segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Polícia na China prende mais de 90 pessoas por rumores do apocalipse

Polícia na China prende mais de 90 pessoas por rumores do apocalipse.


As autoridades chinesas detiveram em várias regiões do país, desde o início do mês, 93 membros de seitas e outras organizações que divulgaram rumores sobre um suposto fim do mundo, segundo informou nesta segunda-feira a agência oficial "Xinhua".

Das detenções destacam-se 41 membros da chamada "Igreja do Deus Todo-Poderoso" nas províncias chinesas de Qinghai e Mongólia Interior, acusados de divulgar a ideia que a partir de 21 de dezembro "o Sol deixará de brilhar e não haverá eletricidade durante três dias".

Na operação, a polícia apreendeu discos, livros, cartazes e impressoras usadas para divulgar as mensagens.


As superstições sobre um suposto fim do mundo na próxima sexta- feira, 21 de dezembro, influenciadas pelas crenças que circulam no mundo todo em torno no fim do calendário maia, têm sido levadas a sério por alguns cidadãos chineses, e nos últimos dias se multiplicaram as notícias relacionadas ao "apocalipse".

Alguns chineses se aproveitaram do medo geral vendendo objetos e veículos que supostamente salvariam os passageiros do apocalipse, enquanto em uma cidade da província de Sichuan se informou que os rumores causaram escassez de fósforos e velas, já que os cidadãos correram às lojas para comprá-las, prevendo grandes blecautes.

Outras notícias tiveram caráter mais trágico, como o ataque que um homem com problemas psicológicos realizou no dia 14 de dezembro contra uma escola de Henan - segundo as investigações policiais, motivado por todos estes rumores sobre um suposto fim do mundo.
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Fonte: UOL. (tema nosso).

domingo, 16 de dezembro de 2012

Bento XVI reza pelas vítimas e sobreviventes do massacre nos EUA



O Papa enviou uma mensagem aos sobreviventes e familiares da "tragédia insensata" que, nesta sexta-feira, 14, causou a morte de vinte crianças e pelo menos sete adultos numa escola primária do estado norte-americano do Connecticut.

"O Santo Padre foi prontamente informado do tiroteio da Escola Primária de Sandy Hook, em Newtown, e pediu-me para transmitir o seu sentimento de pesar e a certeza da sua proximidade na oração às vítimas e suas famílias, e a todos os afetados pelo chocante acontecimento", refere o texto assinado pelo secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Tarcisio Bertone, publicado no site da Diocese de Bridgeport.

"No rescaldo desta tragédia insensata", o Papa pede a Deus para "consolar todos aqueles que choram e para sustentar toda a comunidade com a força espiritual que triunfa sobre a violência pelo poder do perdão, esperança e amor reconciliador", refere a mensagem.




Segundo a imprensa, um atirador de 20 anos terá alegadamente morto o pai, dirigindo-se depois à escola, protegido com um colete à prova de bala, onde assassinou a mãe, que estaria a dar aulas, vinte crianças entre os cinco e dez anos e responsáveis pelo estabelecimento de ensino, como o diretor e o psicólogo, tendo cometido suicídio logo após.

O presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, cardeal Timothy Dolan, sublinhou que a "tragédia de pessoas inocentes a morrer por causa da violência despedaça a paz de todos".

Em nota publicada no site do episcopado católico norte-americano o prelado oferece as suas orações pela comunidade de Newtown, para que possa enfrentar na "paz" as mortes e os feridos.

"Uma vez mais manifestamo-nos contra a cultura de violência que está a infectar o nosso país enquanto nos preparamos para dar as boas vindas ao Príncipe da Paz no Natal", diz o arcebispo de Nova Iorque.

O texto de D. Timothy Dolan lança um apelo à pacificação: "Todos nós somos chamados a trabalhar pela paz nas nossas casas, nas nossas ruas e no nosso mundo, agora mais do que nunca".
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Fonte: Da redação do Portal Ecclesia.

Pastoral da Juventude contrária à redução da maioridade penal




Diante da tramitação da Proposta de Emenda a Constituição PEC 33 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, que visa a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, a Pastoral da Juventude (PJ) publicou uma nota manifestando seu repúdio à esta medida.

A Pastoral da Juventude recorda que a “criminalidade e a violência são frutos de um modelo neoliberal de produção e de produção e consumo que opera na manutenção das injustiças socioeconômicas, e devem urgentemente ser transformadas”.
A nota lamenta que o Estado brasileiro não tem efetivado a aplicação das medidas socioeducativas que estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e poucas são as iniciativas de execução de políticas públicas para a juventude.

“Trancar jovens com 16 anos em um sistema penitenciário falido que não tem cumprido com a sua função social e tem demonstrado ser uma escola do crime, não assegura a reinserção e reeducação dessas pessoas, muito menos a diminuição da violência. A proposta de redução da maioridade penal é considerada inconstitucional e violação de cláusula pétrea, além de fortalecer a política criminal e afrontar a proteção integral.”
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Fonte: CatólicaNet

Deus e os massacres nas escolas americanas



A cada novo massacre em escolas americanas, recomeça infalivelmente, repetida por toda a mídia, a velha lenga-lenga maçônica sobre a necessidade da proibição das armas de fogo.

Mas nem uma palavra, é claro, sobre o crescimento exponencial do satanismo entre os jovens americanos, proibidos de receber qualquer tipo de ensinamento cristão nas escolas daquele país.

Como diz a camiseta da foto:

Querido Deus,

Por que você permite tanta violência nas escolas?

