sábado, 16 de fevereiro de 2019

Homilética: 6º Domingo do Tempo Comum - Ano C: "Sinais da Soberba"



A Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo nos recorda que somos felizes por depositar nossa confiança em Deus e nossa esperança na pessoa de Jesus.

A primeira leitura põe frente a frente a autossuficiência daqueles que prescindem de Deus e escolhem viver à margem das suas propostas, com a atitude dos que escolhem confiar em Deus e entregar-se nas suas mãos: “Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor.”

Só o humilde procura a sua felicidade e a sua fortaleza no Senhor. Um dos motivos pelos quais os soberbos andam à cata de louvores e se sentem feridos por qualquer coisa que possa rebaixá-los na sua própria estima ou na dos outros, é a falta de firmeza interior; o seu único ponto de apoio e de esperança são eles próprios.

Não é outra a razão porque, com muita frequência, se mostram tão sensíveis à menor crítica, tão insistentes em sair-se com a sua, tão desejosos de ser conhecidos, tão ávidos de consideração. Agarram-se a si próprios como o náufrago se agarra a uma pequena tábua que não pode mantê-lo à superfície. E seja o que for que tenham conseguido na vida, sempre estão inseguros, insatisfeitos, sem paz. Um homem assim, sem humildade, que não confia nesse Deus que, como Pai que é, lhe estende continuamente os braços, habitará na aridez do deserto, em região salobra e desabitada ( Jr 17,6 ).

Quem está cheio de orgulho exagera as suas qualidades, enquanto fecha os olhos para não ver os seus defeitos, e acaba por considerar como uma grande qualidade o que na realidade é um desvio do bom critério; persuade-se, por exemplo, de que tem um espírito magnânimo e generoso porque faz pouco caso das pequenas obrigações de cada dia, esquecendo que, para ser fiel no muito, tem de sê-lo no pouco. E por esse caminho chega a julgar-se superior, rebaixando injustamente as qualidades de outros que o superam em muitas virtudes.

O Evangelho sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo: “Bem-aventurados vós, os pobres (...); mas ai de vós ricos”.

São Bernardo indica diferentes manifestações progressivas da soberba: “a curiosidade, o querer saber tudo de todos; a frivolidade de espírito, por falta de profundidade na oração e na vida; a alegria tola e deslocada, que se alimenta frequentemente dos defeitos dos outros e os ridiculariza; a jactância; o prurido de singularidade; a arrogância; a presunção; o não reconhecer jamais as falhas próprias, ainda que sejam notórias; a relutância em abrir a alma ao Sacerdote na Confissão, por parecer que não se têm faltas… O soberbo é pouco amigo de conhecer a autêntica realidade do seu coração e muito amigo de calcar os outros aos pés, seja em pensamento, seja pelas suas atitudes externas.”

A segunda leitura, falando da nossa ressurreição – consequência da ressurreição de Cristo –, sugere que a nossa vida não pode ser lida exclusivamente à luz dos critérios deste mundo: ela atinge o seu sentido pleno e total quando, pela ressurreição, desabrocharmos para o Homem Novo. Ora, isso só acontecerá se não nos conformarmos com a lógica deste mundo, mas apontarmos a nossa existência para Deus e para a vida plena que Ele tem para nós.

Juntamente com a oração, que é o primeiro meio de que devemos socorrer-nos, procuremos ocasiões de praticar habitualmente a virtude da humildade: nos nossos afazeres, na vida familiar, quando estamos sozinhos…, sempre!

Aceitemos as contrariedades sem impaciência, sem mau-humor, oferecendo-as com alegria ao Senhor; aceitemos sobretudo as pequenas humilhações e injustiças que se produzem na vida diária

O exemplo da Mãe de Deus e nossa, Escrava do Senhor, possa aumentar em nós o amor à virtude da humildade. Recorremos a Ela, pois é ao mesmo tempo, uma Mãe de misericórdia e de ternura, a quem pessoa alguma jamais recorreu em vão. Peçamos à Maria que alcance para nós a virtude da humildade, que Ela tanto apreciou; tenhamos certeza de que Ela irá nos atender! Maria pedirá a virtude da humildade para nós a esse Deus que eleva os humildes e reduz ao nada os soberbos; e como Maria é onipotente junto do seu Filho, será ouvida com toda a certeza.

COMENTÁRIOS DOS TEXTOS BÍBLICOS

Leituras: Jer 17, 5-8; 1 Cor 15, 12.16-20; Lc 6, 17.20-26


Caros irmãos e irmãs!

