste setor, a partir d escândalo dos abusos sexuais que estourou nos EUA nos anos 2001 e 2002. "Quero expressar - disse dom Levada - a minha pessoal gratidão ao Papa Bento, que como prefeito, foi determinante" na aplicação de "novas normas para o bem da Igreja". "Mas o Papa - acrescentou - enfrentou duros ataques na mídia nos últimos anos em várias parte do mundo, quando, no entanto, deveria ter recebido a gratidão de todos nós, na Igreja e fora". Após este esclarecimento, o cardeal continuou sua intervenção abordando vários temas: desde a necessidade das vítimas de serem ouvidas à obrigação para a Igreja de ouvir e compreender "a gravidade daquilo que a vítimas sofreram". Desde a "proteção dos menores" nos vários setores da Igreja à formação dos candidatos ao sacerdócio, que devem ser submetidos a "um maior escrutínio".

Ainda na conferência, o Prefeito afirmou: "a colaboração da Igreja com as autoridades civis nestes casos reconhece a verdade fundamental que o abuso sexual contra os menores não é só um crime no direito canônico, mas também um crime que viola as leis penais na maior parte das jurisdições civis". No fina, porém, de sua relação, o cardeal quis terminar com uma observação: "É bom repetir. Aqueles que abusaram são uma pequena minoria de fiéis e leigos comprometidos. No entanto, esta pequena minoria provocou um grave dano às vítimas e à missão da Igreja".
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Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/8631-cardeal-willian-levada-diz-que-igreja-combate-a-pedofilia

Papa manda mensagem ao arcebispo do Rio de Janeiro sobre desabamento dos prédios


O recém-nomeado secretário da Congregação para os Bispos, dom Lorenzo Baldisseri, em correspondência enviada à arquidiocese do Rio de Janeiro, garante suas orações e transmite um telegrama enviado pela Santa Sé com uma mensagem do Santo Padre, o papa Bento XVI, à arquidiocese e a todo povo carioca pelo desabamento dos prédios do Centro da Cidade.

Leia a íntegra da mensagem do papa Bento XVI:


"Exmo Revmo Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro.


Profundamente amargurado com trágicas consequências do desabamento de três edifícios nessa cidade que enlutou muitas famílias do querido povo carioca, Sua Santidade Papa Bento XVI quer afirmar-se espiritualmente presente nesta hora de prova assegurando preces de sufrágio pelos falecidos ao mesmo tempo que pede ao Senhor conforto e apoio para feridos e todos provados pela tragédia, sem esquecer pessoas que participam na obra de socorro e assistência, ao enviar-lhes uma propiciadora bênção apostólica.

Cardeal Tarcísio Bertone,
Secretário de Estado de Sua Santidade"

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Virgindade sempre se dá bem no casamento


Mc 1,21-28: "Entraram em Cafarnauu e, logo no sábado, foram à sinagoga. E ali ele ensinava. Estavam espantados com o seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Na ocasião, estava na sinagoga deles um homem possuído de um espírito impuro, que gritava, dizendo, "Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para arruinar-nos? Sei quem tu ès: o Santo de Deus". Então o espírito impuro, sacudindo-o violentamente e soltando grande grito, deixou-o. Todos então se admiraram, perguntando uns aos outros: "Que é isto? Um novo ensinamento com autoridade! Até mesmo aos espíritos impuros dá ordens, e eles lhe obedecem!" Imediatamente a sua fama se espalhou por todo lugar, em toda a redondeza da Galiléia"

Na sua "Introdução à vida devota," São Francisco de Sales, doutor da Igreja (1567-1623), diz que colocar em prática o Evangelho (o que entendemos por "devoção") é possível e necessário em todas as esferas da vida do batizado, sem exceção: "É um erro, ainda mais, uma heresia, pretender excluir o exercício da devoção do ambiente militar, da oficina dos artesãos, da corte dos príncipes, das casas das pessoas casadas."

O santo Bispo de Genebra, depois de ter exemplificado alguns estados particulares de vida que corresponde a um modo próprio e legítimo de seguir ao Senhor, conclui: "a devoção não destrói nada quando é sincera, mas antes aperfeiçoa tudo e, quando incompatível com os compromissos de alguém, é definitivamente falsa. "

A mensagem é clara: em todas as condições humanas pode-se e deve-se testemunhar Jesus Cristo.Estas palavras nos ajudam a entender a segunda leitura.


Paulo, respondendo às perguntas do Corintios, havia declarado abertamente uma preferência pela virgindade mais do que pelo casamento: "Estás livre de mulher? Não vá buscá-la"(1 Cor 7, 27). Ele começou a falar dos dois estados de vida com uma declaração surpreendente, e que certamente não deve ser tomada literalmente: "É bom para o homem não tocar em mulher" (1 Cor 7,1).