Assinado: um aluno preocupado

Caro aluno preocupado,

Não sou permitido nas escolas.

Deus.


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Fonte: http://www.christeeleyson.com/2012/12/deus-e-os-massacres-nas-escolas.html

Natal: caminho de Missão!



Os pastores “foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, 
e o recém nascido deitado na manjedoura” (Lc 2,16).
 

A festa do Natal nos faz mergulhar de modo muito especial no Mistério da Encarnação de Jesus Cristo, o missionário do Pai. O Evangelho de Lucas, nos capítulos 1 e 2, nos mostra toda uma grande movimentação em torno à preparação do nascimento de Jesus Cristo e a partir do seu nascimento. São pessoas chegando e saindo! O que aconteceu? Que significado missionário tem esse acontecimento?

a)    O anjo Gabriel é mandado por Deus e entra na casa de Maria;
b)    Maria vai visitar sua prima Isabel, idosa e que está grávida;
c)    Maria volta para Nazaré após o nascimento de João Batista;
d)    José e Maria se dirigem para Belém em razão do recenseamento;
e)    O Menino Jesus nasce e é colocado numa manjedoura;
f)    Os anjos vão avisar aos pastores: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor!”;
g)    Os pastores decidem ir até Belém;
h)    Eles “foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém nascido deitado na manjedoura”; 
i)    Contaram o que tinham escutado dos anjos a respeito do menino; retiraram-se louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito;
j)    Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração.
A preparação e o nascimento do Filho de Deus nos colocam diante da iniciativa de Deus que, sem barulho, entra despojado, pobre na história do mundo e em nossa vida, vindo ao nosso encontro e nos dando a possibilidade de encontrar-nos com o seu Filho amado, “porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4,19). A escuta da voz de Deus, a disponibilidade e a alegria das pessoas, a acolhida do convite e da missão que vem de Deus, o ambiente de oração e de louvor a Deus, a meditação da ação de Deus naquilo que estava acontecendo em situação de pobreza e em meio ao grande acontecimento que era o recenseamento do império romano, são evidências de que Deus nosso Pai, em seu grande amor, está sempre considerando a vida das pessoas e do mundo e aí agindo.

Na Bíblia, encontramos exemplos de muitas pessoas escolhidas pela iniciativa de Deus, através de quem Deus estava agindo e dinamizando a missão: Abraão, Moisés, Isaías, Jeremias, Amós, Maria escolhida para ser a Mãe de Jesus, Pedro e os demais apóstolos, Paulo, Lídia, Áquila e Priscila... E assim foi acontecendo no decorrer da história. Hoje também, em nossa região, Deus continua chamando pessoas para que possam acolher Jesus Cristo, conhecê-lo, amá-lo e segui-lo, dando testemunho desse encontro que é sempre uma graça e nasce pela ação do Espírito Santo. Como você experimenta esse encontro com Jesus Cristo que nasce em nosso meio?

A experiência do encontro com Jesus Cristo, a Palavra que se fez carne e veio morar entre nós (cf. Jo 1,14), é decisiva para nossa vida pessoal e familiar, para a vida da comunidade eclesial e para a missão como pessoas de fé na vida da sociedade. Por isso, “a todos nos toca recomeçar a partir de Cristo, reconhecendo que não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso uma orientação decisiva” (Documento de Aparecida, 12).

O Papa está no Twitter. E os anticlericais também.



Todos os noticiários televisivos reportaram, todos os jornais impressos publicaram: o Papa está no Twitter. O Vaticano mal abrira as contas do Pontífice, em oito idiomas diferentes, e o número de seguidores já havia passado a casa dos milhares; com o primeiro tweet de Bento XVI, então, o sucesso foi muito maior. Na manhã do dia 13, o Santo Padre já havia alcançado a marca incrível de mais de um milhão e meio de seguidores. Os fiéis ficaram felizes com a possibilidade de ver o sucessor de São Pedro teclando na Internet. Muitos já mandaram mensagens de incentivo e de carinho, aproveitando a ocasião para externar seu amor pelo doce Cristo na Terra.
Mas, como era de se esperar, nem todos ficaram felizes com o sucesso do Papa na rede social. Xingamentos e falta de respeito foram gerais: os inimigos da Igreja veem uma oportunidade e aproveitam para fazer arruaça – imaginando, em suas taras anticlericais, que Bento XVI perderia tempo lendo suas mensagens de ódio, típicas de adolescentes rebeldes e desequilibrados.
Quem resolveu – de novo! – atacar gratuitamente Bento XVI, dando um show de intolerância e fanatismo, foi o deputado Jean Wyllys, do PSOL, famoso por militar abertamente pela causa do movimento LGBT. Dois dias após o Papa publicar os as primeiras mensagens na rede social, Jean resolveu “xingar muito no Twitter”.