Este domingo o texto evangélico traz para a nossa reflexão o conhecido Sermão da Montanha, um novo programa de vida para se livrar dos falsos valores do mundo e abrir-se aos verdadeiros bens presentes e futuros. Quando Deus conforta, sacia a fome de justiça, enxuga as lágrimas dos que choram, isso significa que, além de recompensar cada um de forma sensível, abre também para os que passam por estas provações, o Reino do Céu.

As bem-aventuranças iluminam as ações e atitudes que caracterizam a vida cristã e exprimem o que significa ser discípulo de Cristo (cf. CIgC, n. 1717). Ao mesmo tempo, elas são como que uma biografia interior oculta de Jesus, um retrato da sua figura.  Devemos olhar como Jesus viveu estas bem-aventuranças. Os evangelhos são, do início ao fim, uma demonstração da mansidão de Cristo, em seu duplo aspecto de humildade e de paciência. Ele mesmo se propõe como modelo de mansidão para nós.

O texto bíblico nos mostra que Jesus, dirigindo o olhar aos seus discípulos, diz: “Bem-aventurados os pobres… bem-aventurados vós, que agora tendes fome… bem-aventurados vós, que chorais… bem-aventurados vós, quando os homens… desprezarem o vosso nome”.   Após as quatro menções aos “bem-aventurados vós”: os pobres, os famintos, os que choram e os que sofrem insultos por causa de Jesus, temos também quatro “ais”: ai de vós os ricos, ai de vós os que têm fartura, ai dos que riem e ai dos que são elogiados. Como afirma Jesus, tudo irá inverter no final dos tempos: os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos” (cf. Lc 13, 30).

Jesus diz inicialmente: “Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o Reino de Deus” (v. 20).  A palavra grega usada por São Lucas para “pobres” (ptôchos) traduz certos termos hebraicos (‘anawim, dallim, ebionim) que, no Antigo Testamento, definem uma classe de pessoas privadas de bens. São os desprotegidos, os pequenos, as vítimas da injustiça, que com frequência são privados dos seus direitos e da sua dignidade. Por isso, eles têm fome, choram, são perseguidos. Ora, serão eles, precisamente, os primeiros destinatários da salvação de Deus, que, na sua bondade, quer derramar sobre eles a sua bondade, a sua misericórdia, a sua salvação. Depois, a salvação de Deus dirige-se prioritariamente a estes porque eles, na sua simplicidade, humildade, disponibilidade e despojamento, estão mais abertos para acolher a proposta que Deus lhes faz em Jesus.

Jesus reassume neste sermão das bem-aventuranças as promessas divinas de que os pobres não terão nem fome e nem sede (cf. Is 49,10.13); Ez 34,29) e anuncia que eles serão saciados. Aos pobres, é prometido o Reino de Deus e assegurada, também, a participação na mesa da casa do Pai. A participação no Reino de Deus fará com que os pobres, que agora choram, possam ter motivos para rir e estar alegres.

O grande mal de todos os tempos é o de almejar a fortuna para um interesse pessoal e não para melhor servir a Deus. Sob esse prisma, não vem ao caso ser rico ou pobre, porque o primeiro desprezará o segundo, este invejará o outro e ambos incorrerão na sentença contida no versículo 24: “Mas ai de vós, os ricos, porque tendes já a vossa consolação” (v. 24). Os pobres em bens, podem ser ricos na fé, como dizia o apóstolo São Tiago: “Não escolheu Deus os pobres deste mundo para que fossem ricos na fé e herdeiros do Reino prometido por Deus aos que o amam?” (Tg 2,5). A verdadeira riqueza que torna os pobres bem-aventurados é o Reino de Deus.  

No episódio da pesca milagrosa (cf. Lc 5,1-11), temos o chamado dos primeiros discípulos de Jesus, o texto conclui dizendo: Eles, atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram” (Lc 5,11). Nesta mesma página do evangelho encontramos o chamado de Levi, e a conclusão é semelhante: “Ele, abandonando tudo, levantou-se e o seguiu” (Lc 5,28).  Esta é uma das características do verdadeiro discípulo de Jesus: Abandonar tudo para segui-lo. Os apóstolos e também muitos santos souberam reconhecer que a vida do homem não depende dos bens que ele possui.

O homem que constrói sua vida e projeta o seu futuro somente em função de si mesmo, é como aquele homem que construiu a sua casa sobre a areia (cf. Mt 7,21-29). Neste sentido, o rico pode tornar-se pobre, pois, a sua pobreza se mede pelo que ele perde: o Reino de Deus, como nos narra o mesmo evangelista São Lucas: “Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus” (Lc 12,21).

