quinta-feira, 29 de agosto de 2013

“Se você quer admirar uma dança, sabe aonde ir… Mas não na Missa!” (Cardeal Arinze).


Em 2002, na Cidade do México, durante a Missa que celebrou a canonização de Juan Diego, índios realizaram danças diante do Papa João Paulo II. Deem uma olhada no vídeo, que pitoresco!


E aí, o que vocês acharam da dança e dos trajes do corpo de baile indígena? Eu achei o máximo, lindíssimos. Só me incomodei com um detalhe: os dançarinos estavam na hora e no lugar errados. O templo de Deus – no caso, a Basílica da Virgem de Guadalupe – não é lugar para esse tipo de coisa, muito menos durante uma Missa. Além do mais, a apresentação lembra muito mais um ritual pagão (se é que não o foi, de fato) do que um rito cristão.

Eventos como esse acabaram por abrir um precedente desastroso. Milhares de sacerdotes e leigos em todo o mundo se acharam no direito de inserir os mais variados e bizarros remelexos na liturgia. Já ouvi falar de gente fazendo dança do ventre na Missa e já vi jovens de mini-saia sambando em frente ao altar (ué, se os dançarinos mexicanos podem exibir coxas e barrigas na igreja, porque não elas?). Em um post sobre as “missas avacalhadas", mostramos um vídeo em que um casal com pouca roupa requebra em uma Missa ao som de “Pérola Negra”, de Daniela Mercury.

Diante de tanta zona, é um alento ter acesso às orientações do Cardeal Francis Arinze, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos entre 2002 e 2008. Em um evento, ele respondeu com muito bom-humor a perguntas sobre a “dança litúrgica”. No vídeo, que vimos no blog Missa aos Domingos, o Cardeal nigeriano enfatiza que “A dança é algo estranho ao rito latino da Missa”, e não deve ser realizada em nenhum momento da liturgia. Ele pondera, porém, que os povos de cultura asiática e africana podem realizar alguns movimentos refinados, típicos de sua cultura, no momento do ofertório, por exemplo.

MAS ATENÇÃO: o cardeal falou que os bispos – em especial aqueles dos países africanos e asiáticos – devem avaliar a possibilidade de autorizar movimentos REFINADOS na Missa, não danças. NÃO É PRA DANÇAR NUNCA!

O Papa Bento XVI, em seu livro “El espíritu de la liturgia – Una introdución”, já havia esclarecido esta questão (tradução e grifos nossos):

A dança não é uma forma de expressão da liturgia cristã. Houve círculos docéticos-gnósticos que pretenderam introduzí-la na liturgia cristã, por volta do século III. Para eles, a crucificação era só aparência (…), de tal maneira que o baile podia ocupar o lugar da liturgia da cruz (…). As danças cultuais das diversas religiões têm finalidades diversas: encantamento, magia analógica, êxtase místico; nenhuma destas figuras corresponde à orientação interior da liturgia do ‘sacrifício da palavra’.

“O que é completamente absurdo é quando, com a intenção de fazer com que a liturgia que seja mais ‘atrativa’, se introduzem pantomimas [gestos teatrais] em forma de dança. Quando é possível, se realizam inclusive com grupos de dança profissionais que, frequentemente, terminam com aplausos (…). Quando se aplaude pela obra humana dentro da liturgia, nos encontramos diante de um sinal claro de que se perdeu totalmente a essência da liturgia, que foi susbstituída por uma espécie de entretenimento de inspiração religiosa.”

Na contramão das orientações do Papa, sacerdotes e leigos, por orgulho, por vaidade ou por pura desinformação, continuam a promover essa porcaria chamada “dança litúrgica”, que só serve para transformar o templo de Deus num circo de bizarrices ou numarremedo de culto pagão. Pior ainda é quando o presbitério vira um cabaré de carolas, onde rapazes saradinhos aproveitam a desculpa da “arte” para fazer performances sem camisa e moças fazem movimentos sensuais com roupas colantes.

É preciso considerar que, muitas vezes, os realizadores desse tipo de abuso não o fazem por maldade; há entre eles cristãos sinceros e bem intecionados. Porém, isso não anula o fato de estarem incorrendo em um grave erro, que fere a dignidade do templo e a sacralidade da liturgia. É preciso mostrar a estas pessoas o seu engano, e ajudá-las a compreender mais a fundo o significado sacrificial da missa. É preciso fazê-las entender que a “liturgia da cruz” não suporta esse tipo de firulas. Muitos católicos estão com um pé no paganismo; se ninguém fizer nada, não tardarão a enfiar os dois pés.

Os grupo de dança paroquiais podem ser muito bons e úteis, desde que saibam o seu lugar. Podem atuar nos salões paroquiais, como disse o Cardeal Arinze, mas não devem continuar a fazer o presbitério de palco. O Senhor derrama Seu precioso Sangue sobre o altar a cada Missa… Será que é tão difícil de entender isso?

Os sacerdotes e leigos que desejam ser fiéis ao magistério da Igreja devem se perguntar com honestidade: essa dança ou teatro que estamos planejando é uma expressão autêntica da liturgia cristã, ou não passa de um “entretenimento de inspiração religiosa”, como disse Bento XVI? É preciso ter humildade e amor pela Verdade; assim, poderemos nos desapegar dos nossos gostos e opiniões pessoais sobre a liturgia e ser mais fiéis àquilo que a Santa Igreja determina.