O apóstolo aqui assume a questão de se é ou não é lícito a um cristão ter relações sexuais ("tocar uma mulher "), ou seja, é preferível para Deus: se casar ou não se casar? Ele já descartou categoricamente a "porneia" (relações pré-matrimoniais), e agora compara a condição das pessoas casadas com aquela das pessoas virgens.

A afirmação: "Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo e do modo de agradar à esposa, e fica dividido" (1 Coríntios 7 ,32-34), não tem a intenção de mortificar o estado conjugal em comparação com a virgindade consagrada.

Para Paulo, todos os crentes, homens e mulheres, casados ​​ou não, devem se comprometer a viver o próprio estado de vida como um dom universal de santidade, em Cristo.

Claro, aos esposos não faltará as suas específicas "preocupações", com algum esforço para viver em plenitude o relacionamento com o Senhor; mas as relações sexuais são legítimas e santificadoras, desde que nenhum dos cônjuges faça delas um uso egoísta.
Neste sentido, a preocupação fundamental dos cônjuges não deve ser aquela de "sim/não" à relação sexual, mas do "sim" à verdade desta diante de Deus. E a verdade do relacionamento conjugal é esta: Deus quer que os dois sejam "uma só carne" (Mt 19,4-6), e que o sejam de modo "virginal", isto é, com pureza de coração e com pureza de amor.

Puro é o coração que no dom de si deseja em primeiro lugar, a felicidade do outro, sem instrumentalizar a relação sexual para o próprio prazer; puro é o amor, doado e recebido, que reconhece em Deus a sua Fonte e obedece cada dia a sua vontade e verdade.

É "o espírito dos cônjuges que não deve nunca ficar "impuro", sugere Paulo, sabendo bem que a concupiscência da carne, mesmo no casamento, é um pecado grave e tentação do diabo, porque contradiz radicalmente o significado esponsal inscrito pelo Criador no corpo.

Voltando agora ao Evangelho, compreendemos que o egoísmo sexual conjugal, mesmo se partilhado, é para o matrimônio uma ruína essencialmente "diabólica" ("diabo" é o outro nome de Satanás, que 'divide'), causa de profunda e dolorosa separação da alma do marido da alma da esposa, até mesmo na união dos seus corpos.

Em conclusão, sirvo-me aqui ainda de São Francisco de Sales: seja a devoção daqueles que não são casados, seja daqueles que são casados, são verdadeiras e justas diante de Deus, ainda que, nos dois diferentes estados de vida, igualmente chamados à santidade, cada um, também "nas coisas do mundo" antes de mais nada se preocupe "das coisas do Senhor" (1 Cor 7,32-33), ou seja, é o mesmo que dizer: buscar estar fazendo a Vontade de Deus em todas as suas ações.
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* Padre Angelo del Favero, cardiólogo, em 1978 co-fundou um dos primeiros centros de apoio à vida perto da Catedral de Trento. Tornou-se um carmelita em 1987. Foi ordenado sacerdote em 1991 e foi conselheiro espiritual no santuário de Tombetta, perto de Verona, Itália. Atualmente dedica-se à espiritualidade da vida no convento carmelita de Bolzano, na paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo.
[Tradução Thácio Siqueira]

Simpósio em Roma sobre combate à Pedofilia


A Universidade Gregoriana de Roma e a Congregação para a Doutrina da Fé promovem, a partir de segunda-feira, 6 de fevereiro, Simpósio com o tema “Em direção à cura e à renovação” sobre o problema dos abusos sexuais. O Frei Evaldo Xavier Gomes, assessor canônico da CNBB, é o representante da Conferência no encontro.

A CNBB é uma das primeiras conferências episcopais a tratar do assunto por meio de um documento específico  que está sendo preparado e logo deverá se publicado. Cada Conferência Episcopal enviou um seu representante, e participam também 30 representantes das ordens religiosas. Entre os palestrantes do Simpósio em Roma está o brasileiro, Pe. Edênio Vale.

O encontro vai proporcionar  a aquisição de informações para os bispos e os superiores religiosos sobre os recursos disponíveis, mundial e interculturalmente, para responder ao abuso sexual tanto dentro da Igreja como na sociedade em geral. O Simpósio vai levar em consideração a recente Carta Circular (de maio de 2011) da Congregação para a Doutrina na qual se pede que todas as dioceses desenvolvam “procedimentos adequados tanto para assistir as vítimas de tais abusos como para a formação da comunidade eclesial em vista da proteção dos menores”.  Especialistas em Direito Canônico, Teologia e Pastoral vão compartilhar seus conhecimentos para que os participantes possam promover uma resposta consistente e mundial por parte da Igreja que protege os mais frágeis.


