segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cerco de Jericó, o que dizer?


Em primeiro lugar a celebração do "Cerco de Jericó" não consta em nenhum livro litúrgico aprovado pela Igreja. O "Cerco de Jericó" surge na Polônia no Pontificado de João Paulo II, como um ato devocional sem envolver o translado do Santíssimo. Tratava-se simplesmente da reza do terço diante do Santíssimo Sacramento com uma intenção. Na época em que surgiu foi com uma intenção de oração pelo Papa Beato João Paulo II dos seus conterrâneos da Polônia. Infelizmente, no Brasil, começaram a inventar paredes de tijolos, usar a cruz processional para destruir a parede com nomes de pecados, ou dificuldade, entre outras "dinâmicas", como a do vídeo na qual usa-se o próprio santíssimo como martelo para derrubar o muro, a ponto de deformar o ostensório. Tais dinâmicas são muito frequentes na pedagogia protestante neopentecostal, uma vez que não possuem liturgia e são muito afeiçoados a evocação de situações do Antigo Testamento. Muitos católicos aderem a tais dinâmicas sob um pretenso "ecumenismo". Ou ainda sob uma pretensa ignorância de repetir o visto, pois tal padre fez isso ou aquilo na paróquia vizinha e foi "muito legal". Em alguns lugares foram acrescidas as tais sete voltas com o ostensório, repetindo o que narra o texto bíblico com a Arca da Aliança. Uma vez que em certas denominações pentecostais se recriava uma arca, similar a usada por Moisés, e se repetia o "gesto das sete voltas" conforme lemos na Sagrada Escritura.





O problema não é fazer o tal Cerco, o problema é desobedecer a Igreja e profanar o Santíssimo Sacramento. O Santíssimo Sacramento não é para fazer passeio, e sim procissão. Não é para fazer toque no corpo dos fiéis, e sim para ser adorado. Não é para ser tocado por carteiras de identidade ou fotografias, é para ser contemplado. O Santíssimo Sacramento é realmente Nosso Senhor Jesus Cristo! Se o "Cerco de Jericó" é feito como uma dinâmica pastoral, como dias de pregação com o tema da tomada de Jericó, ou ainda como momento devocional de terços diante do Santíssimo exposto, ou vigílias ininterruptas, não haveria problema. Desde que entre no permitido pelos Ritual da Igreja para o Culto Eucarístico fora da Missa já existente, e desconhecido por muitos clérigos e fiéis leigos.
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Salvem a Liturgia

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