Pra encerrar, #ficaadica do Cardeal Arinze pros sacerdotes e leigos membros de “ministérios da dança” espalhados pelo Brasil afora:

“As pessoas que estão discutindo dança litúrgica deveriam usar o seu tempo rezando o Rosário, ou (…) lendo um dos documentos do Papa sobre a Sagrada Eucaristia. Nós já temos problemas suficientes. Por que banalizar mais? Por que dessacralizar mais? Já não temos confusão suficiente?”
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Nota de Solidariedade às vítimas da queda do Edifício no Bairro de São Mateus



Com sincero pesar, manifesto a solidariedade de toda a Arquidiocese de São Paulo para com as vítimas do colapso do edifício comercial, em obras, no Bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, ocorrido neste dia 27 de agosto.

Lamento profundamente a perda de vidas humanas nesse acidente e apresento aos seus familiares meu pesar e minha solidariedade nesta hora de dor. Meu pensamento também se volta para todos os feridos da tragédia e lhes desejo pronta recuperação.

Neste momento, é importante tomar consciência das graves implicações de sinistros graves, que poderiam ser evitados, se tivessem sido devidamente observadas as indispensáveis precauções de segurança. Esse lamentável episódio deve levar a uma profunda reflexão sobre a preciosidade de cada pessoa humana, cuja vida não deve ser exposta a graves riscos, mas protegida e valorizada.



Acompanho com atenção e interesse as tarefas do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e dos demais órgãos públicos, encarregados de vigiar sobre a segurança e de promover o socorro às vítimas de acidentes. A estes homens e mulheres, manifesto meu respeito e apreço.

Da mesma forma, manifesto meu sincero apreço pelo trabalho generoso de tantas pessoas voluntárias, cuja coragem e abnegação no socorro às vítimas é testemunho de que o amor ao próximo não é apenas feito de palavras, mas de atitudes maravilhosamente fraternas.

São Paulo, 28.08.2013
Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo

Patriarca Twal sobre a questão síria: "Com qual autorização atacar um país?"


O Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, faz um veemente apelo à prudência em favor da estabilidade de toda a região do Oriente Médio. O apelo foi lançado na iminência de um possível ataque militar ocidental contra o regime sírio, acusado de ter utilizado armas químicas em sua guerra contra os rebeldes.

Numa nota difundida pelo Patriarcado, Dom Twal eleva "a sua oração ao Espírito Santo a fim de que ilumine os corações daqueles que têm o destino das populações em suas mãos". Dirigindo-se a estes líderes recorda-lhes "que em suas decisões não esqueçam o aspecto humano".

Constatando que "os Israelenses estão fazendo empurra-empurra nos Centros de distribuição de máscaras de gás e que os habitantes do Oriente Médio começam a estocar víveres", o Patriarca se interroga seriamente sobre os riscos de uma escalada da violência na região.

"Por que declarar uma guerra quando os inspetores da ONU ainda não entregaram as conclusões definitivas sobre a natureza química do ataque e sobre a identidade formal de seus mandantes?"

O Patriarca enfatiza que "se assiste a uma lógica que recorda a preparação da guerra no Iraque em 2003, uma comédia das armas de destruição em massa no Iraque, quando na realidade não havia tais armas. Este país encontra-se ainda hoje numa situação muito crítica".


Na nota, Dom Twal questiona de modo contundente: "Como decidir atacar um país? Com qual autorização? É claro, o Presidente estadunidense tem o poder de lançar somente ataques aéreos contra a Síria, mas onde está a Liga Árabe e o Conselho de Segurança da ONU? Os nossos amigos do Ocidente e dos EUA não foram atacados pela Síria. Com qual legitimidade ousam atacar um país? Quem os nomeou polícia da democracia no Oriente Médio".

De forma premente, questiona ainda: "Quem pensou nas consequências de uma tal guerra para a Síria e para os países vizinhos? Tem necessidade de aumentar o número dos mortos além dos já 100 mil? É preciso – adverte – ouvir todas as vozes que vivem na Síria e que gritam sua dor que dura há mais de dois anos e meio. Pensaram nas mães, nas crianças, nos inocentes? E os países que atacam a Síria levaram em consideração o fato que seus cidadãos no mundo inteiro, suas embaixadas e consulados podem se tornar alvo de atentados como represália?"

Por todas essas razões o Patriarca Twal convida à prudência fazendo votos de "paz e segurança para toda essa região do mundo que já sofreu por demais".


E acrescenta: "Como cristãos da Terra Santa recordamos em nossas orações os sírios, dos quais vemos todos os sofrimentos quando vêm se refugiar em nossa diocese na Jordânia". (RL)
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Mensagens do Papa Francisco e Bartolomeu I para o Simpósio Intercristão


O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta quinta-feira, aos participantes do 13° Simpósio Intercristão em andamento na cidade de Milão, na Itália, promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Pontifícia Universidade Antonianum de Roma e pela Faculdade Teológica Ortodoxa da Universidade Aristóteles de Salônica, na Grécia.