Neste sentido devemos sempre nos questionar de qual lado estamos: Entre os que constroem a vida sobre si mesmos ou entre aqueles que constroem sobre o Reino de Deus?  Devemos estar sempre conscientes de que não podemos servir a Deus e ao dinheiro (cf. Mt 6,24). O motivo da alegria anunciada para os pobres consiste na promessa que é feita: para eles chegou o reino de Deus, para aqueles que fizeram a opção de não colocar a própria segurança  nos bens materiais já teve início um novo mundo, pois tudo passa a ser em comum (cf. At 4,34). Esta é a proposta que Jesus faz aos seus primeiros apóstolos que deixam tudo para o seguir.

Jesus também diz: “Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis saciados” (v. 21).  O mais alto grau desta bem-aventurança consiste em suportar com resignação cristã, ou seja, sem revolta, sem inveja e sem ódio, os sacrifícios decorrentes da pobreza material, isto torna o pobre um bem-aventurado. Por outro lado, também são bem-aventurados os que têm fome de Deus. A estes últimos, Deus alimentará com a sua graça, com mais abundância, na medida do desejo de perfeição.

Os pecadores encontram sua falsa felicidade na transgressão da lei de Deus. A estes adverte Jesus severamente, porque no dia do Juízo hão de chorar sua condenação eterna: “Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis” (v. 26). Ademais, ainda nesta terra, apesar de sua aparente alegria, vivem de tristeza, pois a consciência continuamente os acusa de suas faltas. Ao prazer decorrente do pecado sempre se segue o remorso pela falta cometida.  Mas aqueles que choram de arrependimento pelos próprios pecados, já encontram, na sua contrição, consolo e felicidade. A experiência nos ensina que o arrependimento traz alegria, e é fruto da graça de Deus.

Lancemos uma vez mais o nosso olhar para a Virgem Maria, aquela que todas as gerações a proclamam de “bem-aventurada”, porque acreditou na boa nova que o Senhor lhe anunciou (cf. Lc 1,45.48). Que ela, mãe de Deus e nossa, interceda por cada um de nós e nos faça trilhar, todos os dias, com o coração dilatado, o caminho das bem-aventuranças. Assim seja.

PARA REFLETIR

A Palavra de Deus, neste Domingo é de uma gravidade que chega a ser angustiante! O Senhor nos convida – ou melhor, força-nos – a uma escolha, a que nos decidamos por um modo de viver. E apresenta-nos dois caminhos: o da bênção e o da maldição. Dois caminhos; só dois. Não mais!

Jesus, nosso Senhor, desce da montanha e chega a uma planície, onde encontra Seus discípulos – não só os Doze, mas todo discípulo – e uma grande multidão. Ele é o Deus misericordioso que “desce” até a planície de nossa pobre existência, tão emaranhada em tantas vicissitudes e preocupações, em tantos desafios escolhas, em tantas dúvidas e incertezas. Desce para encontrar as pessoas concretas, aquelas que encontramos nas ruas de nossas cidades... E, então, dirige a palavra, não a todos, mas “levantando os olhos para os Seus discípulos, disse...”

O que Ele vai falar, então, é para nós, cristãos, Seus discípulos!

“Bem-aventurados vós, os pobres... Bem-aventurados vós, que agora tendes fome... Bem-aventurados vós, que agora chorais... Bem-aventurados sereis quando vos odiarem e vos expulsarem... por causa do Filho do Homem...”

São palavras misteriosas, desconcertantes, que desmoralizam definitivamente qualquer “teologia” da prosperidade das seitas neopentecostais! Palavras que desmascaram como diabólica, satânica essa “teologia” impostora que não tem nada de evangélica! Não há nada mais antievangélico e anticristão, nada de mais mascarado e satânico que a maldita “teologia” da prosperidade!

Quem são os pobres e aflitos e famintos e perseguidos de que fala Jesus?

Pobre, na Bíblia, é todo aquele que se encontra numa situação limite, numa situação de miséria, seja qual for: miséria econômica, social, de saúde, moral, psicológica... Mas, aqui, pobre, concretamente, é o cristão que, por causa do Evangelho, por causa de Jesus, “perdeu-se” na vida, levou a pior, perdeu uma chance de se dar bem, de “salvar” a vida, de ter prestígio, fama, poder... Por isso, Jesus diz aos discípulos: Bem-aventurados vós... Meus discípulos, que sois pobres, que chorais, que tendes fome, que sois perseguidos por Minha causa! Um exemplo de pobre, segundo estas bem-aventuranças, foi São Paulo: “O que era para mim lucro eu o tive como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado Nele” (Fl 3,7s).

O que perdemos por Cristo? O que estamos dispostos a deixar por Cristo? Até onde? Em que medida? Perguntas angustiantes, desafiadoras!

Jesus exige que deixemos até a própria vida: “Se alguém vem a Mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser Meu discípulo” (Lc 14,25ss). Não dá para ser cristão vivendo a vidinha do nosso jeito: cristão maneiro, cristão jeitoso, cristão boa-vida, cristão mundano, cristão burguês...

