quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Mais de 50 imagens sacras foram profanadas na Alemanha


Até agora, 50 estátuas de Cristo, da Virgem Maria e dos santos foram desfiguradas e destruídas depois de uma onda de crimes cometidos em várias cidades da Alemanha.

Os ataques às imagens religiosas foram revelados em 8 de dezembro em um relatório da emissora estatal ‘Westdeutscher Rundfunk’ (WDR) através do programa de notícias ‘Lokalzeit Münsterland’.

Segundo o relatório, as estátuas da região de Münster, no oeste do país, foram alvo de uma série de atos de vandalismo durante meses, incluindo uma imagem de Jesus com a cabeça cortada e membros cordados.


Mirko Stein, da polícia de Münster, disse ao canal de notícias que “muitas pessoas do bairro onde se encontram as esculturas danificadas estão surpresas e assustadas".

“Baseado na intensidade dos atos do perpetrador, é possível concluir que este ato tem uma origem religiosa”, acrescentou. Por outro lado, um criminalista alemão chamado Christian Pfeifer acredita que os crimes foram cometidos por alguém que está “furioso” e “odeia a Igreja".




Nos últimos dois anos, ocorreram mais eventos destrutivos dirigidos às instituições cristãs que deixaram dezenas de estátuas desfiguradas.

Segundo o semanário de política e cultura alemão ‘Junge Freiheit’, 40 capelas e estátuas foram atacadas no distrito vizinho de Steinfurt durante os dois anos, antes da atual onda de crimes.

A polícia, que estimou um dano de dezenas de milhares de euros, estava investigando seis homens com supostos vínculos com extremistas islâmicos, mas parou a investigação depois que três homens foram à Síria, um morreu e os outros dois desapareceram.


A notícia do vandalismo foi divulgada na mesma semana em que os membros da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) se reuniram em Viena (Áustria) para uma conferência sobre “Combater a Intolerância e as Discriminações aos Cristãos”.

O representante permanente da Santa Sé ante a OSCE, Dom Janusz Urbanczyk, exortou as autoridades estatais a “atuar decisivamente” para proteger os cristãos de todos os casos de “intolerância, discriminação, crimes de ódio e incidentes violentos contra indivíduos, comunidades e lugares de culto cristãos”.

“O papel ativo das autoridades estatais na proteção e promoção da tolerância e a não discriminação pode realmente assegurar a paz e a segurança”, assegurou Dom Urbanczyk.


Finalmente, acrescentou que é necessário “contribuir para a criação de um ambiente pacífico onde os cristãos, assim como todos os outros grupos religiosos, possam professar e praticar livremente a sua fé”.

Estas agressões contra imagens católicas foram divulgadas alguns dias antes de um caminhão invadir uma feira natalina em Berlim, capital da Alemanha, causando a morte de 12 pessoas e deixando cerca de 50 feridos.

Recorda-se que em novembro de 2016, o governo dos Estados Unidos emitiu uma alerta de viagem aos seus cidadãos devido ao risco de ataques terroristas em toda a Europa, especialmente na temporada das festas natalinas. O alerta de viagem está em vigor até o dia 20 de fevereiro de 2017.


A estes fatos, acrescenta-se que, em janeiro do 2016, também na Alemanha, cerca de 170 mulheres denunciaram agressões sexuais e roubos sofridos durante a noite de 31 de dezembro na cidade alemã de Colônia.

Uma semana depois, o Arcebispo de Munique e Freising e presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Reinhard Marx, assinalou em um comunicado que “os excessos em Colônia e outras cidades importantes são profundamente inquietantes para nossa sociedade e não se podem tolerar de maneira nenhuma”.

Por outra parte, na cidade de Zurique (Suíça) – que faz fronteira com a Alemanha –, pelo menos três pessoas ficaram feridas em um tiroteio registrado perto de um centro islâmico.
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ACI Digital

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