domingo, 24 de fevereiro de 2019

A culpa da ditadura na Venezuela é da esquerda brasileira



Enquanto o Brasil forja crises, a nossa vizinha Venezuela vive o caos em estágio avançadíssimo, com crueldades e barbarismos só vistos em ditaduras as mais brutais do século XX, enquanto a mídia finge que ela vive uma “crise”, ignora a palavra socialismo ou esquerda para descrever o seu bizarro sistema bolivariano e trata como uma questão de opinião as diferenças entre o ditador Nicolás Maduro (e seu eterno mandante do além Hugo Chávez) e o líder da oposição Juan Guaidó, numa situação que pode gerar o maior banho de sangue da história da América do Sul.

Mas o mais curioso de tudo é como a visão brasileira sobre a Venezuela exime ao fim e ao cabo a responsabilidade da própria esquerda brasileira no processo de destruição de um país que, como o Brasil, parecia ter um futuro promissor ao explorar o seu petróleo nativo.

Além de ignorar a articulação da esquerda latino-americana em criar ditaduras do “socialismo do século XXI” na América Latina tendo o Brasil como o país “não tão socialista” financiando toda a barafunda dos ditadores bolivarianos, a mídia e a Academia chegaram a tratar até como “teoria da conspiração” o maior think tank do mundo: o Foro de São Paulo, reunião de partidos de esquerda da América Latina que articulava como “ganhar na América Latina o que perderam no Leste Europeu”, segundo seus criadores, Fidel Castro e Lula (imagine-se o Apocalipse que seria se Bolsonaro se reunisse com um ditador de menor poder de matança, como Pinochet). 

Mas não foi apenas na ocultação de crimes da Venezuela: a própria visão apresentada sobre história no Brasil é uma teoria a mais furada dentre outras tantas da historiografia: o pós-colonialismo, que é justamente o que move o pensamento de Hugo Chávez, Nicolás Maduro e outros ditadores pelo continente: uma visão rancorosa e revanchista que trata nossa miséria como culpa dos americanos, que mal pisaram na América do Sul e, na verdade, nunca nem deram muita bola para o continente.

Aprender de onde surgem tais visões da história pode nos ajudar a escapar da gaiola conceitual das pessoas que adoram vomitar que “estudaram história” simplesmente reproduzindo meia dúzia de clichês. Mas também conhecer quem é Hugo Chávez, qual sua origem, o que pensa e o que já fez. Ou quem no Brasil conhece a interconexão entre o “caudilho” (ditador) da Venezuela e o plano do Irã para uma bomba atômica? Ou o seu financiamento de grupos terroristas e anti-semitas no Oriente Médio com cocaína? E sua ajuda com a Argentina de Cristina Kirchner para matar judeus e financiar jihadistas? É este o homem que é ajudado por Lula, Dilma, o PT e a esquerda. Sem falar no próprio Nicolás Maduro.
____________________________________
Senso Incomum

Nenhum comentário:

Postar um comentário