domingo, 11 de novembro de 2012

O Argumento do Homem Primitivo e da Vaca Morta


O que existe após a morte? Quem somos, de onde viemos e para onde vamos? A morte é o fim de tudo?

Este argumento refere-se ao homem da antiguidade; a um simples homem a viver nas primeiras civilizações humanas, na Idade Antiga. Usaremos para ele o termo "primitivo".

Um pouco de filosofia...


DADOS: O homem primitivo tem duas vacas. Uma delas morre.

QUESTÃO: Qual é a diferença entre a vaca morta e a vaca viva? A diferença é tão grande que o homem primitivo precisa de duas palavras para designar essas duas vacas diferentes: “viva” e “morta”. Morta, naturalmente, significa que ela carece do que a viva tem. Mas o que é? O que faz a vaca viva, ser viva?

MÉTODO: O homem primitivo conhece um método simples para descobrir uma resposta que provavelmente não tenha ocorrido a um filósofo: ele olha para seus dados! Parece não haver diferença material (tamanho, peso ou cor) entre as vacas. Contudo, algo está claramente faltando. O que é? O que é a vida?
ASPECTO EMPÍRICO DA RESPOSTA: A resposta óbvia para qualquer observador, cuja cabeça ainda não esteja nas nuvens das teorias competitivas, é que a vida é o que faz a vaca respirar [a palavra para vida ou alma é a mesma para sopro e respiração em muitas línguas antigas]. Não significa que a vida seja o ar, mas sim, O PODER PARA MOVÊ-LO PELOS PULMÕES; ainda existe ar no pulmão da vaca morta, mas não “respiração”, força para movê-lo.

ESCLARECIMENTO DOS TERMOS: O termo “alma” pode significar no mínimo três coisas diferentes, mas relacionadas: (1) o princípio ou a fonte de vida para um corpo vivo; (2) o princípio da consciência, ou (3) o princípio da autoconsciência ou da personalidade. Neste argumento, usamos “alma” no sentido 1. Neste sentido, humanos, animais e até plantas têm uma espécie de alma – um princípio de vida.

DEDUÇÃO DO HOMEM PRIMITIVO: O homem primitivo descobriu que “a vida não é uma coisa material”, tal como um órgão. É a vida dos órgãos, a vida do corpo. Não é algo que vive, mas algo pelo qual os órgãos (e nós) vivemos.

INFERÊNCIA: Se a vida (alma) não é algo que vive, mas algo pelo qual nós vivemos, então ela também não pode morrer, - pelo menos, da forma que os corpos morrem. Estes morrem pela remoção da vida (alma), mas a alma não pode morrer pela remoção da alma. A alma não pode perder a alma. Os corpos morrem porque eles têm a vida emprestada. A alma não tem a vida emprestada. A alma NÃO TEM vida, a alma É a vida, ou pelo menos DÁ vida enquanto o corpo a GANHA.

CONCLUSÃO FINAL


Se o corpo tem a vida emprestada da alma, esta pode, por sua vez, ter um empréstimo de outra fonte superior – a Fonte da Vida.

Existe em nós uma alma imaterial que, como não é feita de matéria, não precisa ser sujeita às leis da matéria, incluindo a mortalidade.

Se não houvesse mente ou vontade controlando meus braços e pernas, meus músculos e nervos, eu não seria capaz de saltar nem de levantar as coisas. Quando meu corpo morrer, meus membros já não poderão mais se mover, embora os músculos e os nervos permaneçam. Quando eu morrer, meu corpo reverterá sua obediência às meras leis físicas.

Se existe um poder da alma que não pode vir do corpo, isso indica que a alma não é uma parte ou função do corpo. Por outro lado, isso indica que ela não está sujeita às leis do corpo, incluindo a mortalidade.

Tal poder da alma existe, e não poderia proceder do corpo. É o poder de DAR SIGNIFICADO ao corpo. O corpo não pode dar significado a si mesmo, nem mesmo conhecer-se.

O que faz de mim uma pessoa? É o meu corpo físico? Penso que não. Estou certo que você já foi a um enterro e viu um corpo morto deitado no caixão. Você está olhando para uma pessoa? Não! Está vendo um corpo morto.

É preciso compreender que o que faz a pessoa não é o corpo. Em lugar disso, a pessoa é o que sai do corpo. Emoções. Vontade. Intelecto. Sentimentos. Essas são algumas características que tornam você uma pessoa e que lhe dão uma personalidade.

O famoso ateu Jean-Paul Sartre, após refletir por longo tempo sobre a vida, admitiu que chega um tempo na vida em que nós, e até o mais feliz dos homens pergunta a si mesmo: Há algo mais? "Isso é tudo o que há?” 'Isso é tudo o que existe'?

A INSATISFAÇÃO EM RELAÇÃO A TUDO QUE NOS É TANGÍVEL MOSTRA QUE DEVE HAVER ALGO MAIOR E MELHOR.

A eternidade é um tempo sem fim. Querendo ou não, todos nós temos anseio pela eternidade.

Também reclamamos do tempo. Nunca parece haver tempo suficiente - mesmo agora, muito menos quando estivermos morrendo. Portanto, DEVE HAVER MAIS TEMPO, deve haver a eternidade.


Nós nos queixamos deste mundo. Ele não é suficientemente bom. Portanto, deve haver outro mundo, que seja "suficientemente bom".


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Referência: http://criacionismoevidencias.blogspot.com.br/2009/08/o-argumento-do-homem-primitivo-e-da.html

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