terça-feira, 27 de novembro de 2012

Família e Facebook



Talvez muitos tenham visto transitar no facebook esta imagem que tenta alargar o conceito de família para incluir as tais uniões homoafetivas. Além disto, ela traz o exemplo da profunda retórica dos defensores da laxidão moral ao referir-se ao Silas Malafaia com o apodo de "Babaca".

Vejam só, que profundo! Esse pessoal pensa que o mero fato de afirmar é o mesmo que argumentar. O que mais me estranha, porém, não é que existam pessoas que defendem esse tipo de coisa, mas que, dentre as que o fazem, alguns se digam católicos.

Expliquemos. Para um católico sê-lo de fato, é necessário que aceite todos os dogmas ou verdades de Fé. Ora, é dogma ser a Igreja infalível em termos de Fé e Moral. A família é, naturalmente, do âmbito da moral. Logo, para um católico, o que a Igreja diz sobre a família, isto é, que deve constituir-se de homem e mulher, é a verdade.

Contudo, como hoje em dia dizer-se católico parece ser qualquer coisa indefinida e que não compromete, há muitos por aí que, embora realmente não tenham a Fé, gostam de afirmá-lo somente porque vão à Missa vez ou outra ou têm alguma devoção a algum santo ou até crêem vagamente em Deus.

Essas pessoas costumam pensar que a defesa da família nos moldes tradicionais é uma atitude preconceituosa. Esquecem-se, porém, que tal é a visão cristã e os cristãos têm o dever da coerência. Mas já que não aceitam o que a Igreja "intolerante" ensina, poderiam pelo menos informar-se do que a este respeito fala a Sagrada Escritura. E esta é veemente ao referir-se às relações homossexuais como "paixões infames" e ensinar que os sodomitas não herdarão o reino dos céus.

Que um ateu não esteja nem aí pra Escritura ou para o que a Igreja ensina, entende-se; mas um católico? Será que não percebem a contradição disto? 

O ponto, porém, é que estas pessoas se consideram as esclarecidas! A Igreja mantém a sua estrutura medieval e, no vocabulário desses indivíduos, medieval é o mesmo que obscuro e ignorante. Já o termo "moderno" passa a significar algo luminoso, inteligente, superior... Em pleno século XXI, aferrar-se à posição tradicional é inaceitável, esbravejam. E, de novo, não percebem a contradição disto. Como dizia o Chesterton, os antigos foram realmente muito tolos se conseguiram ser mais tolos que nós.

Convém perguntar: se a Igreja é assim tão ignorante, por que raios esse povo se define católico? Será a verdade mutável? Se a verdade evolui, nada é certo! A Bíblia não é certa, nem tampouco a Igreja. Logo, não sabemos nada sobre Deus hoje; somente sabemos d'Ele o que Ele era há dois mil anos atrás. E, convenhamos, parece que Ele era "preconceituoso" naquela época. Agora, porém, Ele certamente mudou, evoluiu, tornou-se mais "tolerante". Mas, com base em que o afirmam? Respondo: com base nas próprias preferências pessoais e em suposições românticas. Não há nenhuma motivação mais profunda que isso.

Pensam que o que importa é o que se sente. "Se um homem ama outro homem, ótimo! Que vivam juntos!" Ora,  mas se é assim, porque razão condenam um pedófilo, por exemplo? Seguindo a sua lógica, deixemos que o pedófilo seja fiel às suas paixões e alcance a felicidade envolvendo-se com crianças! Além disto, cedamos os cadáveres aos necrófilos, ou elogiemos os zoófilos e todo tipo de peculiaridade sexual, porque as paixões agora são lei. Propiciemos todo o conforto e isenção a estes sujeitos! Não atentemos contra a sua realização! Não sejamos intolerantes! Afinal, estamos no século XXI!

Em geral, essas pessoas não defenderão tais comportamentos, mas, ao diferenciarem uma coisa da outra, estarão usando algum tipo de critério. Perguntemos: qual é este critério? Com base em que essas pessoas reconhecem o que é legítimo e o que não é legítimo? 

