quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Temer pede apoio a pastores evangélicos para aprovar Reforma da Previdência


Nesta segunda-feira (15), o presidente Michel Temer recebeu o fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, apóstolo Valdemiro Santiago. O encontro fez parte de uma agenda política de Temer com lideranças evangélicas em busca de apoio pela Reforma da Previdência. As informações foram dadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

O foco nos líderes evangélicos deve-se à capilaridade das denominações neopentecostais sobre a população de baixa renda, que, segundo análise interna do governo, concentra a maior parte da resistência às mudanças na aposentadoria.

No encontro, Temer teria explicado pontos da reforma ao apóstolo e solicitado apoio público. O encontro teria sido marcado pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. De acordo com a publicação, novos encontros devem acontecer nas próximas duas semanas. 

Além de ir a programas populares na TV para defender a proposta, ele também tem feito uma ofensiva junto ao público evangélico, por meio de seus líderes. Devem ser convidados ainda os pastores Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus Brás, Silas Malafaia, do Ministério Vitória em Cristo, e Samuel Câmara, da Assembleia de Deus em Belém. A estratégia faz parte da ofensiva do governo em busca de apoio pela reforma.

Na terça-feira, ele recebeu o apresentador Amaury Jr. no Palácio da Alvorada para conceder uma entrevista, que deverá ir ao ar no dia 27 na TV Bandeirantes. Na quinta-feira, ele irá a São Paulo para gravar sobre o tema nos programas de Silvio Santos e do Ratinho, ambos do SBT.

Em meio a tudo isso, ele tem de continuar tentando convencer os deputados. Nesta terça-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um aliado do governo, disse em encontro na Câmara de Comércio dos Estados Unidos que trata a reforma da Previdência como prioridade, “mas sem nenhum tipo de otimismo”.

Para a proposta ser aprovada na Câmara, serão necessários que pelo menos 308 deputados votem a favor em dois turnos. Com isso, a medida será enviada para o Senado, que também votará em dois turnos. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), será necessário o apoio de 49 dos 81 senadores.
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Pleno News/ Veja/ O Antagonista

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