Acredito que a refutação das críticas infundadas de Jean Wyllys seja tema para outra postagem. É deprimente a ignorância do sujeito que sugere um “apoio da Igreja ao extermínio de judeus por nazistas”. Sabe-se, hoje, graças ao exame crítico e sem preconceitos da história da II Guerra Mundial, que o Papa Pio XII, de saudosa memória, salvou, com sua prudência e coragem, um número incontável de judeus da perseguição de Hitler. E que a carta encíclica Mit Brennender Sorge, redigida com o apoio indispensável do então secretário de Estado do Vaticano, Eugenio Pacelli, foi um dos poucos documentos a levantar voz contra os crimes perpetrados na época pelos nazistas.
Mas, intriga muito ver o alvoroço dos inimigos da Igreja diante do sucesso do Papa nas redes sociais. Afinal, porque um pequeno ancião de cabelos brancos incomoda tanto? Por que as palavras de um senhor fisicamente frágil e já tão avançado em idade são tão provocantes?
A resposta deve ser procurada na história da Igreja. De São João Batista, passando por São Thomas Morus, da Inglaterra, até os dias de hoje, os cristãos incomodam porque, com sua vida, denunciam os degradantes estilos de vida dominantes em seus tempos. Não somos maiores que Cristo, nem o Papa: se perseguiram a Ele, perseguirão também a nós. Os cristãos – os verdadeiros cristãos –, em união com o Papa, alçam sua voz contra o pecado, e atingem o mundo, que ama o mal. Por isso, o incômodo. Bento XVI fala aquilo que as pessoas não querem ouvir, que os governos e autoridades políticas decidem ignorar, que as militâncias sociais – revestidas, em muitas casos, de uma faceta totalitária – preferem calar. Bento XVI – e a geração que com ele decide dar “sim” à vida e a família – ousa ir contra a corrente, e por isso é criticado e, muitas vezes, ferozmente combatido.
A horda de anticlericais de Internet, da qual Jean Wyllys se fez símbolo, é um sintoma de como se alastra pelo mundo uma terrível cultura de podridão e de morte. Impossível não lembrar Chesterton: “Uma coisa morta pode seguir a correnteza, mas somente uma coisa viva pode contrariá-la”.
Durmam com esse barulho.



sábado, 15 de dezembro de 2012

Campanha para a Evangelização realiza coleta neste final de semana



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza no tempo do Advento a Campanha para a Evangelização (CE) que chega ao fim neste domingo, 16 de dezembro. O objetivo da iniciativa é despertar em todos os cristãos a responsabilidade com a missão da Igreja. “É uma forma de mostrar que todos nós somos chamados a colaborar, de forma concreta, para que tenhamos recursos em nossos projetos de evangelização”, explica o assessor nacional da campanha, Pe. Luiz Carlos Dias.

Todas as coletas das missas e celebrações das comunidades de todo o país neste final de semana se destinam para a CE. A distribuição dos recursos é feita da seguinte forma: 45% permanece na própria diocese; 20% é encaminhado para os Regionais da CNBB; e os demais 35% para a CNBB Nacional.

As doações, em caráter individual, também podem ser feitas através do site www.evangelija.com.  A Comissão Episcopal da CE enviou esta semana uma mensagem a todas às comunidades do Brasil destacando a importância da iniciativa. A seguir, a íntegra do texto: 

Participe da Campanha para a Evangelização neste final de semana

A Igreja existe para evangelizar. (...) Anunciar, por palavras e ações, 
Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida (Jo 14,6)

Estimados:

Bispos, padres, consagrados/as, agentes de pastoral, líderes de comunidades e movimentos, comunicadores e os demais fieis leigos, do Brasil e exterior, sempre ajudaram a manter, com suas generosas ofertas, o serviço evangelizador da nossa Igreja. A todos/as nosso reconhecido agradecimento.

Nascida em 1998, a Campanha para a Evangelização está para comemorar 15 anos. Ainda não atingiu o objetivo para o qual foi criada: mobilizar os católicos a assumir a responsabilidade de participar da sustentação de toda a ação evangelizadora da Igreja no Brasil.

Para esse ano de 2012, o material promocional da Campanha traz um slogan que pretende expressar a “urgência da evangelização”, “a evangelização já”: EVANGELI.JÁ.

A Comissão Episcopal da CNBB, responsável pela Campanha, precisa e pede confiantemente sua participação nas Missas e Celebrações nas Comunidades neste final de semana, quando ocorrerá a coleta para a Evangelização. Na impossibilidade de participação, a doação pode ser feita através do site www.evangelija.com

Na esperança de poder contar com sua imprescindível colaboração, pedimos, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que a bênção de Deus faça frutuosos seus trabalhos.
Com toda gratidão, em Cristo,


Murilo Sebastião Ramos Krieger 
Arcebispo de Salvador (BA)
Presidente da Comissão para a Campanha para a Evangelização



Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

E o Verbo se fez carne... Não livro!



Aproxima-se o Natal de Jesus. Natal não é só o aniversário do nascimento d’ Ele, mas é a celebração do Emanuel, do Deus conosco. Jesus, o Verbo de Deus, um dia desceu entre nós, “se fez homem”, assumiu a nossa condição humana em tudo exceto o pecado, deu a sua vida para nos reconciliar com o Pai e entre nós e, cumprida a sua missão, retornou ao Pai.

Mas a sua presença real permaneceu sobre a terra de várias maneiras: na Eucaristia, na sua Palavra, em cada irmão, sobretudo nos pobres, entre nós unidos em seu nome, nos pastores da Igreja. Uma das presenças reais do Verbo, que é Deus, é, portanto a Palavra de Deus. O Papa emérito Bento XVI na Exortação Apostólica pós–Sinodal “Verbum Domini” ao n. 50 afirma: “Na Palavra de Deus proclamada e ouvida e nos Sacramentos, Jesus hoje, aqui e agora, diz a cada um: "Eu sou teu, dou-Me a ti", para que o homem O possa acolher e responder-Lhe dizendo por sua vez: "Eu sou teu". 

Assim a Igreja apresenta-se como o âmbito onde podemos, por graça, experimentar o que diz o Prólogo de João: "A todos os que O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus" (Jo 1, 12).

