quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Agenda da Paróquia - Dezembro 2011


02-03/12: Expo Bíblica 2011 às 19h na Com. N. S. Vitória – Turú.

03-12/12: Festejo de N. S. Guadalupe na Com. N. S. Guadalupe – Recanto Santos Dumont.

04/12: 2º Domingo do Advento

07/12: Bênção das novas instalações para os frades idosos e doentes que ficarão na fraternidade da Cohab. Missa às 17h na Matriz. Reinauguração da Capela Mortuária.
 - Avaliação e prestação de contas do festejo 2011 às 20h;


08/12: Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora;
            - Horário das missas na Matriz: 6:30; 9:30 (1ª Eucaristia) e 17h;
            - Missa às 9:30 na Com. N. S. Paz (3º conj) - 1ª Eucaristia;
           
11/12: 3º Domingo do Advento
                        
12/12: Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina.

12-16/12: Capítulo Provincial dos Frades Capuchinhos (MA-PA-AP);

18/12: 4º Domingo do Advento;
             - Feijoada do Grupo Evangelizadores de Cristo - Turú;
             - As Comédias da Vida Cristã - Teatro João do Vale (org.: Ebenézer-RCC). 

24/12: - Não haverá missa às 17h na Igreja Matriz;
            - Solenidade da Noite de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo às 20h na Igreja Matriz;
            
25/12: Solenidade do Dia de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Missa na Igreja Matriz nos horários de costume:  6:30; 9:30; 17h e 19h.
            -  Momento Natalino com a Legião de Maria em memória do irmão Manoel da Vera Cruz (2º ano de seu falecimento) na sala 6 do Centro Catequético. Todos convidados!

31/12: - Não haverá missa às 17h na Igreja Matriz;
            - Adoração eucarística com todos os grupos, pastorais e movimentos da paróquia às 18h na Igreja Matriz;
            - Às 19h Missa paroquial em Ação de Graças na Igreja Matriz;
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Se seu grupo, pastoral ou movimento for de nossa paróquia e você quiser divulgar algum evento. Entre em contato conosco:
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Igreja Católica: 34 mil novos membros a cada dia.


Todos os dias, 34 mil pessoas passam a fazer parte da Igreja Católica no mundo. Os dados são de um estudo revelado pelo relatório anual da ‘Situação da missão global’, realizado este ano. De acordo com o estudo, atualmente o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis.


A notícia foi divulgada pela Agência Analisis Digital, depois retomada pela Agência Zenit, que destacaram,  com base nos dados, que no mundo há dois bilhões de pessoas, de um total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho.

Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos. “Apesar do fato de Jesus Cristo ter fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo.

Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os protestantes "clássicos" são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia. As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia.

Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia.
Aqueles que o estudo define "cristãos marginais" (Testemunhas de Jeová, Mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.
“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”.

Em 2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71 milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina).
A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas.
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Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/internacional/8170-igreja-catolica-34-mil-novos-membros-a-cada-dia-

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação de Nossa Senhora - 21 de Novembro



No século VIII celebrava-se já em todo o império bizantino, mas, teve origem na dedicação da Basílica de Santa Maria Nova. O objeto da festa era a apresentação de Maria no templo, de que fala o proto-evangelho de Tiago. No Ocidente começou a ser celebrada em Avinhão, sob Gregório XI e em 1585 entrou definitivamente para o calendário romano por obra de Sisto V.

Consiste no conhecimento de que a Virgem Maria, que se tornou a cheia de graça na sua concepção imaculada e na Anunciação, porque unida à fonte da graça do gênero humano, viveu e se comportou de maneira correspondente a tal graça e foi sempre fiel à sua elevação, esteve sempre disposta a realizá-la, numa dedicação total de si mesma a Deus, desenvolvida e confirmada no curso dos anos. De qualquer forma, devemos reconhecer que mesmo sem semelhantes fatos, podemos e devemos afirmar este caráter da pessoa de Maria, isto é, a dedicação a Deus que se estendeu a toda a sua vida.


Uma passagem do Sermo 25 (7-8) de Santo Agostinho, diz: “Santa é Maria, bem-aventurada é Maria, mas é melhor a Igreja do que Maria. Por quê? Porque Maria é uma parte da Igreja: um membro santo, um membro excelente, um membro que ultrapassa a todos em dignidade; todavia, é sempre um membro com relação ao Corpo todo... também vós sois membros de Cristo, também vós sois Corpo de Cristo”.

Durante a proclamação da Palavra de Deus, o silêncio na presença do Senhor é expressão de respeito, mas é antes de tudo uma premissa necessária para perceber a proximidade de Deus e para poder acolher a Sua Palavra. A dessacralização não leva à salvação do mundo, mas à perda do centro santificador em que habita o Senhor. Deixe fora o que não pertence ao interior: pensamentos, desejos, preocupações, curiosidades, superficialidade. Deixe fora tudo o que não é consagrado. Torne-se puro. Você está entrando no Santuário.

