quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O fato é que o feto morre!


Profecia de profeta pequeno às vezes repercute. Entre 760 a 750 a.C., o colono Amós não era nem dos grandes nem dos de maior ressonância. Nem sequer era visto como profeta. E admitiu que não era! Mas profetizou e ousou questionar o rei Jeroboão II e o reino de Israel, que ia bem e em franca ascensão política e econômica.

Economicamente ia bem, moralmente, ia mal. A violência das ruas não era devidamente combatida e subjugada. o desperdício corria solto. Mas os pobres recebiam as migalhas. Foi esta opção errada que Amós combateu por dez anos. Deve ter repercutido, porque depois dele veio Oseias e depois dos dois veio a queda fragorosa do reino em 722 a.C. Faltou ética ao reino que enriquecera! Não havia voluntários para defender a pátria. O leitor fará bem se ler aquele livro.

Entre as graves questões morais do Brasil, assoberbado por inúmeras outras questões de ética, estão as maneiras como aqui se trata o dinheiro e a vida. A Igreja católica chamou a isso de “civilização de morte”. Joga-se fora o dinheiro do povo, o verde e as águas, milhões de vidas animais e também milhões de fetos indesejados. Desmata-se, mata-se, poluem se águas e ares e poluem também o amor. Fica-se com o prazer do sexo mas não com o dever do filho.


A sociedade, na sua maioria cristã, foi dura contra os políticos ficha suja. Agora, a reação é contra os políticos e partidos pró-aborto. E não se diga que católicos, evangélicos e espíritas não têm o direito de brigar e influenciar o voto de seus fiéis sobre esta grave questão. Brigar pela vida também é cidadania. Nós achamos que o feto é um ser humano vivo em formação. Se querem uma lei que permita extraí-los com todo o direito a nós outorgado pela Constituição nós reagimos contra legisladores e governantes que pretendem permitir que o feto seja morto. Se para eles o Deus não é autor da vida e o feto não é um ser humano, para nós é. Sendo maioria reagimos com a arma do voto.

Erram o que caluniam o candidato. Acertam os que o pressionam para nem pense em assinar leis que permitam a morte do feto. Em troca não falta quem nos acuse de ultrapassados e trogloditas. Mas achamos que troglodita é quem passa leis em favor da morte de um incapaz. Desqualificar o outro lado como ultrapassado é uma das armas no jogo político do pode-não-pode, deixa-não-deixa, crime-não-crime!

Quando um partido põe no seu programa o apoio ao aborto chamando-o eufemisticamente de assistência médica, nada mais natural que numa democracia grupos de poder reajam ante este outro grupo de poder. Argumentam em favor da saúde da mulher grávida que não deseja ser mãe. Vale dizer: apoiam a saúde da mulher mais do que a vida do feto que ela não quer. São escolhas! No seu apoio à grávida que deseja abortar, o partido está dizendo que, já que ela o fará, que o faça de maneira assistida e com assepsia! Os religiosos dizem que uma vez concebido o feto tem direito à vida, tanto quanto a mulher tem direito à saúde!


Amós estava certo. Quando um povo aceita a morte de uma vida pequena e indesejada, acabará sacramentando a morte de qualquer vida indesejada. Aquela sociedade vira civilização de morte, na qual é permitido eliminar vidas que poderão trazer algum problema! Ao defender a saúde da mulher querem aborto com qualidade de vida; mas o fato é que o feto morre!



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