"A vida dos cristãos e o poder civil. Questões históricas e perspectivas atuais no Oriente e Ocidente" é o tema do encontro promovido no âmbito do Ano Constantiniano pelos 1.700 anos do Edito de Milão.

"A histórica decisão de Constantino com a qual foi decretada a liberdade religiosa para os cristãos, abriu novos caminhos para a difusão do Evangelho e muito contribuiu para o nascimento da civilização europeia", ressalta Francisco na mensagem. 

Esse acontecimento transmitiu para o Oriente e Ocidente "a convicção de que o poder civil tem o seu limite perante a Lei de Deus, a reivindicação do espaço justo de autonomia para a consciência, a consciência de que a autoridade eclesiástica e o poder civil são chamados a colaborar para o bem integral da comunidade humana", conclui o Papa. 


O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, também enviou uma mensagem aos participantes do 13° Simpósio Intercristão.

Ele ressalta no documento a importância do Edito de Milão que permitiu aos cristãos "o livre exercício de seus deveres culturais e religiosos e o reconhecimento da liberdade religiosa em geral".

"O tema escolhido diz respeito ao relacionamento da vida cristã com o poder político, um tema atual em nossos dias, em que por um lado a tentação do poder influencia em alguns casos a vida dos cristãos e por outro, certas formas de poder político no mundo contemporâneo trabalham negativamente ou colocam em perigo suas vidas", frisa Bartolomeu I.


Ele conclui a mensagem desejando sucesso nos trabalhos do simpósio e invocando as bênçãos divinas para que possa dar frutos em favor do bem da Igreja e do progresso da colaboração destes institutos científicos. (MJ)
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Abusos na Liturgia


É impressionante como a maioria dos leigos que ajudam nos grupos de música ou na pastoral da liturgia não se importa como a missa é celebrada. O abuso litúrgico é antes de tudo uma falsificação da liturgia católica, no dizer da Instrução Redemptores Sacramentum. Todo católico tem o direito de ver celebrada a sagrada liturgia sem improvisações, sem experimentação, de acordo com as normas estabelecidas pela Santa Sé. Esse direito reclama dos presbíteros  e também dos demais fieis o dever de observar rigorosamente as regras litúrgicas. Todo católico deve, portanto,  instruir-se a respeito do assunto e lutar, com maturidade e serenidade, para que os Santos Mistérios sejam celebrados segundo a liturgia determinada pela Igreja. Selecionamos aqui alguns equívocos infelizmente frequentes em termos de liturgia.





Lembramos, mais uma vez, que a leitura da Instrução Redemptiones Sacramentum é importantíssima, quase obrigatória. Também recomendamos a leitura da Instrução Geral do Missal Romano, nos tópicos de interesse. É Glória in Excelsis com uma música incompleta, é Ato Penitencial meloso... é “canto de comunhão” que não tem nada haver com o momento da comunhão... Pai-Nosso com letra adulterada... é muito triste essa situação onde as pessoas vão pra missa querendo fazer algo que lhes agrada quando na verdade deve agradar  somente a Deus. Já vi intenções de todo tipo durante as Missas (e sempre conseguem se superar).






Meu coração fica partido quando vejo que as pessoas não se importam com o modo correto de celebrarmos a Eucaristia, que é simplesmente o modo como Deus nos ordenou. Em muitas paróquias vemos pessoas que inventam coisas e degeneram a liturgia dessa maneira achando que tudo pode ser movido pela criatividade, pela inovação... puro engano, fruto de um aprendizado errado (que pode ter sido introduzido por qualquer um, menos por Deus).




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Lei da Palmada: os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis



Um assunto que toca diretamente os pais e mães do Brasil, e que, de certa forma invade sem pedir licença, todos os lares desse país é o projeto de lei batizado pela imprensa nacional como “Lei da Palmada”, o PL 7672/2010 que visa “proibir o uso de qualquer castigo físico ou ato considerado cruel, degradante ou humilhante na educação de crianças e adolescentes”.

Em conversa com ZENIT, Paulo Fernando de Melo, pai de 5 filhos, membro da comissão de bioética da arquidiocese de Brasília e assessor parlamentar na câmara dos deputados aborda esse tema na entrevista abaixo:.
 
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ZENIT: Dr. Paulo Fernando, o senhor esteve ontem numa mesa redonda no programa Diário Brasil, da TV Genesis, discutindo o projeto de lei da Palmada. Que lei é essa? Qual é o histórico dessa proposição?

Paulo Fernando: A Lei da Palmada é o nome dado ao PL 7672/2010, de autoria do presidente Luís Inácio, que “altera a Lei n. 8.069, de 13 de junho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante".

A matéria já havia sido tratada em 2003, com o PL 2654/2003 da Deputada Maria do Rosário (PT/RS), atual Ministra dos Direitos Humanos e está aguardando a apreciação de 2 recursos contra o poder conclusivo em plenário desde 2006. 

O PL 7672/2010 visa proibir o uso de qualquer castigo físico ou ato considerado cruel, degradante ou humilhante na educação de crianças e adolescentes. 

O conceito de constrangimento e humilhação é bem subjetivo, além do que os maus tratos, lesão corporal, tortura já tem previsão no ordenamento jurídico brasileiro.

O PL 7672/2010 foi aprovado por uma Comissão Especial com a relatoria da Deputada Teresa Surita.Foram apresentados 6 recursos ao plenário contra o poder conclusivo das comissões.Estranhamente os deputados retiraram as suas assinaturas por uma forte pressão de uma famosa apresentadora de TV.

O deputado Marcos Rogério PDT/RO impetrou um mandado de segurança no STF com pedido de liminar asseverando que o despacho da Mesa da Câmara, determinando o poder conclusivo, contrariou os arts. 24, II, “e” do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e art. 68, §1º, II, Constituição Federal, pois dispõe sobre matéria que não é objeto de delegação legislativa.

A proposição, ao tratar em seu art. 17-A, do direito da criança de ser educada, cuidada, tratada ou vigiada sem uso de castigo corporal ou tratamento cruel ou degradante, discute matéria que se insere no âmbito normativo do inciso III, do art. 5º da Constituição Federal, rol inequívoco de direitos individuais. Afora o fato de que o projeto diz respeito à disciplina do exercício do pátrio poder, indiscutivelmente inserto no âmbito da intimidade da vida privada da família, também arrolada como direito individual no inciso X do mesmo dispositivo constitucional.

O relator da matéria no STF é o Ministro Luis Fux que pediu informações à Câmara dos Deputados e ao Procurador-Geral da República.

ZENIT: O povo brasileiro foi consultado sobre esse projeto? 

Paulo Fernando: Em enquete realizada pelo site da Câmara dos Deputados 94 % dos internautas manifestam-se contrários à proposição e a maioria dos parlamentares também são contra o projeto.

ZENIT: Na prática, os pais serão constrangidos em quais pontos?

Paulo Fernando: Cria-se uma central de denúncias contra os pais ,principalmente nas famílias com muitos filhos e atingirá também os educadores, pois se quebra o respeito ao poder familiar, a hierarquia e enfraquece a disciplina e a obediência. Obviamente, ninguém em sã consciência defende o espancamento de crianças e adolescentes, mas muitas vezes uma reprimenda leve e educativa pode ser utilizada como o último recurso, afinal uma palmadinha explicada não dói.

ZENIT: O que pode estar por detrás desse projeto de lei? 

Paulo Fernando: O PL é revestido de um profundo caráter ideológico da intervenção do Estado nos assuntos privados e que só dizem respeito ao seio da família. Uma das principais caraterísticas de um Estado autoritário socializante é intervir nos assuntos privados do cidadão de bem. Instituir uma educação "sem rédeas ou freio", onde os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis.

ZENIT: Sobre a lei da Palmada, o que os eleitores podem fazer para barrar essa lei?

Paulo Fernando: Informar-se do texto e de suas consequências, cobrar dos deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados a não apreciação da matéria e, se por  acaso for para o Senado Federal, rogar aos senhores senadores a rejeição na íntegra da proposição.


Para maiores informações: www.paulofernando.com.br ; providafamilia@hotmail.com
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Fonte: ZENIT

Martírios atuais


“Felizes os perseguidos por causa da justiça!” (Mt 5, 10); “se me perseguiram, perseguirão a vós também”, já nos prevenira Jesus (Jo 15, 20). “Todos os que quiserem viver piedosamente no Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3, 12), completa São Paulo. Mas às vezes pensamos que isso era coisa do começo da Igreja ou dos séculos passados. Não! O martírio é algo inseparável da vida da Igreja. Chocantes as notícias recentes dos jornais, relatando que mais de 40 peregrinos da JMJ pediram refúgio no Brasil por causa da perseguição religiosa que sofrem em seus países: “No corpo do serra-leonês A., de 24 anos, as cicatrizes revelam as marcas da intolerância. Aos 4 anos, ele viu o pai e a irmã mais velha serem assassinados pelos vizinhos por conta de sua opção religiosa: a família era católica...

Quando fez 9 anos, A. foi levado à força... seu corpo foi perfurado com ganchos: ‘eu fiquei dias sangrando sem nenhum tipo de assistência’. O paquistanês Z... relata as privações sofridas por ele, os familiares e amigos em sua terra natal. Ele conta que o irmão teve que largar o emprego de vendedor... quando descobriram que era católico. Ele afirma ainda que já foi perseguido por autoridades locais e discriminado na busca por um emprego quando se declarou católico... Casas são invadidas, pessoas eram presas e não voltaram, ... afirmando que em março outros católicos, que praticavam a religião como ele, foram perseguidos e apreendidos” (O Globo, 23.8.2013, pág. 14).


“O sacerdote Hani Bakhoum Kiroulos, assistente do Patriarcado copto-católico na capital egípcia, fez um balanço de todos e cada um dos lugares atacados –mais de 30– pelos extremistas muçulmanos durante o massacre desta quarta-feira que cobrou (em total) a vida de mais de 520 pessoas e mais de 3700 feridos. Em Suez, um convento da Congregação do Bom Pastor, a escola adjacente e o hospital foram saqueados e incendiados. Uma igreja franciscana também foi atacada e incendiada. Na cidade de Minya, na zona nordeste do país, os extremistas muçulmanos atacaram a Igreja copta-católica Mar Guirguis, a igreja (também copta-católica) de São Marcos; e um convento e uma escola das irmãs de São José. Em Beni Souef, na zona central do norte, os extremistas atearam fogo ao convento franciscano do Imaculado Coração de Maria. Na localidade de Asyut na zona central do Egito, o ataque foi também à Igreja franciscana Santa Teresa e a um convento de irmãs franciscanas.