Em geral, a tomada de posição em favor da sodomia se deve ou à inclinação pessoal a este ato, ou a qualquer vago sentimento de compaixão para com esta classe supostamente vítima do preconceito de intolerantes e fanáticos religiosos. E a maioria dessas pessoas, partindo do pressuposto de que os defensores da família são preconceituosos ou homofóbicos, se isenta de pensar a respeito do assunto com vagar e de considerar os argumentos da parte oposta. Todo o seu discurso é muito confortável: eles têm a maioria do seu lado, ganham a admiração de outros vários grupos que extasiam diante de tal demonstração de clareza e maturidade e recebem a confirmação midiática contínua de que não fazem parte da tosca classe dos religiosos bitolados. Ainda que sejam religiosos, agora eles são esclarecidos!

A verdade, então, cede ao consenso e ao conforto. É questão de maioria e de interesse pessoal. Ora, mas se é de maioria, pensemos que os 20 séculos anteriores de cristianismo somam, por certo, muito mais pessoas do que a época atual e que nesses tais vinte séculos a sodomia nunca foi bem vista. Somos então a legítima maioria! É a democracia chestertoniana. No entanto, nós não costumamos apelar para isso porque sabemos que a verdade não depende da quantidade de adeptos. Ela existe objetivamente e podemos conhecê-la.

Mesmo se abrirmos mão da religião, a própria estrutura do corpo humano testemunha a nosso favor, pois, fisiologicamente, o pênis ordena-se à vagina e vice-versa. Na relação heterossexual, tudo acontece com harmonia, o que culmina na formação de uma vida. É o corpo humano reconhecendo a sua ordem. O ânus, porém, não é um órgão sexual. A relação sexual homoerótica está para sempre fadada à esterilidade, pois se opõe à natureza.

Quem vive, portanto, no mundo da fantasia, querendo mudar a estrutura da realidade são os defensores da imoralidade que intentam destruir o conceito cristão de família e pôr em seu lugar qualquer coisa, qualquer tipo de união. Se um homem quer copular com outro homem, isto é lá com eles. Porém, que queiram legitimar este tipo de coisa, inclusive utilizando, para tal empresa, o nome de Deus, aí já é demais. Igualar a família a este tipo de união é obviamente uma ofensa.

Portanto, o cartaz acima não tem qualquer verdade. Como os gayzistas não conseguem refutar o que o Silas, com coragem exemplar, tem dito a este respeito, então apelam para as pechas e ofensas já tão típicos desses sujeitos e que antes honram que envergonham as suas vítimas.

Na verdade, o cartaz verdadeiro deve ser esse:


Se você é católico, não se isente de defender a verdade. Não saia partilhando porcarias por aí; não caia nesse romantismo mole e covarde visando o teu conforto pessoal e o aplauso dos outros. Jesus disse: "não vos conformeis com este mundo". Respeitemos todas as pessoas, inclusos os homossexuais. No entanto, daí não decorre que tenhamos de respeitar a prática homossexual. Isto é outra coisa e não nos é permitido.
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Fonte: http://anjosdeadoracao.blogspot.com.br/2011/12/familia-e-facebook.html

2 comentários:

  1. "Amar o próximo com a ti mesmo" Conheçe esta frase?
    "deixemos que o pedófilo seja fiel às suas paixões e alcance a felicidade envolvendo-se com crianças! Além disto, cedamos os cadáveres aos necrófilos, ou elogiemos os zoófilos e todo tipo de peculiaridade sexual, porque as paixões agora são lei." Bom, animais não teem sentimentos, e não é correto mesmo a zoofilia. Mas pessoas que sentem atração por outras co mesmo sexo... O que há de errado?
    A paixão, dita no texto, se refera a seres humanos, com sentimentos. Você realmente acha que o pedófilo sente paixão por uma crinça, ou ele sente prazer?
    O necrófilo tem paixão por cadáveres?
    " Na relação heterossexual, tudo acontece com harmonia, o que culmina na formação de uma vida." Então o sexo serve para somente gerar uma vida? Bom... na minha opnião, o sexo serve para trocar carícias, demonstrar o afeto de modo mais íntimo e tudo mais...
    Quanta homofobia num texto só...
    Parabéns, pela matéria... que vem de um lugar que diz que "Deua ama a todos", e depois postam coisas do tipo.. Então os homossexuais então completamente errados diante dessa "matéria"...
    Reflitam...

