quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O rico, o pobre, o sofrimento, a morte...


Caríssimos irmãos e irmãs, a sagrada liturgia vem nos exortar, mais uma vez quanto ao nosso relacionamento com as riquezas terrestres e bens materiais que possuímos. Como estamos lidando com eles? Estamos colocando eles como sendo as coisas mais importantes de nossas vidas? Eles estão nos cegando? A primeira leitura nos mostra que Deus chama a atenção daqueles que vivem despreocupados, dos que só pensam em esbanjar as riquezas e os bens que possuem e curtir a vida sem ligar para nada, com um coração fechado para Deus e para o pobre; com um coração seco, egoísta e avarento que não foi tocado pela graça de Deus pois fechou-se em si mesmo - e nem liga para isso; pois Deus, para uma pessoa com uma alma que se encontra assim, está muito longe do seu pensamento. Uma pessoa assim não quer nem saber de Deus; e quando, por benevolência do Criador, pensa em Deus, não quer desapegar do seu tesouro, pois não tem coragem. Deus se torna algo ameaçador e desconfortável para ela; tal pessoa não quer se por sob autoridade do Pai. Seu coração e sua mente estão em outro lugar. Onde está o teu tesouro, ai estará teu coração.

Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião. Ora, isso é o mesmo que dizer: Ai dos que vivem preocupados demais com as coisas desse mundo passageiro e não com Deus, porque estão ocupados demais em amontoar, com avidez, tesouros corruptíveis; em inflar seu orgulho com suas posses; em colocar sua segurança nesses mesmos bens e mesmo assim não se sentem satisfeitos. Tudo isso é passageiro; a traça e a ferrugem corroem. E é nesse sentido que a voz de Deus se levanta contra esse mundo materialista, descrente e de propostas ilusórias quando nos diz claramente o próprio Jesus Cristo, Nosso Senhor: “de que adianta ganhar o mundo inteiro se vier a perder sua alma?” E ainda: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. Bem claro fica que Deus não quer que seus filhos sejam escravos do dinheiro. Isso é idolatria. Deus não quer que seus queridos filhos, pelos quais Jesus sofreu a paixão e morreu na cruz, mergulhem numa cegueira demoníaca que é a busca e gozo desenfreado pelo dinheiro. Ora, uma vez dentro, é difícil sair.

Amados, para complementar com mais sentido esta nossa reflexão, e sem excluir o caráter de exortação, o Apóstolo São Paulo, na segunda leitura, nos ensina o dever do cristão de fugir das coisas perversas; fugir daquilo que desagrada a Deus e por isso não convém ao batizado. O pecado mortal que causa o coração duro e torna a alma insensível deixando-a cega pelo amor ao dinheiro e às riquezas terrenas, é uma dessas coisas perversas que o Apóstolo nos adverte a fugir. A avareza e o orgulho são pecados mortais, perversidades que rodeiam os filhos de Deus e atacam como um leão feroz a qualquer das almas visando devorá-las e consumi-las por dentro. Dentro de nós, em nossa alma; eis o campo de batalha no qual somos chamados a lutar o bom combate da fé. Irmãos e irmãs caríssimos, é justamente na alma, na vida interior que se encontra um bem maior, a nossa vida espiritual, que Deus deixou em nós e que o inimigo, o diabo, quer destruir com a suas propostas sedutoras, porém pecaminosas e mortíferas, como é a proposta materialista, como já disse, da busca e gozo insaciáveis por dinheiro, posses e prazeres. É na alma de cada um que pode crescer o bem ou o mal, o fruto bom ou o fruto ruim. Depende de como acolhemos, ou melhor, depende de que tipo de terreno nos dispomos a ser.