A fé só pode crescer no Templo, porque somente num espaço feito de silêncio, de recolhimento, de refúgio no Seio do Santo, livre da necessidade de colocar-se em atitude de defesa, o coração pode abrir-se e acolher a Palavra de Deus, e assim, por sua vez, tornar-se Templo de Deus.

domingo, 20 de novembro de 2011

Prioridades do Governo Provincial no ano de 2009 a 2011 são concluídas

 
O último Capítulo Provincial Ordinário Eletivo ocorreu de 12 a 16 de dezembro de 2008 no Convento Nossa Senhora Auxiliadora, em Belém do Pará e nele foram traçadas seis prioridades. Estamos chegando ao final do triênio e podemos constatar que ainda faltava um ponto para que se cumprisse o que foi votado pelo capitulo para o triênio que era a reforma de alguns quartos na fraternidade da COHAB para acolher frades idosos e doentes.


Os frades em capítulo votaram: Organizar em Belém e em São Luís uma estrutura de acolhida para frades idosos e doentes, adaptando casas existentes. Para realizar este projeto tivemos de enfrentar problemas financeiros, mas com sacrifícios conseguimos levantar recursos e adaptar uma parte do Convento Nossa Senhora Auxiliadora, em Belém do Pará. Com alegria inauguramos o novo espaço durante a terceira assembleia provincial, no dia 11 de novembro de 2010. Faltava ainda a ser feito a proposta para São Luis. A fraternidade escolhida foi a da COHAB e só agora no final do triênio é que estamos colocando em prática esta prioridade.


Durante a última reunião deste governo provincial, tiramos um dia para visitar as obras que já se encontram bem avançadas. Fomos recebidos pelo guardião Frei Hugo César que nos falou dos trabalhos e marcamos para o dia 25 de novembro a inauguração deste novo ambiente que vai acolher os nossos frades doentes e idosos.


Convidamos todos os frades, principalmente os da ilha, para este momento. Temos como programação: 17h missa na igreja do Perpétuo Socorro, benção das novas instalações e um jantar festivo a todos os frades presentes.
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Disponível em: http://freirodrigodearaujo.blogspot.com/

sábado, 19 de novembro de 2011

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo!


O último domingo do ano litúrgico, o XXXIV  do Tempo Comum, nos traz de volta para a fonte e o ápice da nossa fé. Nós celebramos, na verdade, hoje, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Toda a liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia, que são os dois momentos essenciais da Missa, fazem-nos espiritualmente desfrutar deste grande tema de relevância teológica e moral para todo crente.

E é o apóstolo Paulo a compreender os aspectos essenciais do tema no texto da Primeira Epístola aos Coríntios (1Cor 15,20-26.28), que podemos ler e meditar hoje: "Irmãos, Cristo ressuscitou dentre os mortos, as primícias dos que morreram, porque, se por meio de um homem a morte veio até nós, também por meio de um homem veio a ressurreição dos mortos, e, como todos morrem em Adão, assim todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois na sua vinda aqueles que são de Cristo. Então virá o fim, quando Ele entregar o reino a Deus Pai, depois de reduzir a nada toda autoridade e todo poder. Pois Ele deve reinar até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. E quando tudo tiver sido sujeito, Ele, o Filho, estará sujeito Àquele a que sujeitou todas as coisas, que Deus seja tudo em todos".

A recapitulação de todas as coisas em Cristo é a chave para o mistério da criação e da redenção do homem e da humanidade. Cristo é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim de tudo. Ele, que revelou o Pai e o Espírito Santo, é o mediador da única e eterna aliança entre Deus e a humanidade; é Ele o Redentor e Salvador, o Messias que veio e que devemos esperar novamente pela segunda e definitiva vinda à Terra para julgar os vivos e os mortos para a instauração do Reino definitivo e de sua realeza para sempre. O seu reinado no mundo já está se desenvolvendo na expectativa da realização plena. É a inicial fase da instauração do seu Reino, que, em sua plenitude, há de se manifestar no final da história. Um reino que é construído a cada dia através do trabalho daqueles que acreditam em Cristo e nos valores proclamados por Ele.

Lembra-nos, em poucas palavras, o Prefácio da Solenidade de hoje: “Fostes vós, ó Deus, que com óleo de alegria consagrastes Sacerdote eterno e Rei do Universo o vosso único Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor. Ele se sacrificou como vítima imaculada de paz sobre o altar da Cruz, atuou o mistério da redenção humana, sujeitando ao seu poder todas as criaturas, ofereceu a sua majestade infinita, o reino eterno e universal: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, amor e paz".

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Sabedoria de Salomão


“O Senhor apareceu a Salomão durante a noite e lhe disse: “Pede-me o que queres que eu te dê!” (1Re 3,5). Que bela oportunidade o jovem rei tinha diante de si! Poderia pedir uma vida longa, muita riqueza ou mesmo a morte de seus inimigos. Deixou, contudo, tudo isso de lado, fez uma bela oração e pediu: “Dá a teu servo um coração que saiba perceber a verdade, para julgar o teu povo e discernir entre o bem e o mal. Pois quem poderia governar este teu povo tão numeroso?” (v. 9). O pedido de Salomão agradou tanto a Deus que não só foi atendido, mas até elogiado. Tendo desejado inteligência para praticar a justiça, recebeu mais: “um coração tão sábio e inteligente, como nunca houve outro igual” antes ou depois dele (cf. v. 12). A riqueza e a glória lhe  foram dadas por acréscimo; e a promessa de uma vida longa ficou condicionada a levar uma vida reta.

