quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A Família de Nazaré


O domingo da Sagrada Família, logo após o Natal, apresenta o trecho do Evangelho de São Lucas sobre Jesus no templo entre os doutores, cujos detalhes podem causar perplexidade (Lc 2, 41-52). O evangelista não tinha em mira apresentar um conjunto de histórias destinadas a comover, mas oferecer acontecimentos atinentes à pessoa e à personalidade do divino Redentor. A narrativa é bem realista e até surpreendente. Jesus desgarra-se de seus pais. José e Maria O procuram durante três dias entre parentes e conhecidos e, depois, na agitada Jerusalém. Por ocasião do reencontro ecoa a queixa amarga de Maria que revelava o quanto sofreram ela e José, angustiados, à procura do filho amado. È que apenas aos poucos Jesus iria assumir a missão que viera realizar nessa terra atinente à salvação da humanidade e, tendo apenas doze anos, suas palavras dizendo que deveria estar na casa do Pai eram obscuras, não inteligíveis, de imediato, para José e Maria. São Lucas, porém, acrescentou que Sua mãe “conservava no coração todas estas coisas”. Com efeito, após os acontecimentos que culminaram com o encontro de Jesus no templo, Ele voltou com seus pais para Nazaré e lhes era submisso. 


Cristãos iraquianos: escapando da frigideira e caindo no fogo

Cristãos sofrendo atrocidades de rebeldes islâmicos financiados pelo governo dos EUA


Quando os EUA invadiram o Iraque, milhares de cristãos fugiram para a Síria, pois a invasão americana agravou a perseguição muçulmana aos cristãos, com o governo dos EUA lavando as mãos.

Mas agora a Síria, que era refúgio para esses cristãos, encontra-se em guerra civil onde grupos islâmicos, especialmente os rebeldes sírios, estão massacrando os cristãos.

John Eibner, presidente da organização Solidariedade Cristã Internacional, recentemente voltou de uma viagem de ajuda ao Iraque e, mesmo sem saber o número exato de cristãos refugiados iraquianos que estão fugindo da Síria, apontou para um relatório preparado por um grupo especial da ONU que chegou à conclusão de que a guerra civil na Síria é em grande parte “religiosa” — que traduzindo significa que os muçulmanos estão usando a guerra para acabar com os cristãos.

“A guerra na Síria se tornou de natureza patentemente religiosa”, disse Eibner, citando do relatório da ONU.


Comunidades cristãs inteiras estão em perigo de serem expulsas da Síria ou de serem mortas, por causa do fanatismo muçulmano.

“Isso significa genocídio”, Eibner explicou, “de acordo com a Convenção de Genocídio de 1948”.

Eibner explicou que os cristãos iraquianos que fugiram do Iraque para escapar dos muçulmanos que estavam tentando matá-los agora enfrentam a mesma ameaça islâmica na Síria.

“Os iraquianos desalojados que encontramos no começo desta semana foram forçados pelo terrorismo islâmico a fugir do Iraque e encontraram refúgio na Síria, onde gozavam segurança e um padrão de vida melhor do que eles tinham no Iraque”, disse Eibner. “Mas agora eles estão vendo com os próprios olhos a violência religiosa na Síria que lembra o que eles viveram no Iraque no reinado de terror entre os anos de 2006 e 2008”

Os cristãos iraquianos que voltarem ao Iraque provavelmente enfrentarão contínua perseguição no Iraque predominantemente islâmico.

E os cristãos sírios não têm para onde correr de grupos islâmicos assassinos em grande parte financiados e apoiados pelo governo dos EUA. De acordo com o WND, “Numa ‘política secreta’ não tão secreta, o presidente Barack Obama está financiando os ‘rebeldes’ da Síria, tentando derrubar o governo de Bashar al-Assad. Esses rebeldes incluem terroristas da al-Qaida que têm lutado contra tropas americanas no Afeganistão e no Iraque”.

Os “rebeldes” sírios estão atacando igrejas cristãs e ordenando que os cristãos abandonem seus lares. Os cristãos estão sob pressão para se juntar à oposição e lutar contra al-Assad. Aqueles que não aceitam são usados como escudos humanos em ataques ao Exército e forças de segurança da Síria.

Enquanto o governo dos EUA luta para ter a supremacia no Oriente Médio, os cristãos estão se tornando vítimas inocentes das operações militares americanas. E ninguém no governo dos EUA parece dar a mínima.

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Com informações de WND.
Fonte: Jbpsverdade

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Papa, o deputado e a Ditadura das Minorias



Primeiramente, afirmo que sou padre da Igreja Católica Apostólica Romana, sou imensamente feliz em fazer parte do Corpo Místico de Cristo, por meio do sacerdócio ministerial. Assim como a minha Igreja, acredito que todas as pessoas devem ser acolhidas e respeitadas, como afirma as Escrituras, Deus acolhe a qualquer pessoa que o procure de coração sincero, mesmo aqueles que não estejam na Igreja, e caminhem na penumbra, desde que busquem a verdade, serão alcançadas por ela e por ela iluminados.
Com a minha Igreja, professo e defendo a Sacralidade da vida, em todas as suas instâncias, da família que é a união entre um homem e uma mulher, também defendo a sacralidade de toda forma de vida presente nesta terra porque a vida é um dom do criador que nos ama. E como adepto de um ramo da Teologia, creio, como minha Igreja que os pobres e sofredores deste mundo, os últimos da história, os inúmeros crucificados de meu tempo e de todos os tempos, merecem de toda a Igreja uma atenção especial porque a própria Igreja nasce como herança de um Deus crucificado por nos amar, que se fez último para nos reerguer. Creio que a Igreja de Cristo depende daqueles que o próprio Cristo coloca à frente de seu rebanho. E respeitosamente, creio que seja possível dialogar com todas as diversidades de pensamento presentes neste mundo. E sei de forma irrevogável que não podemos retroceder naquilo que defendemos como verdade! 
Assistimos preocupados o incidente deselegante envolvendo um deputado federal e este atropelo na defesa de ideias revela, não o direito de defesa de um ideal e sim a imposição de um estilo de vida a todas as pessoas como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

