terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Papa Francisco expulsa sacerdote legionário do estado clerical por abuso sexual



O Papa Francisco aprovou a expulsão do estado clerical de Fernando Martínez Suárez, membro dos Legionários de Cristo que abusou de pelo menos seis meninas no início dos anos 1990 em uma escola de Cancun (México).

Assim os Legionários de Cristo informaram às vítimas em uma carta assinada em 13 de janeiro por Pe. Andreas Schöggl, secretário-geral da congregação religiosa.

Em sua carta, Pe. Schöggl explicou que Pe. Eduardo Robles Gil, diretor geral dos Legionários de Cristo "está em exercícios espirituais", de modo que "pediu-me para comunicar pessoalmente o seguinte: Nesta manhã, Fernando Martínez Suárez foi notificado de que o Santo Padre aceitou seu pedido de deixar o estado clerical para o bem da Igreja (pro bono Ecclesiae)”.

O secretário-geral dos Legionários de Cristo indicou que Fernando Martínez Suárez “fez essa msolicitação para, de alguma forma, aliviar o sofrimento causado a você e às demais vítimas. A Congregação para a Doutrina da Fé a submeteu ao Santo Padre após um estudo atento do caso”.

Meses atrás, Martínez Suárez foi acusado publicamente de abusar de meninas no início dos anos 1990, quando dirigia o Instituto Cumbres, em Cancun (México), uma escola administrada pelos Legionários de Cristo.

Em um documento publicado em 22 de novembro de 2019, os Legionários de Cristo confirmaram que Martínez Suárez abusou de pelo menos seis meninas de 6 a 11 anos, entre 1991 e 1993.

Também há uma acusação contra o sacerdote realizada em 1969, pelo abuso de um menino de 4 a 6 anos, assim como de uma menina em 1990. Ambos os casos correspondem ao Instituto Cumbres Lomas, na Cidade do México.

O caso de Martínez Suárez reavivou os questionamentos aos Legionários de Cristo e ao seu processo de renovação. 

Dom Gänswein: "Bento XVI escreveu o texto, mas pede para retirar seu nome como coautor"



Dom Georg Gänswein, secretário particular do Papa Emérito Bento XVI, informou que, a pedido do Papa Emérito, seu nome não aparecerá como coautor do livro “Do mais profundo de nossos corações” (tradução livre) e que também será retirada sua assinatura da introdução e das conclusões.

Em declarações nesta terça-feira, 14 de janeiro, a CNA Deutsch – agência em alemão do Grupo ACI –, o também prefeito da Casa Pontifícia disse que “o nome de Bento XVI como ‘coautor’ foi removido e que agora o livro será publicado com o texto: ‘escrito com a contribuição de Bento XVI’”. Além disso, a assinatura de Bento XVI foi removida da introdução e da conclusão, já que eles são textos do Cardeal Sarah”. Acrescentou que se trata de “atribuir corretamente a autoria. Não se trata de mudanças no conteúdo”. 

Do mesmo modo, em declarações à agência KNA, Gänswein indicou que solicitou ao Cardeal Robert Sarah que transmita este pedido aos editores de “Des profondeurs de nos cœurs” (“Do mais profundo de nossos corações”). O livro será publicado em francês pela editorial Fayard e em inglês por Ignatius Press.

“O Papa emérito, de fato, sabia que o cardeal estava preparando um livro e tinha enviado um pequeno texto seu sobre o sacerdócio, autorizando-o a usá-lo como o desejasse”, relatou Dom Gänswein.

Entretanto, acrescentou que Bento XVI “não tinha aprovado nenhum projeto para um livro assinado conjuntamente nem tinha visto e autorizado a capa”. “Foi um mal-entendido, sem questionar a boa fé do Cardeal Sarah”, expressou Dom Gänswein.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Uma contribuição sobre o celibato sacerdotal em filial obediência ao Papa


No dia 15 de janeiro, na França, será publicado um livro sobre o sacerdócio assinado pelo Papa emérito Joseph Ratzinger e pelo cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Segundo antecipações fornecidas pelo jornal Le Figaro, os autores entram no debate sobre o celibato e sobre a possibilidade de ordenar sacerdotes casados.  Ratzinger e Sarah – que se definem dois bispos em «filial obediência ao Papa Francisco» que «buscam a verdade» num «espírito de amor pela unidade da Igreja» - defendem a disciplina do celibato e apresentam as motivações para não mudá-la, segundo o parecer de ambos. A questão do celibato ocupa 175 páginas do volume, com dois textos, um do Papa emérito e outro do cardeal, com uma introdução e a conclusão assinadas pelos dois.