Os extremistas muçulmanos também atacaram a Basílica de Nossa Senhora de Fátima no Cairo, apedrejaram e bateram nas portas, mas não conseguiram entrar. O Papa Francisco, reunido a milhares de Fiéis para a Missa e Ângelus da Festa da Assunção de Nossa Senhora, elevou uma oração pelas vítimas do massacre no Egito: ‘chegam infelizmente notícias dolorosas do Egito. Desejo assegurar minha oração por todas as vítimas e seus familiares. Pelos feridos e por quantos sofrem’. E acrescentou: ‘Oremos juntos pela paz, o diálogo, a reconciliação nessa querida terra e no mundo inteiro. Maria, Rainha da paz, rogai por nós’”.


Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Patriarca de Antioquia: "Escutemos o apelo do Papa pela paz na Síria"


O Patriarca Greco-católico de Antioquia, de todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém dos Melquitas, Gregório III Laham, advertiu nesta quarta-feira que um ataque dos Estados Unidos contra Síria vai abalar a confiança do mundo árabe em relação ao Ocidente e seria um crime. “Escutemos o apelo do Papa pela paz na Síria. Se os países ocidentais desejam criar uma verdadeira democracia devem construí-la com a reconciliação, com o diálogo entre cristãos e muçulmanos, não com as armas. O ataque planejado pelos Estados Unidos é um ato criminoso, que provocará outras vítimas, além das milhares deste dois anos de guerra. Isto irá abalar a confiança do mundo árabe com o mundo ocidental”.

“A voz dos cristãos – afirmou o Patriarca – é aquela do Papa. Neste momento devemos ser pragmáticos. A Síria tem necessidade de estabilidade e não tem sentido um ataque armado contra o governo”.


Gregório III se pergunta: “Quais são as partes que levaram a Síria a esta linha vermelha? Quem levou a Síria a este ponto sem volta? Quem criou todo este inferno em que vive a população há meses? A cada dia – observou – entram na Síria extremistas provenientes de todo o mundo com o único objetivo de matar e nenhum país fez nada para pará-los, antes pelo contrário, os Estados Unidos decidiram enviar ainda mais armas”.


O prelado reitera que um ataque dos Estados Unidos vai atingir, sobretudo, a população síria e não é menos grave que o uso de armas químicas”. (JE)
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Nobel da Paz defende solução política para Síria: "Ação militar vai desestabilizar todo o Oriente Médio"


“Uma ação militar das forças norte-americanas ou da OTAN não resolverá os problemas da Síria. Poderá, ao contrário, levar à morte milhares de sírios e à fragmentação do país. Significará uma ulterior fuga dos sírios em direção aos países circundantes e desestabilizará todo o Oriente Médio, deixando a área entregue à violência sem controle”. Foi a advertência de Mairead Maguire, Prêmio Nobel da Paz em 1976 pelo trabalho desenvolvido na Irlanda do Norte pela pacificação entre católicos e protestantes. Atualmente é responsável pela ONG ‘Peace People’.

Em nota enviada à Agência Fides, Maguire, que realizou missão de paz na Síria em maio de 2013, explicou que “o povo da Síria clama pela paz e a reconciliação e uma solução política à crise síria, que continua a ser inflamada por forças externas, com milhares de combatentes estrangeiros, financiados por países estrangeiros, movidos pelos próprio interesses políticos”.


Maguire contou ter encontrado na Síria muitas pessoas e grupos que, também no conflito civil, “trabalhavam pela construção da paz e da reconciliação”. A Nobel da Paz apela aos Ministros do Exterior da França e Grã-Bretanha para que, como desejado pelo povo sírio, usem o diálogo e a negociação como caminho para resolver o conflito. Ela recordou o fracasso das ações militares no Iraque, Afeganistão e Líbia. (JE)
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Patriarca Maronita: "As tragédias de Dahieh e Trípolis são tragédias também nossas, pois formamos um só corpo e uma só família"


O Patriarca Maronita de Antioquia e de todo o Oriente, Bechara Boutros Raí caracterizou como “um crime contra Deus, contra a humanidade e contra o Líbano” os atentados às mesquitas em Trípoli e em Roueiss, ao sul da capital libanesa. Na homilia proferida neste domingo em Dimane, o Patriarca manifestou solidariedade e proximidade na oração às vítimas e às famílias das duas áreas onde ocorreu o atentado, invocando a unidade nacional e exortando os responsáveis pelo governo a tirar o país do impasse.

O Líbano não tem um governo há meses, devido aos obstáculos levantados pelo Hezbollah e pelas diversas posições dos partidos da situação sobre a Síria. Dirigindo-se à classe política, o Patriarca afirmou: “Diante da monstruosidade que atingiu o Líbano, do sul de Beirute até o coração do Norte, os homens no poder e as partes em conflito rejeitam sentar-se à mesa do diálogo, impedem a formação de um novo governo, paralisam o parlamento e estancam a vida pública, e deveriam tomar consciência de que são eles os responsáveis pelo caos na segurança, pela proliferação das armas ilegais, pelos carros-bomba itinerantes, pelas explosões e pelo sangue dos inocentes. A grande responsabilidade deles diante destas catástrofes nacionais impõe a eles o dever de fazer o país sair das coordenadas do conflito confessional regional, liberando-o da influência estrangeira e separando-o do que acontece na Síria”.

