sábado, 25 de abril de 2015

CNBB manifesta solidariedade aos cristãos perseguidos e ao povo armênio


MENSAGEM DE SOLIDARIEDADE
AOS CRISTÃOS PERSEGUIDOS
E AO POVO ARMÊNIO
NO CENTENÁRIO DO GENOCÍDIO

  
“Se um membro sofre,
todos os membros sofrem com ele” (1Cor 12,26).


Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 53a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, manifestamos nossa solidariedade aos irmãos e irmãs que sofrem uma perseguição cruel e violenta na Síria, Iraque, Irã, Índia, Egito, Argélia, Burundi, Líbia, Nigéria, Tunísia, Sudão, Quênia, Indonésia, Coreia do Norte e outros lugares.

Por professar a fé cristã, esses irmãos e irmãs vivem em constante ameaça de vida devido à política de extermínio, através da expulsão de suas casas e cidades, do estupro e outras violências físicas, chegando até ao martírio. A eles nos unimos na oração, na comunhão dos afetos e sofrimentos e na fidelidade a Cristo que neles continua a sua Paixão.

Esses irmãos e irmãs perseguidos não estão esquecidos. Convidamos nossas comunidades a interceder por eles e partilhar recursos, mantendo um forte elo de unidade e compaixão. “Assim como na Igreja antiga o sangue dos mártires se tornou semente de novos cristãos, também nos nossos dias o sangue de muitos cristãos se torna semente da unidade” (Papa Francisco, Discurso no encontro com o Patriarca Karekin II, 05.08.2014).

No espírito fraterno de compromisso e solidariedade, abraçamos o povo Armênio, que faz memória do centenário do genocídio de 1.500.000 filhos e filhas. Acolhemos em nossa oração os sofrimentos e dores desses irmãos e irmãs, certos da consolação e da compaixão do Deus da Vida, que defende a dignidade, a liberdade, a paz e a reconciliação entre todos os povos. 

Expressamos também nossa proximidade a todos os que são perseguidos por causa de sua fé. Renovamos nossa confiança no diálogo inter-religioso, em especial com o Islã.

Reafirmamos o que declarou o Concílio Vaticano II: “para que se estabeleçam e consolidem as relações pacíficas e a concórdia no gênero humano, é necessário que, em toda a parte, a liberdade religiosa tenha uma eficaz tutela jurídica e que se respeitem os supremos deveres e direitos das pessoas de praticarem livremente a religião na sociedade” (DH, n. 15).

Nossa Senhora Aparecida, que como Mãe, aos pés da cruz, acompanhou o martírio de seu Filho, proteja, anime e fortaleça esses irmãos e irmãs na sua cruz e sofrimento.


Aparecida – SP, 24 de abril de 2015. 


Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB


Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB


Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário Geral da CNBB

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