Enfim chegamos ao Evangelho, caríssimos filhos do Bom Pai. E a história já a conhecemos por demais: o rico, o pobre, o sofrimento, a morte, o céu, o inferno, a suplica… Mesmo assim ainda vale, e sempre valerá, uma profunda reflexão sobre esse ensinamento de Cristo. Ora, havia um homem rico; mas rico tão somente de bens materiais e corruptíveis e pobre de tesouros espirituais e eternos; ele era rico para o mundo, mas era pobre para com Deus, a tal ponto de ter um semelhante a ele bem próximo de sua casa, bem próximo de sua vida, onde tinha meios abundantes para socorrer o pobre Lázaro. Talvez sequer tenha percebido a existência de Lázaro ao pé de sua porta, gritando os mais altos pedidos de ajuda que a sua necessidade evidenciava. Aquele era um filho de Deus. Mas o que se passava com aquele rico? Como era sua vida? Que fizera ele? Quanto a isso, que pensar senão aquilo sobre o que já foi dito antes? A saber: o coração duro, escravo das riquezas. De fato, são muitas as pessoas que, como o rico da parábola, têm bem próximo de si Lázaros da vida em relação aos quais não prestam a louvável e preciosíssima virtude de caridade. E não estou falando de pessoas ricas apenas; estou falando de todos nós, eu e você. Se nós, ricos ou pobres, não abrirmos nossa alma a Deus, se nós não buscarmos conversão diária, o combate, nosso coração não será diferente do coração rico da parábola e, talvez, o fim seja o mesmo. Àquele rico talvez, fosse dado misericórdia, se ele tivesse feito um gesto concreto de caridade sincera para com aquele pobre diante de Deus, o que teria sido um gesto feito ao próprio Jesus; um ato de bondade é um sinal de que Deus age por meio de nós, é uma esperança de salvação. E como uma alma pode se tornar insensível assim para as coisas eternas nos dias de hoje? É muito simples. Basta, no mínimo, ter uma vida razoável, saúde, dinheiro, não ter sofrimentos e não ter contratempos com o que quer que seja. Basta viver despreocupadamente em seus altares em suas casas confortáveis, gozar de seus bens e prazeres, ir para seus trabalhos dia a dia, o que não parece ser problema algum. Então, qual o problema afinal? O problema, irmãos caríssimos, está em esquecer de Deus e do próximo.

Ora, amados, o Inimigo de Deus não parece estar interessado em perder as nossas almas aparecendo diretamente diante de nós e nos arrastando para o inferno, ou causando grandes estragos ou fenômenos sobrenaturais para nos assustar, na maioria dos casos ele não vem literalmente onde nós estamos e nos obriga a pecar e perecer. O diabo não age às vistas. Sua ação é em escondido. É sutil. Para ele pode ser suficiente que os cristãos sejam batizados tenham alguma, ou nenhuma, vida espiritual, e que vivam tranquilos em suas casas e em seus trabalhos, mas sem pensar em Deus. E se pensar em Deus que seja em um deus particular, ajustado aos caprichos do homem e não em um Deus verdadeiro. Para o Inimigo pode ser o bastante que o católico viva sua vida em paz, falsa paz, e deixe Deus de lado, pois ele não quer que o homem se preocupe com as coisas de Deus ou com religião, mas antes, quer as pessoas todas cegas desleixadas e frouxas sem coragem nem força de ir à Missa e sem determinação para abandonar os seus pecados. O inimigo das almas também não quer que essas pensem na morte, antes deseja que todos vivam como se ela não existisse, como se fosse proibido tocar no assunto porque deixa todo mundo triste. Não é politicamente correto falar sobre morte, pois é deprimente saber que essa vida tem um fim, que eu tenho fim. Mais proibido ainda é dizer que, no dia de tal morte, o homem dever prestar conta de seus atos à alguém; é proibido dizer que tem pessoas agindo errado e que suas obras vão ser julgadas por Deus no dia da morte. Isso é impensável, um absurdo. Quem imaginaria uma coisa horrível dessas? Porém, caros irmãos e irmãs, a morte é uma realidade implacável e inevitável para os homens, que cai sobre o pobre e sobre o rico. A morte não faz distinção por carteiras. É uma coisa que inquieta, e até assusta os despreparados. 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A Verdade é uma Pessoa


Todos os dias eu peço à Santíssima Virgem Maria que me ajude a enunciar claramente a Verdade que ela portou no ventre.

Além de súplica de filho que olha para as mãos da mãe como a serva as da sua senhora (Sl. 122,2), é uma lembrança a mim mesmo da centralidade absoluta da Encarnação do Verbo. O Verbo Se fez Carne (Jo 1,14); a Palavra de Deus, que é a própria Verdade (Jo 14,6), tornou-Se um bebezinho no ventre imaculado de Sua mãe, nasceu, cresceu (Lc 2,52), caminhou, comeu, bebeu, morreu na Cruz por nós e por nós ressuscitou como primícia dos que morremos (1Cor 15,4).

O fato de a Verdade ser uma Pessoa, de a Verdade ter andado entre nós e fazer-Se ainda presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade no Santíssimo Sacramento do altar (Jo 6,55), é o ponto central da Boa-Nova evangélica. Sócrates, diz-nos Platão, amou a verdade. Era ela, contudo, uma verdade apenas mental, uma mera adequação do intelecto à realidade circundante. Nós temos, no Cristo, a chance de amar a Verdade que é Pessoa e, nesta mesmíssima Verdade, amar à sua luz o próximo.