“O diálogo é o objetivo que pode salvar – acrescentou -, pois promete resultados positivos e supera todas as condições. Este é o apelo das vítimas inocentes”.


O Patriarca recordou ainda que a população já vive a reconciliação de que os partidos e o país tem necessidade: “ficamos muito tocados pelas mulheres e pelas crianças dos bairros ao sul, onde ocorreu um atentado, pois distribuíram rosas em sinal de solidariedade com os filhos de Trípoli, onde ocorreram os dois últimos atentados”.


Após a Missa, o Patriarca dirigiu-se à Mesquita de al-Taqwa, em Trípoli, um dos locais atingidos, para oferecer seu pesar pela morte de 45 pessoas e cerca de 900 feridos. “Após dez dias das bombas de Roueiss – disse o Cardeal Raí – as mesmas mãos orquestraram os atentados em Trípoli e em nome da Igreja Maronita, vos digo que a tragédia de Dahieh e a de Trípoli são nossas tragédias também, porque somos um só corpo e uma só família”. (JE)
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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Esperamos uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra

Palavras do Bispo de Aleppoe presidente da Caritas na Síria, 

Dom Antoine Audo,em entrevista à Radio Vaticano


“Fiquei realmente muito contente por ter sentido que o Santo Padre se faz próximo a nós, falou sobre a Síria, sobre essa "amada nação", expressou o seu sofrimento e o seu empenho para ajudar a Síria” - afirmou Dom Antoine Audo em entrevista à Radio Vaticano.

Sobre o apelo do Papa à comunidade internacional para que faça todo o possível em prol da paz, pelo diálogo entre as diferentes partes em conflito Dom Audo expressou que “foi realmente uma coisa muito pessoal, muito clara, muito direta... Com esse gesto o Papa transmite confiança a todos nós que agora estamos, sobretudo em Aleppo, numa situação muito difícil. A mensagem do Santo Padre é muito, muito positiva, e foi muito apreciada por grande parte da população”.

A respeito de uma intervenção militar o Bispo de Aleppo afirmou que isso “poderia significar uma guerra mundial. Novamente há esse risco... A situação não é nada fácil! Esperamos que as palavras do Papa para favorecer um verdadeiro diálogo entre as diferentes partes em conflito, para encontrar uma solução, seja o primeiro passo para não usar armas, mas para fazer de modo que as pessoas tenham liberdade de movimento, de viajar, de comunicar, trabalhar... Todo o país agora está em guerra! Esperamos o seguinte: uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra."



Na breve entrevista Dom Audo falou ainda sobre a total falta de liberdade em Aleppo: "Como situação, no momento Aleppo é a pior! Todos falam isso, comparando com as outras zonas do país. Em Damasco – por exemplo – se pode viajar, o aeroporto funciona, se pode viajar para o Líbano, enquanto em Aleppo não se tem liberdade de movimento! Geralmente, na região litorânea se vive tranquilamente, muitas pessoas em Aleppo fugiram para essa região."


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Fonte: ZENIT

Jeová ou Javé?


Queridos irmãos católicos:

Nas Bíblias evangélicas encontramos que Deus é nomeado como “Jeová” e nas Bíblias católicas lhe damos o nome de “Javé”. Muitos cristãos se perguntam: Por que esta diferença no nome de Deus? Que devemos pensar disto?

No fundo não adianta nada discutir sobre o nome antigo de Deus. Nós vivemos agora no N.T. e o que nos importa é falar de Deus como Jesus falava d’Ele. Jesus veio esclarecer o mistério mais profundo que existe no ser Divino: “Deus é amor”. Deus é um “Pai” que ama todas suas criaturas e os homens são seus filhos queridos. Jesus mesmo nos ensinou que devemos invocar a Deus como “nosso Pai” (Mt 6,9).

Para os estudiosos da Bíblia quero esclarecer nesta carta o nome antigo de Deus, aquele nome que os israelitas do A.T. usavam com profundo respeito. A explicação é um pouco difícil, porque devemos compreender algo do idioma hebreu, a língua na qual Deus se manifestou a Moisés.


1. Os nomes de Deus no A.T.

Os israelitas do A.T. empregavam muitos nomes para referir-se a Deus. Todos estes nomes expressavam uma relação íntima de Deus com o mundo e com os homens. Nesta carta quero indicar somente os nomes mais importantes, por exemplo:

Em Ex 6,7 encontramos no texto hebreu o nome “Elohim”, que significa: “O Deus forte e poderoso”.
No Salmo 94 encontramos “Adonay” ou Edonay”, que é “O Senhor”.

Em Gn 17, fala-se de Deus como “Shadday”, que quer dizer: “o Deus da Montanha”. O profeta Isaías (7,14) fala de “Emmanuel” que significa “Deus conosco”.

E existem muitos nomes mais no A.T., como por exemplo: Deus poderoso, o Deus Vivo, o Santo de Israel, o Altíssimo, Deus Eterno, o Deus da Justiça, etc.