A nossa sociedade afirma ser laica e ao mesmo tempo levanta a bandeira da liberdade de expressão, segundo a qual todos podem falar o que pensam. Os dois pontos são questionáveis. Primeiro, como uma sociedade pode se aclamar laica tendo a maioria como adeptos de uma fé? Segundo, toda vez que a Igreja fala, aparece alguém para dizer que ela está errada? Ou até para impedir as expressões de opinião por parte dela. Ora, se todos temos o direito de expressar o que pensamos, é lícito que o Papa fale o que a Igreja pensa sobre determinado assunto, ainda mais porque os católicos esperam que aquele que fala em nome da Fé e da Moral católica se expresse. O verdadeiro descompasso do deputado Jean Wylys, em relação à posição do Papa sobre a família demonstra toda a hipocrisia desta sociedade que embora fale de respeito e liberdade, de acolhida das diferenças não é capaz de interagir com posições que lhe sejam opostas. Dizem que após a sua violenta declaração sobre o Papa Bento XVI, o deputado removeu toda reação de defesa ao soberano pontífice feita por católicos da sua página oficial do Facebook, dando provas evidentes de que se tenta instalar nesse país uma ditadura nova. Ditadura das minorias, e que vemos refletida no comportamento do deputado em questão pois ao retirar as opiniões contrárias em sua página, mostra três incapacidades:

1. Incapacidade de respeitar a opinião alheia; porque nessa vida, sempre teremos que nos deparar com posições afins ou contrárias às nossas e até opiniões que relativizam as nossas.

2. Incapacidade de lidar com as consequências dos seus atos; porque como esta é uma sociedade livre, na qual se fala o que se pensa, todos temos o direito de defender nossas idéias quando tivermos a oportunidade ou quando nos sentirmos desrespeitados, só que isso se faz com educação;

3. Agir com um mínimo de honestidade intelectual, pois o deputado generaliza determinadas coisas em seus argumentos. Assim como não podemos dizer que todos os políticos sejam ladrões, não posso condenar toda a Igreja por causa de um erro de um pequeno grupo. Nem posso condenar no presente uma Instituição por erros que não foram cometidos pelos que agora estão caminhando. Muito menos julgar com critérios de agora atos que estão no passado. Toda vez que condeno algum fato do passado usando critérios do presente, cometo uma desonestidade intelectual pois agora, estamos em um lugar privilegiado da história em relação ao passado.

E como estamos em uma nação livre, na minha opinião, embora Jean Wyllys pose como um dos maiores "defensores" da liberdade de expressão, verdadeiramente, como todo esquerdista, caminha abraçado com o véu da censura. Eis as regras que o deputado baixou após ter a sua página visitada pelos católicos, segundo consta em alguns lugares da internet:

"Políticas de participação na página do deputado federal Jean Wyllys no Facebook:

Esta página pretende ser um canal de comunicação do deputado federal Jean Wyllys com o público em geral. O Mural desta página está aberto para receber suas mensagens de apoio, sugestões e críticas, as quais desde já agradecemos.

Entretanto, o direito humano fundamental à liberdade de expressão não pode violar outros direitos igualmente valiosos, como a dignidade e a vedação à discriminação. Por isso, a Assessoria de Comunicação do deputado federal Jean Wyllys moderará as publicações, excluindo-as caso constituam atos ilícitos (como, por exemplo, calúnia, injúria, difamação, preconceito de raça ou origem etc.), caso ofendam algumas das políticas abaixo, ou ainda quando violem Termos e Condições do Facebook. O autor da mensagem poderá ainda ser bloqueado, de acordo com os critérios mencionados.

Agradecemos sua compreensão.

Políticas de publicação:

1. Procure se expressar em bom nível e com clareza.

2. Não publique conteúdo inadequado (pornográfico, discriminatório, que estimule o ódio etc.) e/ou termos chulos (como palavrões ou ofensas).

3. Nenhum SPAM será permitido.

4. Não faça divulgação de produtos e/ou serviços com fins comerciais.

5. Cite a fonte ao compartilhar conteúdo de terceiros.

6. Os trollers e a prática de trolagem (assim entendido o "comportamento que tende a, sistematicamente, desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas") não serão tolerados.

7. Ameaças de qualquer natureza serão tratadas conforme a sua gravidade, incluindo o encaminhamento às autoridades competentes.

Colabore, participe e ajude o deputado federal Jean Wyllys a construir uma nova política!

Assessoria de Comunicação do deputado federal Jean Wyllys"

Como se dão conta, as pessoas que tentaram entrar, muitos daqueles comentários apagados pela Assessoria de Comunicação do Deputado não feriam em nada as normas de conduta estabelecidas por ele próprio. Então o que justificaria sua remoção? Simples, como já dissemos, foi a incapacidade do deputado lidar com opiniões contrárias, algo típico de um político que flerta com o totalitarismo, neste caso um totalitarismo ideológico. O deputado pede que colaboremos, para que possamos ajuda-lo a construir uma nova política. Mas que nova política é essa? Seria uma política baseada na calúnia, na ofensa gratuita? Seria uma nova política edificada na pedra da opressão e da patrulha ideológica? Se sim, então não, nobre deputado, não irei ajuda-lo a construir essa nova política.

Como Teólogo, sou homem da Esperança e nisto que aconteceu vejo algo de positivo: máscaras caindo. É bom ver totalitários esbravejando a sua ira irracional contra a verdadeira liberdade, que orientada a Deus e Dele emana. Porém dialogando de acordo com o que a lei me permite, lembro ao deputado, "grande arauto" da liberdade que aquilo que ele fez é crime, é difamação qualificada contra um chefe de estado estrangeiro e crime contra o sentimento religioso. Ambos previstos pelo código penal. arts 141 I e 208 respectivamente. É, a gente também conhece a lei dos homens e faz-se necessária a retratação pública do mesmo deputado que age como absolutista e não tem equilíbrio para o diálogo!