Ele mesmo, que é a própria Verdade, nos disse que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12, 29–31). E como é isso, de nos amarmos? Como é um amor verdadeiro a si próprio, que possa servir de modelo para o nosso amor para com o próximo? O enunciado deste duplo mandamento já nos dá uma dica importante. Primeiro, devemos amar a Deus sobre todas as coisas, ou seja, nunca preferir uma criatura ao Criador. Isto ocorre porque, como nos ensina São Tomás de Aquino a partir da revelação da Sagrada Escritura (Ex 3,14), só Deus efetiva e objetivamente é. Apelando para a riqueza do nosso vernáculo, a aproveitando que ninguém vai ter a inglória tarefa de traduzir este arrazoado verborrágico para outro idioma, podemos dizer que nós não somos, mas estamos. Só somos na estrita medida em que participamos do Ser de Deus, como o que é gelado participa do gelo sem ser gelo, como o ferro em brasa participa do fogo sem ser fogo.

Temos, todavia, a tentação sempre presente de tentar “ser” em outra coisa que não Deus. Tentamos “ser” no prazer, no dinheiro, no poder, no status, na certeza de termos razão, na ilusão de sermos superiores, estarmos certos, salvos, que sei lá eu.

Ora, “amar uma coisa sobre Deus” é exatamente isto. É tentar “ser” em algo que não é Deus, basear a própria identidade nalgo quecomo nós mesmos sem Deusnão é capaz de ser. Quem é você? Se a resposta é algo que você tem, algo que você faz, algo que você prefere a outras coisas, você está perdendo o ponto principal. Você é um ser único, muito mais único que qualquer bem de consumo, posição social, prazer ou privilégio. E este ser foi criado por um Criador amorosíssimo, quee aí estamos de volta ao início deste textoé a própria Verdade.

Amar a Deus sobre todas as coisas, destarte, é algo que se faz amando o que cada coisa criadaeu mesmo inclusive, você inclusive, seu cônjuge, seus pais e filhos…efetivamente é em Deus. É amar aquela criatura na sua plenitude, onde ela se encontra ontologicamente pela ordem da Graça com a Pessoa por Quem tudo foi criado, Que é a própria Verdade. É amar verdadeiramente.

Daí, desse amor que acontece no terreno da Verdade, vem os corolários igualmente amorosos que o definem na prática. Quem ama um viciado em drogas, por exemplo, ama nele a abstinência, não o abuso. Quem ama um fornicador ou um adúltero ama nele a castidade que o faz elevar-se acima da triste escravidão da carne. É o que quereríamos para nós mesmos, se nos amássemos em Deus: quereríamos ser quem Deus nos criou para ser, quereríamos que aquilo em nós que não é em Deus diminuísse em benefício da presença divina que nos santifica (Jo 3,27–30), para que seja Cristo quem vive em nós (Gál 2,20). Instaurare omnia in Christo, “tudo estabelecer em Cristo”. Era este o sapientíssimo lema de S. Pio X, que pode e deve nos servir de manual para a vida. 

São Cesário de Arles


Cesário nasceu em Chalon-sur-Saône filho de Burgúndios. No momento de seu nascimento, os reis germânicos regiam Borgonha. Ao contrário de seus pais, Cesário nasceu com um sentimento muito forte e intenso para a religião, que distanciou-o de sua família grande parte de sua adolescência. Cesário saiu de casa aos dezessete anos e estudou com Bispo Sylvester por alguns anos. Depois, ele encontrou seu caminho para o mosteiro de Léris, um mosteiro sobre uma ilha, que era conhecido por ser um dínamo importante para as forças criativas do trabalho na Igreja da Gália Romana. Após a formação como um monge em Lérins, ele se dedicou a ler e aplicar as escrituras na esperança de melhorar a qualidade ea organização da vida cristã e servir os pobres. Ele rapidamente se tornou mestre de toda a aprendizagem e disciplina do mosteiro, e foi nomeado despenseiro. No entanto, ele mostrou-se impopular em Lerins, quando, como despenseiro do mosteiro, ele reteve a comida de monges, porque sentiu que não estavam suficientemente austeros. Como resultado, o Abade Porcarius retirou Cesário de seu posto quando então ele começou a parar de comer; o abade interveio e mandou Cesário ostensivamente para atendimento médico. Depois de viver em Lerins por mais de uma década e ter sua saúde cada vez debilitada por excesso de esforço, Cesário procurou uma comunidade clerical diferente em Arles.

A comunidade cristã a qual ele se juntou promoveu-lo de volta à saúde e ele logo foi eleito pelo povo como seu bispo. Na meia-idade, ele tinha "tornado-se e permaneceu como principal estadista eclesiástico e força espiritual de sua idade". Sua preocupação com os pobres e doentes era famosa em toda a Gália. Quando chegou na cidade, Cesário diz que descobriu, completamente para sua surpresa, que o bispo de Arles - Aeonius - era um conterrâneo de Chalon. Aeonius mais tarde ordenou seu jovem conterrâneo diácono e depois presbítero. Durante três anos, ele presidiu um mosteiro em Arles, mas deste edifício não sobrou um só vestígio.