A partir dessas breves considerações, podemos superar um conceito ainda presente na cabeça e no coração de muitos cristãos: o de absolutizar o livro, a palavra escrita, a letra da Escritura, esquecendo que o Verbo se fez carne, não livro. De fato no presépio nós não colocamos um livro, mas uma criança, a indicar que, quando Deus se manifestou ou se manifesta, ele entra na vida das pessoas e o seu projeto se torna “carne da gente”, vida da gente, transformando-nos em filhos e filhas muito amados porque encarnamos em nós a Palavra que um dia se fez homem e habitou entre nós.

Isso é tão verdade que a própria escritura afirma: “A letra mata. O Espírito é que dá a vida!” (2 Cor 3,6). Podemos assim afirmar que como pelo Espírito o Verbo se fez carne no seio da Virgem Maria, assim, pelo Espírito, a Palavra se torna vida dentro da Igreja na existência de muitos fiéis que, colocando-a em prática, se tornam filhos e filhas de Deus.

Nem todos os seguidores do Papa no Twitter estão ali para ser abençoados



O Papa Bento XVI colocou a sua primeira mensagem no Twitter, em inglês. As palavras são dele, garante o Vaticano – embora talvez tenha sido outra pessoa a escrevê-las no teclado.

“Queridos amigos, estou contente por estar em contato convosco através do Twitter. Obrigado pela vossa resposta generosa. Eu vos abençoo a todos”, dizia o tweet do Papa aos mais de 700 mil seguidores da sua conta oficial @pontifex na rede de microblogging.

Certo, diz o Washington Post, é que esta simples frase é o culminar de um trabalho de semanas que envolveu o chamado “conselho pontifício para a comunicação social” que está a supervisionar a gestão da conta do Papa no Twitter.

Para além da conta, anunciada no inicio do mês, foi ainda lançada a iniciativa “faiunadomandaalppa” (faça uma pergunta ao Papa).

Segundo um estudo publicado pelo Vatican Insider, das cerca de 20 mil mensagens com essa hastagh(palavra que identifica um tema no Twitter) apenas uma minoria de utilizadores aproveitam para deixar “questões sérias”, demonstrando “um desejo de dialogar”.

Segundo o estudo, a maioria das perguntas são “pouco pertinentes, irônicas e por vezes ofensivas”. O Washington Post aponta uma série de questões que demonstrarão um menor desejo de diálogo: “Numa luta entre Jesus e Wolverine quem venceria?” ou “É verdade que todos os cães vão para o céu?”

Bento XVI talvez ignore estas perguntas. Neste dia de estreia o Papa propôs-se responder a três questões de utilizadores do Twitter.

A seguir ao tweet inicial o próprio Bento XVI colocou uma questão: “Como podemos celebrar melhor o Ano da Fé na nossa vida diária?” E respondeu: “Falando com Jesus, através da oração, ouvindo o que ele nos diz no Evangelho, e procurando-o nos necessitados”.

Este lançamento foi um momento marcante para o Papa e também para o Twitter. Nos seis anos desde o seu lançamento, sublinha o Washington Post, a rede social tem conseguido atrair personalidades desde Barack Obama ao Dalai Lama. O Twitter conta hoje com 140 milhões de utilizadores ativos.
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Fonte: http://jornal.publico.pt/titulos/20121213.htm
Autor: Maria João Guimarães.

Exultemos de Alegria



O tempo do Advento avança e o Natal se aproxima. As novenas de Natal estão acontecendo. O tema da Novena da Arquidiocese neste ano é “Natal feliz é Natal com fé”. Nem podia ser diferente no Ano da Fé.

O Advento e o Natal fazem-nos celebrar e viver na liturgia alguns aspectos belos e fundamentais de nossa fé. Sobretudo, o Mistério do Deus Salvador, próximo de nós; do Filho de Deus que se tornou também homem, por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria e nasceu, frágil criança, num determinado momento e lugar de nossa história e de nossa geografia.

Os personagens que estão relacionados com a vinda do Filho de Deus ao mundo e com seu nascimento nos dizem muito sobre nossa fé e sobre como vivê-la também hoje. Maria, José, Zacarias, Isabel, os pastores, os sábios ou “reis magos”, vindos do Oriente; também Herodes, que considerou o Deus Salvador uma ameaça para seu poder, suas ambições e vaidades.

Não somos os primeiros a serem surpreendidos pela inimaginável proximidade e condescendência do nosso Deus; daqueles que nos precederam na fé, aprendemos a acolher constantemente ainda hoje a “visita do nosso Deus”. E também aprendemos a não dar mau acolhimento, nem rejeitar o “Deus-conosco”, por medo que Ele estrague nossa vida. Ele só vem para nosso bem, para ser “uma grande alegria para todo o povo”, conforme anunciou o anjo aos pastores de Belém na noite do nascimento de Jesus.

A Liturgia do 2° Domingo do Advento nos convidou à alegria: “despe a veste do luto e da aflição, Jerusalém, e reveste os adornos da glória vinda de Deus ” (cf. Baruc 5,11). A exortação do profeta a Jerusalém, enlutada pela destruição e pela desolação geral, é também convite forte à humanidade de hoje, marcada por tanta dor, violência e injustiça, a acolher a ação salvadora de Deus e a se deixar conduzir pelos caminhos de seu reino, Alegria e paz podem substituir o desânimo e a desolação, contanto que o homem acolha a ação salvadora de Deus. Não há paz e verdadeira serenidade fora dos caminhos de Deus.

