sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A comprovação da Bíblia


“Há mais indícios seguros de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana”.
- Isaac Newton (1643-1727)
Filósofo, Teólogo e Cientista inglês

Immanuel Kant (1724-1804), o renomado filósofo alemão fez a seguinte declaração: “A existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior benefício que a humanidade já recebeu. Qualquer tentativa para depreciá-la... é um crime contra a humanidade”.

“A influência da Bíblia de maneira alguma se restringe a judeus e cristãos... Ela é agora encarada como um tesouro ético e religioso cujo inexaurível ensino promete ser ainda mais valioso à medida que cresce a esperança de uma civilização mundial” (The Encyclopedia Americana).

Analisemos outra questão com respeito à Bíblia Sagrada. Será que ela é historicamente exata? Alguns acham que a Bíblia não passa de uma compilação de lendas sem base histórica. Veja, por exemplo, o caso do famoso Rei Davi, de Israel. Até recentemente, a única base para atestar sua existência era a Bíblia. Embora historiadores conceituados o aceitem como personagem real, alguns cépticos tentam descartá-lo alegando que se trata de uma lenda, fruto da propaganda judaica. O que mostram os fatos?

Em 1993, encontrou-se nas ruínas da antiga cidade israelita de Dã uma inscrição que menciona a “Casa de Davi”. A inscrição era parte de um destroçado monumento do nono século a.C., erigido em comemoração a uma vitória dos inimigos dos israelitas. De repente, ali estava, fora das páginas da Bíblia, uma antiga referência a Davi. Era significativa? Comentando a descoberta, Israel Finkelstein, da Universidade de Tel Aviv, disse: “O niilismo bíblico caiu da noite para o dia com a descoberta da inscrição sobre Davi.” Digna de nota foi uma declaração do Professor William F. Albright, arqueólogo que passou décadas trabalhando em escavações na Palestina: “Inúmeras descobertas comprovaram a exatidão de incontáveis detalhes e fizeram com que se reconhecesse cada vez mais o valor da Bíblia como fonte histórica.” Perguntamos novamente: 'Diferentemente do que acontece com os épicos e as lendas, como poderia esse livro antigo ser historicamente tão exato?' Mas isso não é tudo.

A Bíblia também é um livro de profecias. (II Pedro 1, 20, 21) A palavra “profecia” talvez lhe faça logo lembrar das predições não-cumpridas daqueles que se dizem profetas. Mas deixe o preconceito de lado e abra sua Bíblia em Daniel capítulo 8. Daniel descreve a visão de uma luta entre um carneiro de dois chifres e um bode peludo que tinha “um chifre proeminente”. O bode venceu, mas seu grande chifre foi quebrado. Em seu lugar, surgiram quatro chifres. O que significa essa visão? O relato de Daniel continua: “O carneiro que visto, tendo dois chifres, representa os reis da Média e da Pérsia. E o bode peludo representa o rei da Grécia; e quanto ao chifre grande que havia entre os seus olhos, este representa o primeiro rei. E que este foi quebrado, de modo que por fim se ergueram quatro em seu lugar, haverá quatro reinos que se erguerão de sua nação, mas não com o seu poder.” (Daniel 8,3-22). 

Essa profecia se cumpriu? A escrita do livro de Daniel foi concluída por volta de 536 a.C. , o rei macedônio, Alexandre, o Grande, que nasceu 180 anos mais tarde, em 356 a.C., conquistou o Império Persa. Ele era o “chifre grande” que havia entre os olhos do “bode peludo”. De acordo com o historiador judeu, Flávio Josefo, quando Alexandre Magno entrou em Jerusalém, antes de derrotar a Pérsia, o livro de Daniel lhe foi mostrado. Ele concluiu que as palavras que lhe foram mostradas na profecia de Daniel se referiam à sua própria campanha militar envolvendo a Pérsia. Poderá ler, nos livros de história geral, sobre o que aconteceu ao império de Alexandre após sua morte, em 323 a.C. Com o tempo, quatro generais assumiram o controle do império e, antes de 301 a.C., os 'quatros chifres' que surgiram no lugar do “chifre grande” dividiram o império em quatro partes. Seleuco obteve a Mesopotâmia e a Síria. Ptolomeu controlou o Egito e a Palestina. Lisímaco governou a Ásia Menor e a Trácia, e Cassandro ficou com a Macedônia e a Grécia. Novamente, temos todos os motivos para perguntar: 'Como poderia um livro predizer de maneira tão vívida e exata o que iria acontecer 200 anos mais tarde?'

A própria Bíblia responde a essa pergunta: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa.” (II Timóteo 3, 16) A palavra grega traduzida “inspirada por Deus” significa literalmente “soprada por Deus”. Deus “soprou” na mente de uns 40 escritores as informações que encontramos atualmente nos livros das Sagradas Escrituras. Os poucos exemplos – científicos, históricos e proféticos – que analisamos nos levam a uma única conclusão. A Bíblia, esse livro incomparável, não é produto da sabedoria humana, mas é de origem divina. Deus o Todo-Poderoso é seu autor. Escreveu o apóstolo São Pedro: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pedro 1, 21).

São João Crisóstomo (347-407), Bispo de Constantinopla e Doutor da Igreja afirmava: “Eis a causa de todos os males – o nosso desconhecimento da Bíblia Sagrada.” Disse Jesus Cristo: “Errais não conhecendo as Escrituras Sagradas, nem o poder de Deus.” (Mateus 22, 29).   

Amar ler e estudar a Bíblia Sagrada é uma demonstração de amor ao seu autor: Deus, é levar a Boa Nova como evangelizador, ter comunhão com a Igreja de Cristo e praticar a caridade pelo mundo de paz e de justiça.


Frei Inácio José do Vale
Professor e conferencista
Sociólogo em Ciência da Religião
Formador dos Irmãozinhos da Visitação de Charles de Foucauld
E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com 

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