quarta-feira, 17 de julho de 2013

Jornada Mundial da Juventude - Chegando e partindo

Brasão Episcopal de dom José Belisário

A realização da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, neste mês de julho, é um ponto de chegada e um ponto de partida. Para se chegar à Cidade Maravilhosa muitos passos foram dados e muita canseira e muito devotamento foram necessários.

No dia 10 de maio de 2007, aconteceu o primeiro passo, durante o encontro do papa Bento XVI com os jovens no estádio do Pacaembu, São Paulo. Devidamente respaldado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e cercado por milhares de jovens, dom Eduardo Pinheiro da Silva – bispo referencial para a juventude no Brasil – dirigiu ao Santo Padre o pedido oficial para que, depois de Madri, o Brasil sediasse a Jornada Mundial da Juventude.

O segundo passo ocorreu no final da Jornada Mundial da Juventude de Madri – 28 de agosto de 2011. Neste dia, Bento XVI anunciou oficialmente a escolha do Rio de Janeiro para acolher a próxima Jornada. A partir de então, os passos se multiplicam. Escolhida para ser a sede da Jornada, a Arquidiocese do Rio de Janeiro começa a se organizar e a se mobilizar. À semelhança do Cristo Redentor – “braços abertos sobre a Guanabara” –, ela precisa se preparar para acolher peregrinos do Brasil e do mundo inteiro.


Mas, não só para o Rio de Janeiro a caminhada se acelera. A cruz e o ícone mariano da Jornada Mundial da Juventude começam a percorrer o Brasil. Todas as arquidioceses, dioceses e prelazias passam a ser visitadas. No último final de semana de abril de 2012, foi a vez da Arquidiocese de São Luís. Durante três dias, esses dois símbolos puderam ser vistos e tocados em vários lugares da arquidiocese. Ponto culminante foi a concentração na Praça Maria Aragão, com a celebração da Eucaristia e um grande show com artistas da terra e artistas convidados, de renome nacional. 

Quantos quilômetros terão percorrido os dois símbolos da Jornada? Num país de dimensão continental como o nosso, não terão sido poucos. O que é certo é que, através dessa peregrinação, muitos – jovens e adultos que não estarão no Rio de Janeiro – puderam participar e puderam tocar na cruz e ser tocados por ela, pois, no dizer de Bento XVI, “é preciso tocar na cruz para ser tocado por ela”.

O grande evento do Rio de Janeiro será precedido por uma semana missionária, Nós também queremos realizar essa semana em todas as nossas paróquias. Será o último passo antes da Jornada.


Após o grande evento do Rio de Janeiro, os peregrinos voltarão cada um para suas casas e os símbolos da Jornada serão confiados a outro país e a outra Igreja particular. Esperamos, porém, que a Jornada não fique apenas como uma lembrança agradável em nossas histórias pessoais e eclesiais, pois a Jornada do Rio de Janeiro deverá ser também um ponto de partida. Concretamente, contamos com uma mudança na quantidade e na qualidade de tudo que se refere à evangelização da juventude. A construção de uma sociedade mais justa e fraterna – eis o grande ideal proposto por Jesus, que partilhamos com todas as pessoas de boa vontade.


Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís (MA)

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