Sarah, no seu texto, recorda que «há um elo ontológico-sacramental entre sacerdócio e celibato. Qualquer enfraquecimento deste elo colocaria em discussão o magistério do Concílio e dos Papas Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. Suplico ao Papa Francisco que nos proteja definitivamente de tal eventualidade, vetando qualquer enfraquecimento da lei do celibato sacerdotal, mesmo limitado a uma ou outra região». Sarah chega a definir uma «catástrofe pastoral, uma confusão eclesiológica e um ofuscamento da compreensão do sacerdócio» a eventual possibilidade de ordenar homens casados. Bento XVI, em sua breve contribuição, refletindo sobre o argumento remonta às raízes hebraicas do cristianismo, e afirma que o sacerdócio e o celibato estão unidos desde o início da «nova aliança» de Deus com a humanidade, estabelecida por Jesus. E recorda que já «na Igreja antiga», isto é,  no primeiro milênio, «os homens casados podiam receber o sacramento da ordem somente se estivessem comprometidos a respeitar a abstinência sexual».

O celibato sacerdotal jamais foi um dogma. Trata-se de uma disciplina eclesiástica da Igreja latina, que representa um dom precioso, definido deste modo por todos os últimos pontífices. A Igreja Católica de rito oriental prevê a possibilidade de ordenar sacerdotes homens casados e exceções foram admitidas também para a Igreja latina justamente por Bento XVI, na Constituição apostólica “Anglicanorum coetibus”, dedicada aos anglicanos que pedem a comunhão com a Igreja Católica, em que se prevê «admitir caso por caso à Ordem Sagrada do presbiterado também homens conjugados, segundo os critérios objetivos aprovados pela Santa Sé».

Vale a pena recordar ainda que, sobre este argumento, se expressou várias vezes também o Papa Francisco, que ainda cardeal, no livro com o rabino Abraham Skorka, explicou ser favorável à manutenção do celibato «com todos os prós e os contra que comporta, porque são dez séculos de experiências mais positivas do que de erros. A tradição tem um peso e uma validade». Em janeiro passado, no diálogo com os jornalistas no voo de regresso do Panamá, o Papa recordou que na Igreja católica oriental era possível a opção celibatária ou matrimonial antes do diaconato, mas acrescentou a propósito da Igreja latina: «Vem-me à mente aquela frase de São Paulo VI: ‘Prefiro dar a vida antes que mudar a lei do celibato’. Veio-me à mente e quero dizê-la, porque é uma frase corajosa, num momento mais difícil do que o atual (nos anos ‘68/’70). Pessoalmente, penso que o celibato é uma dádiva para a Igreja. (...) Não estou de acordo com permitir o celibato opcional». Na sua resposta, falou também da discussão entre os teólogos acerca da possibilidade de conceder concessões para algumas regiões perdidas, como as ilhas do Pacífico, afirmando, porém, «que não há decisão minha. A minha decisão é: celibato opcional antes do diaconato, não. É uma coisa minha, pessoal… Eu não o farei: isto fique claro. Sou «fechado»? Talvez. Mas não me sinto, diante de Deus, de tomar tal decisão.».

Jornalistas progressistas criam teoria da conspiração pondo em dúvida a autoria de Bento XVI sobre livro contra o fim do celibato

 
Neste domingo (12), o jornal francês Le Figaro publicou uma série de trechos do novo livro de autoria do Papa Emérito Bento XVI juntamente com o Cardeal Sarah, prefeito do dicastério de liturgia do Vaticano, a obra Des profondeurs de nos cœurs (“Das profundezas de nossos corações”, em português) abordará a atual “crise na Igreja”, fazendo uma defesa do sacerdócio católico e do celibato sacerdotal.

