segunda-feira, 30 de março de 2015

Que tipo de arma levou esta pequena menina síria a se render imediatamente?


A fotojornalista Nadia Abu Shaban postou em uma rede social a imagem de uma menina síria de 4 anos de idade com as mãos para o alto, em gesto de rendição, com uma expressão facial que mistura medo, fragilidade, resignação e apatia. A foto viralizou e foi compartilhada por dois milhões de internautas.

Mas não foi diante de uma arma de verdade que a criança se rendeu. O que ela confundiu com uma arma era apenas a câmera do fotógrafo.

E isso, talvez, seja ainda mais alarmante do que a cena corriqueira de crianças executadas selvagemente.

Milhares de milhões de crianças nascem, crescem e sobrevivem em permanente estado de medo, tão assombradas pelo fantasma da violência a ponto de reagirem com instintiva resignação diante de qualquer aparência de ameaça. A característica curiosidade infantil, que levaria uma criança em ambientes normais a querer conhecer e tocar no objeto novo, se transforma em uma quase certeza subconsciente de que aquilo é apenas mais uma das incontáveis ferramentas de morte com que elas são torturadas todos os dias em sua própria pátria.

A guerra na Síria já dura quatro anos, matou 215 mil pessoas, obrigou 4 milhões a fugirem para o exterior e transformou 7 milhões de cidadãos sírios em refugiados internos sem perspectiva de paz. O terrorismo fanático do grupo fundamentalista Estado Islâmico transformou o cenário já cruel da guerra civil em uma sanguinária perseguição religiosa de extermínio das minorias, entre as quais os cristãos, os yazidis e até os próprios muçulmanos de outras vertentes.
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Aleteia

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