domingo, 20 de julho de 2014

Pecar nos pensamentos é tão grave quanto nas ações?


Pecamos também com o pensamento? Isso é tão grave como quando pecamos com atitudes? O que fazer para evitar? 

Toda a reflexão teológica sobre o pecado coloca em evidência que é sempre uma violação da lei de Deus, é uma ofensa a Deus que frequentemente se concretiza em um comportamento prejudicial perante o próximo e a própria pessoa. 

Santo Agostinho, em suas obras, apresenta o pecado como distanciamento de Deus. Tal definição sintetiza a realidade do pecado, buscando captar a dupla dimensão na qual se concretiza: oposição a Deus e deformação da Sua obra. Pio XII afirma que o maior pecado do mundo de hoje está no fato que os homens tenham perdido o sentido do pecado. Esta constatação parece que está se tornando sempre mais evidente e preocupante. Por isso é tão importante ressaltar como o pecado permanece substancialmente uma recusa ao amor de Deus. Esta recusa parte da nossa inteligência e vontade e se concretiza em pensamentos, palavras, obras e omissões. A gravidade é constituída pela recusa ao amor de Deus. Para não trair e recusar o amor de Deus é necessário o contínuo exercício da vigilância sobre toda a nossa vida e também os nossos pensamentos.


Junto com a vigilância devemos relembrar que permanecem válidas como medidas contra o pecado a fuga das ocasiões de pecado, a escuta da Palavra de Deus, a acolhida da Sua vontade, o compromisso na oração e a participação frequente nos sacramentos. Devemos refletir certamente sobre a triste realidade do nosso pecado, mas não devemos perder a esperança da conversão e do perdão. Acolhamos o convite de Paulo: “Deixai-vos reconciliar” (2Cor 5,20).
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Fonte: Aleteia

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