domingo, 22 de maio de 2016

Não se prostre diante do mundo!


A história do rei Nabucodonosor me faz muito lembrar o mundo secularizado e hedonista em que vivemos. Sabemos que este rei fez uma grande estátua de ouro e convidou todo o povo para prestigiar a inauguração da sua obra e ordenou que todos se prostrassem em adoração diante da estátua ao som de vários instrumentos e disse: “Aquele que não se prostrar e não adorar será imediatamente atirado a uma fornalha acesa” (Dn 3, 6). Entretanto, três homens se recusaram a fazer isso e lhe disseram: “… fica sabendo, ó rei, que não serviremos o teu deus nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3,18).

Este rei pode representar o mundo de hoje que dita suas leis e suas regras para que aceitemos suas condições. É o mundo que apresenta suas duas faces: o secularismo e o hedonismo. Contudo, às vezes, quando menos percebemos já estamos também iludidos e impregnados por essa cultura e por coisas efêmeras que podem tomar grandes proporções em nossa vida triando o foco da nossa felicidade e realização que está simplesmente na doação de si, no esvaziamento de si para pensar na felicidade do próximo, assim como Cristo fez na até a Cruz.

Nos tempos de hoje, mais do que nunca, é necessário nos fixarmos em nosso bem maior que é Cristo. Se não buscarmos a sua intimidade, nos prostraremos diante do rei Nabucodonosor e de sua estátua, que, poderia dizer, hoje é o mundo secularizado e hedonista.

Cristo é o nosso bem maior. A maior graça e riqueza que podemos alcançar nessa vida é ter JESUS CRISTO em nosso interior. Em contrapartida, a proposta do mundo é para que alcancemos a felicidade fora de nós, ou seja, naquilo que é material, que é prazeroso só pra nós. Quando Santo Agostinho chegou à conclusão de que aquilo que ele buscava estava dentro dele, disse: “Eis que estavas dentro de mim e eu Te procurava fora”. Beata Elisabete da Trindade também disse: Sinto que o Céu é Deus e Deus habita em minha alma.

Na carta de São João está escrito: “Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o orgulho da riqueza – não procede do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa com suas concupiscências; mas quem cumpre a vontade de Deus PERMANECE ETERNAMENTE”. (1Jo 2, 15 – 17).

Ou nos prostramos diante do rei Nabucodonosor e de sua estátua – que é o mundo secularizado e hedonista – para o adorar ou fazemos a vontade de Deus e permanecemos para sempre, como diz Palavra. Está diante de nós esses dois caminhos. 

Quem se decide por Deus deve saber o que está ganhando e o que está perdendo. Renunciar aos prazeres deste mundo é uma forma de ganhar a Deus. “Deus não tira nada, Ele dá tudo”, assim falou o Papa Bento XVI.

Renunciando ao mundo nós ganhamos Deus, ganhamos a eternidade e isso não é brincadeira. Só posso ir para o Céu, se experimentá-lo aqui nesta terra. Se nos detivermos no mundo e nos deixarmos ser impregnados pela sua cultura e ceder às suas ilusões, poderemos perder o céu que está bem diante de nós!

Que nossa resposta diante do mundo secularizado e hedonista, seja semelhante ao que os três homens disseram ao rei Nabucodonosor: “Nós não renderemos culto algum a teus deuses e nem adoraremos a estátua.”



Fábio Junior
Postulante na Comunidade Pantokrator
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Pantokrator/ Comunidade Católica Santos Anjos

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