segunda-feira, 6 de maio de 2019

“Nada será igual” na Igreja após o Sínodo da Amazônia

Um bispo alemão, favorável a ideologia LGBT, resolveu prever que mudanças radicais irão se suceder na Igreja Católica nos campos da moralidade sexual, do sacerdócio masculino e do celibato sacerdotal, após o próximo sínodo no Vaticano, marcado para o final deste ano.

Segundo o Katholische.de, site oficial dos bispos alemães, Dom Franz-Josef Overbeck, bispo da Diocese de Essen, na Alemanha, disse em entrevista que o Sínodo de outubro causará uma “ruptura” na Igreja e que “nada será como antes”.

O bispo disse que a estrutura hierárquica da Igreja, sua moralidade sexual e a imagem geral do sacerdócio (“Priesterbild”, alemão para “imagem do sacerdote”) seria minuciosamente analisada e que o papel da mulher na Igreja também seria reconsiderado.

Ele também relatou que o declínio na quantidade de fiéis católicos na Europa e na América Latina seria colocado em pauta, juntamente com as temáticas da “exploração gigantesca” do meio ambiente e da violação dos direitos humanos.

O Sínodo acontecerá de 6 a 27 de outubro e entre os temas principais estão a ecologia, a teologia e o cuidado pastoral, as preocupações com os povos indígenas e com os direitos humanos.

De acordo com o Katholische.de, Dom Overbeck disse que Francisco, por ter uma perspectiva sul-americana, é a garantia de “consciência diante de tais desafios”.

A “estrutura eurocêntrica” da Igreja está próxima de ser extinta, prometeu o bispo ao dizer que as igrejas locais da América Latina, bem como seu clero, se tornariam cada vez mais independentes.

“O rosto destas igrejas locais é feminino”, disse.

O Katholische.de relatou ainda as estatísticas, fornecidas pelo bispo alemão, a respeito da diminuição da influência da Igreja Católica em países como o Brasil: os católicos, que costumavam compor 90% da população, agora totalizam apenas 70%. O prelado disse que a Igreja deve lidar com isso e procurar por respostas. Aparentemente, isto se dará em um processo de “um passo por vez”, através de vários sínodos.

Embora Dom Overbeck não tenha mencionado o assunto, o site alemão sugeriu que também será pauta do Sínodo a questão da ordenação de homens casados.

O prelado alemão é conhecido por querer mudar o ensinamento católico quanto a homossexualidade. Em janeiro, o Katholische.de relatou que, em um artigo para o jornal católico Herder Korrespondenz, ele havia proposto uma reavaliação da homossexualidade.

Dom Overbeck advogou em prol de uma “despatologização” da homossexualidade, para que assim chegássemos a uma “tardia libertação” das pessoas com atração pelo mesmo sexo. O bispo receia que, se isto não acontecer, haverá uma “marginalização intelectual da doutrina moral católica”.

É causa de alegria o fato de que, com a ajuda de novas descobertas científicas, “preconceitos” em relação à sexualidade estão sendo “superados”, escreveu ele.

Um estudo feito pelos bispos alemães sobre os abusos sexuais clericais apontou que a orientação heterossexual ou homossexual “por si” não seria um fator. Ao comentar sobre isso, Dom Overbeck argumentou que seria “absurdo” um bispo negar a ordenação sacerdotal para um homem homossexual.
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Centro Dom Bosco/ LifeSite News

Um comentário:

  1. Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre. Não vos deixeis extraviar por qualquer espécie de doutrina estranha (Hb 13,8-9a). Sua Excelência, Dom Franz-Josef Overbeck, bispo da Diocese de Essen, na Alemanha, talvez, heracliticamente, vendo a Barca de São Pedro, a Igreja, sujeita às intempéries de mares nunca dantes navegados, queira adaptá-la em submarino para descermos às profundezas que Jezabel ensina (Ap 2,24). Pelo nome, Dom Overbeck é xará de São José e de São Francisco e, logo, também do Papa. Isso já nos faz imediatamente gostar dele. Porém, de batina novíssima, na foto, o Senhor Bispo sorri diante da Catedral marcada como que por uma chaga viva e profere as enormidades que acabamos de ler. De duas, uma: ou, Dom Overbeck está totalmente por dentro de alguma coisa... Ou... Seja lá como for, rezemos para que Sua Excelência não leve ao pé da letra aquela expressão retórica do Papa Francisco dirigida recentemente às Reverendíssimas Superioras Religiosas e, portanto, não queira levar tão longe assim a sua liberdade episcopal: “Se quiserem fundar outra igreja, estão livres para ir”. Por favor, Dom Overbeck, não vá, não saia da Igreja em saída.

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