O contrário das bem-aventuranças de hoje, são as maldições: “Ai de vós, ricos... Ai de vós, que agora tendes fartura... Ai de vós, que agora rides... Ai de vós, quando todos vos elogiam...”Quem são esses malditos? “Vós”, ou seja, os discípulos que renegaram o Senhor para salvar a própria pele, para levar uma vida cômoda e acomodada... aqueles que, por um nada, na hora de decidir, não deixam nada, nem se deixam, por Cristo. Para esses, Cristo não passa de um apêndice, de uma crendice, de uma teoria, uma idéia abstrata... Desses, Cristo não é o eixo, o caminho, o fundamento da vida... Como é angustiante a possibilidade concreta de estarmos entre esses malditos! O que não tivemos a coragem de perder por Cristo? O que não quisemos deixar por Cristo? O que colocamos acima de Cristo em nossa vida? Ai de vós, porque tudo quanto ganhastes fora de Cristo é efêmero, ilusório, passageiro: “já tendes vossa consolação... passareis fome... tereis luto e lágrimas... assim foram tratados os falsos profetas...” Dizendo de outro modo: a Palavra do Senhor deste hoje pergunta-nos pela veracidade ou não de nosso ser cristãos, de nosso ser discípulos de Jesus! E coloca as coisas de um modo duríssimo, seríssimo! Não dá para enrolar, não dá para escapar!

Mas, tem mais: o Senhor nos adverte seriamente de que quando estamos nos dando bem na vida, consolados, elogiados, bem sucedidos, temos o sério perigo de nos apoiar nessas coisas e fazer delas o nosso arrimo, a nossa vida, a nossa felicidade! Ai de vós! “Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo e Cristo é de Deus!” (1Cor 3,22) É tão grande, tão concreto, o perigo de nos apegar a essas coisas que passam e coloca-las no lugar de Deus! “Ai de vós!”– alerta o Senhor!
 
Eco deste desafio do Senhor Jesus, é a afirmação de Jeremias: “Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor. É como a árvore plantada junto às águas... não teme a chegada do calor... não sofre míngua em tempo de seca... Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto seu coração se afasta do Senhor... ele não vê chegar a floração, vegeta na secura do deserto, em região salobra e desabitada”. Não há como escapar: o Senhor não nos deixa alternativa! É preciso escolher um dos dois modos de viver: abertos para o Senhor ou fechados em nós!

Pensemos bem o que estamos fazendo de nossa existência. Se cremos que Jesus é o Cristo-Deus, Aquele que pode nos dar um sentido para a vida já agora e nos pode dar a Vida plena após a morte, então, vale a pena segui-Lo! Esta é a questão, será sempre a questão! Nossa vida será salva ou não, terá sentido ou não, será perdida ou não, dependendo de nossa decisão e de nosso comportamento em relação a Jesus!

São Paulo deixa isso muito claro na segunda leitura: “Se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem valor e ainda estais em vossos pecados. Se é para esta vida que pusemos nossa esperança em Cristo, nós somos os mais dignos de pena de todos os homens!”Aqui está a questão:

Qual a nossa esperança? Cremos, de fato, que nossa vida neste mundo é fermento de eternidade? Cremos que aqui estamos de passagem e que em Cristo é que permanecemos para sempre? Cremos que o Senhor de nossa vida e de nossa morte é Cristo?

O Apóstolo coloca as coisas de modo cru e muito realístico. E termina, triunfal: “Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram!” Por isso Paulo teve a coragem de se fazer pobre, de perder tudo, de viver para Cristo: porque sabia com toda convicção que a vida e a morte somente em Cristo podem encontrar um sentido definitivo: “Ninguém de nós vive e ninguém morre para si mesmo, porque se vivemos é para o Senhor que vivemos, e se morremos é para o Senhor que morremos. Portanto, quer vivamos, quer morramos pertencemos ao Senhor” (Rm 14,7s).

Bem-aventurado, vós... Ai de vós! Pensemos bem onde nos enquadramos, onde estamos nos colocando, que vida estamos construindo! Recordemos que o mundo não compreenderá nunca a lógica do Cristo, nem mesmo muitos dos que tomam o nome de cristãos. Mas, o que conta é a Palavra do Senhor; e ela é dura, é exigente, nos desmascara e incomoda...

Que a comunhão no Seu Corpo e no Seu Sangue nos dê a coragem da fé e da generosidade para perder a vida para ganhar a Vida verdadeira, já neste mundo - como paz, certeza, consolação e força... e, após a nossa morte, por toda a eternidade, na feliz ressurreição que o Cristo nos garante e nos concede. A Ele, nosso Senhor e Deus, a glória para sempre. Amém.

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