Com a morte de Aeonius, cidadãos e pessoas de autoridade procederam, como o próprio Aeonius tinha sugerido, eleger Cesário, que foi consagrado bispo em 502, tendo provavelmente cerca de 33 anos de idade. No cumprimento de suas novas funções, ele foi corajoso e exibiu grande poder de adaptação. Ele fez um grande esforço para induzir os leigos a participar do ofício sagrado. Ele também pediu para que os fiéis estudassem a Bíblia em casa, e tratar a palavra de Deus com a mesma reverência como os sacramentos.

Por duas vezes ele foi acusado de traição contra Alarico II e depois contra Teodorico , mas nas duas vezes ele foi honrosamente absolvido.

Em 512, fundou o mosteiro São João de Arles, onde sua irmã era abadessa. Em 513, o Papa São Símaco lhe impôs o pálio. Uma biografia de Cesário, foi escrita por seu discípulo Cipriano, bispo de Toulon.

São Cesário presidiu diversos concílios, em 506 , ele presidiu o Concílio de Agde, foi ele também que preparou os trabalhos, sugeriu e auxiliou nas decisões do concílio. Nomeado vigário da Sé Apostólica, para e Gália e a Espanha em 514, ele convocou e presidiu vários concílios; entre os quais;o Concílio de Arles, em 524, o Concílio de Carpentras em 527, o Concílio de Vaison em 529 e o II Concílio de Orange em 529, talvez o mais importante, no qual o Semipelagianismo foi condenado e foi adotada a formulação teológica da graça, como defendida por Agostinho de Hipona, contra aqueles que, a exemplo de João Cassiano, haviam dado um papel mais importante ao livre arbítrio. Mesmo estando ausente nos Concílio de Valência, em 530 e nos Concílios de Orleans em 533, 538 e 541, e no Concílio de Clermont, em 535, sua idéias serviram de inspiração e muitas delas foram adotadas.

Ele escreveu vários tratados: Libellus de mysterio sanctae Trinitatis, Breviarium adversus haereticos, Opusculum de gratia, Exhortationes e alguns livretos publicados pela Bibliotheca Patrum (Leida, 1677). Estes incluem os sermões e homilias, cerca de 238, alguns publicados em Basileia, 1558 e outros publicados pela Bibliotheca Patrum em Veneza, 1776.

Suas obras mais conhecidas são as duas regras monásticas que escreveu: Regula ad monachos, para comunidades monásticas masculinas, e Regula ad virgines, para comunidades monásticas femininas. A combinação das duas regras é conhecida como a Regra de São Cesário.

Até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente latino e glória para a vida monástica. Já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da Fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade.


Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Cesário de Arles, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, ara participarmos de sua glória. Amém. 

São Cesário de Arles, rogai por nós!

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Padre dá emocionante testemunho sobre o uso da batina


Domingo passado (20), fui pregar num encontro vocacional. No momento das dúvidas, um jovem se levantou e perguntou sobre a minha batina. O que disse para ele, digo para todos:

Eu uso a batina porque desejo ser reconhecido como Padre.

Uso porque quero lembrar a este mundo descrente que ainda existem jovens querendo se consagrar a Deus por inteiro.

Isso não me faz ser mais santo que os outros.
Não me faz ser mais padre que os outros.

Pelo contrário: há padres que nunca vestiram uma batina e que rezam mais do que eu, são mais piedosos e mais fiéis do que eu.

Também conheci padres que usam a batina, que vestem todos aqueles paramentos antigos, mas não são tão santos assim...

Algumas pessoas me dizem que não suportariam o calor, mas a realidade é que, quando gostamos de algo, todo sacrifício é válido.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O protestante é aquele que “protesta contra a Igreja Católica”.

  


Sua doutrina não tem unidade, suas igrejas não são infalíveis, sua hierarquia não é rígida, seus preceitos são secundários, pois o que importa é “crer”em Cristo.
 
Sobre a unidade, eles se unem contra a Igreja.
 
Sobre a infalibilidade, eles negam na Igreja Católica, mas defendem em sua interpretação pessoal, que não admite provas em sentido contrário,ainda que mais absurdas sejam suas teses.
 
Sobre a hierarquia, eles obedecem apenas enquanto lhes convém, paralogo depois fundarem uma Igreja que melhor se adapte à suas convicções subjetivas. 
 
Sobre os preceitos, basta ter fé, pois aquele que tem fé se salva…  
 
No fundo, eles só acreditam neles mesmos, pois utilizam-se da Bíblia para justificar suas crenças, já que não seguem uma Igreja determinada e nem devem obediência ao seu pequeno líder.
 
Em vez de consultarem as aves, como os romanos, ou os astros, como os gregos, os protestantes consultam a Bíblia, dando eles mesmos, ao texto,o sentido de que precisam e que mais se adapta a seus caprichos ou seus interesses. 

