quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ninguém nos vê chorar


O ataque terrorista contra o escritório da revista francesa "Charlie Hebdo" em Paris chocou o mundo. Oito vítimas trabalhavam para a revista e duas eram policiais. Um funcionário do prédio e um visitante também morreram. Mais tarde, quatro pessoas que ficaram reféns num supermercado judaico também foram assassinadas. No entanto, menos atenção foi dada quando houve reações violentas e ataques vingativos em vários países islâmicos contra cristãos e igrejas cristãs, depois que a revista publicou novamente caricaturas de Maomé, apenas uma semana após ao ataque em Paris.

O mundo quase não prestou atenção na violência que inocentes tiveram que suportar. Uma onda especialmente violenta de ataques foi desencadeada contra os cristãos do Níger, país da África Ocidental. Os ataques resultaram em saques e incêndios que destruíram doze das quatorze igrejas católicas da capital, Niamey. Dois conventos de freiras também foram atacados.

Entre os locais muito fortemente atingidos estava a paróquia católica da cidade de Zinder. A igreja local já havia sido atacada e incendiada anteriormente em 2012. Nos ataques recentes, nada da paróquia foi poupado. O presbiterio, a escola primária católica, o convento das irmãs, as salas para o catecismo e outros programas educacionais, os quartos de hóspedes e todos os veículos da paróquia, tudo foi saqueado e queimado. Em resumo, tudo que não estava pregado no chão foi saqueado e o que restou foi queimado e reduzido a cinzas. Até mesmo as casas dos cristãos foram saqueadas e incendiadas na mesma ocasião. O fato que ninguém perdeu a vida durante estes ataques, só pode ser atribuído à Divina Providência, explicou o administrador apostólico da arquidiocese. 

Duzentas pessoas foram forçadas a abandonar a cidade junto com os sacerdotes e as freiras, fugindo para a capital Niamey, onde estão refugiados até hoje num centro católico da capital.

Porém, os fiéis católicos responderam a esta situação com imensa coragem: “as nossas igrejas foram destruídas, mas não a nossa fé. Nós iremos nos colocar de pé novamente”, dizem eles. Mas eles vão precisar de ajuda para que isto possa acontecer. A Igreja pediu que a AIS envie uma ajuda emergencial para as cinco paróquias que foram mais afetadas pelos ataques. Só assim o trabalho pastoral poderá continuar, apoiando aos que tiveram de fugir, perdendo tudo que tinham. A Ajuda à Igreja que Sofre está ajudando com aproximadamente 95 mil reais.
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AIS Brasil

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