quinta-feira, 25 de julho de 2013

Vigília e encerramento da JMJ 2013 são transferidos de Guaratiba para Copacabana


Membros da organização da Jornada Mundial da Juventude, que estão no Campus Fidei, em Guaratiba, na zona oeste do Rio, informam nesta quinta-feira (25) que o evento no local foi transferido para Copacabana (zona sul). O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), fez o anúncio oficial na sequência, em coletiva de imprensa. O encontro internacional de católicos vai até domingo (28) na capital fluminense.

"Tomamos a decisão de cancelar por causa das chuvas intensas desde segunda-feira e como tem vigília, sob o ponto de vista de saúde, colocaria pessoas em risco", afirmou na coletiva no Centro de Operações da Prefeitura.

Segundo ele, técnicos da área de saúde e de logística aconselharem que o evento fosse cancelado em Guaratiba. "Pedimos a compreensão dos moradores".

Em Copacabana, um grupo de peregrinos começa a gritar: "A vigília é em Copa".

Paes disse ainda que amanhã, às 11h, será anunciado como será a contingência de Copacabana. "O plano B sempre foi Copacabana. É tradição da JMJ terem dois locais", afirmou.


A escolha de Guaratiba, que é uma região mais afastada do centro da cidade, ocorreu porque é costume da JMJ uma caminhada e uma vigília noturna na véspera da missa de encerramento.

"Queríamos distribuir o evento por toda a cidade". O prefeito disse também que não houve gasto de dinheiro público com esse evento.

Um treinamento para a segurança do papa, que começaria às 15h, foi suspenso. Os participantes foram informados por rádio para cancelarem o treinamento, já que o evento não será mais realizado lá.

Os dois principais eventos da Jornada Mundial da Juventude aconteceriam no campo de Guaratiba: a vigília, sábado (27), com a presença do papa Francisco, e a missa de encerramento do evento católico no domingo (28), também com a presença do pontífice.

Com as chuvas constantes, a região ficou alagada. Os eventos serão transferidos para a praia de Copacabana (zona sul), onde Francisco participa, nesta quinta (25) e sexta (26), de dois eventos.


REUNIÃO

Segundo o departamento de comunicação no Campus Fidei, a organização da Jornada se reuniu no início da tarde de hoje com os bombeiros, Exército e Ministério da Saúde para decidir sobre o evento. Moradores da região ouvidos pela reportagem dizem que choveu ininterruptamente nos últimos dois dias.

A organização diz que a chuva no local ocorreu por 24 horas seguidas: começou ontem de manhã e só parou no início da manhã de hoje.

A Folha percorreu três entradas do evento. Havia um esforço para cobrir de brita os principais acessos. A entrada dois, que fica atrás do palco e é usada pelos veículos de serviço, está toda coberta de brita, formando uma espécie de asfalto. Na semana passada, o local era apenas lama e barro.

Na entrada dos peregrinos a situação é mais complicada. Grandes poças de lama estão formadas. Na entrada mais próxima da avenida das Américas, onde seria feito o acesso das autoridades, há também bastante lama.


A Jornada informou que, apesar do esforço, não seria possível cobrir os 1,36 milhão de metros quadrados do Campus Fidei. Em alguns pontos é possível observar que uma manta feita de lona e uma trama de aço foi posta sobre o barro.

Palco que está sendo construído para encerramento da JMJ em Guaratiba

CAMPUS FIDEI

A vigília de orações dos jovens e a missa de encerramento celebrada pelo papa Francisco fazem parte da tradição da Jornada Mundial da Juventude.

Os dois eventos costumam ocorrer em área aberta, com grandes dimensões, batizada de Campus Fidei, que significa Campo da Fé. No caso do Rio, o Campus Fidei foi adaptado em um fazenda do bairro de Guaratiba, na zona oeste da cidade.

Construído em uma área de terra, que precisou passar por terraplanagem e diversas obras para receber os estimados 1,5 milhão de peregrinos, não aguentou as chuvas que atingem o Rio desde o início da semana, segundo funcionários que trabalham no local.

Por causa do terreno instável, foi necessária a construção de uma base de concreto para sustentar o imenso palco (3.800 m²) onde as atividades acontecem. "O problema é o lugar onde as pessoas vai ficar, não tem como, está tudo enlameado. É uma pena, o pessoal está meio chateado. Mas foram três dias de chuva ininterrupta, nunca vi isso", disse o trabalhador.

Oficialmente, a organização da Jornada afirma que os trabalhos continuam para que os eventos aconteçam em Guaratiba --já foram investidos R$ 5 milhões apenas para a construção do palco-- e que a chegada do sol deve viabilizar a realização do evento planejado.
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Fonte: Folha de São Paulo
Título original: Evento em Guaratiba é transferido para a praia de Copacabana.

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