sábado, 21 de abril de 2018

Assembleia da CNBB: bispos querem “aprofundar” o Grito dos Excluídos (!!!)


Se você é novo no acompanhamento da política eclesial no Brasil, precisa assistir ao vídeo da coletiva de imprensa dessa quarta-feira (18/04), pois foi uma autêntica amostra do que costuma ser chamado de “esquerda católica” no Brasil.

Assistam e reparem num detalhe importante: um católico bem formado, bem intencionado, porém ingênuo, consegue tranquilamente ouvir tudo o que disseram e interpretar de forma ortodoxa. Mas se você não é limitado pelas discussões abstratas, se já esteve ou viu as ações mencionadas pelos bispos, sabe que não passa de aparelhamento descarado de estruturas da Igreja por entidades ideologizadas para fins político-partidários.

Querem um exemplo? Hoje foi dia de falar Grito dos Excluídos, que, segundo o péssimo dom Guilherme Werlang, precisa ser “repensado”, “atualizado” e “aprofundado”. Um tolo pode ler isso com esperança de que, se será “repensado”, é porque os antigos problemas das bandeiras de partidos socialistas, dos gritos pró-Lula e do apoio às invasões de propriedade serão resolvidos, e aquela grande marcha será, enfim, puramente cristã, focada na justiça social. Só pode supor algo assim quem não conhece dom Guilherme Werlang, um bispo que curte convocar fiéis para greve geral, é convidado de honra em evento do MST e muito próximo de cristãos exemplares como João Pedro Stédile, Rui Falcão, Frei Betto, entre outros ícones da esquerda latino-americana, comumente unidos pelo desprezo à moral cristã e até à lei.

Ele também disse que tentará convencer os colegas bispos a realizarem uma nova Semana Social Brasileira, cuja última edição aconteceu em 2013. O nome dá a entender algo legítimo, mas na prática não passa de um congresso de esquerda, bancado com dinheiro de fiéis católicos, para servir de apoio à agenda de partidos políticos e entidades socialistas. É um show de horrores, cujas fotos da última edição ainda estão disponíveis aqui.

Sínodo Pan Amazônico

Outro assunto de destaque na coletiva desta quarta foi o Sínodo Pan-Amazônico convocado pelo papa Francisco, a pedido de bispos da região amazônica. Esse é o evento que pode acabar com o celibato na Igreja Católica, abrindo uma exceção para padres daquela localidade. Dom Claudio Hummes, talvez o principal nome desse sínodo, foi cuidadoso na escolha das palavras e disse apenas que este pode ser “um momento histórico para a Igreja, de grandes mudanças, de novos horizontes na história da sociedade humana”.

De interessante, ele também disse que pensa-se num “clero indígena, amazônico”, e pergunta-se “até que ponto seremos capazes de encontrar novos caminhos de ministério para podermos estar presentes, de fato, junto com as comunidades”.

Ele também disse que “trata-se de um evento de Igreja, não um encontro de ONGs”, mas que “muita gente vai para esse sínodo convocado para assessorar, como padres, leigos e indígenas também”.

Por fim, também falou Dom Roque Paloschi, o homem da foto acima, presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que não trouxe nada de novo, usando seu tempo para mencionar a “mãe Terra”, reclamar do governo Temer, do poder judiciário e das CPIs instaladas para investigar a FUNAI, o INCRA e o próprio CIMI.

Perguntinha aos bons bispos: quando os senhores vão arrancar essas comissões sociais das mãos dessa gente que é mais comprometida com bandeiras ideológicas do que com a autêntica doutrina social da Igreja?


Jônatas Dias Lima
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Sempre Família

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