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  2. Olá, Anônimo*,

    primeiramente queremos lhe agradecer pela visita ao nosso site e esclarecer algumas questões a respeito da postagem acima que pertence a outro site.

    No que diz respeito ao texto, primeiramente sua finalidade não é criticar as pessoas com tendências homossexuais, os pedófilos, os zoófilos, etc. O que o autor está debatendo e argumentando são pessoas que se dizem "católicas" e transmitem ensinamentos completamente diferentes do que ensina a doutrina da Igreja e, não só, o texto vai além, querer dizer que "Deus aprova" tais atos.

    Para deixar mais claro, e é justiça que se faça isso, o exemplo do falecido Clodovil Hernandes que era homossexual assumido, não era a favor das práticas homossexuais, ou seja, ele acreditava - mesmo sendo homossexual - que Deus jamais aprovaria tal situação. Como exemplo, escreverei aqui uma breve declaração dele aos ativistas LGBT.:

    - "Eu não sei porque dessa luta, para provar o quê?!... eu não tenho orgulho nenhum de ser gay, eu tenho orgulho é de ser quem eu sou".

    [ativistas do LGBT começam a vaiar e a tumultuar]

    - "Com certeza vocês me convenceram a não ir definitivamente nessa parada gay porque eu sou a favor da família. Eu acho que eu nasci de um homem normal e de uma mulher normal".

    Em todo o caso, segue o link para você fazer uma análise melhor do vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=6pB6soYZjGY

    Uma coisa que o texto separa é como determinada pessoa vê e faz análise do conceito de família (mas poríamos citar várias outras coisas!).

    Atualmente o homem moderno possui a tendência de aplaudir aquilo que Deus reprova, e pior, usar o nome de Deus como se Ele tivesse mudado de opinião ou santificado tais atos.

    Ora, querer aprovar as práticas homossexuais por meio das leis divinas é impossível! O Catecismo da Igreja Católica assim exprime: "O prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e união" (CIC 2351). Portanto, encontramos duas finalidades para o ato sexual: "procriação e união" coisa que biblicamente jamais haverá entre um casal homossexual.

    O mandamento de Jesus "amar ao próximo como a si mesmo", espero não tenha sido interpretado com a "união homossexual" pois o amor que se diz aqui é o ágape, aquele amor fraterno que você dá sem esperar algo em troca. Aquele mesmo bem que você deseja para si e o deseja para os outros também.

    Quanto ao termo "paixões" a que você se referiu, talvez tenha sido interpretado erroneamente.

    "Os sentimentos ou paixões designam as emoções ou movimentos da sensibilidade que inclinam alguém a agir ou não agir em vista do que é experimentado ou imaginado como bom ou mal. Em si mesmas, as paixões não são boas nem más. Só recebem qualificação moral na medida em que dependem efetivamente da razão e da vontade..." (CIC 1763 e 1767).

    Portanto, entendemos que o texto apenas se refere aos homossexuais devido ao contexto em que foi escrito, porém, são inúmeras pessoas que usam o "nome de Deus" (ver: 2º mandamento do decálogo) para querer legitimar suas ações que são plenamente contrárias às leis naturais e, portanto, divinas. É a isto que o texto se refere!

    Não nos convém aqui entrar na questão do julgamento que convém somente a Deus. Sempre existiram homossexuais, no entanto, embora suas práticas sejam reprovadas, "são chamados à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressadas, pela oração e pala graça sacramental, PODEM E DEVEM SE APROXIMAR, gradual e resolutamente, DA PERFEIÇÃO CRISTÃ" (CIC 2359).

    Esperamos ter esclarecido, paz e bem!

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