As acusações (de que a autoria não seria de Bento XVI) não passam de mera teoria da conspiração. O próprio site oficial do Vaticano já confirmou que é de autoria do Papa Emérito Bento XVI.

Um dos jornais mais vendidos da Espanha, ABC, publicou ainda a pouco uma notícia onde o jornalista Juan Vicente Boo sustenta a teoria da conspiração que nega que o livro seja de autoria de Bento XVI. Na manchete está o seguinte: ”Bento XVI nunca viu ou aprovou o livro que o cardeal Sarah apresenta como de ambos”. Ele também afirma que o livro ”é um ataque contra Francisco disfarçado de defesa do celibato”. O jornalista acusa o grandioso Cardeal Sarah com as seguintes palavras: "Tudo parece indicar uma séria manipulação de Bento XVI pelo cardeal guineense, prefeito da Liturgia e um dos principais oponentes visíveis a Francisco”. Juan Vicente também afirma:

    O que aconteceu é que, há alguns meses, Bento XVI trabalhou em um texto sobre o sacerdócio e o cardeal Sarah pediu que ele o visse. O papa emérito o deixou sabendo que o prefeito da Liturgia estava escrevendo um livro sobre o sacerdócio e, provavelmente, pensando que ele o usaria apenas como pano de fundo.

    A partir daí, tudo é obra do cardeal guineense e de seu publicitário, Nicolas Diat, junto às editoras Fayard da França, Ignatius Press dos Estados Unidos e Cantagalli da Itália.

Em novo livro escrito com Bento XVI, Cardeal Sarah descarta ordenar diaconisas afirmando que João Paulo II já definiu a questão


Um novo livro, em co-autoria do Papa emérito Bento XVI e do cardeal Robert Sarah – o prefeito da Congregação do Culto Divino – descartou a possibilidade de a Igreja criar diáconos femininos, assunto que surgiu no Sínodo Amazônico concluído em outubro.
 
Em 12 de janeiro, estourou a história de que o papa emérito Bento XVI e o cardeal Sarah estavam publicando um livro, em diferentes idiomas, em defesa do celibato sacerdotal. A edição em inglês, intitulada From the Depths of Our Hearts , será publicada pela Ignatius Press. LifeSiteNews recebeu uma cópia de revisão.

Neste livro, o cardeal Sarah deixa claro que o diaconato feminino foi descartado pela Igreja Católica. A “possibilidade de as mulheres serem ordenadas sacerdotes ou diáconos”, afirma Sarah, “foi resolvida definitivamente por São João Paulo II na Carta Apostólica Ordinatio sacerdotalis de 22 de maio de 1994”.

O Papa Bento XVI e o Cardeal Sarah afirmam explicitamente que este livro – que contém um ensaio individual do Papa Bento XVI e do Cardeal Sarah – foi escrito após muitas trocas pessoais e escritas entre os dois e enfatizam a “semelhança de nossas preocupações e a convergência de nossas conclusões. ”Portanto, a conclusão do cardeal Sarah sobre o diaconado feminino provavelmente reflete a posição do próprio papa Bento sobre o assunto.

Em um capítulo intitulado “O Sacramento das Ordens Sagradas e o lugar das mulheres”, o Cardeal Sarah afirma que “o enfraquecimento do celibato abala o edifício eclesial como um todo. De fato, debates sobre o celibato naturalmente suscitam questões sobre a possibilidade de mulheres serem ordenadas como sacerdotes ou diáconos. ”Depois de dizer que isso foi descartado pelo Papa João Paulo II em 1994, ele continua citando João Paulo II sobre isso. matéria: “a Igreja não tem autoridade alguma para conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esse julgamento deve ser mantido definitivamente por todos os fiéis da Igreja”.

Comentários Cardeal Sarah: “Contestar isso revela uma ignorância da verdadeira natureza da Igreja”. Ele continua explicando o plano de Deus de “complementaridade entre homem e mulher” e comparando-o com a “relação conjugal entre Jesus e sua noiva, a Igreja. ”

“Promover a ordenação de mulheres”, continua o cardeal africano, “equivale a negar sua identidade e o lugar de cada sexo”.