Padre Dalmo Radimack
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Disponível em: Paróquia São Pedro e São Paulo - Tibiri II

Calendário Arquidiocesano de Pastoral 2013



Janeiro

01 – Dia Mundial da Paz: Forania São Cristóvão
05 – 1ª Reunião do Conselho da Forania São Cristóvão às 8h30: Paróquia Santíssima Trindade
06 – Reunião Arquidiocesana do IAJUM: Monte Castelo
08 – Reunião do setor juventude com a CRB;
11 a 13 – Curso Doutrina Social da Igreja pra pastorais sociais: Caxias - MA (5 pessoas/diocese);
11/01 a 11/02 – Férias do SAV
12 – Reunião de preparação do dia da mulher no Monte Castelo: Coordenação Pastoral da Mulher;
12 – Escola bíblica-reunião do CEBI no Instituto da Juventude;
13 – Missa na TVE da Pastoral da Sobriedade: Paróquia São Paulo Apóstolo às 7h;
18 a 20 – Encontro da Região Norte - CEBI: Teresina - PI;
19 – Reunião Arquidiocesana da Pastoral da Criança: São Luís - MA;
19 – Reunião da Equipe Arquidiocesana de Catequese;
22 – Visita do COMIDI e formação do COMIPA às 19h: Paróquia Nossa Senhora da Luz
25 a 27 – Assembleia da Infância e Adolescência Missionária (IAM): Caxias - MA;
26 – Carreata da juventude rumo a JMJ, promovido pelo setor juventude: Rio 2013;
27 – Espiritualidade da pastoral da criança: Forania Nsa. Sra. da Conceição: Paróquia São Vicente;
27 – Encontro com os coordenadores paroquiais da catequese;
27 – Manhã de Retiro Espiritual da pastoral da Sobriedade: AMA às 8h;
27 – Blitz da juventude rumo a JMJ Rio 2013, promovido pelo setor juventude;
31 – Reunião dos Presbíteros: Cúria Arquidiocesana às 8h30;
31 – Reunião do Conselho Presbiteral: Residência Arquiepiscopal às 15h

Fevereiro

01 a 03 – Assembleia Regional de catequese: Barra do Corda - MA;
02 – Solenidade da Apresentação do Senhor – Dia Mundial da vida Religiosa Consagrada;
02 – Avaliação trimestral sobre a Pastoral da Sobriedade das paróquias: São Francisco às 15h;
03 – Formação Juvenil da CF 2013 para a Forania São Cristóvão: Paróquia São José dos Migrantes
03 – Palestra sobre drogas para pastoral da mulher, coordenação Itaqui-Bacanga: Vila Bacanga;
03 – Ordenações diaconais dos seminaristas André Luís, João Dias, Marcos André: Bacabeira 17h;
03 – Encontro com lideranças da PJ: Local a definir;
03 – Reunião Arquidiocesana da IAJUM
04 – Reunião da coordenação da Pastoral do Dízimo;
07 a 10 – Avaliação Anual Nacional das SMP: Parauapebas-PA
08 e 09 – Palestra sobre a CF 2013 promovido pelas Paulinas: Auditório das Paulinas;
09 – Troca de saberes e sabores no Monte Castelo: Pastoral da Mulher;
09 – VI Encontro de Coordenadores paroquiais dos Ministros da Celebração da Palavra: Igreja Nossa Senhora dos Remédios das 14h30 às 16h30;
10 – Missa na TVE da Pastoral da sobriedade às 7h;
11 – Tarde de Oração do Apostolado de Oração: Igreja São Judas Tadeu, das 14h às 16h;
13 a 19 – Semana de combate ao alcoolismo da Pastoral da Sobriedade;
14 – Reunião da pastoral da criança na Forania Nossa Senhora da Conceição: Paróquia São Vicente;
14 – Reunião dos Diáconos permanentes: IESMA às 19h30
15 – Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral: Residência Arquiepiscopal às 14h30;
15 – Coletiva de imprensa do setor juventude;
16 – Reunião Arquidiocesana da Pastoral da Criança: São Luís - MA;
16 – Reunião da Equipe Arquidiocesana de Catequese;
16 – Abertura Arquidiocesana da CF/13: Castelinho às 17h;
17 – Encontro de acolhida com os coordenadores da pastoral do dízimo das diversas paróquias: Paróquia São Vicente de Paulo, das 8h às 12h;
17 – Encontro de catequese da Forania São Cristóvão
18 a 22 – Retiro do Clero: Oásis;
19 – Início da Via Sacra em família da Pastoral da sobriedade: Equipe diocesana e regional;
20 – Reinício do Curso do Ministério da Catequese: Turma de quarta-feira;
21 – Reunião do Clero da Forania São Cristóvão às 9h: Paróquia São João Calábria
23 – 1ª Reunião da Equipe SAV – 15h: Vila Embratel, Casa das Irmãs da Redenção, tel. 3228 2105;
23 – Leitura Orante da Bíblia promovido pelas Paulinas: Auditório das Paulinas;
23 – Encontro de Comissões, Movimentos e Organismos: Cúria Arquidiocesana às 8h30;
23 e 24 – Seminário Bíblico-Catequese Arquidiocesano;
24 – Reunião da pastoral da criança na Forania Nossa Senhora de Nazaré: Divineia, Comunidade Santo André às 9h;
26 – Visita do COMIDI e formação do COMIPA às 19h: Bequimão, Paróquia Sagrado C. de Jesus
26 – 26 anos de vida religiosa de Ir. Maria dos Santos – IASV;
26 – Reunião do Conselho de Assuntos Econômicos: Residência arquiepiscopal às 15
28 – Reunião dos Presbíteros: Cúria Arquidiocesana às 8h30;
28 – Reunião dos Vigários Forâneos: Residência arquiepiscopal às 15h