Todo o livro precisa de uma interpretação autêntica, feita por uma autoridade competente, senão é uma letra morta, e a letra morta só pode dar a morte. 
 
É o que clara e energicamente exprime S. Paulo: “A letra mata e o espírito vivifica” (2 Cor 3, 6). 
 
E ainda: “Para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Rom 7, 6). Os judeus estavam na velhice da letra; Cristo trouxe a novidade de espírito e os protestantes rejeitam este espírito.   

domingo, 27 de agosto de 2017

O Protestante é alguém furiosamente cheio de ódio a Nossa Senhora.


Assim, se lê em São Lucas: 
 
“Aconteceu que, apenas Isabel OUVIU A SAUDAÇÃO DE MARIA, o menino saltou em seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo”  (Luc. 1, 41). 
 
Repare que com o Protestante acontece o contrário:  

Basta ouvir a “saudação de Maria”, Que o Protestante não fica cheio do Espírito Santo, mas sim, cheio de furor contra a Virgem Maria.

Qual será então o espírito que enfurece o Protestante? 

 
Meditem bem nisso, mas não é difícil descobrir.   

sábado, 26 de agosto de 2017

O Protestante é alguém que acha que a interpretação da Sagrada Escritura é absolutamente livre.


O Protestante é alguém que por falta de Sabedoria acha que a interpretação da Sagrada Escritura é absolutamente livre. 
 
Foi Lutero quem, revoltando-se contra o Papa, levantou o princípio do livre exame da Bíblia, afirmando que toda pessoa é livre de interpretar a Escritura como lhe parecer. 
 
O que leva qualquer Protestante, de qualquer igrejola, a se arvorar como infalível intérprete da palavra de Deus. 
 
“Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular” (II Pedro, 1, 20). 
 
E o Protestante lê a Bíblia e interpreta a Escritura como bem entende, recusando aplicar o que lê. 
 
É assim que os protestantes respeitam a Bíblia: fazendo o contrário do que ela manda. 
 
De que adianta ler, se não se entende o que se lê?  
 
O Protestante lê a Bíblia como o eunuco da rainha de Candace: (At. 8,30-31) lê, mas não entende o que lê.  
 
“A letra mata” (2 Cor. 3,6),  e a letra matou o protestante  

Nossa Senhora de Czestochowa, padroeira da Polônia


De acordo com uma antiga tradição, o quadro de Nossa Senhora de Czestochowa é uma cópia fiel da pintura feita por São Lucas evangelista, que por ocasião das seguidas visitas que fez à Mãe de Deus para colher dela os pormenores da infância de Jesus, pintou a imagem da Virgem Maria na tábua da mesa de cedro que ela utilizava para trabalhar e rezar.

Quando iniciou a pintura do rosto da imagem, o evangelista, preocupado em exprimir da melhor forma possível toda beleza de Nossa Senhora, recolheu-se e acabou adormecendo, quando acordou, a obra estava totalmente pronta.

Muitos anos depois, por volta do ano 323, durante a ocupação de Jerusalém pelo exército romano, Santa Helena foi até a Terra Santa procurar o Santo Lenho. Chegando lá, recebeu o quadro de presente e após ter encontrado a Santa Cruz, enviou ambos para seu filho, o Imperador Constantino.

Recém-convertido ao cristianismo, Constantino instalou o quadro em uma capela particular do seu palácio. Após mais de 400 anos, o quadro foi transferido para a capela do castelo Belz, na Rússia, onde permaneceu por muito tempo.

Após a Rússia perdeu uma guerra travada contra a Hungria e a Polônia, o castelo Belz foi entregue ao príncipe Ladislau, que encontrou o quadro de Nossa Senhora e o instalou na capela do seu palácio. Pouco tempo depois, a cidade foi invadida por Tártaros, que atacaram o castelo.

Percebendo que, apesar do heroísmo de seus soldados, os invasores venciam, por serem muito mais numerosos, Ladislau prostrou-se diante da Mãe de Deus e implorou a sua proteção, que veio sem demora. Agradecido pela proteção e desejando proteger o quadro do ataque dos bárbaros, resolveu levar o mesmo para Opole (Polônia) capital do seu principado.

O quadro foi então levado, por desígnio de Deus, para uma colina perto de Czestochowa, que, por ser descalvado de calcário, recebeu o nome de Jasna Gora.

No ano de 1382, o quadro foi confiado aos cuidados dos Frades Paulinos, que receberam do Príncipe Ladislau ajuda para construir um convento e uma igreja com o intuito de conservar o milagroso objeto.

Em 27 de novembro de 1429, através de uma Bula, o Papa Martinho V concedeu a bênção papal e diversas indulgências ao Santuário.

