segunda-feira, 24 de março de 2014

Sexo oral: legal ou imoral?


Oi Povo Católico! (confesso que fiquei pensando em um verbo pra colocar no lugar do “oi”, mas não houve nenhum que não me deixasse constrangido)

Anda rolando por aí a notícia de que um determinado arcebispo de um país de língua espanhola teria afirmado que as mulheres casadas poderiam fazer sexo oral em seus maridos, sem cair em pecado. Para se livrar do risco de perversão, ao fazer tal ato deveriam “pensar em Jesus”. Essa história é verdade? Não sei. Mas, se for, o tal arcebispo se expressou muito mal (#VergonhaAlheia). Ainda que não tenha ensinado nada errado, não é muito legal pensar em Jesus nessas horas…

Podem vasculhar a Bíblia, os documentos da Igreja, os escritos dos santos… Até onde sei, não há qualquer referência a sexo oral. Então, como poderemos saber se esse ato, dentro do casamento, é moral ou imoral? Povo, basta colocar os neurônios pra funcionar! Nenhuma carícia sexual é pecaminosa, desde que não substitua o ato sexual em si, ou seja, a penetração na vagina com “happy end”.

A Igreja ensina que o sexo entre o casal é abençoado quando feito dentro do casamento, e de acordo com o seu sentido pleno: realizar a função unitiva (favorecer a união e intimidade do casal) e procriativa. Para que a função procriativa não seja descartada, o ato sexual deve ser finalizado SEMPRE na vagina (cara, esse nome vagina é constrangedor. Vamos mudar isso. Agora, chamaremos prexeca). O marido fez isso no final? Parabéns pra ele! É isso o que interessa a Deus.

Qualquer coisa o casal tenha feito antes para chegar a esse objetivo, não é do interesse da Igreja.

Por isso mesmo o Sagrado Magistério jamais se pronunciou sobre as carícias sexuais, somente sobre o ato sexual em si. Não esperem receber de Roma um manual detalhando sobre “sexo santo”, dizendo onde o marido pode botar a mão, onde a mulher pode botar a boca… Isso é irrelevante do ponto de vista doutrinário! O que interessa é ter pontaria e não desperdiçar munição fora do alvo!

Usando o bom senso, podemos concluir que, no caso do homem em relação à mulher, não há problema moral no sexo oral. No caso da mulher em relação ao homem, é preciso cautela: as carícias orais não são pecaminosas, desde que realizadas como PRELIMINARES; o orgasmo do homem não deve ser atingido fora da prexeca (agora sim). Em suma… guenta aí malandro, senão você acaba pecando!

Além de chegar a essas conclusões pelo simples uso da lógica, podemos consultar “Manual de Teologia Moral” do Padre Teodoro da Torre Del Greco, O.F.M., Doutor em Direito Canônico. Del Greco é um especialista em moral católica, um dos mais célebres e respeitados.

Os atos incompletos. Podem ser, por exemplo, os atos imperfeitos de luxúria (beijos, abraços, toques, olhares, etc.), os quais dispõem os cônjuges ao ato conjugal.
a) Se se referem ao ato conjugal no sentido de constituirem preparação para este, são sempre permitidos, quer no próprio corpo, quer no corpo da outra parte.
Devem, porém evitar os cônjuges que de tais atos por serem muito prolongados resulte uma polução, ainda que não voluntária.”
- DEL GRECO. “Manual de Teologia Moral”


Antes de terminar, vale lembrar mais uma vez, que tudo isso só vale pra casados.  Se você ainda não casou, sugiro comprar um videogame e gastar energias jogando Battlefield. É ótimo…
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Fonte: O Catequista

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