segunda-feira, 4 de agosto de 2014

"Serei preso se não bombardear Gaza"


Israel pode continuar esta ocupação, mas não em meu nome”. Essas foram as fortes palavras de Udi Segal, um jovem de 19 anos, enquanto conta sua história pessoal ao ilFattoQuotidiano.it. O jovem israelense é considerado desertor do Exército por seu país. Hoje, especialmente pela internet, ele é visto como um grande testemunho no caminho em busca da paz.


Udi, depois que se posicionou, já espera ser preso no complexo militar de Prison Six, pelas autoridades do país. A acusação é a de ter se recusado a integrar o Exército nesta convocação perante a guerra na Faixa de Gaza.

A oposição dos soldados


Ele não é o único, até agora são pelo menos 50 soldados do Israel Defense Force que se recusaram a participar da operação militar. Eles explicaram porque se recusam em uma cartapublicada no Washington Post: “Nós nos opomos ao Exército israelense e à lei do serviço militar obrigatório porque repudiamos esta operação militar”. 


O rapaz de 19 anos pensa como os outros que escreveram a carta. O apoio dos cidadãos israelenses à política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda é maciça. "Mas existem muitas pessoas que estão cansadas desta guerra. Só entre meus colegas conheço pelo menos 120 ou 130 jovens que tomaram a mesma decisão que eu”, afirma o jovem.



Nunca mudarei de ideia

“Quando aproximei da idade do serviço militar obrigatório comecei a ler, estudar e me informar sobre o conflito entre Israel e a Palestina. Faz mais de um ano que me informo pelos jornais e estudo a história, sendo assim decidi que não posso fazer parte desta operação. Não sei quanto tempo permanecerei preso, mesmo se a pena prevista nestes casos é de cerca 6 meses. Isso não bastará para me fazer mudar de ideia no futuro”, disse Udi Segal.


Milhares de representantes de comunidades judaicas de todo o mundo, especialmente os guiados pelo movimento Neturei Karta, estão realizando manifestações contra os confrontos em Gaza.
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Fonte: Aleteia

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