O Salmo 125 (“o Senhor fez conosco maravilhas; exultemos de alegria!”) continua a conclamar à alegria pelas maravilhas operadas por Deus em favor do seu povo. Coisas que pareciam impossíveis (“parecíamos sonhar!”) foram acontecendo porque Deus mostrou a sua misericórdia e veio ao encontro dos homens... Nunca falaremos o suficiente do “admirável Mistério” do Natal (“mirabile mysterium”). O que aos homens parecia impossível, não foi impossível a Deus, só porque “sua misericórdia é eterna e não conhece limites”!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Igreja no Brasil promove campanha para a Evangelização

"Vamos fazer uma campanha do tamanho do Brasil. E precisamos da ajuda do tamanho da sua fé". (Cartaz de divulgação da campanha)


Com o slogan EVANGELI-JÁ, a Campanha para a Evangelização 2012, pretende promover a urgência e a necessidade de anunciar a Boa Nova do Reino de Deus. O objetivo também é despertar os fiéis leigos para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil.

De acordo com o Padre Luiz Carlos Dias, Secretário Executivo das Campanhas da Fraternidade e para a Evangelização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a importância de celebrar a campanha é para que a Igreja desperte para a sua missão maior que é evangelizar.

“Sobretudo nos tempos de hoje, com os desafios da nossa realidade em que se avança um período de mudanças profundas que alteram os valores e que tem deixado muitos atordoados. É um momento de evangelizar, de propor Jesus Cristo, propor a Igreja. Faz-se necessário que todos nós, como Igreja, tomemos consciência da necessidade nossa de evangelizar.”

Segundo o padre, a campanha também deseja despertar nos leigos a consciência de que é necessário ir além da participação das missas dominicais como simples cumprimento de preceito. Também é preciso abraçar a missão concreta da Igreja, assumindo o compromisso de evangelizador junto com a ela e ter uma participação ativa na comunidade eclesial.

Um despertar da solidariedade

Além da coleta de recursos financeiros, a CE pretende ainda mobilizar a solidariedade na Igreja, com foco na evangelização. “A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para canalizar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso país,” diz o manual da Campanha.

O manual também ressalta que “a solidariedade se realiza no apoio coletivo aos trabalhos que mantém viva e renovada a comunidade eclesial, tanto a local como a diocesana e a nacional. Cuida-se para que as comunidades cristãs sejam testemunhos vivos de Jesus e de seu Evangelho, de tal maneira que todos possam dizer: vejam como se amam!”

O valor arrecadado

A coleta nacional da Campanha para a Evangelização acontecerá no 3º domingo do Advento. De acordo com Padre Luiz Carlos, os valores arrecadados serão distribuídos da seguinte forma: 45% do valor ficará nas dioceses, 20% irá para os 17 regionais da CNBB e 35% será destinado para a CNBB nacional.

O valor angariado constituirá o Fundo para a Evangelização que é administrado pela Comissão para Assuntos Financeiros da CNBB e será destinado para apoiar as estruturas da Igreja e sua atividade evangelizadora a nível diocesano, regional e nacional.

A CE e o tempo do Advento


A CE acontece nos dias em que a Igreja Católica no mundo celebra o tempo do Advento. O período é marcado pela expectativa dos cristãos católicos para o nascimento de Jesus Cristo. Para o Pe. Luiz Carlos, o fato do nascimento de Jesus deve levar a todos para a urgência de comunicá-lo a outras pessoas; daí a necessidade de se mobilizar para a campanha.

“Não podemos ficar só com as nossas festas particulares, com o “nosso” Natal, mas esse fato, o nascimento de Jesus, precisa gerar um anúncio, uma boa notícia para as pessoas: Deus está entre nós e nós precisamos acolhê-lo”, lembra o padre.

A Campanha para Evangelização foi criada pela CNBB em 1998 e a edição de 2012 trará por tema a citação do capítulo 1º do Evangelho de São João: “Eu vi e dou testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo 1, 34).
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Fonte: Canção Nova.

Papa estréia no Twitter com agradecimento e bênção.

Após a bênção ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, na Sala Paulo VI, cinco jovens, representando os cinco continentes, se aproximaram do Pontífice com um tablet. Deste tablet, o Papa enviou o seu primeiro tweet, da sua conta pessoal @pontifex.


Em tempos de novas tecnologias, até o papa Bento XVI aderiu ao Twitter. Hoje, dia da nossa senhora de Guadalupe, ele enviou a sua primeira mensagem de no máximo 140 caracteres. O perfil escolhido foi @pontifex, lembrando que a origem da palavra pontífice significa também construtor de pontes.

Assim que o Vaticano anunciou, no último 3 de dezembro, que o papa havia aderido ao Twitter, milhares de pessoas começaram a segui-lo. Espera-se que até o natal os seguidores cheguem a um milhão.


A partir de hoje, os tweets serão sempre enviados em contas em espanhol, inglês, italiano, alemão, polonês, árabe, francês e português. Outros idiomas serão adicionados no futuro. Segundo explicou Greg Burke, assessor de comunicação do Vaticano, os tweets virão do conteúdo da audiência geral semanal do papa, bênçãos dominicais e homilias sobre os principais feriados da Igreja. As mensagens também incluirão a reação aos acontecimentos mundiais importantes, como desastres naturais, por exemplo.

O Vaticano disse que precauções foram tomadas para garantir que a conta do papa não seja invadida por hackers. Apenas um computador no Secretariado de Estado da Santa Sé será utilizado para os tuítes. Bento 16, de 85 anos, enviou pessoalmente seu primeiro tuíte, mas no futuro a maioria das mensagens será escrita por assessores e aprovada pelo papa, que não gosta de escreve em computador, antes do envio em seu nome.
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Fonte: http://www.portugues.rfi.fr/europa/20121212-bento-16-envia-primeiro-tuite-abencoando-todos-seus-seguidores
(exceto fotos e tema).