A chegada do quadro de Nossa Senhora às terras polonesas foi acompanhada por numerosa quantidade de fiéis provenientes dos mais diversos lugares do país em busca de conforto material e espiritual. Com o intuito de manifestar gratidão pelas graças alcançadas, os peregrinos presenteavam o Santuário com donativos em ouro, prata, pedras preciosas e dinheiro. Dentre esses devotos estava a rainha da Polônia, Santa Edwiges, e seu esposo, o rei Ladislau Jagiello.

Com rica ornamentação, o quadro milagroso se tornou alvo de cobiça de assaltantes e infiéis, de tal forma, que, por volta do ano de 1430, bandidos invadiram o Santuário, arrancando do altar, joias, cálices e o quadro milagroso. Na fuga, o quadro acabou caindo, um dos assaltantes, percebendo que levar o quadro colocaria em risco a sua liberdade, pois soldados armados já estavam atrás deles, encolerizou-se e antes de fugir, golpeou o quadro com sua espada por diversas vezes. Deixando o quadro partido em três e o rosto de Nossa Senhora ferido.

Vendo o estrago cometido, os frades pediram ao rei da Polônia Ladislau Jagiello que ajuda-se na restauração do quadro. Após várias tentativas sem sucesso, por parte de pintores famosos, um jovem se dirigiu ao rei e declarou que Nossa Senhora não queria que as cicatrizes fossem apagadas. E depois disso concluiu a restauração do quadro. Após restaurar a obra por completo, o jovem desapareceu.

De volta ao trono, o quadro de Nossa Senhora de Czestochowa, foi novamente ornado de ouro, prata e pedra preciosas, doadas pelos reis e pelo povo. O Santuário continuou atraindo numerosa quantidade de fiéis que com confiança, fé e esperança apresentavam suas necessidades à Mãe de Deus.

No ano de 1655, os suecos invadiram a Polônia, atacando o Convento e o Santuário de Czestochowa, onde estavam apenas frades e 50 famílias e alguns soldados. Os suecos cercaram o local e durante 40 dias atacavam com mais de 15 mil homens, munidos de canhões e diversas bombas incendiárias.

Confiantes na proteção da Mãe de Deus, os frades e demais sitiados, organizaram uma procissão em volta do Santuário, cantando e rezando em meio dos ataques do inimigo que, reconhecendo as forças sobrenaturais dos sitiados, resolveram se afastar e pouco depois acabaram sendo expulsos do país.

No ano seguinte, 1656, Nossa Senhora de Czestochowa foi declarada, oficialmente, pelo Papa, como Rainha da Polônia.


Ó Maria, querida Nossa Senhora de 
Częstochowa, olhai graciosamente para 
seus filhos neste mundo conturbado e 
pecador. Abrace todos nós com seu amor 
e proteção maternal. Proteja nossos jovens 
dos caminhos ímpios; ajude aos nossos 
queridos idosos, os enfermos, e aqueles 
que se preparam para sua páscoa eterna. 
Seja o escudo das crianças indefesas e a 
nossa força contra todo o pecado. Poupe 
seus filhos de todo o ódio, da discriminação e da Guerra. Encha nossos corações, 
nossos lares e nosso mundo com a paz e o amor que vem de Seu filho, a quem 
tão ternamente segura nos braços. Ó Rainha e Mãe, padroeira da Polônia 
e do Beato João Paulo II, seja nosso conforto e força! Em nome de Jesus, nós 
rezamos. Amém.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A Palavra de Deus: o Livro da Sabedoria...


"A Sabedoria é um Espírito amigo dos homens,
não deixa impune o blasfemo por seus propósitos;
porque Deus é a testemunha dos seus rins,
perscruta seu coração segundo a verdade
e ouve o que diz a sua língua" (Sb 1,6).

Na Escritura Sagrada, no Livro da Sabedoria, aparecem a Sabedoria e o Espírito.
Os cristãos, relendo esta Palavra de Deus à luz do Cristo Jesus, discernem na Sabedoria ora o Verbo eterno que Se fez carne, ora o Espírito Criador, que o Cristo derramou sobre nós.

Neste versículo 6, poder-se-ia compreender a Sabedoria como sendo o Espírito Santo de Deus ou como o Verbo, cheio do Espírito, doador do Espírito,
que Dele procede vindo do Pai como Sua fonte última.


Em todo caso, é da ação do Espírito que o versículo fala: Ele é Amigo dos Homens! Título belíssimo: Filantropo!

Nossos Irmãos do Oriente muitas vezes referem-se assim ao Cristo: Amigo dos Homens!

Deus ama a humanidade, Deus criou o homem à Sua imagem, criou-o para a comunhão com Ele, criou-o para que ele traga em si a bendita imagem do Cristo morto e ressuscitado, o Homem perfeito, o modelo, critério e medida de cada homem! (cf. Ef 4,13-15)

Para nós, cristãos, que é o homem?

