domingo, 3 de fevereiro de 2019

As duas manchetes diferentes do El País provam que jornalista trata brasileiro como otário


Já correu a internet inteira: o El País, o maior jornal da Espanha, e de esquerda, noticiou em sua filial no Brasil, em artigo de autoria de Alicia González, que o curto e direto discurso de Bolsonaro “decepciona” em Davos. Ao mesmo tempo, a mesma notícia, da mesma autora na edição espanhol saiu com a manchete “Bolsonaro anima a los ejecutivos de Davos a invertir en el nuevo Brasil”.

Há um falso cognato aí: anima, em espanhol, não precisa significar necessariamente “animar” no sentido em português: pode ser traduzido como incentivar. Ainda assim, vê-se a diferença abismal de tônica: enquanto para o Brasil se diz que Bolsonaro supostamente “decepciona”, para o público europeu, que não conhece Bolsonaro o suficiente para tratá-lo da maneira caricata, tosca, reducionista e bobona da mídia brasileira, o editor do El País prefere se focar no quanto Bolsonaro incentiva investimentos.
A jogada é óbvia: o brasileiro usuário de rede social padrão (geralmente com ensino médio e superior completos, e de esquerda), lerá a manchete do “aclamado jornal espanhol” El País e tentará, pela milésima vez nas últimas 5 horas, dar uma risada de desprezo de Bolsonaro, que, em sua fantasia de “cientista social”, teria feito o Brasil passar vergonha (é, na Suíça, esse país tão preocupado com modos politicamente corretos, feminismo, islamofobia e leis contra discurso de ódio… oh, não, espere: esta é a Suécia, do futuro califa Mahmoud Dschihad).

O que é de uma maneira terrivelmente engraçada na manipulação da manchete do El País, completamente diferente no Brasil e na Europa, é que quem mais a “usa”, quem mais acredita na manchete foi quem mais foi manipulado – ou, em bom português, feito de trouxa.
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Senso Incomum

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