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Muito mais alto


Toda sexta feira, pela manhã, os fiéis de uma sinagoga sabiam que o rabino deles estava ausente. Não adiantava procurá-lo em casa ou no templo. Simplesmente sumia. Para onde ia ninguém tinha a menor ideia. Sobre isso, ele não falava. À tarde, voltava.  Desconfiados com essa atitude do rabino, os fiéis decidiram descobrir seu segredo e colocaram uma pessoa de confiança para segui-lo. Queriam saber com quem ele se encontrava e se por acaso, por ser um homem piedoso, se encontrava com o próprio Deus. Como tinham combinado, ao entardecer daquele dia, todos estavam reunidos antes que o rabino chegasse para a cerimônia do sábado.

- Então - perguntaram ao espião – o nosso rabino subiu para o céu?
- Foi muito mais alto – respondeu o homem que o tinha seguido. Ele havia descoberto que o rabino, toda sexta feira, pela manhã, visitava uma senhora idosa e paralítica, limpava a casa dela, lavava a roupa e lhe preparava o almoço. Quando tudo estava em ordem, rezava com ela. Queria deixar a senhora contente. Finalmente voltava para casa e celebrava o sábado.


Mais uma história de bondade. O céu está mais perto do que pensamos. Quem ajuda o próximo está cada vez mais perto de Deus. É nesse sentido que entendo o evangelho deste domingo. Começa com a cura da sogra de Pedro. Depois sabemos que muitos doentes procuravam encontrar Jesus ao ponto que os discípulos lhe dizem: “Todos estão te procurando”. Jesus cura, mas não fica somente por aí. Vai para frente, em outras cidades, para anunciar o evangelho, como ele mesmo declara.

Podemos dizer que Jesus cura e ensina, mas, se misturarmos um pouco as coisas, o resultado não muda. Jesus ensina também quando cura e quando cura continua ensinando o evangelho. Afinal, a boa notícia que Jesus veio nos comunicar é uma só: o amor de Deus-Pai para com todos. Para anunciá-lo Jesus não tem limites e nem lugares privilegiados. Ele cura a sogra de Pedro dentro de casa, cura outros doentes na frente da casa, outros na rua, andando, outros na beira da piscina, outros na sinagoga. A cura é o sinal que algo de novo estava acontecendo, era o amor de Deus se manifestando, mas também era o ensinamento claro de um caminho novo: se Deus age assim, nós também devemos cuidar dos sofredores, devemos ser  amorosos com quem precisa de conforto e de ajuda.

Muitas vezes nós pensamos que ser cristãos seja obedecer a um monte de regras e de normas. Talvez seja até mais fácil reduzir a fé ao cumprimento de meras obrigações. Sentimo-nos fiéis por ser obedientes e nos consideramos mais ou menos cristãos por causa disso. Quem não se encaixa no esquema, ou se julga sem condições para cumprir todos os deveres, acaba pensando não ter uma fé verdadeira e se autoexclui, muitas vezes, da comunidade cristã. Com certeza todas as regras e leis permitem nos orientarmos e organizarmos a nossa vida. Elas são necessárias porque, do contrário, viveríamos na confusão, mas não podem, e não devem, escravizar; menos ainda nos afastar de Jesus.

Por essa razão, a primeira parte do evangelho de Marcos é um grande anúncio da bondade de Deus manifestada em Jesus. Antes de propor o seu “novo” mandamento, a sua “nova” lei – que depois, sabemos, é a lei do amor a Deus e ao próximo – Jesus quis revelar o grande e infinito amor do Pai. Amor que vai além das curas físicas ou psicológicas, porque quer nos libertar da pior de todas as doenças: o pecado.

Contudo, para dizer a verdade, nós não procuramos com o mesmo afinco ser curados do pecado como procuramos ficar bons das doenças que nos acometem ao longo de nossa vida. Convencer a humanidade que precisa do amor de Deus para ser curada do pecado, raiz de todos os males, foi a difícil missão de Jesus. Após os primeiros tempos de sucesso, vieram as perseguições e a cruz. Mas Jesus nunca desistiu, foi até o fim. Ele tinha um segredo: retirar-se no deserto para rezar. Assim podia ficar a sós com o Pai. Estava na terra, mas o seu amor chegava ao céu na comunhão perfeita com o Pai na força do Espírito Santo. Ali estava a fonte de toda a sua generosidade, fidelidade e obediência.

