segunda-feira, 24 de março de 2014

O Pai Nosso na Missa


Hoje esclarecemos algumas dúvidas com relação à posição, às palavras e a forma como deve ser rezada a Oração Dominical (Pai nosso) durante a celebração eucarística. Algumas dúvidas achamos por bem retratá-las em forma de perguntas e respostas para assim tornar mais acessível a compreensão dos leitores e não deixámo-los exaustivamente cansados.

A assembleia pode erguer as mãos no momento do Pai nosso, juntamente com o Sacerdote?

Não. Esta é uma atitude errada que observamos em muitas Paróquias, quase que uma realidade do Brasil. Este gesto compete unicamente ao Sacerdote, enquanto a assembleia apenas acompanha a oração em alta voz, sem, no entanto, estender os braços. Também o gesto de dar as mãos, como muitos sacerdotes convidam a fazer, deve ser considerado impróprio e inoportuno para o momento.

Terminada a Oração eucarística o Sacerdote procede a admonição, convidando os fiéis para a oração. Segundo encontra-se nas rubricas do Missal: "Extendit manus et, una cum populo, pergit: Pater Noster...". Traduzindo: "Estende as mãos e, com o povo, prossegue: Pai Nosso..." Ou seja, o povo compartilha da Oração recitando, mas sem prosseguir com o gesto sacerdotal. É necessário que para o ornamento da Liturgia e uma melhor harmonização da celebração, os fiéis possam seguir à risca os ensinamentos transmitidos pelas rubricas litúrgicas.

A Admonição e a oração podem ser cantadas?

Sim, porém a admonição nunca pelo Coral ou grupo de música, mas única e estritamente pelo Celebrante. Somente a ele compete proferir este convite à oração. "Terminada a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos juntas, diz a admonição que antecede a oração dominical; e a seguir recita, de braços abertos, esta oração juntamente com o povo" (IGMR 152). Portanto fórmulas como "Vamos dar as mãos, vamos dar...", entre outras, são totalmente incoerentes e não cabíveis ao momento.

Quanto ao Pai nosso, este pode ser cantado por toda a assembleia, contudo jamais outras fórmulas, mas aquela que se encontra unicamente prescrita no Ordinário da Missa. Sequer cogite-se a possibilidade de "Pai nosso dos trabalhadores", "Pai, meu Pai do Céu", etc... que não sigam à risca o texto original.

Diz-se o "amém" ao final da oração dominical?

Não. Ao final da oração dominical não se diz "amém", uma vez que ela não se encerra aí, mas se estende, segundo prescreve a Instrução Geral: "Terminada a oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz sozinho o embolismo Livrai-nos de todo o mal, Senhor (Libera nos…). No fim o povo aclama: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum)" (IGMR 153). Só então culminará com a aclamação da assembleia: "Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre". Esta é a resposta ao Pai nosso e ao embolismo que o segue. Convém lembrar também que este embolismo é recitado unicamente pelo celebrante e não pelos demais, nem sequer pelos concelebrantes (se houver).
___________________________________
Fonte: Facebook Mitra Diocesana de Jequié 

© Imagem: Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese De Frederico Westphalen

Nenhum comentário:

Postar um comentário