A única Missa Católica sua validade, liceidade e benefício



O Santo Sacrifício da Missa não é o primeiro dos sacramentos, mas é certamente o maior. É também o mais abundante, desde há séculos o Sacrifício e Sacramento da Última Ceia e do Calvário tem sido reiterado inúmeras vezes por dia em todo o mundo evangelizado. É o maior dos sete sacramentos e, portanto, a mais necessária e mais sagrada das ações dos homens, porque Cristo é o Soberano Sacerdote, agindo mediatamente através do ministério do sacerdote ordenado, e porque Ele é a vítima e a dádiva, agindo imediatamente através de Seu próprio Corpo e Sangue, real, verdadeira e substancialmente presente no altar.

Neste trabalho precioso, ordenado para a constituição do Corpo Místico de Cristo, a Igreja hierárquica coopera com Cristo, em virtude do dom do Espírito Santo conferido sobre os Apóstolos e seus sucessores, em primeiro lugar sobre a cabeça de São Pedro, e, em seguida, sobre os Bispos de Roma depois dele. A Igreja, sendo um com Cristo, oferece o Santo Sacrifício ao Pai para a multidão reunida.

O trabalho é realizado pelo sacerdote, que é o ministro direto para os participantes. O padre é, portanto, o instrumento de Cristo e da Igreja, um instrumento que está subordinado, mas ativo. E os fiéis são os participantes, cujo culto espiritual os dispõe a receber os frutos do Sacrifício.

Para saber se uma dada Missa apresenta todas as características exigidas ou desejáveis da perfeição, deve-se observar que é a ação de Cristo que garante a sua validade, e que a cooperação da Igreja que garante a sua liceidade, e a disposição do sacerdote e os fiéis que assegura seu benefício.


I.                  A AÇÃO DE CRISTO, SOBERANO SACERDOTE, DETERMINA A VALIDADE DA MISSA.

Por Suas palavras aos Apóstolos: “Sempre que vocês fizerem essas coisas, vocês as farão em memória de mim”, como é entendida pela Tradição, Jesus instituiu os dois sacramentos da Ordem e da Eucaristia. Sacerdotes, portanto, obedecem ao mandamento do Senhor e fazem uso da autoridade que Ele lhes conferiu, quando eles fazem o que Ele fez em primeiro lugar, da mesma forma substancial, e com a intenção de séria e realmente fazer exatamente o que Ele fez quando Ele lhes deu este exemplo e comando.

1.                  Em virtude do fato de que o celebrante foi ordenado padre e que ele age como tal, ele, assim, torna-se o instrumento de Jesus Cristo, cujo lugar Ele ocupa. Ao pronunciar estas palavras e reencenando estes gestos, é Cristo que infalivelmente age através dele e por ele.

2.                  Em virtude do fato de que o sacerdote toma o pão e o vinho, uma nova ação é iniciada, distinta de qualquer outra, no passado ou no presente, perto ou distante. Não é uma narração, uma evocação ou um “memorial simples”. É uma reiteração da ação. É um novo ato de Cristo.

3.                  Em virtude do fato de que o sacerdote pronuncia as palavras de Cristo - dizendo sobre este pão “Este é o Meu Corpo” (mesmo que ele não especifique “que é entregue por vós”) e dizer sobre o vinho “Este é meu sangue” ou uma forma equivalente de palavras (mesmo se o que se segue é omitido ou modificado, ou seja, “sangue do Nova e Eterna Aliança, o Mistério da Fé, que é derramado por vós e por muitos para a remissão dos pecados”) – a forma desta ação manifesta a presença física de Cristo, uma presença que é ao mesmo tempo sacrificial e sacramental.

Presença sacrificial. É significativo que o Corpo e o Sangue são separados aqui, como historicamente eles foram uma vez antes, quando Jesus derramou o Seu sangue no Monte Calvário para realizar o grande e único Sacrifício de sua morte. Temos aqui, portanto, tanto o sinal e a realidade do Memorial, a representação incruenta e reiteração de Sua morte redentora, operado pelo próprio Jesus, como sacerdote e vítima.

Presença sacramental. É significativo que este Corpo que é entregue e este Sangue que é derramado, assume a aparência de pão e vinho, a comum comida e bebida universal da humanidade. Este é o sinal e a prova do sacramento invisível, dádiva de Deus aos homens de Sua própria vida em Cristo, para crescimento espiritual destes na Igreja.

Quando o sacerdote, como servo de Cristo, pronuncia essas palavras inequívocas sobre esta matéria nova, ele a consagra através do poder sacerdotal de Cristo. É Cristo, cuja ação é soberano e que traz a Presença, o Sacrifício e o Sacramento, em uma ação contínua.

Aqueles que negam esse dogma, em parte ou totalmente, são estranhos à fé, cegos para as Escrituras e rebeldes para com a Tradição. Eles desprezam o que eles não sabem e,  falham ao discernir Cristo e Sua ação, incorrem eles em maldição divina. Hereges que negam a Missa e abandonam-na por algum outro rito, realizam um mero simulacro, sem  Presença, Sacrifício ou Sacramento. Por outro lado, os sacerdotes que negam ou distorcem o dogma e ainda celebrar a Missa, na verdade, realizam mais do que pode ter a intenção ou o desejo. Isso é porque eles são apenas os subordinados ao Soberano Sacerdote e eles fazem o que o seu Senhor e Mestre pretende e deseja, isto é, o Sacrifício perfeito que Ele instituiu e que Ele mesmo continua a oferecer apesar de seus ministros indisciplinados ou infiéis.