Março

01 – Início da Pós-Graduação em catequese: IESMA;
01 a 03 – Visitas Episcopais Pastorais: Paróquia São Paulo Apóstolo
01 a 03 – Curso Evangelho de Lucas organizado pelo CEBI: Olho D’Água, Casa dos combonianos;
02 – Inicio do Curso do Ministério do Catequista: Turma de sábado;
02 – Formação permanente para os Ministros da Celebração da Palavra: IESMA das 8h às 16h;
02 – Reunião do Conselho da Forania São Cristóvão às 8h30: Paróquia São João Calábria
03 – Encontro Equipes de Liturgia da Forania São Cristóvão das 8h às 12h: Paróquia São Cristóvão
03 – Formação Pastoral Dízimo, Forania S. Benedito (Bacabeira, S. Rita, Rosário): Sta Rita, 9h - 15h;
03 – Reunião Arquidiocesana da IAJUM
07 – Ciclo de palestras: papo de mulher – mulher e sociedade: Auditório das Paulinas às 15h;
08 – Ciclo de palestras: Cuidado com o stress: Auditório das Paulinas às15h;
08 – Dia Mundial das Mulheres;
08 a 10 – Curso de Conscientização Vocacional (CCV): Turu, Irmãs da Misericórdia;
08 a 10 – Assembleia do COMIRE: São Luís - MA
08 a 10 – EDJAM: São Luís - MA;
09 – Ciclo de palestras Homenagem a mulher – relaxamento terapêutico: Auditório Paulinas às 10h;
09 e 10 – ELMI: Barra do Corda - MA;
10 – Encontro Inter-Pastoral Forania São Cristóvão das 8h às 12h: Paróquia Santíssima Trindade;
10 – Celebração do Dia Internacional da Mulher provido pela Pastoral da Mulher: Vila Nova;
10 – Formação da Pastoral do Dízimo: Paróquia São Francisco e Santa Clara às 9h;
10 – Dia de práticas desportivas com a juventude (várias modalidades): Praia;
10 – Missa na TVE da Pastoral da Sobriedade às 8h;
11 a 13 – Reunião Nacional Coordenadores Regionais da PV/SAV: Brasília – DF, POM;
13 a 16 – Assembleia Regional da PV Regional: Zé Doca - MA;
16 – Reunião Arquidiocesana da Pastoral da Criança: São Luís - MA;
19 – Solenidade de São José, tarde de Louvor e concentração do Apostolado da Oração: São José de Ribamar às 14h;
19 a 23 – Curso de atualização para Ministros Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística;
21 – Reunião dos Diáconos permanentes: IESMA às 19h30
22 a 24 – EFAIAM com a presença da Juventude Missionária (JM): Viana - MA;
22 a 24 – EFAIAM: Coroatá - MA;
23 – Reunião da Equipe SAV às 15h;
23 – Leitura Orante da Bíblia promovido pelas Paulinas: Auditório das Paulinas;
24 – Formação da Pastoral do Dízimo: Paróquia São Raimundo Nonato às 9h;
26 – Término da Via Sacra em Família da Pastoral da Sobriedade;
28 – Missa dos Santos Óleos e Confraternização do Clero: Catedral às 9h;

Papa destaca exemplo de Santo Estêvão para a nova evangelização



Queridos irmãos e irmãs, nesta quarta feira, após a celebração do Natal do Senhor, celebramos a memoria de Santo Estevão, o mártir da fé em Cristo. Ele não teve medo de falar de Jesus e dar testemunho Dele aos homens. A Igreja precisa de muitos iguais a Santo Estevão, para dar testemunho de Cristo nesta nova evangelização. O batismo nos fez filhos no Filho de Deus e recebemos o Espirito Santo que dá força a cada um de nós a vivermos os valores do Evangelho de Jesus Cristo. A graça que recebemos de Deus nos fortalece em todos os momentos principalmente nos momentos difíceis sacrifícios que fazemos por causa de Cristo, razão da nossa fé. (1)
O Papa Bento XVI reuniu-se com os fiéis nesta quarta-feira, 26, na Praça São Pedro, para rezar o Angelus. Antes de iniciar a oração mariana, ele fez algumas reflexões  tomando como exemplo Santo Estêvão, celebrado neste dia pela Igreja. O Santo Padre rezou pela multiplicação de fiéis que possam dar um testemunho convicto e corajoso do Senhor Jesus, assim como o fez Santo Estêvão. Bento XVI afirmou que Santo Estevão é um modelo para quem deseja se colocar a serviço da nova evangelização. De acordo com o Santo Padre, o santo mostra que a novidade do anúncio consiste em ser cheio do Espírito Santo e deixar-se guiar por Ele. (2)
“A novidade do anúncio está na profundidade da imersão no mistério de Cristo, da assimilação da sua palavra e da sua presença Eucarística, de forma que Ele próprio, Jesus vivo, possa falar e agir no seu enviado. Em essência, o evangelizador torna-se capaz de levar Cristo aos outros de maneira eficaz quando vive de Cristo, quando a novidade do Evangelho se manifesta na sua própria vida”. O Papa lembrou ainda que Santo Estêvão viveu sempre animado pelo Espírito Santo, testemunhando o amor de Cristo até o extremo sacrifício. “A vida de Santo Estêvão é inteiramente moldada por Deus, conforme a Cristo, cuja paixão se repete nele”, disse. (2)
E no dia em que a Igreja celebra o santo, o Papa enfatizou que todos são chamados a fixar o olhar sobre o Filho de Deus, cujo mistério da Encarnação é contemplado no Natal. Ele lembrou ainda que Jesus vinculou a humanidade a Si e quer continuar em cada um a sua obra de salvação.  “Deixar-se atrair por Cristo, como fez Santo Estêvão, significa abrir a própria vida à luz que a chama, orienta e a faz percorrer o caminho do bem, o caminho de uma humanidade segundo o desígnio de amor de Deus”, destacou. (2)
As palavras do nosso papa nos enchem de esperança e coragem em Cristo, pois Ele é o único que nos habilita para Deus. Somos chamados para sermos discípulos e missionários de Cristo no mundo, onde parece que Deus é obsoleto e retrogrado. Ao celebrar o natal de Jesus que é dom de Deus para nós, pois Ele veio até nós para nos ensinar o caminho do bem. Quem segue Jesus deve assumir a cruz de cada dia, sabendo que Deus é que dá força e coragem para dar testemunho de vida em Cristo. O filho de Deus nos fala da importância que devemos dar ao amor, a justiça, a paz, a fraternidade, a partilha, a solidariedade e o perdão. A humanidade se eleva no nascimento de Jesus, pois um Deus quis fazer um de nós. Viva Jesus; Viva o natal do Senhor onde a humanidade foi presenteada pela sua presença singela, simples e cheio de paz.
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Disponível em: Vocacionados Menores.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Mensagem de Natal do Santo Padre e Benção Urbi et Orbi



Mensagem do Santo Padre e Benção Urbi et Orbi 

Terça-feira, 25 de dezembro de 2012



«Veritas de terra orta est! – 

A verdade germinou da terra» (Sal 85, 12).


Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boas-festas de Natal para todos vós e vossas famílias!

