quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

O celibato dos padres é o real 'ponto principal' do Sínodo da Amazônia



O Sínodo da Amazônia, um encontro entre bispos e o papa Francisco marcado para outubro, em Roma, provocou reações quanto à possibilidade do uso político da reunião, como já registramos.

Não é por menos. O grande organizador desse encontro é o cardeal dom Cláudio Hummes, frade franciscano gaúcho que foi o 18º bispo de São Paulo, mas, antes disso, na década de 1970, aproximou-se muito do então sindicalista Lula e do projeto de criação do PT quando comandou a Igreja em Santo André, no ABC Paulista.

Durante o papado de Bento XVI, vivendo em Roma, dom Cláudio chefiou a Prefeitura da Congregação para o Clero, amenizou sua postura política, mas quem o conhece de perto sabe que ele nunca deixou de ter “a alma vermelha” — embora não esteja entre os mais radicais.

O Sínodo da Amazônia, porém, apurou 'O Antagonista', tem um outro grande objetivo: reacender a antiga discussão sobre o fim do celibato, a começar pela possibilidade de padres casados atuarem nessa região do Brasil, que serviria de um grande “teste” para a provável mudança radical no catolicismo.

Dom Claúdio é um entusiasta desse tema, ancorado em argumentos como o de que as vocações religiosas não têm sido suficientes para que a Igreja mantenha sua presença na Amazônia. Seria aberto, portanto, mais caminho para os chamados viri probati, ou seja, homens casados, de fé comprovada, que podem exercer atividades eclesiais.

No episcopado brasileiro, o fim do celibato para evangelização na Amazônia está longe de ser um consenso.
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Salve Roma/ O Antagonista

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