quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Beato Vicente de Santo Antônio


Nasceu em Algarve (Portugal) no Castelo de Albufeira, em 1590. Seus pais, Antônio Simões e Catarina Pereira, educaram-no na piedade e bons costumes e, passada a infância, enviaram-no para Lisboa onde, depois de ter revelado um talento multiforme ao longo da carreira eclesiástica, foi ordenado sacerdote aos 27 anos.

Quatro anos depois, em 1621, já estava no México, onde entrou na Ordem de Santo Agostinho. Feita a profissão, sentiu o desejo de ser missionário em terras japonesas, o que ocorreu em 1923.

Estando no Japão, foi missionário oculto, disfarçado de vendedor ambulante, pois, nesse tempo, era severamente proibido praticar a religião cristã no país. Vicente mudou de traje e de nome, fazendo-se caixeiro ambulante pelas ruas de Nagasaki para poder entrar nas casas e introduzir-se nas famílias, onde converte os gentis e consola e encoraja os cristãos perseguidos, . Durante anos, trabalhou na catequese, pregando a Boa Nova e administrando os Sacramentos.

Em 1629 foi descoberto ao fim de nove anos de perseverante atividade, foi preso e acusado de ensinar a religião cristã. Depois de cerca de dez meses de vida de grandes tormentos, entre os quais o suplício das águas sulfurosas, padeceu, por fim o suplício do fogo.

Tentando fazer com que Vicente renegasse sua fé em Cristo e não obtendo êxito, seus algozes o submeteram a cinco banhos consecutivos de água a ferver até ser martirizado pelo tormento do fogo.

Foi beatificado pelo Papa Pio IX, a 7 de Julho de 1867, fazendo parte do grupo de “Carlos Spínola e Companheiros Mártires”, num total de 205 mártires. Do mesmo grupo, na sua maioria cristãos japoneses, fazem parte mais seis mártires portugueses: João Baptista Machado (padre jesuíta de Angra do Heroismo), Ambrósio Fernandes (irmão leigo jesuíta de Xisto, Porto), Diogo Carvalho (padre jesuíta de Coimbra), Miguel Carvalho (padre jesuíta de Braga), Francisco Pacheco (padre jesuíta de Ponte de Lima) e Domingos Jorge (leigo de Vermoim da Maia, Porto).


Para a sua canonização, é condição necessária que o seu culto (e o dos seus companheiros) seja reconhecido entre o povo cristão.


Senhor Jesus Cristo, o vosso sangue derramado na cruz tornou-se a fonte sagrada que regou o testemunho dos vossos mártires, mortos pela fé. Fazei que o bem-aventurado Vicente de Santo Antônio e seus companheiros, sejam reconhecidos como santos pela Igreja, para a vossa maior glória e o fortalecimento de nossa fé. Amém. 

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