Os meus votos de Natal, neste Ano da Fé, exprimo-os com as palavras seguintes, tiradas de um Salmo: «A verdade germinou da terra». Realmente, no texto do Salmo, a frase está no futuro: «A verdade germinará da terra»: é um anúncio, uma promessa, acompanhada por outras expressões que, juntas, ecoam assim: «O amor e a verdade vão encontrar-se. / Vão beijar-se a justiça e a paz. / A verdade germinará da terra / e a justiça descerá do céu. / O próprio Senhor nos dará os seus bens / e a nossa terra produzirá os seus frutos. / A justiça caminhará diante dele / e a paz, no rasto dos seus pés» (Sal 85, 11-14). 

Hoje cumpriu-se esta palavra profética! Em Jesus, nascido da Virgem Maria em Belém, - encontram-se realmente o amor e a verdade, beijaram-se a justiça e a paz; a verdade germinou da terra e a justiça desceu do céu. Com feliz concisão, explica Santo Agostinho: «Que é a verdade? O Filho de Deus. Que é a terra? A carne. Interroga-te donde nasceu Cristo, e vê por que a verdade germinou da terra; (...) a verdade nasceu da Virgem Maria» (En. in Ps. 84, 13). E, num sermão do Natal, afirma: «Assim, com esta festa que acontece cada ano, celebramos o dia em que se cumpriu a profecia: "A verdade germinou da terra e a justiça desceu do céu". A Verdade, que está no seio do Pai, germinou da terra, para estar também no seio de uma mãe. A Verdade que segura o mundo inteiro germinou da terra, para ser segurado pelas mãos de uma mulher. (...) A Verdade, que o céu não consegue conter, germinou da terra, para se reclinar numa manjedoura. Para benefício de quem Se fez assim humilde um Deus tão sublime? Certamente sem nenhum benefício para Ele mesmo, mas com grande proveito para nós, se acreditarmos» (Sermones 185, 1).

«Se acreditarmos…». Que grande poder tem a fé! Deus fez tudo, fez o impossível: fez-Se carne. A sua amorosa omnipotência realizou algo que ultrapassa a compreensão humana: o Infinito tornou-se menino, entrou na humanidade. E, no entanto, este mesmo Deus não pode entrar no meu coração, se não abro eu a porta. Porta fidei! A porta da fé! Poderíamos ficar assustados com a possibilidade desta nossa omnipotência invertida; este poder que o homem tem de se fechar a Deus, pode meter-nos medo. Mas, eis a realidade que afugenta este pensamento tenebroso, a esperança que vence o medo: a verdade germinou! Deus nasceu! «A terra produziu o seu fruto» (Sal 67, 7). Sim! Há uma terra boa, uma terra saudável, livre de todo o egoísmo e entrincheiramento. Há, no mundo, uma terra que Deus preparou para vir habitar no meio de nós; uma morada, para a sua presença no mundo. Esta terra existe; e também hoje, no ano de 2012, desta terra germinou a verdade! Por isso, há esperança no mundo, uma esperança fidedigna, mesmo nos momentos e situações mais difíceis. A verdade germinou, trazendo amor, justiça e paz.

Sim, que a paz germine para o povo da Síria, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os inermes, ceifando vítimas inocentes. Uma vez mais faço apelo para que cesse o derramamento de sangue, se facilite o socorro aos prófugos e deslocados e se procure, através do diálogo, uma solução para o conflito.

A paz germine na Terra onde nasceu o Redentor; que Ele dê aos Israelitas e Palestinianos a coragem de por termo a tantos, demasiados, anos de lutas e divisões e empreender, com decisão, o caminho das negociações.

Nos países do norte de África, em profunda transição à procura de um novo futuro – nomeadamente o Egipto, terra amada e abençoada pela infância de Jesus –, que os cidadãos construam, juntos, sociedades baseadas na justiça, no respeito da liberdade e da dignidade de cada pessoa.

A paz germine no vasto continente asiático. Jesus Menino olhe com benevolência para os numerosos povos que habitam naquelas terras e, de modo especial, para quantos crêem n’Ele. Que o Rei da Paz pouse o seu olhar também sobre os novos dirigentes da República Popular da China pela alta tarefa que os aguarda. Espero que, no desempenho da mesma, se valorize o contributo das religiões, no respeito de cada uma delas, de modo que as mesmas possam contribuir para a construção duma sociedade solidária, para beneficio daquele nobre povo e do mundo inteiro.

Que o Natal de Cristo favoreça o retorno da paz ao Mali e da concórdia à Nigéria, onde horrendos atentados terroristas continuam a ceifar vítimas, nomeadamente entre os cristãos. O Redentor proporcione auxílio e conforto aos prófugos do leste da República Democrática do Congo e conceda paz ao Quénia, onde sangrentos atentados se abateram sobre a população civil e os lugares de culto.

Jesus Menino abençoe os inúmeros fiéis que O celebram na América Latina. Faça crescer as suas virtudes humanas e cristãs, sustente quanto se vêem obrigados a emigrar para longe da própria família e da sua terra, revigore os governantes no seu empenho pelo desenvolvimento e na luta contra a criminalidade.

Amados irmãos e irmãs! Amor e verdade, justiça e paz encontraram-se, encarnaram no homem nascido de Maria, em Belém. Aquele homem é o Filho de Deus, é Deus que apareceu na história. O seu nascimento é um rebento de vida nova para toda a humanidade. Possa cada terra tornar-se uma terra boa, que acolhe e faz germinar o amor, a verdade, a justiça e a paz. Bom Natal para todos!




Homilia de Bento XVI - Natal do Senhor - 2012



SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR
HOMILIA DO SANTO PADRE BENTO XVI
Basílica Vaticana
24 de Dezembro de 2012


Amados irmãos e irmãs!

A beleza deste Evangelho não cessa de tocar o nosso coração: uma beleza que é esplendor da verdade. Não cessa de nos comover o facto de Deus Se ter feito menino, para que nós pudéssemos amá-Lo, para que ousássemos amá-Lo, e, como menino, Se coloca confiadamente nas nossas mãos. Como se dissesse: Sei que o meu esplendor te assusta, que à vista da minha grandeza procuras impor-te a ti mesmo. Por isso venho a ti como menino, para que Me possas acolher e amar.