O ser criado através de Cristo e para Cristo, o ser que somente será ele mesmo à medida que traz em si a imagem bendita do Cristo Jesus!

Para nós, cristãos, qual o critério, a medida do homem? Quem diz o que é verdadeiramente humano ou não, o que é normal ou não, o que é correto ou não, o que é lícito ou não, o que é ético e moral ou não, o que é bem ou mal?

Eis a resposta: o Cristo Jesus!
Ele é a Medida, o Critério, o Sentido:

"Até que alcancemos todos nós a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo. Assim, não seremos mais crianças, joguetes das ondas, agitados por todo vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens e da sua astúcia que nos induz ao erro. Mas, segundo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção Àquele que é a Cabeça, Cristo!" (Ef 4,13-15).
 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

RN: Homem invade Igreja durante a Missa e destrói imagem de São João Batista, em Natal.


A intolerância religiosa vem crescendo absurdamente no Brasil, com isso, deixando nas Igrejas as marcas da violência e da falta de respeito com a religião dos cristãos. Registramos mais um caso deste ataque a fé católica, desta vez, foi na Igreja de São João Batista, em Lagoa Seca, no Rio Grande do Norte.

Segundo informações dos fieis, um homem encontrou silenciosamente na celebração da Santa Missa, dirigiu-se pela lateral e foi até a imagem de São João Batista, padroeiro da Paróquia, e de forma agressiva empurrou a coluna de granito, jogando ao chão, quebrando a imagem.  

PI: Protestante é preso em Teresina por invadir Igreja Católica e quebrar imagem de santo


Na terça-feira (22) um homem foi preso em flagrante pela Polícia Militar de Teresina, capital do Piauí, por ter quebrado a imagem de Santa Teresinha que estava dentro de uma Igreja Católica no bairro de São Pedro, zona Sul da cidade.

Identificado apenas como Elias, o acusado entrou na igreja, quebrou a imagem e, diante do barulho que chamou atenção de quem estava rezando na igreja, saiu correndo, mas foi reconhecido e preso.

“Nós estávamos rezando o terço, quando ouvimos um barulho muito grande, pensávamos até que tinha acontecido um acidente de carro. Quando nos viramos, vimos a santa no chão e um homem correndo pra fora da igreja.”

Na hora conhecemos que era o Elias, pois ele já foi catequista aqui conosco. Entramos em contato com a polícia e ele acabou preso”, explica a bancária Marineide Albuquerque, que estava na igreja na hora da depredação. 

PB: Padre é encontrado morto dentro de casa paroquial em Borborema


Chega à nossa redação a informação de que um padre da paróquia de Nossa Senhora do Carmo, de Borborema-PB, por nome de Pedro Gomes foi encontrado amarrado e morto dentro da casa paroquial, onde residia, na manhã desta quinta-feira (24). Ainda segundo detalhes ele teria sido esfaqueado. A informação foi confirmada por um secretário do padre.

De acordo com informações repassadas pelo Capitão J. Ferreira, da CIA da PM da cidade de Solânea, a secretária do Padre informou que ao chegar na residência, para trabalhar, por volta das 08:00h da manhã, encontrou a porta fechada, mas sem ser na chave. Ainda segundo ela, o corpo do Padre estava enrolado num lençol e a casa estava revirada. Ela de imediato ligou para a Polícia Militar que foi ao local e constatou o fato, porém ficou aguardando a chegada da perícia para que desenrolasse o corpo e confirmasse se realmente era o Padre Pedro Gomes.

De acordo com o Capitão J. Ferreira, a casa apresentava sinais de que teria acontecido uma luta corporal em seu interior e que não havia sinais de arrombamento. Como o carro do Padre, um Fiat Strada, foi levado e a porta estava fechada, a polícia acredita que o assassino poderia ter acesso livre à residência.

Uma das hipóteses é que o religioso tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), mas todo o dinheiro do ofertório e do dízimo estava no quarto do Padre. Mas alguns objetos pessoais que estavam no carro também foram levados. 

Deputado aciona Ministério Público contra pastor que zombou da Virgem Aparecida


O Deputado Federal católico Flavinho decidiu acionar o Ministério Público de São Paulo contra o pastor Agenor Duque, que em um vídeo zombou da imagem de Nossa Senhora Aparecida e incentivou a quebrá-la.

No vídeo, que começou a circular nas redes sociais na última semana, o pastor aparece com uma garrafa de coca-cola na mão, a qual compara com a imagem da Padroeira do Brasil e profere insultos contra ela, chegando a incentivar as pessoas a jogar fora suas imagens de santos.

“Como Deputado Federal, estou oficiando o Ministério Público de São Paulo, pois o ato deste pastor configura dois crimes: vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso e de racismo”, disse o deputado em um vídeo publicado em sua página no Facebook.

