quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Igreja se pronuncia contra execuções extrajudiciais nas Filipinas


A Comissão Episcopal sobre Laicado da Conferência de Bispos Católicos das Filipinas (CBCP), lançou no dia 25 de julho uma campanha intitulada "Não matarás" que busca acabar com a marcada tendência de aumento das execuções extrajudiciais no país. Os prelados rejeitaram o "vigilantismo" que resulta na morte sem direito a julgamento dos suspeitos de estarem envolvidos em atividades criminais.

"Você não pode fazer algo bom cometendo um ato mal. Você não pode eliminar o crime se vai cometer outro crime. Matar é um crime", afirmou o Presidente do Comitê e Bispo auxiliar de Manila, Dom Broderick Pabillo. "Desde maio, 400 pessoas foram assassinadas, mais ou menos 20 pessoas por dia. Essa é uma estatística de crime grande". O início da campanha foi marcado por uma Missa pelas vítimas das execuções e suas famílias. Alguns parentes anônimos das vítimas estiveram presentes na celebração.

Os Bispos recordaram que apesar das condições existentes nas quais o uso de força letal é moralmente admissível, como a legítima defesa, não se pode permitir o assassinato que se realiza por troca de dinheiro como parte da caça de uma recompensa. O chamado dos prelados está sustentado na "razão e humanidade" e recorda que "a suspeita nunca é o equivalente moral da certeza, e o castigo somente pode ser administrado sobre a base da certeza". 

"É dever moral de cada católico, de cada cristão, reportar todas as formas de vigilantismo dos quais tenha conhecimento pessoal", afirmaram os prelados, que sem embargo reconheceram o esforço e riscos dos membros das forças da ordem no desenvolvimento de seu trabalho. "A Igreja conta com eles para o florescimento de uma sociedade onde todos desfrutem as bênçãos de um regime sob as leis que sejam justas e instituições que sejam imparciais". (GPE/EPC)
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Niteroi Católico

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