Sempre de novo me toca também a palavra do evangelista, dita quase de fugida, segundo a qual não havia lugar para eles na hospedaria. Inevitavelmente se põe a questão de saber como reagiria eu, se Maria e José batessem à minha porta. Haveria lugar para eles? E recordamos então que esta notícia, aparentemente casual, da falta de lugar na hospedaria que obriga a Sagrada Família a ir para o estábulo, foi aprofundada e referida na sua essência pelo evangelista João nestes termos: «Veio para o que era Seu, e os Seus não O acolheram» (Jo 1, 11). Deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os prófugos, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós? Temos tempo e espaço para Ele? Porventura não é ao próprio Deus que rejeitamos? Isto começa pelo facto de não termos tempo para Deus. Quanto mais rapidamente nos podemos mover, quanto mais eficazes se tornam os meios que nos fazem poupar tempo, tanto menos tempo temos disponível. E Deus? O que diz respeito a Ele nunca parece uma questão urgente. O nosso tempo já está completamente preenchido. Mas vejamos o caso ainda mais em profundidade. Deus tem verdadeiramente um lugar no nosso pensamento? A metodologia do nosso pensamento está configurada de modo que, no fundo, Ele não deva existir. Mesmo quando parece bater à porta do nosso pensamento, temos de arranjar qualquer raciocínio para O afastar; o pensamento, para ser considerado «sério», deve ser configurado de modo que a «hipótese Deus» se torne supérflua. E também nos nossos sentimentos e vontade não há espaço para Ele. Queremo-nos a nós mesmos, queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso dos nossos projectos pessoais e das nossas intenções. Estamos completamente «cheios» de nós mesmos, de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus. E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros. A partir duma frase simples como esta sobre o lugar inexistente na hospedaria, podemos dar-nos conta da grande necessidade que há desta exortação de São Paulo: «Transformai-vos pela renovação da vossa mente» (Rm 12, 2). Paulo fala da renovação, da abertura do nosso intelecto (nous); fala, em geral, do modo como vemos o mundo e a nós mesmos. A conversão, de que temos necessidade, deve chegar verdadeiramente até às profundezas da nossa relação com a realidade. Peçamos ao Senhor para que nos tornemos vigilantes quanto à sua presença, para que ouçamos como Ele bate, de modo suave mas insistente, à porta do nosso ser e da nossa vontade. Peçamos para que se crie, no nosso íntimo, um espaço para Ele e possamos, deste modo, reconhecê-Lo também naqueles sob cujas vestes vem ter conosco: nas crianças, nos doentes e abandonados, nos marginalizados e pobres deste mundo. 

Na narração do Natal, há ainda outro ponto que gostava de refletir juntamente convosco: o hino de louvor que os anjos entoam depois de anunciar o Salvador recém-nascido: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens do seu agrado». Deus é glorioso. Deus é pura luz, esplendor da verdade e do amor. Ele é bom. É o verdadeiro bem, o bem por excelência. Os anjos que O rodeiam transmitem, primeiro, a pura e simples alegria pela percepção da glória de Deus. O seu canto é uma irradiação da alegria que os inunda. Nas suas palavras, sentimos, por assim dizer, algo dos sons melodiosos do céu. No canto, não está subjacente qualquer pergunta sobre a finalidade; há simplesmente o fato de transbordarem da felicidade que deriva da percepção do puro esplendor da verdade e do amor de Deus. Queremos deixar-nos tocar por esta alegria: existe a verdade; existe a pura bondade; existe a luz pura. Deus é bom; Ele é o poder supremo que está acima de todos os poderes. Nesta noite, deveremos simplesmente alegrar-nos por este fato, juntamente com os anjos e os pastores.

E, com a glória de Deus nas alturas, está relacionada a paz na terra entre os homens. Onde não se dá glória a Deus, onde Ele é esquecido ou até mesmo negado, também não há paz. Hoje, porém, há correntes generalizadas de pensamento que afirmam o contrário: as religiões, mormente o monoteísmo, seriam a causa da violência e das guerras no mundo; primeiro seria preciso libertar a humanidade das religiões, para se criar então a paz; o monoteísmo, a fé no único Deus, seria prepotência, causa de intolerância, porque pretenderia, fundamentado na sua própria natureza, impor-se a todos com a pretensão da verdade única. É verdade que, na história, o monoteísmo serviu de pretexto para a intolerância e a violência. É verdade que uma religião pode adoecer e chegar a contrapor-se à sua natureza mais profunda, quando o homem pensa que deve ele mesmo deitar mão à causa de Deus, fazendo assim de Deus uma sua propriedade privada. Contra estas deturpações do sagrado, devemos estar vigilantes. Se é incontestável algum mau uso da religião na história, não é verdade que o «não» a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, apaga-se também a dignidade divina do homem. Então, este deixa de ser a imagem de Deus, que devemos honrar em todos e cada um, no fraco, no estrangeiro, no pobre. Então deixamos de ser, todos, irmãos e irmãs, filhos do único Pai que, a partir do Pai, se encontram interligados uns aos outros. Os tipos de violência arrogante que aparecem então com o homem a desprezar e a esmagar o homem, vimo-los, em toda a sua crueldade, no século passado. Só quando a luz de Deus brilha sobre o homem e no homem, só quando cada homem é querido, conhecido e amado por Deus, só então, por mais miserável que seja a sua situação, a sua dignidade é inviolável. Na Noite Santa, o próprio Deus Se fez homem, como anunciara o profeta Isaías: o menino nascido aqui é «Emmanuel – Deus-conosco» (cf. Is 7, 14). E verdadeiramente, no decurso de todos estes séculos, não houve apenas casos de mau uso da religião; mas, da fé no Deus que Se fez homem, nunca cessou de brotar forças de reconciliação e magnanimidade. Na escuridão do pecado e da violência, esta fé fez entrar um raio luminoso de paz e bondade que continua a brilhar.

Assim, Cristo é a nossa paz e anunciou a paz àqueles que estavam longe e àqueles que estavam perto (cf. Ef 2, 14.17). Quanto não deveremos nós suplicar-Lhe nesta hora! Sim, Senhor, anunciai a paz também hoje a nós, tanto aos que estão longe como aos que estão perto. Fazei que também hoje das espadas se forjem foices (cf. Is 2, 4), que, em vez dos armamentos para a guerra, apareçam ajudas para os enfermos. Iluminai a quantos acreditam que devem praticar violência em vosso nome, para que aprendam a compreender o absurdo da violência e a reconhecer o vosso verdadeiro rosto. Ajudai a tornarmo-nos homens «do vosso agrado»: homens segundo a vossa imagem e, por conseguinte, homens de paz.