O cardeal Sarah escreve que uma mulher tem a disposição de “receber amor”, e a Igreja, da mesma forma, está recebendo o “amor virginal de Jesus”. “Ouso dizer”, continua Sarah, “que a Igreja é fundamentalmente feminina; ela não pode prescindir das mulheres. ”Ele também estabelece um vínculo direto com Maria, a Mãe Santíssima, com suas“ disposições de escutar, acolhimento, humildade, fidelidade, louvor e espera. ”As mulheres, imitando essas características, podem recordar“ essas disposições a todos os batizados ”, diz o prelado.

O papel do governo da Igreja, no entanto, é confiado aos homens. O cardeal Sarah chama isso de “um serviço amoroso do noivo para a noiva”. “Portanto”, ele explica, “só pode ser realizado por homens identificados com Cristo, o noivo e o servo, através do caráter sacramental do sacerdócio. Se o tornarmos objeto de rivalidade entre homens e mulheres, reduzimos a uma forma de poder político e mundano. ”

O cardeal Sarah menciona explicitamente a discussão sobre o diaconato feminino: “Atualmente, campanhas de mídia habilmente orquestradas estão pedindo o diaconato feminino. O que eles estão procurando? O que está oculto por trás dessas estranhas demandas políticas? A mentalidade mundana de “igualdade” está em ação. Eles estão provocando uma espécie de ciúme mútuo entre homens e mulheres, que só pode ser estéril.”

Sheik iraniano pede que Muçulmanos reajam ao filme do Porta dos Fundos


Imagem dos personagens entre chamas e os dizeres em letras garrafais “Netflix e a maior blasfêmia do século”  iniciam o vídeo do Sheik iraniano Qodi sobre o especial de Natal, gravado pelo grupo humorístico brasileiro Porta dos Fundos.

O jornalista Leonardo Coutinho avalia o posicionamento do líder Muçulmano como “algo preocupante e potencialmente perigoso”. “Qomi ressalta que a violência não deve ser aplicada contra o Porta dos Fundos. Fala em ações ‘racionais’. Mas sugere como exemplo a fatwa (decreto religioso) que o aiatolá Khomeini contra  Salman Rushdie.

O caso aconteceu no final da década de 80 quando o escritor britânico  Rushdie recebeu a sentença de morte do aitolá devido ao livro “Versos Satânicos”. O escritor foi acusado de ridicularizar O Corão e Maomé. Por meio  deste decreto,  o imã pediu que “todos os muçulmanos zelosos” tentassem matar o autor do livro, extingui a  editora e “aqueles que conhecem o conteúdo” do romance, “de forma que ninguém possa insultar as santidades islâmicas”. Uma recompensa alta foi oferecida pela cabeça do escritor na ocasião.

O Sheik  explica no vídeo que no Irã, ofensas contra os profetas são classificadas  como blasfêmia, um  crime que prescreve penalidades como a fatha. Quomi relembra que após o episódio de Rushdie, ninguém mais se atreveu a escrever contra o profeta Maomé. O líder considerou esse fato de extrema violência como exemplo.

Qomi orienta que os muçulmanos reajam ao filme do Porta dos Fundos. “Amamos o santíssimo Jesus de todo coração. Amamos a ele, amamos à Santíssima Virgem Maria. Por isso não admitimos que alguém venha a faltar com respeito a essas pessoas tão importantes. Não permitimos que alguém insulte, blasfemem ou difamem estas pessoas santas”.

Coutinho descreve para seus seguidores quem é o iraniano em questão. “Minhas fontes explicam que Qomi é o sucessor de Rabbani no comando da expansão das operações ‘culturais e religiosas’ do Irã na América Latina”.  Mohsen Rabbani é pai da esposa de Qomi, que é acusado de ser o arquiteto dos atentados contra a sede da AMIA [ Associação Mutual Israelita Argentina], em 1994, com um saldo de 85 mortos.

O líder muçulmano fala no vídeo que é preciso uma reação inteligente, não violenta e não emocional. Também se deve evitar a indiferença, para não cair no perigo  “perder a sensibilidade da fé”. “Não vamos insultar, não vamos atacar, para que os protagonistas deste filme não se  sintam oprimidos e saiam como heróis. Não, não, isso, não”.