Que bom se nós também tivéssemos um segredo que nos aproximasse mais de Deus: a oração e o amor aos necessitados. Às vezes “sumimos” para dar um tempo para descansar e nem sempre voltamos. Poderíamos “sumir” mais vezes para fazer o bem, para encontrar a Deus e ao próximo no amor e na fé.

Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá (AP)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Diabo: esperto e experto!


Se alguém duvida da existência do Diabo talvez seja porque nunca foi vítima de assaltos e estupros, roubos e sequestros, mentiras e calúnias, torturas físicas e psicológicas – ou de qualquer outra injustiça. Ou então uma pessoa que não tem filhos drogados nem cônjuges alcoólatras. Alguém que não precisa passar horas, dias e meses nas filas de espera ou nos corredores de um hospital. Por fim – para não prolongar a ladainha e a procissão – quem ainda não foi atingido pela corrupção generalizada e institucionalizada que oprime em toda a parte.

Em matéria de maldade e depravação, o ser humano parece não ter limites, superando qualquer outro animal. A hecatombe perpetrada durante a 2ª Guerra Mundial por Hitler, sobretudo – mas não só – à custa de judeus e de cristãos, amordaçando a consciência de um povo culto e desenvolvido como era o alemão, prova que não estava equivocado o rei Davi ao declarar: «Prefiro cair nas mãos de Deus, cuja misericórdia é imensa, do que nas mãos dos homens» (1Cr21,13).


Ante o sangue derramado ao longo da história – tanto que, até há poucos anos, o que ela narrava, eram sobretudo guerras e de revoluções – e diante dos sete vícios capitais que ofuscam e oprimem a existência e as relações humanas, parece difícil negar a existência de uma raiz iníqua, uma fonte contaminada, personificação do erro e do mal, numa palavra, do “Maligno”.
Sobre ele, a Igreja é sóbria e incisiva, como atesta o “Catecismo da Igreja Católica”, publicado pelo Papa João Paulo II, a 15 de agosto de 1997: «Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus e que, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja veem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus».

Provavelmente, esta doutrina se fundamenta num texto do Apocalipse: «Aconteceu uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou juntamente com seus anjos, mas foi derrotado, e no céu não houve mais lugar para eles. Esse grande Dragão é a antiga Serpente, que seduz todos os habitantes da terra» (Ap 12,7-9).

Para Jesus, duas são as definições que melhor traduzem a identidade e a atividade do “Tentador”. Primeiramente, ele é o “pai da mentira” (Jo 8,44), já que, ao longo da história, o que ele melhor faz é enganar as pessoas: «No dia em que comerem deste fruto, seus olhos se abrirão e vocês se tornarão como deuses, decidindo o que é bem e o que é mal» (Gn 3,5). É o que ele continua fazendo todos os dias, com experiência e resultados cada vez maiores...

Outra característica vista por Jesus no Demônio é de ser “assassino desde o início” (Jo 8,44). De fato, se existe na atualidade uma prova que mais fala da existência e do poder do Diabo é o clima de maledicência, discórdia, violência e vingança que medra em todos os ambientes e em toda a parte.

Na véspera de sua morte, Jesus rezou ao Pai por seus discípulos: «Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal» (Jo 17,15). Na oração do “pai-nosso”, aparece o mesmo pedido: «Não nos deixes cair na tentação, mas livra-nos do mal» (Mt 6,13). Em ambas as citações, “mal” e “Maligno” se identificam, já que todos os que são levados pelo mal, o fazem porque seduzidos pelo Maligno.

Costuma-se dizer que a grande vitória alcançada pelo Demônio no século XX foi a de fazer crer que ele não passa de uma invenção... «Se Deus não existe, tudo é permitido», escreveu Dostoiévski. Mas, se isso acontece com Deus, muito mais com o Diabo. Ele age sorrateiramente, «disfarçando-se em anjo da luz» (2Cor 11,14), confundindo e invertendo os valores. O pecado passa a atrair mais do que a virtude. A liberdade é transformada em devassidão. A sabedoria é substituída pela esperteza. O dever pelo prazer. O ser pelo ter. O amor pelo ódio.

Para o apóstolo São João, «quem comete o pecado é escravo do Diabo – o pecador desde o princípio – mas o Filho de Deus veio ao mundo para destruir as obras do Diabo» (1Jo 3,8). Quem tem Deus, não teme o Demônio: «Se Deus é por nós, quem será contra nós?» (Rm 8,31). O Diabo só existe e tem poder nas pessoas e ambientes donde Deus foi banido...

Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados  (MS)