Mas o nome mais empregado naquele tempo era “Javé” que significa: “Eu sou” ou “O que é”.

Lemos no Êxodo cap. 3 que Deus apareceu a Moisés numa sarça ardente e o mandou, de sua parte, falar ao Faraó. Moisés perguntou a Deus: “Mas se os israelitas me perguntarem qual é teu nome, que lhes vou responder?” E Deus disse a Moisés: “EU SOU AQUELE QUE SOU”. Assim dirás aos israelitas: “EU SOU me manda a vocês”. Isto lhe dirás: “EU SOU, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó me manda a vocês. Este é meu nome para sempre” (Ex 3,13-15).

2. De onde vem a palavra Javé?

Esta palavra é uma palavra hebraica, o hebreu é o idioma dos israelitas ou judeus do A.T.. Neste idioma não se escreviam as vogais de uma palavra, mas unicamente as consoantes. Era bastante difícil lê-lo corretamente, porque ao ler um texto hebreu, a própria pessoa devia saber de cor, que vogais tinha que pronunciar no meio das consoantes. O nome de Deus: “EU SOU” se escrevia com estas quatro consoantes: Y H V H que os judeus pronunciavam assim “Yahveh”, e em português se escreve JAVÉ. A pronúncia “Javé”, é sem dúvida a pronúncia mais correta do hebreu original para indicar Deus como “Eu sou o que sou” (Os judeus do A.T. nunca disseram Jeová).

3. De onde vem a palavra Jeová?

Os israelitas do A.T. tinham um profundo respeito pelo nome de Deus: “Javé”. Era o nome mais sagrado de Deus, porque Deus mesmo se havia dado este nome.

Com o tempo os israelitas, por respeito ao nome próprio de Deus, deixaram de pronunciar o nome de “Javé”, e quando eles liam na Bíblia o nome de “Javé”, em vez de dizer “Javé” diziam outro nome de Deus: “Edonai” (o Senhor). Aconteceu que depois de cem anos os israelitas esqueceram por completo a pronúncia original (Y H V H, Javé) porque sempre diziam “Adonay” ( o Senhor).

Na Idade Média (1.000 a 1.500 anos depois de Cristo), os hebraístas (que estudavam o idioma hebreu antigo) começaram a colocar vogais entre as consoantes do idioma hebraico. E quando foram colocar vogais na palavra hebraica Y H V H (o nome antigo de Deus) encontraram dificuldades.

Por não conhecer a pronúncia original das quatro consoantes que em português correspondem a Y H V H e em latim a JHVH, e para recordar ao leitor que por respeito devia dizer: “Edonay” em vez de “Javé”, puseram as três vogais (e,o,a) da palavra Edonay; e resultou Jehovah em latim; isto é, tomaram as 4 consoantes de uma palavra (J H V H) e colocaram simplesmente 3 vogais de outra palavra (Edonay) e formaram assim uma nova palavra: Jehovah. Está claro que a palavra”Jehovah” é uma combinação de duas palavras em uma. Por suposto a palavra Jehovah nunca existiu em hebraico, isto é, a pronúncia “Jehovah” é uma pronúncia defeituosa do nome de “Javé”.

Nos anos de 1600 começaram a traduzir a Bíblia em todas as línguas, e como encontraram em todos os textos bíblicos da Idade Média a palavra “Jehová” como nome próprio de Deus, copiaram este nome “Jehová” literalmente nos diferentes idiomas (castelhano, alemão, inglês...) E desde aquele tempo os católicos e os evangélicos começaram a pronunciar como nome próprio de Deus do A.T. a palavra “Jehová”.

As Bíblias católicas ainda não usam o nome de “Javé” e não o de “Jehová”. Está bem? Está bem porque todos os hebraístas modernos (os que estudam o idioma hebreu) estão de acordo que a maneira original e primitiva de pronunciar o nome de Deus devia ter sido “Javé” e não “Jehová”.

“Javé” é uma forma do verbo “havah” (ser, existir) e significa: “Eu sou o que é” e “Jehová” não é nenuma forma do verbo “ser”, como antes explicamos. Por isso a Igreja Católica tomou a decisão de usar a pronúncia original “Javé” em vez de “Jehovah” e por que os israelitas do tempo de Moisés nunca disseram “Jehová”.

4. Qual é o sentido profundo do nome de “Javé”?

Já sabemos que “Javé” significa: “Eu sou”’. Mas que sentido profundo tem esse nome?

Para compreende-lo devemos pensar que todos os povos daquele tempo eram politeístas, isto é, pensavam que havia muitos deuses. Segundo eles, cada nação, cada cidade e cada tribo tinha seu próprio Deus ou seus próprios deuses. Ao dizer Deus a Moisés: “EU SOU O QUE SOU”. Ele quer dizer: “Eu sou o que existe: o Deus que existe; e os outros deuses não existem, os deuses dos egípcios, dos assírios, dos babilônios, não existem. Eu sou o único Deus que existe”.

Deus, dando-se o nome de JAVÉ (EU SOU), queria inculcar nos judeus o monoteísmo (um só Deus), e rejeitar totalmente todo politeísmo (muitos deuses) e a idolatria de outros povos.

O Deus dos judeus (Dt 4,35 e 32,39).

