quinta-feira, 12 de outubro de 2017

México: Arquidiocese se distancia de “Missa Coldplay” em universidade jesuíta do México


A Arquidiocese de Puebla (México) se distanciou da “Missa Coldplay” organizada pela Universidade íbero-americana “Íbero” Puebla, dirigida pela Companhia de Jesus (jesuítas), e advertiu que, quando se perde o sentido do sacramento da Eucaristia, pode converter-se em nada mais do que “uma reunião de boa vontade”.

A Universidade dos jesuítas no México organizou para o último dia 11, às 12h (horário local), por ocasião do “Dia da Comunidade Ibero Puebla”, a “Missa Coldplay”, na qual, de acordo com os organizadores, escutaram “as canções do grupo britânico” e procurarão “refletir e aprofundar” nessas melodias em vários momentos da celebração eucarística.


Coldplay é uma banda de rock britânica, conhecida por músicas como “Yellow”, “The Scientist” e “Fix You”. A banda não tem nenhuma mensagem religiosa especial e o seu vocalista, o cantor Chris Martin, disse ao jornal ‘The Irish Independent’ em 2008: “Sobre Deus, eu sempre estou tentando decifrar o que é ‘ele’ ou ‘ela’. Não tenho certeza de quem está certo. Não sei se é Alá ou Jesus, Maomé ou Zeus, mas acho que é Zeus”.

Em uma mensagem publicada em sua conta no Twitter, a Arquidiocese de Puebla assinalou que “não organiza, nem promove o evento da Íbero Puebla”.

No comunicado adjunto da Arquidiocese, Pe. Jacinto Gerardo Cruz Rojas, presidente da Comissão Diocesana para a Pastoral Litúrgica, indicou que “a Eucaristia é o maior tesouro que a Igreja tem desde o princípio, pois através dela, a comunidade dos fiéis encontra a sua razão de ser e renova a sua aliança e o seu compromisso diante de Deus e dos seus irmãos que compartilham todos os dias os mesmos medos e esperanças”.



Citando a Sacrosanctum Concilium, documento do Concílio Vaticano II sobre a sagrada liturgia, a Arquidiocese de Puebla recordou que a Eucaristia é o “sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo”.

“Quando este valor e sentido se perdem, correm o risco de torná-lo no melhor dos casos um ato devocional ou piedoso, ou simplesmente em uma reunião de boa vontade onde compartilham ideais ou aspirações espirituais”.


Esses ideais ou aspirações, acrescentou a arquidiocese mexicana, “podem ser um tema de um retiro, um argumento de diálogo ecumênico ou inter-religioso, mas não parte de um sacramento”.
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Disponível em: ACI Digital

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