Logo que os anjos se afastaram, os pastores disseram uns para os outros: Coragem! Vamos até lá, a Belém, e vejamos esta palavra que nos foi mandada (cf. Lc 2, 15). Os pastores puseram-se apressadamente a caminho para Belém – diz-nos o evangelista (cf. 2, 16). Uma curiosidade santa os impelia, desejosos de verem numa manjedoura este menino, de quem o anjo tinha dito que era o Salvador, o Messias, o Senhor. A grande alegria, de que o anjo falara, apoderara-se dos seus corações e dava-lhes asas.

Vamos até lá, a Belém: diz-nos hoje a liturgia da Igreja. Trans-eamus – lê-se na Bíblia latina – «atravessar», ir até lá, ousar o passo que vai mais além, que faz a «travessia», saindo dos nossos hábitos de pensamento e de vida e ultrapassando o mundo meramente material para chegarmos ao essencial, ao além, rumo àquele Deus que, por sua vez, viera ao lado de cá, para nós. Queremos pedir ao Senhor que nos dê a capacidade de ultrapassar os nossos limites, o nosso mundo; que nos ajude a encontrá-Lo, sobretudo no momento em que Ele mesmo, na Santa Eucaristia, Se coloca nas nossas mãos e no nosso coração.

Vamos até lá, a Belém! Ao dizermos estas palavras uns aos outros, como fizeram os pastores, não devemos pensar apenas na grande travessia até junto do Deus vivo, mas também na cidade concreta de Belém, em todos os lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu. Rezemos nesta hora pelas pessoas que atualmente vivem e sofrem lá. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que Israelitas e Palestinianos possam conduzir a sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar a sua casa naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, os seus países na paz de Deus.

Os pastores apressaram-se… Uma curiosidade santa e uma santa alegria os impelia. No nosso caso, talvez aconteça muito raramente que nos apressemos pelas coisas de Deus. Hoje, Deus não faz parte das realidades urgentes. As coisas de Deus – assim o pensamos e dizemos – podem esperar. E todavia Ele é a realidade mais importante, o Único que, em última análise, é verdadeiramente importante. Por que motivo não deveríamos também nós ser tomados pela curiosidade de ver mais de perto e conhecer o que Deus nos disse? Supliquemos-Lhe para que a curiosidade santa e a santa alegria dos pastores nos toquem nesta hora também a nós e assim vamos com alegria até lá, a Belém, para o Senhor que hoje vem de novo para nós. 

Amem.






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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Bispos desejam Santo Natal



Bispos de várias partes do país dirigem uma mensagem sobre o Natal e renovam os desejos de um ano novo abençoado aos brasileiros. Trouxemos iniciativas natalinas e alguns trechos de artigos, mensagens e cartões assinados por arcebispos e bispos que estão no pastoreiro de várias capitais, como também de bispos auxiliares e eméritos. Confira.

Belém (PA)

“Jesus, Menino prometido durante séculos, esperança do povo, dos pobres e dos pequenos, Menino Deus, aqui estou para me entreter contigo, trazendo os sonhos de nosso tempo e de toda a história, para louvar-te, agradecer-te, pedir-te perdão e apresentar-te muitas súplicas. É que pela tua graça, ouço muita gente que, confiante nas orações de uma pessoa consagrada a ti, me faz portador de seus problemas e de suas alegrias. E tu sabes o quanto minha vida é sustentada justamente pela oração do povo maravilhoso que me foi confiado pela Igreja. Peço-te licença para entrar na casa de teu coração, pois quero ser como os pastores que foram a Belém para conferir os acontecimentos, ou como os magos, vindos de longe, trazendo esperanças” (trecho da mensagem do arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira).


Macapá (AP)

“Neste Natal, ofereçamos como dom aos nossos amigos verdadeiros o testemunho simples e singelo da nossa fé. Nem precisa colocar o nosso nome no embrulho do presente, serão suficientes o nosso sorriso e o nosso abraço. Pensando bem, não vai ter embrulho, bastará desejar a todos um Feliz Natal... de Jesus e oferecer-lhes a coerência luminosa de nossa vida cristã” (trecho de artigo de dom Pedro Jose Conti, bispo de Macapá).

São Luis (MA)

“Que a Virgem de Nazaré, Senhora da Vitória, continue apontando a direção por onde devemos seguir. Elevemos o nosso olhar para a imensidão azul do nosso céu e sobre o verde das nossas matas e reencontrando aquele olhar de esperança dos primeiros habitantes, ousemos acreditar que o Natal pode ser tempo de uma nova esperança. Como eles, também nós, não estamos passando por tribulações e incertezas? Assim unidos de coração, lutemos por mais solidariedade, mais justiça, mais respeito ao direito de cada um, mas sem esquecer que temos deveres. E o principal destes deveres é trabalhar por um mundo mais fraterno, mais humano. Que o Natal nos permita recuperar a capacidade de amar e de gerar paz” (trecho da mensagem de dom José Carlos Chacorowski, bispo auxiliar de São Luis).

Natal (RN)

“Exorto a todos a viverem o Natal neste Ano da Fé, com o desejo renovado de um crescimento na fé, acolhimento de Deus e entrega de nossa vida a Ele. De fato, pela fé somos feitos participantes de toda a sua vida e toda a sua missão. Eis o que nos alegra. Que a alegria do Natal que se aproxima nos fortaleça na nossa experiência de fé, pois “conhecer Jesus pela fé é a nossa alegria, segui-lo é uma graça e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confia” (trecho de artigo de dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal).

Olinda e Recife (PE)

“No Natal, Deus chama a todos nós a ser humanos como Jesus. Esse é o caminho para cada um de nós e também para a Igreja como comunidade de discípulos do Senhor. A missão primeira é viver o seguimento de Jesus. Na casa do centurião Cornélio, o apóstolo Pedro resumiu assim a missão de Jesus: “Jesus de Nazaré foi o homem consagrado (ungido) por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos, porque Deus estava com Ele” (At 10, 38). Se a missão de Jesus foi essa; como Igreja, a nossa não pode ser outra: abrir-nos ao Espírito de Deus que nos preenche. Ser cheios do Espírito é a dimensão primordial da fé. Ser cheios do Espírito tem como primeiro sinal fazer o bem e cuidar dos que sofrem. É a dimensão profética e social da fé, essencial e indispensável à missão da arquidiocese. Esse cuidado com os mais pobres é o sinal mais visível e claro da presença e da atuação de Deus em nós. O Natal nos convida a viver isso não como trabalho ocasional, mas como missão que toma a vida inteira e condiciona nosso modo de ser” (trecho de artigo de dom Antonio Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife).