Alguns manifestaram opiniões perigosas sobre este assunto, fazendo concessão demais para o padre, considerando-o como “cooperador” de Cristo.

A intenção do sacerdote, mesmo que os teólogos chamem a intenção interna, envolve o ministro da Eucaristia se colocando à disposição de Cristo para a Sua obra. Ele nunca pode ir além disto, o sacerdote impondo suas próprias idéias e vontade sobre Cristo como se ele (o padre), fosse o jogador dominante! Se ele tem fé ou não, se suas ideias são duvidosas, confusas ou falsas, se sua vontade é reta ou não, se ele está em um estado de graça ou pecado, ele deve ter a intenção, pelo menos, de fazer o que a Igreja faz: essa é a vontade de fazer o que Cristo quer, de seguir a prática da Sociedade querida por Cristo, seja ele qual for, ou mesmo simplesmente para realizar um ato religioso em uso entre os cristãos. É certamente preferível que o sacerdote deva ter mais do que apenas esse mínimo. Mas os fiéis só precisa se certificar sobre este mínimo, a fim de conhecer e acreditar que a missa é válida.

Fora da Igreja, em seitas cismáticas, por exemplo, esta intenção precisaria ser feita com provas e analisada, mas nem tanto na Igreja. Salvo em casos de zombaria deliberada ou pretexto, que seria uma alma muito depravada cujos preconceitos o levaria a rejeitar este mínimo. Nesse caso, ou esta depravação este seria ocultado deliberadamente (e, em seguida, quem poderia detectá-la?), ou então ela se manifestaria por uma declaração inequívoca do sacerdote que ele estava apresentando “uma peça de cinema”!

Sobre esta questão da validade essencial e intrínseca da Missa, a Novus Ordo e a Missa Antiga são absolutamente equivalentes, apesar de todas as declarações em contrário, inclusive a minha, se alguma vez eu expressei tal. Um rito é tão capaz quanto o outro para determinar a ação consecratória sacramental e sacrificial de Cristo. Isso é por causa de sua instituição divina, que ambos os ritos seguem em substância, e por causa da sujeição do sacerdote a Cristo, como implícito em sua intenção de missa ou de “celebrar a Eucaristia”, não importa o quão confusa ou implícita esta intenção possa ser.

Insisto neste ponto porque certas exigências extravagantes têm levado muitos fiéis a desdenhar as chamadas missas modernas, embora sejam perfeitamente válidas, ao negar a presença real efetuada por tais missas, e assim por insultar o caráter sacerdotal do sacerdote celebrante, tudo de que constitui um pecado contra o próprio Cristo, o Soberano Padre em Seu Sacrifício, que eles mesmos imaginam estar defendendo!


II.              A AÇÃO DA IGREJA, COOPERAR COM CRISTO DETERMINA A LICEIDADE.

A Ordenação atribuída aos Seus Apóstolos por Cristo dá a cada sacerdote um poder pessoal sobre o Seu Corpo e Sangue. Mas esse poder é dependente do poder colegial dado à Igreja hierárquica, um poder de cooperar com o seu Senhor. E sua participação mística em cada Sacrifício eucarístico se manifesta através do conjunto de regulamentos litúrgicos que determinam, de acordo com a vontade da Igreja, a confecção, distribuição e aplicação dos frutos do Sacramento. Os ritos e rubricas fixas pela Igreja garantem sua cooperação na obra de Cristo e trazem a realização mística desta obra. Eles (os ritos), portanto, determinam a liceidade da ação.

No entanto, a Igreja é humana e divina, falível e infalível. O pecado é misturado com santidade, mesmo em seu governo pastoral e trabalho legislativo. O que é canonicamente lícito nem sempre pode ser moralmente bom. As leis da Igreja não se impõem, portanto, com o mesmo direito absoluto sobre a adesão interior e na obediência de seus membros. Eu expliquei na minha Carta a Sua Santidade o Papa Paulo VI (CRC Nº. 1-2, edição francesa), de 11 de outubro de 1967, como novidades mostram sua verdadeira natureza com o passar do tempo e como a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, apenas assimila as contribuições mais puras e mais santas de cada época e rejeita o resto. Daí o antigo critério conhecido: tudo na Igreja é revestida do caráter dúplice da antiguidade e consentimento unânime, e é, por isso mesmo, isento de erro e mal, infalível, edificante e santo. Aquilo que vem da antiga tradição é inatacável e legítimo; por outro lado, o que é novo é incerta e permanece aberta à discussão.
A Missa Antiga Romana, como tantos outros ritos - o cartusiano, o lionense, o ambrosiano e os ritos orientais - mas mais do que todos eles por conta de sua antiguidade longa e sua veneração universal, é perfeito e santo, sem qualquer mistura de erro , ambiguidade ou defeito. Em seu bula Quo Primum São Pio V, levantou-se uma vez por todas contra tudo inovador, não importa quão exaltado seu posto, que pode a qualquer momento procurar se opor à liceidade completa e inalterável deste rito. A autoridade de um dia não tem o direito ou missão para declarar ilícitas que a Autoridade que de todos os tempos tem estabelecido e conservado, uma vez que pertence ao tesouro da Tradição e é, portanto, infalivelmente verdadeira e absolutamente boa.

