sexta-feira, 11 de julho de 2014

A arma não é a solução para o Iraque


Qual é a situação dos cristãos que estão ainda em Mossul?

Podemos dizer que a situação dos cristãos não mudou depois que a cidade
 passou ao controle doEIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante). Poucas famílias permanecem ali e elas não têm nenhum contato com os homens armados.

Dizem por aí que Igrejas foram transformadas em quartéis do EIIL, é verdade?

Eles entraram em duas Igrejas, uma siríaca e outra caldeia, mas pelo momento não as transformaram em quartel general. 

É verdade que o EIIL impõe uma taxa especial para os cristãos iraquianos?

Pelo momento não soubemos de impostos especiais para os cristãos, porque permaneceram poucos cristãos em Mossul.

O Patriarca pediu aos cristãos que permaneçam, mas como é possível, visto que também a arquidiocese está sob o controle dos extremistas?

Permanecer ou não é uma escolha pessoal, mas a Igreja precisa continuar a oferecer os seus ensinamentos, a mensagem cristã e sua tarefa na vida. O Patriarca fala de maneira pessoal, relembrando os fiéis a mensagem da Igreja, a sua
 missão e a suaresponsabilidade, mas a escolha de ir ou permanecer depende de cada um. Todos conhecem a realidade do lugar e as circunstâncias, e cada um pode escolher, na alma e na consciência, aquilo que acha mais apropriado. 


Em uma entrevista recente o senhor disse que uma intervenção militar externa não seria uma solução. Qual é a solução?

No
 Iraque o problema não é apenas a segurança, mas também a política, do aspecto social e econômico. Mesmo que alguns acreditem que uma solução militar seria definitiva, isto não é verdade. Devemos encontrar um meio, ou vários meios para dialogar e debater, para trazer o país de volta à segurança. Aquilo que falta no Iraque é um diálogo sereno entre todas as facções e uma fidelidade total à nação, nada mais.

Aquilo do que o país precisa é encontrar a própria identidade nacional, perdida no tempo. Uma identidade comum de diálogo para assegurar uma nação dotada de uma visão política, econômica, social e o respeito das instituições permitiria instituir o Estado moderno que falta hoje no
 Iraque

Além da oração, como pode ser útil a Igreja?

A Igreja reza e trabalha, acompanha os exilados e os pobres. O seu trabalho consiste sobretudo em rezar e fornecer o necessário para viver de modo digno, no respeito dos direitos de cada um.


Neste momento a
 Igreja busca ajudar os deslocados, para que possam viver dignamente. Ajuda financeiramente quem está em perigo e busca, como uma mãe, encontrar soluções para as dificuldades e problemas.
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Fonte: Aleteia

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