sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Igrejas não devem ser locais de propaganda política, alerta juiz no AC




Pastores, padres, diretores de centros espíritas, candomblecistas e demais líderes religiosos, que forem candidatos durante as eleições 2014, são orientados por juiz eleitoral a se desincompatibilizarem dos centros religiosos durante o período de campanha eleitoral. Segundo o juiz Anastácio Menezes, da 10ᵒ zona, responsável pela propaganda eleitoral em Rio Branco, mesmo não existindo uma norma que obrigue a desincompatibilização, é prudente que os candidatos se afastem.

O juíz afirma ainda que caso seja configurado abuso do poder religiosos, os candidatos podem ter o registro eleitoral suspenso e, se eleitos, serem cassados.

"Se o pastor ficar ministrando seus cultos e ficar evidenciado um abuso do poder religioso, ainda que ele seja eleito, ele vai perder seu diploma e ser cassado. Para evitar esse transtorno, a gente aconselha que o pastor desincompatibilize. O mesmo ocorre com padres, eu falo do pastor, mas isso serve para qualquer culto religioso", diz.

Menezes ressalta que é proibido propaganda eleitoral durante os cultos religiosos. "Na lei geral de eleições está colocado que em atos públicos e abertos ao público, e aí está inserido o cultos religiosos, não pode haver nenhum tipo de propaganda eleitoral. Em um comício, que é um ato destinado a propaganda eleitoral, o religioso pode perfeitamente falar da palavra de Deus. O problema é ele falar de eleição no culto dele", afirma o juiz.
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Fonte: G1AC

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