sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Comparar é negar o outro!


Já reparou que quando te comparam a um amigo, a um familiar ou a um companheiro de trabalho, surgem dúvidas a seu respeito, ou talvez insegurança e autocrítica? Isso acontece comigo! As pessoas vivem fazendo comparações. Meu coração chega a dar um nó cego. Sei que um indivíduo é diferente do outro, que cada um tem o seu jeito de ser. Sei mesmo. E sei também que as comparações são quase inevitáveis. Mas fazê-las com a intenção de desmerecer a particularidade e o trabalho do outro é inaceitável.

As pessoas vivem fazendo comparações. Comparam-se com outras e também comparam as pessoas entre si. Não se dão conta de que comparar é negar a beleza que existe em cada um. Quando você entra nesse esquema de comparações, alguém sempre sai perdendo. E quem perde geralmente é você mesmo. Imagine quando você comenta ou pensa: "Fulano de tal era melhor que você..." (perceba como você se sente infeliz agora); "Fulano de tal era mais batalhador que você..." (e ele não está mais com você).

Ao fazer comparações entre as pessoas, você se impede de ver quanto o outro é único e especial. O Silvio não será exatamente o Silvio, mas a continuação do Manuel, que por sua vez é a continuação do Sérgio. E se você os compara significa dizer que você bebe, sempre, com o gosto da bebida anterior deixada no outro copo. E a bebida de agora é que sai perdendo... 

Cada um de nós é o que é, tem a sua própria essência. E quem não se sente aceito não tem motivo para mudar. Querer mudanças radicais é não aceitar a essência do outro. As mudanças precisam ser operadas, sim, mas mediante um crescimento individual e também como consequência do convívio. Você tem determinada altura e não pode diminuí-la nem aumentá-la. A aceitação desse fato é fundamental para você viver bem, abaixando a cabeça quando a entrada for baixa ou ficando na ponta dos pés quando precisar alcançar algo que está num ponto muito alto para você.

O outro é do jeito que é em razão de sua história e não porque está tentando ser igual ao seu antecessor. Entendê-lo é o primeiro passo para ajudá-lo a evoluir. Tenha em mente que ele é desse modo porque foi assim que desenvolveu a sua personalidade. Por certo, em outras situações da vida dele, tais características também se manifestam e o fazem sofrer. Eu, por exemplo, jamais sairia da minha cidade, do meu trabalho e de perto dos meus amigos para num local distante ser comparado à outra pessoa só por desenvolver uma atividade que antes era de sua responsabilidade.


Só quero que você pare um pouco para pensar. Tudo depende do meu olhar, do seu, do nosso. Tudo depende da forma como você está receptivo. Depende do otimismo, da vontade, da força, da fé. Vale a pena pensar - hoje e sempre - no que estamos fazendo com o que somos. Você sabe de fato o que é? E o que faz com isso? Vale a pena o questionamento, a dúvida, a pulga atrás da orelha. Eu não vim para ser igual ao outro só por que ele não está mais aqui, eu vim fazer o meu trabalho com a minha particularidade, com minhas qualidades e meus defeitos, mas vim de inteira consciência e com responsabilidade darei conta do recado. Portanto, não me compare com ninguém, gosto de ser diferente, mas odeio comparações. Não sou igual a ninguém. 

"As pessoas são diferentes. Não presuma ou julgue jamais o que é incapaz de conhecer a fundo" (Mônica Christi).

Nenhum comentário:

Postar um comentário