Qualquer proibição deste rito romano constitui um abuso de poder e é nula e sem efeito. Ela justifica a suspeita de cisma por rejeitar a Tradição e uma suspeita de heresia por se afastar de nossos dogmas sagrados. Aquele que celebra a missa chamada de São Pio V permite que Cristo e a Igreja realizem este sacramento através de seu ministério sacerdotal humilde, e nenhum capricho ou mau humor de qualquer Bispo ou Papa pode perturbar a sua harmonia divina ou alterar a sua plenitude.

Por outro lado, a missa de Paulo VI é nova. Como uma criação da Igreja de hoje, portanto, é lícita, mas é de nenhuma maneira certo de que é boa. Promulgada pelo Papa e aceito por todos os Bispos, a sua liceidade é indiscutível. Ninguém pode afirmar que a Nova Missa não foi promulgada pela Autoridade Apostólica. Afirmar que seu autor, o Papa Paulo VI não é a autoridade legítima é um ato evidente de cisma. Em um dos casos de conflito como este, tipicamente um raciocínio luterano iria se opor à autoridade hierárquica e visível um apelo à autoridade invisível de alguma Igreja santa, espiritual de seus sonhos, o que, obviamente, julgaria cada caso como feito! É apropriado reconhecer que é a Igreja que celebra a Eucaristia com Cristo através de cada sacerdote, que segue este novo Ordo Missae, o que lhe vem da Igreja.

Ou é uma questão da Missa de séculos, os ritos de longa data, ou a Missa Nova, é sempre a única missa de Cristo e da Igreja católica, válida e lícita, portanto. Deus não permitiria que as aparências e as leis fossem tão enganosas, nem Ele permitiria que um rito de instituição divina codificada por decreto da hierarquia romana não devesse ser válida, nem lícita. Se fosse esse o caso, os Portões do Inferno teriam prevalecido. Não haveria mais Igreja.

III.           O GESTO DO SACERDOTE E AS DISPOSIÇÕES DOS FIÉIS DETERMINAM O BENEFÍCIO RECEBIDO.

Cada Missa válida e lícita produz abundantes frutos de propiciação, santificação e de comunhão fraterna. Mas os benefícios só são recebidos por aqueles que se fizeram dignos deles, através de seu estado de graça e de seu fervor, e também através do efeito da instrução e edificação da ação litúrgica em si. E se não há ninguém presente digno, então os frutos passam para o tesouro da Comunhão dos Santos.

Pode canonicamente lícita a Missa de Paulo VI ser dita para dar instruções sobre a verdade do Mistério de Fé e dispor os seus participantes para receber os seus frutos? É livre de todos os erros e isentos de toda a malícia? Desde que a Tradição ainda não tenha feito seu trabalho de assimilação e de rejeição, não podemos ter certeza sobre isso. Continua a ser uma questão de opinião humana baseada na confiança habitual colocada pelos fiéis e seus pastores no Papa e da Igreja de Roma - uma relação de confiança que poderia, em circunstâncias excepcionais, estar enganada...

É para aqueles bem versados na liturgia e na teologia para julgar o valor do Novus Ordo. Mas a decisão de adotá-lo, a preferi-lo ao rito antigo, ou, pelo contrário, evitá-lo ou fugir, absolutamente, dependendo se se considera um meio de edificação ou uma cilada, pertence ao juízo da consciência de cada pessoa, devidamente formada e instruída. Permanece uma questão em aberto entre os teólogos. Mas nada pode criar a sua consciência como um magistério marginal a fim de trazer acusações de pecado contra aqueles que adotaram uma linha de conduta diferente da que ele defende. O pecado em qualquer caso, só poderia ser um de intenção, uma questão para o foro íntimo somente.

Quanto a nós, nós consideramos o Missal de Paulo VI ser o trabalho de malícia dos homens. Sua definição da Missa é perversamente herética, as suas invenções são cópias de ritos protestantes, e suas alterações menores são inspiradas por um relativismo doutrinal e uma letargia espiritual infecciosa, que gradualmente envenena e engana aqueles que fazem uso dele. Finalmente, ele deu a luz verde para todo o tipo de degradação dos ritos sagrados, mesmo as piores profanações. Tal, pelo menos, é a nossa opinião, demonstrada, proclamada, e nunca refutada.

Sob essas condições, que bem divino e eclesial há nesta Missa? O bem ainda atinge aqueles que celebram ou participam nesta missa com uma fé católica, uma obediência sincera à Igreja, e uma intenção pura, e que, além disso, preserva-se das ciladas do erro ou tibieza. Por outro lado, estar afeiçoado à Missa Nova através de um gosto por heresia e profanação é um crime. Aqueles que adotaram a intenção herética dos autores deste rito cometem o pecado de heresia durante a Missa em si e, por profaná-la, eles se cobrem de sacrilégio. Seu crime é proporcional à importância de sua participação na ação e no número de fiéis que são assim desviados. Finalmente, aqueles que seguem as ordens de seus superiores de cego e por esse motivo uma obediência desordenada, colocam-se em grave perigo de ser apanhados na armadilha preparada para eles.

A solução, no entanto, não é negar que pela graça de Deus continua a ser comum a todos, ou seja, a presença de Cristo e a autoridade da Igreja manter a validade e liceidade das nossas missas católicas. A solução está principalmente em um apelo ao inovar que o Papa se justifique na fé através da proibição de heresia luterana e modernista e através da excomunhão dos heresiarcas, e que lute contra a apavorante desordem litúrgica, insistindo que a nobre disciplina da Igreja seja respeitada.

Então, a Igreja de todos os tempos irá decidir, e tudo ficará bem.
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Folheto escrito pelo Abbé de Nantes,
CRC Jornal, abril de 1975.