Belo Horizonte (MG)

“Jesus deve ser e estar no centro do Natal, sem prescindir de tantas outras coisas que compõem e dão graça especial a este tempo. Vale recuperar e investir na armação de presépios, nas casas, nas igrejas e nos lugares públicos. Uma oportunidade para os pais exercerem a catequese dos filhos, reavivando no próprio coração as lições insubstituíveis aprendidas com Cristo. Assim, o tempo do Natal, respeitando seu genuíno sentido, torna-se época especial de aproximação. Passa-se a viver um encontro que transforma corações e superam-se descompassos como a corrupção, a mesquinhez de ter só para si. O presépio ajuda a dar estatura a quem só tem tamanho, fazendo brotar a sabedoria emoldurada por serenidade, um presente para quem contempla esse sinal e aprende o sentido de sua lição” (trecho de artigo de dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte).

Rio de Janeiro (RJ)

“Ao celebrarmos o Natal, a ‘festa cristã’, não estamos apenas recordando um fato passado, mas sim atualizando para hoje essa realidade. Ao recordarmos que Jesus Cristo nasceu historicamente e que Ele virá um dia escatologicamente, queremos aprofundar o nosso encontro com Ele no tempo que se chama hoje. Ele, que é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, tornou-se a nossa “ponte” de encontro. Ele é o Pontífice que nos leva a caminhar para a união com a Trindade, e nos traz a vontade de Deus para que vivamos segundo os planos do Pai. Por isso, o tempo do Advento que acabamos de celebrar foi a oportunidade de purificarmos o nosso coração e a nossa mente para que o Natal seja realmente uma festa cristã” (trecho de artigo de dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro).

Florianópolis (SC)

"Os cristãos são chamados a fazer brilhar, com sua própria vida no mundo, a Palavra da Verdade que o Senhor Jesus nos deixou” (Bento XVI — para o Ano da Fé). Desejamos que em 2013, sejas luz de Cristo a brilhar nos corações dos que contigo partilharem os dias que o Senhor lhe conceder! Feliz Natal e Abençoado 2013!”(Mensagem de Natal de dom Wilson Tadeu Jonck, arcebispo de Florianópolis).

São Paulo (SP)

“Pedimos que Deus nos livre de ficar indiferentes e descrentes diante do Sublime Mistério, como tantos ficaram já naquele tempo! E se fecharam à novidade surpreendente de Deus e nada aproveitaram do dom de amor que Deus enviou do céu à humanidade! Hoje, “Belém é aqui, aqui é Natal!”. Deus é continuamente o “Deus-que-vem” ao nosso encontro, de formas surpreendentes! Diante dele, nós acabamos tomando as mesmas atitudes dos personagens do primeiro Natal. Cabe a nós, acolher ou fechar as portas... Se temos fé, devemos fazer como os pastores de Belém, que ficaram fascinados com tudo o que viram e ouviram e saíram a contar aos outros. Nós somos as testemunhas de Deus na cidade! Faço votos que todos tenham um santo Natal! Natal feliz é Natal com fé. Assim poderemos alegrar-nos verdadeiramente e sentir a paz que o Menino Jesus nos trouxe” (trecho de artigo do Cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo).

Brasília (DF)

“O coração e os braços que se abrem, em prece, para acolher o amor de Deus, neste Natal,  se estendam fraternalmente a todos. Que a vida Nova que Jesus nos traz, se prolongue ao longo do  Novo Ano. Feliz Natal, com o presente mais precioso que Deus mesmo nos oferece: o nascimento de Jesus! Feliz Ano Novo, com as bênçãos do Menino Deus, trazendo-nos esperança e paz!”(Mensagem de dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília).

Salvador (BA)

“O Natal nos ensina que há duas maneiras diferentes de manifestarmos nosso amor. A primeira é dando presentes. Foi assim que Deus expressou seu carinho na criação: deu-nos o sol, as flores e o ar; a lua, a água e as sementes. A outra maneira é mais difícil: trata-se de sofre pela pessoa amada. Foi como o enviado do Pai nos amou na encarnação: ‘Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens’ (Fp 2,6-7)”(trecho de artigo de dom Murilo Sebastião Krieger, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil).

Porto Alegre (RS)

“Festejamos a grande festa que é o Natal, motivo de muita alegria. Cada um de nós tem fé e cremos em alguém que veio até nós para estar conosco e transmitir paz, alegria e muita fraternidade. Então nós nos abraçamos neste dia e dizemos: Vale a pena sermos cristãos! Queremos irradiar essa nossa fé para os outros e que todos vejam a nossa alegria e se convençam de que estamos no caminho certo e temos os dons de Deus para serem vivenciados e retransmitidos. Que Deus abençoe a cada um e dê a todos a alegria do Natal” (Mensagem de Natal de Dom Dadeus Grings, Arcebispo de Porto Alegre).

Campo Grande (MS)

“’Porque Deus amou tanto o mundo que mandou o seu próprio filho, não para condenar o mundo, mas para que fosse salvo por ele’. Meu irmão, minha irmã, é com grande alegria que eu venho desejar a cada um dos nossos queridos diocesanos, de nossas famílias, um santo Natal e um feliz Ano Novo, cheio das bênçãos de Deus” (Mensagem de Natal de Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande).

Manaus (AM)

A Campanha Natal Sem Fome tem como objetivo fazer um Natal mais Fraterno e Solidário onde as famílias todas, tenham um Natal mais feliz  na partilha de alimentos, principalmente. Todas as comunidades católicas são postos de arrecadação e cada Paróquia e Área Missionária deve ter um cadastro das famílias que mais necessitam dessa ação solidária. “A intenção não é as famílias necessitadas irem procurar os alimentos nas igrejas, mas sim a Igreja ir até essas famílias não somente num gesto de compaixão, mas principalmente num espírito Solidário, pois todos somos irmão. É bom ressaltar que este gesto não fazemos só para os católicos, fazemos para todos, pois ser católico é ser universal, é ser para todos”, disse Dom Luiz Soares Vieira, arcebispo emérito de Manaus.
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Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB