quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Como chamar o Papa na Oração Eucarística da Missa no período da Sé Vacante?



Respondo a uma pergunta feita por vários sacerdotes: como se deve mencionar o nome do Papa na Oração Eucarística da Missa durante o período da sede vacante? A resposta simples é esta: não se menciona. E nem se substitui pelo “Papa que será eleito”, nem pelo “Cardeal Camerlengo”, nem pelo “Conclave”. Simplesmente, omite-se a referência ao Papa durante o período da sede vacante. Explicações mais detalhadas sobre o mesmo assunto podem ser lidas a seguir, logo abaixo.

Que o apóstolo São Paulo interceda por nós todos e nos ajude a ser fortes na fé, alegres na esperança e operosos na caridade! Que o exemplo de fé de Nossa Senhora nos ajude!

Aproveito a ocasião saudar a todos e para lhes desejar todo o bem. Deus abençoe a todos!

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo


A MENÇÃO DO NOME DO BISPO E DO PAPA NA ORAÇÃO EUCARÍSTICA



A menção do nome do Bispo e do Papa na oração eucarística não tem a ver com distinção, mas para evidenciar que a Missa é celebrada em comunhão com os Pastores da Igreja. Por isso, só se menciona o nome daquele que, efetiva e canonicamente, desempenha o cargo de Ordinário tanto na diocese quanto na Sede Apostólica, desde a sua posse canônica até o fim do exercício de seu governo pastoral.

Então, por quem se reza quando não se tem um Papa eleito?

Há notícias de celebrantes que, erroneamente, rezam nas preces eucarísticas "pelo Papa que será eleito", "pelo Colégio de Cardeais", pelo "Camerlengo". Apesar de o Missal reformado pelo Concílio Vaticano II não apresentar nenhuma indicação a este respeito, o “Missale Romanun” (edição típica de 1962), é uma fonte que pode nos orientar: “'Una cum Papa nostro...', expressa o nome do Papa, 'mas estando a Sede vacante, estas palavras sejam omitidas'”. Portanto, omita-se tanto a menção do nome do nome Papa quanto o próprio texto da oração a ele referente, passando logo para o Ordinário do lugar, o Bispo.

A regra geral, por conseguinte, é que se omita tudo quanto se refere ao Papa na oração eucarística. A saber, as preces eucarísticas como devem ser rezadas após a renúncia de Bento XVI e o início do Pontificado do novo Papa:

+ Oração eucarística I ou "Cânon Romano"

Nós as oferecemos também [pelo vosso servo o papa N.] por nosso bispo N. e por todos os que guardam a fé que receberam dos apóstolos.

+ Oração eucarística II

Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro: que ela cresça na caridade [com o papa N.,] com o nosso bispo N. e todos os ministros do vosso povo.

+ Oração eucarística III

E agora, nós vos suplicamos, ó Pai, que este sacrifício da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja, enquanto caminha neste mundo: [o vosso servo o papa N,] o nosso bispo N. com os bispos do mundo inteiro, o clero e todo o povo que conquistastes.

+ Oração eucarística IV

E agora, ó Pai, lembrai-vos de todos pelos quais vos oferecemos este sacrifício: [o vosso servo o papa N.,] o nosso bispo N., os bispos do mundo inteiro, os presbíteros e todos os ministros, os fiéis que, em torno deste altar, vos oferecem este sacrifício, o povo que vos pertence e todos aqueles que vos procuram de coração sincero.

+ Oração eucarística V

Dai [ao Santo Padre, o Papa N., ser bem firme na fé e na caridade, e] a N., que é bispo desta Igreja, muita luz para guiar o seu rebanho.

+ Oração eucarística VI-A

Renovai, Senhor, à luz do evangelho, a vossa Igreja (que está em N.). Fortalecei o vínculo da unidade entre os fiéis leigos e os pastores do vosso povo, em comunhão com [o nosso papa N. e] o nosso bispo N. e os bispos do mundo inteiro, para que o vosso povo, neste mundo dilacerado por discórdias, brilhe como sinal profético de unidade e de paz.

+ Oração eucarística VI-B

Fortalecei, Senhor, na unidade os convidados a participar da vossa mesa. Em comunhão com [o nosso papa N. e] o nosso bispo N. com todos os bispos, presbíteros, diáconos e com todo o vosso povo, possamos irradiar confiança e alegria e caminhar com fé e esperança pelas estradas da vida.

+ Oração eucarística VI-C

Pela participação neste mistério, ó Pai todo-poderoso, santificai-nos pelo Espírito e concedei que nos tornemos semelhantes à imagem de vosso Filho. Fortalecei-nos na unidade, em comunhão com [o nosso papa N. e] o nosso bispo N., com todos os bispos, presbíteros e diáconos e todo o vosso povo.

+ Oração eucarística VI-D

Senhor Deus, conduzi a vossa Igreja à perfeição na fé e no amor, em comunhão com [o nosso papa N.,] o nosso bispo N., com todos os bispos, presbíteros e diáconos e todo o povo que conquistastes.

+ Oração eucarística VII

Conservai-nos, em comunhão de fé e amor, unidos [ao papa N. e] ao nosso bispo N. Ajudai-nos a trabalhar juntos na construção do vosso reino, até o dia em que, diante de vós, formos santos com os vossos santos, ao lado da virgem Maria e dos apóstolos, com nossos irmãos e irmãs já falecidos que confiamos à vossa misericórdia. Quando fizermos parte da nova criação, enfim libertada de toda maldade e fraqueza, poderemos cantar a ação de graças de Cristo que vive para sempre.

+ Oração eucarística VIII

Ele nos conserve em comunhão com [o papa N. e] o nosso bispo N. com todos os bispos e o povo que conquistastes. Fazei de vossa Igreja sinal da unidade entre os seres humanos e instrumento da vossa paz!
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Título Original: Sobre a menção ao nome do Papa durante o período da Sé Vacante.
Fonte: facebook.com/CnbbBisposDioceses

Sé Vacante: presidência da CNBB envia carta aos bispos sobre o período.



No final da tarde desta quinta-feira, 28 de fevereiro, após as 16 horas, quando se iniciou o período de vacância da Sé Apostólica, a CNBB enviou carta aos bispos do Brasil na qual “se une aos irmãos Arce/Bispos e a todas as comunidades espalhadas pelas Igrejas Particulares, para vivenciar esse tempo com particular dedicação à oração em ação de graças pelos oito anos de pontificado do Santo Padre Bento XVI, e pelos Cardeais que elegerão o novo Papa”.

Na carta, a CNBB recomenda que seja lembrada a mesma súplica sugerida pelo então Cardeal Ratzinger, em 2005, antes do Conclave que o elegeu Sucessor de Pedro: “Peçamos com insistência ao Senhor que (...) nos ofereça um pastor segundo o seu coração, um pastor que nos guie ao conhecimento de Cristo, ao seu amor, à verdadeira alegria”. 

Os bispos da presidência da Conferência recordam que “durante esse tempo litúrgico da Quaresma, torne fértil o ambiente de nossas comunidades para a tomada de iniciativas, como a celebração da Missa ´PELA ELEIÇÃO DO PAPA´, a ´ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO´, a exortação aos fieis para mais aprofundado conhecimento sobre o ministério do Papa, e nos coloque em estreita união com os cardeais brasileiros eleitores: Dom Raymundo Damasceno, Dom Odilo Scherer, Dom Geraldo Majella Agnello, Dom Claudio Hummes e Dom João Braz de Aviz”.

A conclusão da carta traz a renovação da compromisso com a comunhão entre os sucessores dos apóstolos e a confiança no Espírito Santo: “permaneçamos unidos na fé, fortes no amor, esperançosos na ação que conduz e anima a Igreja. Acima de tudo, sejamos dóceis ao Espírito Santo que “introduz a Igreja no conhecimento de toda a verdade (cf. Jo 16, 13), unifica-a na comunhão e no ministério, edifica-a e dirige-a com os diversos dons hierárquicos e carismáticos e enriquece-a com os seus frutos (cf. Et 4, 11-12; 1 Cor 12, 4; Gál 5, 22)” (João Paulo II)”.
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Fonte: CNBB.

A Igreja fica temporariamente sem o seu pastor



A Igreja sente, a partir de agora, a falta de seu pastor que dirige a Igreja de Cristo. Nesse momento nós ficamos em oração e vigília para que Deus encaminhe um novo papa, sucessor de Pedro que possa guiar, com serenidade, a Igreja nesses tempos difíceis. Sabemos que a Igreja é instituição divina e sempre é assistida pelo Espirito Santo. Apesar dos erros humanos de alguns cristãos não apagam o brilho da Igreja no mundo. Ela é querida por Deus. O mundo passa por ondas que querem abalar a fé, mas quando temos a presença de Deus na nossa vida e na nossa comunidade de fé, tudo concorre para o bem dela. O amor de Deus transborda em todos os lugares onde está a Igreja de Cristo. O papa emérito Bento XVI soube guiar com coragem esta Igreja e sabe que com a graça de Deus será um grande homem de oração pela nossa Igreja.

A Sé Apostólica está vacante. Às 20h de Roma (16h em Brasília) a Igreja entrou no período de vacância. A partir de agora, Bento XVI , o Papa emérito, não é mais o Pontífice da Igreja Católica e o trono de Pedro está vazio. Em Castel Gandolfo, o momento foi simbolizado pelo som das badaladas dos sinos e o fechamento da porta da residência pontifícia. Os fiéis presentes gritavam “Viva o Papa”, enquanto se fechavam as portas. 

Outra ação marcante foi a ausência da Guarda Suíça: os oficiais recuaram as armas e deixaram a proteção do Papa. A segurança do local onde está Bento XVI será feita, a partir de agora, por uma guarda italiana. A página oficial do Vaticano na internet foi alterada também às 16h. No lugar da imagem de Bento XVI está agora escrito: “Apostolica Sedes Vacans” – A Sé Apostólica está vacante.

Padre Francisco Fernandez, brasileiro residente em Roma, relata o clima entre os religiosos nesse momento: “Aqui em nossa casa (Colégio Sacerdotal João Paulo II), há um clima de serenidade e aparente normalidade. Cada um, se interrogado pessoalmente, falará de um certo aperto no coração. Não é fácil para nós padres vermos a partida de um Papa de tamanha grandeza. Bento XVI nos deixa escrita uma página de Evangelho vivido. Talvez a palavra que melhor expresse o momento seja, de fato, aquela mais usada pelo Santo Padre esses dias: obrigado!” Nos próximos dias os cardeais se reunirão para definir a data do Conclave.

Assim, nós ficamos com coração apertado devido a saída desse papa que soube conduzir os cristãos católicos e a todos a palavra de Cristo que traz a paz, a unidade, a fraternidade e diálogo. Jesus sempre está conosco e não nos deixa só em nenhum momento. Ele que deu esse mandato a Pedro e a todos os seus sucessores de guiar a sua Igreja e apascentar o seu rebanho que agora fica temporariamente sem o pastor e vazio a cadeira de Pedro. Cabe a nós unir, com toda a Igreja, na oração de confiança em Deus para que seja escolhido um novo papa de acordo com o coração de Deus para enfrentar os desafios do momento presente e continuar nos confirmando na fé em Cristo, no seu magistério, onde podemos trilhar seguros rumos a eternidade, construindo o Reino já no nosso meio. Que haja um só coração em oração na fé, na esperança e na verdadeira caridade, amém! 


Jose Benedito Schumann Cunha*
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*Bacharel em teologia.
Fonte: Vocacionados Menores.

Agradecidos, Bento XVI



Com reverência e grande apreço, somos agradecidos pelo pontificado de Bento XVI que, como sucessor do apóstolo Pedro, ajudou a Igreja, em tempos de aceleradas mudanças e enormes desafios humanitários, a cumprir sua tarefa missionária: anunciar o Evangelho da vida, para fazer de todos discípulos e discípulas de Jesus Cristo.

O agradecimento reverente projeta luzes sobre um ministério exercido com extrema lealdade, humildade edificante, cultivado a partir de uma sabedoria temperada, admirável envergadura intelectual aliada a uma espiritualidade reveladora de uma profunda intimidade com Deus. Essas qualidades de Bento XVI, para além das vicissitudes humanas enfrentadas nas instituições todas, produzindo desafios relacionais e existenciais, traçou para a Igreja horizontes que a capacitaram ainda mais no enfrentamento das questões fundamentais da fé no seu diálogo imprescindível com a razão.


Um caminho exigente, na contramão de uma religiosidade entendida e vivida como mágica milagreira ou como lugar da conquista e de exercícios inadequados do poder que seduz, desfigura e distancia-se da condição de todos como servos da vinha do Senhor. Há de se recordar que Bento XVI, em 2005, dirigindo-se pela primeira vez à multidão presente na Praça de São Pedro, delineia a consciência clara de seu entendimento sobre sua pessoa e sobre seu ministério iniciante como sucessor de Pedro. Ele se apresenta - como não pode deixar de ser a apresentação dos discípulos de Jesus, sejam quais forem as circunstâncias, cargos, ofícios e responsabilidades - como simples servo da vinha do Senhor, chamado naquele momento ao exigente serviço como Papa.

Esse simples servo, com envergadura moral, intelectual e espiritual de gigante na fé, dialogou com seu Deus, em confiança amorosa, para decidir, por iluminação própria da fé e da inteligência, que era um bem maior concluir sua tarefa no ministério petrino. Sua renúncia causou, naturalmente, comoção e reações de grande surpresa. Ninguém destes tempos vivera uma situação semelhante. O inusitado da renúncia de um Papa, na realidade dos tempos atuais, em se considerando os enormes desafios vividos pela Igreja Católica, no enfrentamento de questões espinhosas, como a chaga da pedofilia, ou no diálogo com o mundo, quando se pensa a secularização e o relativismo ético, projetou um oceano de conjecturas e suposições.

No turbilhão de hipóteses e análises, muitas delas inadequadas, maliciosas e até perversas, uma luz de razão e humanismo focaliza a dimensão da fé. A renúncia do Papa Bento XVI desenha no horizonte da Igreja e também da sociedade contemporânea a mais genuína e indispensável lição do Evangelho. Sua renúncia se assenta, antes de tudo, na confiança no seu Mestre e Senhor e na mais qualificada conquista espiritual de simplicidade e humildade. Estas virtudes geram a coragem do desapego, a alegria da liberdade e a consciência lúcida do seu lugar, agora como orante no acompanhamento e sustento da Igreja na sua missão.

Houve quem jogou a hipótese de uma “descida da cruz”. Bento XVI, sabiamente e de modo sereno, ajusta a possível incompreensão, ponderando que não desceu da cruz, mas está aos pés do crucificado. Sublinha sua condição de discípulo e servo, jamais de Senhor e Salvador. A lição é desconcertante e interpelante. Não simplesmente porque é inusitado um Papa renunciar, mas, sobretudo, porque remete ao mais genuíno sentido de humildade e desapego para ajudar a humanidade e, particularmente, a Igreja no exercício mais essencial de seu peregrinar, aquele de fixar mais, acima de tudo, seu olhar em Jesus, o Salvador.

Este é o ensinamento que Bento XVI nos oferece como testemunho de fé, de sábia localização da condição humana nas mãos e no coração de Deus. Uma lição simples e profunda. Deus fez de Bento XVI um instrumento para indicar ao mundo contemporâneo e à sua Igreja que o terror da falta de sentido, os absurdos das lutas pelo poder, a desqualificação humana produzida pela maledicência e pelas arbitrariedades só têm cura quando se elege este lugar de simples servo da vinha para viver e para ser. Esta lição, aprendida e vivida, dará rumo novo à sociedade e à Igreja. Somos agradecidos, Bento XVI.


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

Bento XVI saberá quem é o novo Papa pelo anúncio oficial



Respondendo a perguntas de jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé reiterou que Bento XVI saberá da eleição do novo Papa somente no anúncio público do Cardeal Protodiácono (no Habemus Papam, ndr) a ser feito, como de costume, no Balcão central da Basílica de São Pedro.

No final da manhã desta quinta-feira o religioso jesuíta, Pe. Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé,  concedeu uma coletiva para repercorrer a audiência dos cardeais com o Papa e para explicar alguns procedimentos dos próximos dias e para esta quinta-feira, final do Pontificado.

De fato, Pe. Lombardi havia antecipado que Bento XVI lançaria seu último tweet no momento de deixar o Vaticano. O twett foi lançado às 17h15 locais, com a seguinte mensagem: "Obrigado pelo vosso amor e o vosso apoio! Possais viver sempre na alegria que se experimenta quando se põe Cristo no centro da vida".
"Depois, como o Pontifício Conselho das Comunicações Sociais havia esclarecido, a conta Pontifex ficará suspensa durante o período de sé vacante, podendo ser retomada pelo novo Papa, se ele o quiser, se o considerar oportuno.

Haverá outros momentos salientes que serão transmitidos pelo Centro Televiso Vaticano (CTV).

O CTV transmitiu ao vivo as imagens do fechamento da porta da residência pontifícia de Castel Gandolfo, às 20h locais, horário do encerramento do Pontificado de Bento XVI. No meso horário, no Vaticano, foram colocados alguns simples lacres no apartamento pontifício e no elevador que conduz ao mesmo.

Pe. Lombardi ressaltou no início da coletiva que foram 144 os cardeais presentes na Sala Clementina, no Vaticano, no encontro da manhã desta quinta-feira com o Papa, e evidenciou algumas passagens do discurso que Bento XVI dirigiu aos purpurados. De fato, destacou o ato de obediência que o Papa já fez a seu sucessor.

"É muito bonito e também muito original, disse Pe. Lombardi. Justamente nos impressionou e nos revela a atitude com a qual o Papa vive e viverá essa eleição."

E sobre o anel do pescador, Pe. Lombardi afirmou que o mesmo será inutilizado:

"Daquilo que eu sei, no passado, quer o carimbo, quer o selo de chumbo, quer o anel não precisavam ser destruídos de modo a não sobrar nem mesmo um só pedaço. Basta que sejam danificados de modo tal que não sejam mais funcionais para aquilo a que servem."

Todos os dias se terá, neste período de vacância da Santa Sé, às 13h locais, uma coletiva com os jornalistas, foi o que afirmou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.
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Fonte: CNBB.

Em clima de despedida, Castel Gandolfo acolhe Bento XVI

Papa Bento transmite saúda os fiéis de Castel Gandolfo


A pequena cidade de Castel Gandolfo recebeu o Papa Bento XVI na tarde desta quinta-feira, 28, após ter deixado o Vaticano no fim do seu pontificado. O helicóptero do Papa pousou na cidade situada na região do Lácio, na Itália, às 17h24 (horário de Roma), às 13h24 pelo horário de Brasília.

Já na sacada da residência, com breves palavras, o Papa se dirigiu ao povo agradecendo o carinho com que foi recebido e afirmando que se sente muito bem com a presença de cada fiel. 

Bento XVI destacou que os próximos dias em Gandolfo serão, não como Pontífice, mas como peregrino, “um peregrino que conclui a última etapa de sua peregrinação”, disse o Pontífice.

“Gostaria ainda com meu coração, trabalhar pelo bem comum, pelo bem da Igreja e da humanidade. Vamos em frente com o Senhor pelo bem da Igreja e do mundo”, afirmou.

O Papa concluiu a breve fala abençoando os fiéis e desejando a todos uma boa noite.

Milhares de fiéis aguardavam a chega de Bento XVI em frente à residência pontifícia onde ficará hospedado o Santo Padre até o término do Conclave.

Os fiéis recepcionaram o Papa com faixas expressando apoio oracional e palavras de gratidão ao Pontífice que durante quase oito anos governou a Igreja de Cristo.
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Por: André Alves - da redação

Fonte: Canção Nova.

Bento XVI deixa o Vaticano e segue para Castel Gandolfo

Bento XVI deixa o Vaticano e segue para Castel Gandolfo


Exatamente às 16h58h (horário de Roma, 12h58h em Brasília), o Papa Bento XVI deixou o Vaticano, após receber vários cumprimentos.

O Papa se dirigiu de automóvel para o heliporto, onde embarcou às 17h07 (13h07 em Brasíla) para Castel Gandolfo, trajeto que tem duração média de 15 minutos.

Bento XVI sobrevoou vários locais da cidade de Roma antes de seguir viagem.

Uma multidão de fiéis aguardam Bento XVI no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. Ali o Santo Padre deve dirigir uma pequena saudação aos fiéis.

A Sede vacante terá início às 20h (horário de Roma, 16h em Brasília) desta quinta-feira, 28. A partir desse momento, Bento XVI será chamado Papa emérito ou Romano Pontífice Emérito.

Bento XVI ficará em Castel Gandolfo até meados do mês de maio, quando ingressará no Mosteiro Mater Ecclesia, no Vaticano.
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Por: Kelen Galvan
Da Redação



Papa Bento XVI posta sua última mensagem no Twitter

O Papa Bento XVI twittou nesta quinta-feira, 28, sua última mensagem como Pontífice, via twitter – @pontifex.

Na mensagem, o Santo Padre escreve: “Obrigado pelo vosso amor e o vosso apoio! Possais viver sempre na alegria que se experimenta quando se põe Cristo no centro da vida”.

A menção do Papa na rede social tinha sido prevista durante coletiva de imprensa, nesta manhã, no Vaticano, e ocorre no momento em que Bento XVI deixa o Santa Sé e segue para Castel Gandolfo.

Após esse último tweet, conforme já havia pontuado o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, o perfil do Papa no twitter ficará suspenso, deixando a possibilidade do novo Papa retomá-lo, caso queira.
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Por: André Alves
Da redação
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Fonte: Canção Nova.

Bento XVI garante reverência e obediência ao novo Papa



Na manhã desta quinta-feira, 28 de fevereiro, o Papa Bento XVI teve um encontro com os membros do Colégio dos Cardeais, renovou seu compromisso de permanecer unido a todos, pediu que permaneçam em oração e declarou, solenemente, incondicionada reverência e obediência ao futuro Papa.

Assim como o cardeal Sodano, o Papa também citou a experiência dos discípulos de Emaús, afirmando que também para ele foi uma alegria caminhar em companhia dos cardeais nesses anos na luz da presença do Senhor ressuscitado. 

Como disse ontem diante de milhares de fiéis que lotavam a Praça S. Pedro, a solidariedade e o conselho do Colégio foram de grande ajuda no seu ministério. “Nesses oito anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiosa no caminho da Igreja, junto a momentos em que algumas nuvens se adensaram no céu. Buscamos servir Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total. Doamos a esperança que nos vem de Cristo e que é a única capaz de iluminar o caminho. Juntos, podemos agradecer ao Senhor que nos fez crescer na comunhão. Juntos, podemos pedir para que nos ajude a crescer ainda nessa unidade profunda, de modo que o Colégio dos Cardeais seja como uma orquestra, onde as diversidades, expressão da Igreja universal, concorrem à superior e concorde harmonia.

Aos Cardeais, o Papa expressou “um pensamento simples” sobre a Igreja e sobre o seu mistério, que constitui para todos nós a razão e a paixão da vida, escrita por Romano Guardini. Ou seja, de que a Igreja não é uma instituição excogitada, mas uma realidade viva. Ela vive do decorrer do tempo, transformando-se, mas em sua natureza permanece sempre a mesma. O seu coração é Cristo.

“Parece que esta foi a nossa experiência ontem na Praça. Ver que a Igreja é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo, e vive realmente da força de Deus. Ela está no mundo, apesar de não ser do mundo. É de Deus, de Cristo, do Espírito Santo e nós o vimos ontem. Por isso é verdadeira e eloquente a outra famosa expressão de Guardini:

A Igreja se desperta no ânimo das pessoas. A Igreja vive, cresce e se desperta nos ânimos que, como a Virgem Maria, acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo. Oferecem a Deus a própria carne e o próprio trabalho em sua pobreza e humildade, se tornando capazes de gerar Cristo hoje no mundo.

Através da Igreja, disse o Papa, o mistério da encarnação permanece presente sempre. E fez um apelo aos Cardeais:

“Permaneçamos unidos, queridos irmãos, neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana, e assim serviremos a Igreja e toda a humanidade. Esta é a nossa alegria que ninguém pode nos tirar. Antes de saudá-los pessoalmente, desejo dizer que continuarei próximo com a oração, especialmente nos próximos dias, para que sejais plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre quem Ele quer. E entre vós, entre o Colégio dos cardeais, está também o futuro Papa, ao qual já hoje prometo a minha incondicionada reverência e obediência.”
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Fonte: CNBB.