O profeta Isaías explica bem o sentido do nome de Deus. Deus disse por meio do profeta: “EU SOU JAVÉ e nenhum outro”. “Eu sou o Senhor e não existe outro” (Is 45,18)..

A conclusão é: A palavra “Javé” significa que “Ele é o ÚNICO DEUS”. O único e verdadeiro Deus, e que todos os outros deuses e seus ídolos não são nada, não existem e não podem fazer nada.

5. O nome de Deus no A.T.

Mais importante para nós, que vivemos no N.T. é saber como Jesus falava sobre o mistério de Deus. Jesus e seus apóstolos, segundo o costume judeu daquele tempo, nunca pronunciavam o nome de “Javé” ou “Jeová”. Sempre liam a Bíblia dizendo: “Edonay” – o Senhor – para indicar o nome próprio de Deus.

Todo o N. T. foi escrito em grego, por isso encontramos no N. T. a palavra Kyrios ( o Senhor) que é a tradução de “Edonay”.

Mas Jesus introduziu também uma novidade nos costumes religiosos e chamou Deus de “Pai”: “Te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra”. “Meu Pai continua agindo até agora e eu ajo também”. “Por isso os judeus tinham vontade de matá-lo: porque Ele chamava Deus de seu Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5,17-18).

Além disso Jesus ensinou a seus seguidores a fazer o mesmo: “Por isso, orem vocês assim: Pai nosso, que estais nos céus” (Mt 6,9). Agora, o nome mais bonito que nós podemos dar a Deus é o de “Pai nosso”.

6. É verdade que nas Bíblias dos Testemunhas de Jeová aparece o nome Jeová no Novo Testamento?

Sim. Os Testemunhas de Jeová fazem aparecer no N. T. 237 vezes a palavra “Jeová” mas isso não é correto. Quando no N. T. se fala de Deus com o nome “Senhor”(Kyrios em grego, Edonay em hebraico) eles o traduzem como Jeová, mas isto é claramente uma adulteração dos textos bíblicos.

O N. T. fala de Deus como “Pai”! ou “Senhor”, mas nunca como “Jeová”. Uma vez mais desconhecem a grande revelação de Jesus Cristo que foi a de anunciar-nos Deus como Pai.

7. O que é o melhor para nós?

O melhor é falar de Deus como Jesus falava dele. Meditando os distintos nomes de Deus que aparecem na Bíblia, percebemos que há uma lenta evolução acerca do mistério de Deus, e cada nome revela algo deste grande mistério divino.

1) Deus se manifestou a Moisés como o único Deus que existe, significando isto que os outros deuses não existem. É o que significa a palavra “Javé”.

2) Em seguida este único Deus se manifestou aos profetas como o Deus da justiça.

3) Finalmente em Jesus Cristo, Deus se manifestou como um Pai que ama todos seus filhos. Deus é amor e nós temos esta grande vocação para viver no amor. A oração do Pai Nosso é a melhor experiência de fraternidade universal.

8. Que devemos fazer quando os Testemunhas de Jeová, os Mórmons e os seguidores de outras seitas chegam à casa de alguém para uma conversação?

Em primeiro lugar precisar qual é a verdadeira intenção de sua visita. Em geral, eles dizem que querem falar sobre Bíblia e conversar acerca de Deus e da religião.

Mas a verdadeira intenção não é esta, e sim a de arrebatar a fé aos católicos. O que querem é isso e nada mais. Tirar a fé católica dos fiéis. Falar da Bíblia ou de Deus é apenas o pretexto para chegar a este final que é tirar a fé dos católicos. E os fatos comprovam esta afirmação, porque sabemos de alguns bons católicos que por cortesia, boa educação, ou por outras razões, aceitaram conversar com eles sobre a Bíblia ou sobre Deus, e pouco depois passaram a ser Testemunhas de Jeová, Mórmons ou de outras seitas e condenaram depois a sua antiga fé católica.

Temos que ter muito claro que esta visita dos Testemunhas de Jeová, dos Mórmons ou de outras seitas às casas e famílias católicas não tem outra intenção nem outro propósito senão arrebatar-lhes sua fé católica.

Diferente é a atitude das primitivas Igrejas reformadas que em geral são respeitosas e não degeneram em ataques frontais contra a Igreja Católica. Com estas se pode fazer ecumenismo e se podem empreender em conjunto ações de bem comum e de promoção humana, mas não assim como as seitas provenientes dos Estados Unidos.


Conhecendo esta realidade, a resposta é óbvia. Você quer conservar e defender sua fé católica? Não os receba. Você quer por em perigo sua fé católica? Dê-lhes liberdade para entrar em sua casa. Pense melhor o que deve fazer.
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OBS:
No início da Idade Média a pronúncia do vocábulo continuava como Adonay. A pronúncia Jeová é atestada pela primeira vez por Raimundo Martini em sua obra "Pugio Fidei" de 1270. Parece, porém, que já estava sendo usado nas escolas rabínicas anteriores a esse ano.

Foi adotado pelos cristãos no século XVI, principalmente pelos protestantes, tendo à frente o calvinista Teodoro Beza, de Genebra. É por isso que as Bíblias protestantes em língua inglesa frequentemente aludem ao nome Jeová. Contudo, a forma correta de Yahweh seria Javé, sem interpolações.
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