Qomi acredita que cristãos e muçulmanos devem se unir a partir do amor que têm a Jesus. O segundo passo segundo o líder é tomar medidas legais de acordo com as leis do país. O cancelamento da Netflix também foi orientado pelo líder como uma atitude concreta para os crentes.

Bento XVI anuncia novo livro sobre celibato e a crise na Igreja: “Eu não posso ficar em silêncio!”


O jornal francês Le Figaro publicou neste domingo uma série de trechos do novo livro do Papa emérito Bento XVI, incluindo uma forte defesa do papel do celibato na Igreja Católica. Escrito em conjunto com o cardeal conservador Robert Sarah, prefeito do dicastério de liturgia do Vaticano, a obra Des profondeurs de nos cœurs (“Das profundezas de nossos corações”, em português) abordará a atual “crise na Igreja”, fazendo uma defesa do sacerdócio católico e do celibato sacerdotal.

Bento 16, de acordo com os trechos, afirma que o sacerdócio e o celibato estão integralmente ligados. O ex-papa, de 92 anos, também afirma que, embora alguns padres se casassem no primeiro milênio do cristianismo ocidental, era esperado que aqueles com cônjuges observassem abstinência após a ordenação.

Sarah fala mais diretamente a Francisco, pedindo abertamente ao papa que não permita padres casados.

“Peço humildemente ao Papa Francisco que… vete qualquer enfraquecimento da lei do celibato sacerdotal, mesmo limitada a uma ou outra região”, escreve o cardeal.

Os 185 membros do Sínodo da Amazônia realizado de outubro consideraram a questão de padres casados supostamente sob a perspectiva das “necessidades pastorais” da região amazônica. Em seu documento final, os membros do Sínodo sugeriram, por uma votação de 128 a 41, que Francisco permitisse que os bispos da região ordenassem os diáconos atuais como padres, caso as circunstâncias o merecessem.

Em sua introdução conjunta ao livro, Bento XVI e o cardeal Sarah falam a uma só voz: “Como Agostinho, podemos dizer: ‘Não posso ficar em silêncio! Eu realmente sei como seria um silêncio, pernicioso para mim… É para Cristo que terei que prestar contas das ovelhas confiadas aos meus cuidados. Não consigo ficar quieto ou fingir ignorância.”

Defensores do Papa Francisco como Massimo Faggioli, historiador e teólogo da Universidade de Villanova, afirmaram que a decisão de Bento XVI de escrever sobre o assunto foi uma “violação grave” de sua promessa de silêncio. “Isso interfere com um processo sinodal que ainda está se desenrolando após o sínodo da Amazônia … e ameaça limitar a liberdade do único papa”, disse Faggioli.

Segue abaixo algumas das declarações do Papa Emérito Bento XVI e do cardeal Sarah no novo livro:

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

STF derruba liminar que suspendia especial do Porta dos Fundos na Netflix


A suspensão imposta ao especial de Natal do Porta dos Fundos na Netflix, por força de uma liminar expedida pelo desembargador Benedicto Abicair, do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro, não chegou a durar 24 horas. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, acatou pedido da plataforma de streaming e liberou a veiculação da atração.

“Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças religiosa ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2 (dois) mil anos, estando esculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros”, argumenta Toffoli, em sua decisão.

O ministro também destacou “a plenitude do exercício de liberdade de expressão como decorrência imanente da dignidade da pessoa humana” como “meio de reafirmação/potencialização de outras liberdades constitucionais”.

Netflix diz que decisão do TJ do Rio é inconstitucional

A Netflix defendeu o conteúdo dizendo que uma decisão da Suprema Corte foi desrespeitada por instâncias inferiores. A companhia destacou que o STF deixou claro em outras ocasiões que quaisquer tipos de censura prévia e restrições de liberdade de expressão são inconstitucionais. Sua reclamação também destaca que o objetivo do serviço é “disponibilizar os mais diversos temas, assuntos e gêneros, para que os usuários livremente optem pelo que desejem assistir, concedendo-lhes total liberdade de escolha”.

Além disso a empresa lembrou que o vídeo possui classificação indicativa para maiores de 18 anos e “é indexado como sátira, comédia e humor ácido”. Por enquanto, a Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura, que moveu a ação junto ao TJ do Rio, não se manifestou a respeito.