sexta-feira, 20 de setembro de 2013

"Mudança no diálogo, mas não na doutrina", diz Reitor da Lateranense sobre os seis meses de Francisco.



"Estes seis meses foram um grande exorcismo para o Vaticano e o Papa Francisco é um grande exorcista no que tange à Igreja”. É uma imagem a que recorre o Reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, Padre Enrico dal Covolo, fazendo um balanço dos primeiros seis meses de Pontificado do Papa Francisco no dia seguinte à publicação da entrevista do Santo Padre à ‘La Civiltá Cattolica’.

“O Papa liberou misericordiosamente a Igreja de seus fechamentos, dos seus medos, dos seus lugares comuns, daquelas coisas repetitivas que pareciam intocáveis e imutáveis – explicou Padre Covolo. Em tal sentido, Francisco exercitou um poderoso exorcismo - do qual não penso que se voltará mais atrás -, caracterizado pela misericórdia, pela forte recuperação do perdão, sentimento que tem uma riquíssima categoria teológica”.


Em relação a temas polêmicos, o Reitor do Ateneu do Papa afirmou que “é feita uma distinção entre abertura e mudança doutrinal: são duas coisas muito diferentes! A abertura existe através do sentimento da misericórdia e do perdão para com as feridas abertas na sociedade. De fato, porém, não existe nada de novo do ponto de vista doutrinal. Novo é o estilo, a forma como diz as coisas. A abertura, que sem dúvida alguma se revela, é no plano do diálogo, em relação aos outros, tanto do fiel como do não-crente”. (JE)
______________________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário