terça-feira, 19 de julho de 2016

Drag queen distribui a Sagrada Comunhão em paróquia de Itaquera ao som de “Paula e Bebeto”


Lembram do Pe. Paulo Sérgio Bezerra? Aquele que recentemente saiu em uma matéria em nosso site permitindo que um travesti fizesse a homilia, a doxologia e distribuísse a sagrada comunhão? Pois bem, o fato inusitado aconteceu no dia 12 de junho deste ano. A matéria segue abaixo com mais detalhes:



Albert Roggenbuck, criador da Drag Queen Dindry Buck, muito atuante em Itaquera, São Paulo, foi convidado pelos padres Paulo Sérgio Bezerra e Eduardo Brasileiro para ministrar a homilia em uma das missas do novenário de Nossa Senhora do Carmo.




O presidente da Celebração Eucarística ainda concedeu ao drag queen o cálice com o sangue de Cristo para ser erguido durante a missa, função exclusiva do diácono ou concelebrante, e o chamou para distribuir a comunhão aos fieis, serviço designado também a um  sacerdote ou a ministros extraordinários que passam uma séries de formações para cumprir a função.



Ao blog Mural da Folha de São Paulo padre Paulo Sérgio Bezerra explicou que falta ousadia no trato da homossexualidade na liturgia.  “há pouquíssimas iniciativas mais ousadas aqui e ali, no sentido da homossexualidade. É um tabu e tratar disso num contexto litúrgico, uma aberração e ‘heresia’ para certo tipo de catolicismo acostumado a sublimar isso como coisa impura, e abraçar o sacrifício como legítima vontade de Deus é a melhor forma de prestar-lhe louvor”.



Alberto destaca o momento mais emocionante da celebração: “Fui convidado para distribuir a comunhão e minha mãe recebeu o ‘Corpo de Cristo’ de minhas mãos, enquanto uma menina linda e talentosa cantava ‘Paula e Bebeto’ de Milton Nascimento com o lindo refrão ‘Qualquer maneira de amor vale a pena’“, relembrou.

Ao final da missa, os jovens da paróquia chamaram Dindry Buck em tom de acolhida para posar para foto. (Dindry Buck/Divulgação)

A paróquia de Itaquera também já foi destaque no ano passado quando incluiu em suas preces uma súplica em prol do diálogo sobre as sexualidades, pedindo que as igrejas cristãs possam superar a demonização das relações afetivas, além de rogar pelo fim da criminalidade social e respeito aos direitos dos homossexuais.



Outra presença neste ano, foi a do indígena Karai Popygua, 28, da aldeia índigena Jaraguá. “Uma liderança indígena contando para os fiéis sobre esta violação dos direitos humanos dos povos indígenas que vem acontecendo no Brasil é muito importante e dentro da Igreja, isso é novo”, relatou sobre sua primeira experiência em uma missa.

Durante a celebração eucarística, por diversos momentos, o indío Karai Popygua auxiliou nos ritos. 
(Lucas Veloso/Folhapress)
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Ancoradouro

Com informações: Blog Mural

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