terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Padre cobra taxa para idosos assistirem ao seu programa na RedeTV!


Uma atitude inusitada do Padre Alessandro Campos chamou atenção dos seus fãs e fiéis. O padre estreou nesta semana seu novo programa nas manhãs da RedeTV!. Aos que querem assistir a atração da plateia, terá de desembolsar uma taxa de 35 reais, de acordo com o Notícias da TV.

A atitude do Padre surpreende, principalmente pelo fato de que boa parte do seu público é formado por idosos. Contudo, mesmo com a cobrança da taxa, a RedeTV! informou que a procura é grande por vaga na plateia do religioso.

Entre os programas de auditório da RedeTV!, o apresentado pelo Padre Alessandro Campos é o único que cobra taxa a sua plateia. Apesar disso, entre os programas desse nicho, é o de menor audiência.

Superpop, Encrenca, Sensacional, Mega-Senha e O Céu é o Limite não cobram taxa para participar de seu auditório. Contudo, tem mais audiência do que o programa do Padre Alessando Campos.

Em outras emissoras, a prática também não existe. SBT, Record e Globo, por exemplo, não cobram nenhuma taxa dos seus convidados da plateia. É tudo de graça.

Para a publicação, a RedeTV! informou que a cobrança de taxa é feita para controlar a grande procura de fãs do Padre por uma vaga na plateia de seu programa. Contudo, a emissora afirmou que todo o dinheiro arrecadado vai para o Padre.
 

Superioras e superiores religiosos afirmam que abuso de menores é um mal não negociável


Os Superiores e Superioras Maiores de Ordens e Congregações religiosas do mundo afirmaram que "o abuso de crianças é um mal em todos os tempos e lugares: este ponto não é negociável".

Antes do encontro do Papa Francisco com os presidentes das conferências episcopais do mundo sobre a proteção de menores contra os abusos sexuais que acontecerá de 21 a 24 de fevereiro no Vaticano, os Superiores e Superioras expressaram seu total apoio à iniciativa.

"Inclinamos as nossas cabeças com vergonha ao perceber que esse abuso ocorreu nas nossas Congregações e Ordens e na nossa Igreja. Aprendemos que os abusadores deliberadamente escondem as suas ações e são manipuladores", explicaram em seu comunicado.

Além disso, os Superiores e Superioras reconhecem que "quando olhamos para as Províncias e Regiões das nossas Ordens e Congregações no mundo inteiro, nos damos conta de que a resposta das pessoas em posição de autoridade não foi o que deveria ter sido" e, inclusive em algumas situações, "não souberam ver os sinais de alerta ou não os levaram a sério".

Por isso, rezam ao Espírito Santo pelos frutos deste encontro. "Acreditamos que com os ventos de mudança que sopram em nossa Igreja e com a boa vontade de todas as partes envolvidas, é possível iniciar processos importantes e criar estruturas de prestação de contas, assim como sustentar os processos e estruturas já existentes", afirmaram.

"É possível imaginar novos passos adiante, é possível tomar decisões para que a implementação seja rápida e universal, com o devido respeito às diferentes culturas. O abuso de crianças é um mal em qualquer tempo e lugar: este ponto não é negociável", destacaram.

Vaticano restabelece funções sacerdotais a Ernesto Cardenal


O Vaticano restabeleceu as funções sacerdotais a Ernesto Cardenal, de 94 anos, que foi suspenso a divinis pelo Papa João Paulo II em 1984, por fazer parte do governo sandinista da Nicarágua, o que é proibido pelo direito canônico que regula a Igreja.

A notícia do levantamento da suspensão, que seria um gesto de misericórdia considerando que Cardenal está com a saúde debilitada e que há anos está desvinculado de atividades da militância política, foi comunicada ao sacerdote pelo Núncio Apostólico na Nicarágua, Dom Waldemar Stanislaw Sommertag.

Em sua conta no Twitter, o Bispo Auxiliar de Manágua, Dom Silvio Báez, publicou em 15 de fevereiro uma foto da visita que fez a Cardenal no hospital onde está internado.

"Hoje visitei no hospital meu amigo sacerdote, Pe. Ernesto Cardenal, com quem pude conversar por alguns minutos. Depois de rezar por ele, ajoelhei-me diante de sua cama e pedi-lhe a bênção como sacerdote da Igreja Católica, a qual me concedeu com alegria. Obrigado, Ernesto!", escreveu Dom Báez.

Segundo o El Nuevo Diario, Ernesto Cardenal está internado em um Centro Médico de Manágua desde 4 de fevereiro devido a uma infecção renal.

Ernesto Cardenal, junto com seu irmão Fernando e outros dois sacerdotes, Miguel D'Escoto e Edgard Parrales, foram suspensos a divinis por fazerem política partidária, algo incompatível com o ministério sacerdotal, conforme estabelecido pelo Código de Direito Canônico.

Cardenal foi repreendido publicamente por São João Paulo II quando este visitou a Nicarágua em 1983. Na foto que entrou para a história, vê-se o Papa polonês sério diante do nicaraguense em posição de genuflexão e sorridente.

Ernesto Cardenal, poeta e ativista da teologia marxista da libertação, diria algum tempo depois que, naquela ocasião, o Santo Padre lhe pediu que "regularizasse sua situação".

O nicaraguense colaborou ativamente como parte da revolução da Frente Sandinista de Libertação Nacional, que terminou com a ditadura de Anastasio Somoza. Foi nomeado ministro da Cultura no mesmo dia em que os sandinistas venceram, em 19 de julho de 1979. Ocupou esse cargo até 1987.

Em 19 de janeiro de 2017, entrevistado pelo jornalista argentino Enrique Vázquez, Ernesto Cardenal afirmou que apenas Miguel D'Escoto recebeu o levantamento da suspensão imposta em 1984 e que ele não queria receber essa graça.

"Isso é falso, isso aconteceu apenas no caso de Miguel D'Escoto! Nunca levantaram minha suspensão sacerdotal e eu não estou interessado em que isso aconteça", disse.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Vaticano: Papa apresenta cimeira sobre abusos como momento de «forte responsabilidade»



O Papa destacou hoje no Vaticano a importância da inédita cimeira sobre abusos sexuais e proteção de menores, na Igreja Católica, com início marcado para quinta-feira.

“Convido a rezar por este encontro, que quis convocar como ato de forte responsabilidade pastoral, diante de um desafio urgente do nosso tempo”, disse, desde a janela do apartamento pontifício.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação do ângelus, Francisco recordou que o encontro de presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, “sobre o tema da proteção de menores na Igreja”, vai decorrer de 21 a 24 de fevereiro.

No último dia 28 de janeiro, o Papa disse que a prioridade do encontro é uma tomada de consciência sobre este “sofrimento terrível” e responder a dúvidas que têm surgido neste campo.

“Percebemos que alguns bispos não percebiam bem, não sabiam o que fazer”, observou o Papa, recordando um encontro com o seu conselho consultivo de cardeais, o chamado ‘C9’.

Neste contexto, acrescentou, surgiu a ideia de “dar uma ‘catequese’ sobre este problema às conferências episcopais”.

“Você não pode ser católico enquanto promover o aborto” diz Bispo a políticos abortistas




 
O bispo católico de Albany, Nova York, não poupou nenhuma crítica nesta semana aos políticos que apoiam o aborto e afirmam ser católicos praticantes.

A declaração do bispo Edward Scharfenberger na segunda-feira veio em resposta ao debate nacional sobre o defundimento do negócio de aborto, Planned Parenthood, de acordo com o Church Militant.

Três políticos que representam sua área e afirmam ser católicos participaram de um comício pró-Planned Parenthood na semana passada, o relatório continuou. Scharfenberger não mencionou nenhum nome em sua declaração na segunda-feira, mas criticou os políticos que ignoram a situação dos bebês não nascidos e os ensinamentos bíblicos sobre a santidade da vida.

“Quando indivíduos, particularmente aqueles em cargos políticos, encobrem ou ignoram a questão central de se os contribuintes deveriam ou não financiar o maior negócio de aborto do mundo citando os outros serviços da Planned Parenthood, eles estão envolvidos em ofuscação que é, na melhor das hipóteses, confusa e na pior das hipóteses, desonesto ”, disse ele.

Aqui está mais do relatório:

"Aqueles que clamam 'mulheres sacerdotisas' são hereges e excomungados", diz Cardeal Brandmüller



Aqueles que pressionam pela ordenação de mulheres ao sacerdócio “cumprem os elementos da heresia” e efetivamente incorrem em excomunhão automática (ipso facto), disse o cardeal Walter Brandmüller.

Em 2018, o cardeal Brandmüller, que é um dos quatro cardeais “dubia”, criticou duramente Annegret Kramp-Karrenbauer, secretária-geral do partido governista da CDU na Alemanha, depois que ela pediu que a Igreja Católica ordenasse mulheres sacerdotisas.

Kramp-Karrenbauer, que é amplamente considerada a vanguarda para suceder Angela Merkel como chanceler alemã, disse em uma entrevista ao Die Zeit: “É muito claro: as mulheres têm que assumir posições de liderança na Igreja”.

Ela acrescentou que gostaria de ver padres do sexo feminino, mas por enquanto a Igreja deve se concentrar em “um objetivo mais realista, o diaconato feminino”.

No entanto, o cardeal Brandmüller disse que a idéia de ordenação feminina foi definitivamente descartada por São João Paulo II e, portanto, qualquer um que insista em promover a idéia “deixou a fundação da fé católica” e “preenche os elementos da heresia que tem, como conseqüência, a exclusão da Igreja – excomunhão”.

Jornal Nacional mente e afirma que ex-cardeal McCarrick era um dos ‘líderes’ do movimento americano contra o casamento gay



O programa da Rede Globo “Jornal Nacional”, transmitido neste sábado (16) afirmou que o ex-cardeal americano Theodore McCarrick foi um dos principais “líderes” da oposição ao reconhecimento do casamento gay nos Estados Unidos, com o claro intuito de associar a pedofilia e a homossexualidade de McCarrick não à suas interpretações liberais do catolicismo, mas ao seu suposto ‘conservadorismo’.

Abusos de menores e práticas homossexuais na Igreja



A Igreja Católica se vê às voltas com os abusos de menores e/ou práticas homossexuais por parte de clérigos (homens que receberam o sacramento da Ordem) em vários países. Essas escabrosas ocorrências merecem breves reflexões.

O primeiro tópico a ser esclarecido – como lembrou o Papa Francisco, na viagem de volta do Panamá, no dia 27 de janeiro último –, é o de que o abuso de menores por parte de adultos (pedofilia) não se dá, evidentemente, apenas entre clérigos. Ao contrário, é algo comum a alguns seres humanos. O jornalista Leandro Sarmatz, por exemplo, após bem estudar o tema, declara que “nos Estados Unidos, cerca de 80% dos casos de abuso sexual de crianças ocorrem na intimidade do lar: pais, tios e padrastos são os principais agressores. O noticiário da TV alardeia o escândalo dos padres pedófilos […], mas o grosso dos casos acontece mesmo dentro da casa” (Superinteressante, maio de 2002, p. 40).

Tal constatação, no entanto, jamais quer dizer que o tema não deva ser – séria e urgentemente – tratado, na Igreja, no que se refere aos danosos abusos por parte de seus ministros ordenados. Eles, após julgamento justo e lícito, hão de ser, se culpados, condenados. Isso é que a sociedade espera. Dom Cláudio Hummes, à época prefeito da Congregação para o Clero, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, de 20/04/10, p. A 21, que os padres pedófilos “cometeram horríveis e sérios crimes de abuso sexual contra menores, que devemos condenar de uma maneira absoluta”, por isso, “esses indivíduos devem responder por seus atos perante Deus e os tribunais, incluindo as cortes civis”. O problema, no entanto, é que, na ampla maioria das vezes, o pedófilo – de fora ou de dentro das fileiras clericais – não é punido. O Papa Francisco mesmo disse, na entrevista, que “50% dos casos são denunciados, e somente para 5% destes casos há uma condenação”. É preciso, portanto, no âmbito civil e eclesial, verdadeira tolerância zero para com os violadores de menores.