terça-feira, 26 de setembro de 2017

Basta de blasfêmias!


A peça blasfema “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, que apresenta Nosso Senhor Jesus Cristo como uma “mulher transgênero” (sic!), vem sendo exibida em diversas cidades de nosso País.

A peça é adaptação de um monólogo escrito pela inglesa Jo Clifford e recria a história de Nosso Senhor como uma “mulher transexual” que endossa e incentiva esta condição. Ela tem o claro intuito de quebrar a respeitabilidade devida e praticada para com Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus, e utilizar de Sua Sagrada Figura para promover práticas condenadas pela Lei Divina.

Os diretores e promotores desta peça, assim como os idealizadores de tantas outras blasfêmias contra figuras sagradas veneradas pela imensa maioria da população, utilizam o método da deturpação sistemática de conceitos como “liberdade de expressão”, “liberdade artística” e “Estado laico”.

É de grande importância, portanto, esclarecer esses conceitos.

1 – A verdadeira liberdade de expressão jamais pode ser interpretada como a liberdade de investir contra os princípios religiosos, sociais e políticos que os dados mais rudimentares da razão natural, da Moral e da Revelação apontam como indiscutíveis.

Há, em matéria moral, social e política verdades tão evidentes quanto as mais certas verdades conquistadas em outros campos da ciência.

Bento XVI, em sua viagem a Chipre em junho de 2010, afirmou que é necessário “promover a verdade moral na vida pública, o que exige um esforço constante para estabelecer leis positivas sobre princípios éticos da lei natural. Indivíduos, comunidade e Estados, sem a orientação de verdades morais objetivas, tornar-se-iam egoístas e sem escrúpulos, e o mundo seria um lugar perigoso para se viver”¹.

2 – Em uma sociedade sadia, o único discurso que pode pretender um “direito” à plena liberdade é o discurso verdadeiro e bom. A mentira, o erro e o engano não podem ter direito absoluto, permitindo sua livre-proliferação em público.

Nessa mesma ordem de ideias, o líder católico Plinio Corrêa de Oliveira sustentava, em artigo para o “Legionário” que, “assim como a verdadeira liberdade de expressão e pensamento jamais justificaria que um bando de malfeitores fundasse escolas, abrisse universidades, lançasse jornais, e publicasse livros para sustentar que a água não se compõe de hidrogênio e oxigênio, mas é mero produto dos raios lunares, assim também a verdadeira liberdade de expressão e pensamento não consiste, não pode consistir em negar os princípios do direito natural, nem a admirável perfeição que lhes deu, elevando-os e completando-os a Revelação cristã. Para católicos, este conceito restritivo da liberdade é indiscutível e consta dos ensinamentos dos Pontífices de que ninguém pode licitamente discordar”².

3 – Portanto, é falso que “sempre será intolerante – ou ato de censura – qualquer limitação à liberdade de expressão” ou à liberdade artística.

Em consequência do exposto acima, é perfeitamente lícito proibir a manifestação de algumas formas de “liberdade de expressão” que não estejam compromissadas com a reta razão e com a Lei Moral.

A tolerância irrestrita para com o erro, como pretendido pelos arautos da plena liberdade de expressão ou artística, não é senão uma intolerância para com a Verdade. Esta sim, a grande perseguida.

Não por acaso, os que se julgam tolerantes são os primeiros a atacar, de forma intolerante, qualquer manifestação de repúdio contra uma blasfêmia.

4 – O fato de o Brasil ser um Estado laico apenas representa a neutralidade do Estado em matéria religiosa e não justifica, de forma alguma, o ataque de indivíduos ou coletividades à Fé Católica.

O Brasil é um Estado Laico, mas isto não quer dizer um Estado anti-Católico. A imensa maioria desta Nação professa a Fé na Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, como Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, e exige o respeito devido a esta Sagrada Condição.

Em recente julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministro Ricardo Lewandowski, ao defender o ensino religioso nas escolas públicas, lembrou que: “a laicidade não implica no descaso estatal com as religiões, mas sim na consideração com as diferenças, de maneira à Constituição prever a colaboração do interesse público e as crenças”.3

Já o magistério da Igreja também é claro no tema. O Papa Pio XI, na Encíclica “Quas Prima”, afirma: “Cristo é o dispensador da prosperidade e da verdadeira felicidade aos indivíduos e aos Estados”… “Não neguem, pois, os Governantes dos Estados o devido culto de veneração e obediência ao poder de Cristo, tanto pessoal como publicamente, se querem conservar incólume sua autoridade, e manter a grandeza da pátria…”.

5 – Nosso Senhor Jesus Cristo, além de Deus, era também homem. Não há homem na Terra que não tenha direito a ter sua honra preservada. Fala-se muito hoje em direitos humanos, mas querem negá-los ao Homem-Deus.
Nunca se falou tanto em direitos humanos. Porém, nunca se negou tanto esse direito àquele que foi chamado, pelas Escrituras, de Filho do Homem. Nosso Senhor Jesus Cristo também foi uma figura histórica. Enquanto tal, também por isso Ele deve ter a sua imagem preservada, a sua honra e a sua dignidade defendidas!

Diante do exposto, perguntamos:

E nós?

Vamos permitir que essas blasfêmias continuem sendo cometidas?

Como fazemos parte de uma nação de maioria católica, nós brasileiros não podemos assistir inertes a algo que:

– denigre e desrespeita a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo;

– zomba de nossa Fé por sugerir que Nosso Senhor Jesus Cristo mantinha uma condição imoral, entre outros absurdos.

Seja, portanto, cancelada a peça blasfema “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, ou qualquer outro ataque à nossa Fé, como, por exemplo, a sacrílega exposição “Queermuseu” em Porto Alegre.

Diante dessas blasfêmias e insultos à nossa Religião, de forma ordeira e dentro da lei, nós não temos o direito de cruzar os braços!

Terço público de reparação pela peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”

O Instituto Plinio Corrêa do Oliveira, a Associação Devotos de Fátima e diversas Associações Católicas, convidam você, sua família e amigos para no dia 29 de setembro, fazer um ato público de reparação a Nosso Senhor pelas ofensas da peça blasfema “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”.

“Aí está o Coração que tanto tem amado os homens, a ponto de nada poupar até exaurir-se e  consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor;  […]

Se mora em São Paulo, junte-se a nós no Ato de reparação que acontecerá em frente à Catedral de Santo Amaro, dia 29/09 às 19:00hs, próximo ao lugar onde essa blasfêmia está sendo cometida.
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Notas:

¹ Viagem Apostólica do Papa Bento XVI a Chipre – Discurso às Autoridades Civis e ao Corpo Diplomático (4-6 DE JUNHO DE 2010

² Plinio Corrêa de Oliveira – Legionário, N.º 589, 21 de novembro de 1943 
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IPCO

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