Segundo ele, em casos como este é preciso ter em consideração o artigo 208 do Código Penal Brasileiro, o qual afirma que afirma que configura crime “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso” com pena de detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Além de “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, Flavinho sublinhou que o pastor também incorreu no crime de racismo, ao fazer referência à cor escura da coca-cola para se referir à cor da imagem da Padroeira do Brasil.

“Quero deixar muito claro que respeito profundamente meus irmãos evangélicos. Aqui na câmara dos deputados temos uma convivência muito harmoniosa, alinhamo-nos na defesa de temas como da família, da vida”, ressaltou o deputado, assinalando, por outro lado, que é “contrário a qualquer intolerância religiosa”.

Segundo o Deputado Flavinho, “inclusive no meio evangélico , esse próprio pastor Agenor é tido como herege”.

“Nós, como católicos, não vamos mais aceitar esse tipo de crime contra nossa fé, porque a Constituição nos respalda. No Estado laico, eu posso ser católico, esse senhor chamado Agenor pode ser evangélico e a gente tem que se respeitar”, completou.

A atitude do pastor Agenor gerou diversas reações no meio católico, entre as quais a do Pe. Zezinho, que condenou este ato e sublinhou aimportância de Maria para os católicos.

De acordo com o sacerdote, “esse tipo de pregação ridicularizando Maria raramente dá certo” e “até mesmo entre seus ouvintes e fiéis haverá crentes chocados com o desrespeito do pregador pela Mãe de Jesus”.

Chile: ataque incendiário contra igreja em Santiago


Um ataque à liberdade de culto, uma violação de um lugar sagrado, mais do que um dano ao patrimônio histórico da cidade.

Assim a Congregação Salesiana de São Gabriel Arcanjo definiu em um comunicado o último ataque incendiário perpetrado na manhã da última terça-feira, 22 de agosto, contra a "Iglesia de la Gratidud Nacional", em Santiago do Chile.

Ataque realizado por jovens com rosto coberto

Os responsáveis pelo ataque foram jovens estudantes participantes de uma manifestação. Dois deles, com o rosto coberto e vestidos de branco, por volta das 8 horas, pouco depois do final da Missa, aproximaram-se do local de culto lançando coquetéis molotov contra a porta de entrada.

As chamas foram controladas com extintores pelo sacristão e pelo porteiro do Colégio salesiano Alameda, evitando que queimassem toda a porta e se propagassem pela construção. Imediata também a chegada da polícia, que passou a proteger o prédio. 

Reforma litúrgica é irreversível, afirma Papa Francisco


“Não basta reformar os livros litúrgicos para renovar a mentalidade (...), a educação litúrgica de Pastores e fiéis é um desafio a ser enfrentado sempre de novo”." Depois deste magistério e  depois deste longo caminho, podemos afirmar com segurança e com autoridade magisterial que a reforma litúrgica é irreversível”.

Ao encontrar na manhã desta quinta-feira (24) na Sala Paulo VI os participantes da Semana Litúrgica Nacional italiana, o Papa Francisco falou sobre a irreversibilidade da reforma litúrgica, recordando - ao começar seu pronunciamento - os acontecimentos “substanciais e não superficiais” ocorridos no arco dos últimos 70 anos na história Igreja e em particular, “na história da liturgia”.

O Concílio Vaticano II e a reforma litúrgica – disse o Papa – são dois eventos diretamente ligados, “que não floresceram repentinamente, mas foram longamente preparados”, como testemunha o movimento litúrgico “e as respostas dadas pelos Sumos Pontífices às dificuldades percebidas na oração eclesial”. “Quando se percebe uma necessidade – observou – mesmo se não imediata a solução, existe a necessidade” de começar a fazer algo.

Francisco começa por citar, neste sentido, São Pio X, que dispôs uma reordenação da música sacra e a restauração celebrativa do domingo, além de instituir “uma comissão para a reforma geral da liturgia, consciente de que isto comportaria” um grande e longo trabalho, mas que daria “um novo esplendor” à dignidade e harmonia do “edifício litúrgico”.

Um projeto reformador que foi retomado mais tarde por Pio XII com a Enciclica Mediator Dei e a instituição de uma comissão de estudo, sem falar em decisões como “a atenuação do jejum eucarístico, o uso da língua viva no Ritual, a importante reforma da Vigília Pascal e da Semana Santa”.

O Concílio Vaticano II fez amadurecer mais tarde – recordou o Papa -  “como bom fruto da árvore da Igreja, a Constituição sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium”, cujas linhas da reforma geral respondiam às necessidades reais e à concreta esperança de uma renovação, “para que os fiéis não assistam como estranhos e mudos espectadores a este mistério de fé, mas compreendendo-o por meio dos  ritos e das orações, participem da ação sagrada conscientemente, piamente e ativamente (SC, 48)”.