Pouco tempo depois, Salomão viu-se diante de um delicado problema: duas prostitutas apresentaram-se diante dele. Uma delas lhe disse: “Com licença, Majestade! Eu e esta mulher estamos morando na mesma casa; eu tive um filho enquanto ela estava em casa. Três dias depois de eu ter dado à luz, também esta mulher teve um filho. Estávamos só nós duas. Não havia nenhum estranho conosco na casa, além de nós duas. Ora, morreu o filho desta mulher durante a noite, pois ela se tinha deitado sobre ele. Aí ela se levantou de noite, enquanto esta tua criada estava dormindo, tirou o meu filho de junto de mim e o colocou no seio dela, e o filho dela que estava morto o pôs no meu seio. De manhã, quando me levantei para amamentar o meu filho, vi com surpresa que estava morto; mas quando o examinei mais de perto, reparei que não era o filho que eu tinha dado à luz.” A outra mulher contestou: “Não é verdade! É meu filho que está vivo, e o teu é que está morto!” Mas a primeira replicou: “Mentira! Teu filho está morto e é o meu que está vivo!” Desta maneira elas discutiam diante do rei.” (1Re 3,17-22)


Cabia ao rei Salomão pronunciar uma sentença, que não teria apelações. Os elementos que tinha para seu julgamento não o ajudavam muito: contava apenas com as afirmações das duas mães – e afirmações contrárias. Somente uma delas estava dizendo a verdade, mas qual? Era grande o perigo de enganar-se e cometer uma injustiça. Numa intuição marcada pela sabedoria, disse: “Trazei-me uma espada!” (v. 24). E completou: “Cortai em dois pedaços a criança viva e dai uma metade a uma e a outra metade à outra” (v. 25). Nessa hora, a reação de cada uma das mulheres foi esclarecedora. A mãe do filho vivo, movida pelo amor materno, falou ao rei: “Por favor, meu senhor, dai a ela a criança viva, e não a mateis”. A outra, porém, fez uma observação marcada pela frieza: “Não seja nem para mim nem para ela: cortai-a em dois pedaços” (v. 26). Para o rei, não havia mais dúvidas sobre a decisão a ser tomada. Apontando em direção da primeira mulher, disse: “Dai o menino vivo a essa mulher; não o mateis, pois é ela a sua mãe” (v. 27). O povo foi tomado, então, de grande admiração pela decisão de Salomão e passou a respeitá-lo, pois viu que era um rei sábio.

Esta belíssima página da Bíblia tem importante ensinamento para os que, na sociedade, ocupam cargos ou funções que os colocam em situações semelhantes à vivida por Salomão. São políticos ou empresários, diretores de escolas ou juizes, industriais ou líderes, pais ou mães de família que precisam tomar decisões e, não poucas vezes, sentem-se divididos interiormente. Sabem que, se tomarem uma decisão errada, poderão causar sofrimento a muitos. No entanto, são poucos os elementos que têm à disposição para um julgamento imparcial. É nessa hora que precisam pedir a Deus o dom da sabedoria – um dom, por sinal, que deveria ser pedido sempre, diariamente, já que qualquer decisão precisa ser sábia e, portanto, justa. Poderão fazer sua a oração de Salomão (1º Livro dos Reis 3,6-9); poderão, também, repetir a oração que se encontra no Livro da Sabedoria, capítulo nove. Ambas agradam muito o Senhor, porque o mesmo Espírito Santo que as inspirou é que estará rezando estas preces em seus corações.


Dom Murilo S.R. Krieger, scj

Arcebispo de São Salvador da Bahia - BA

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Celebração de 1 ano de falecimento do Padre Bernardo Muniz Rabelo Amaral


Estimados irmãos e irmãs, paz e bênçãos!

Infelizmente, há um ano atrás vivemos a dolorida experiência do assassinato do pe. Bernardo Muniz Rabelo Amaral, jovem padre da nossa arquidiocese de São Luís. Tinha apenas dois meses e meio de ordenação. Na ocasião, o padre foi assaltado, em seguida, recebendo cinco tiros. Depois de algum tempo, foi socorrido, ainda chegando vivo a São Luís.  Não resistindo à intervenção cirúrgica, faleceu no hospital São Domingos no dia 20/11/10 por volta das 21h. 


Tinha trinta anos e foi enterrado em Morros - MA, sua terra natal. Sigamos resolutos na promoção e defesa da vida e arautos da paz de Jesus. Que o sangue derramado do padre Bernardo faça fazer frutificar muitas e boas vocações sacerdotais para a nossa igreja. No dia 20/11/11 a programação na cidade de Morros será: 7h: caminhada saindo da casa dos seus familiares, missa na igreja matriz e visita ao cemitério. Com coragem e fé sigamos unidos na luta pelo bem viver pela justiça e pela paz.
Pe. Antonio José Ramos Costa
Promotor vocacional e reitor.

sábado, 12 de novembro de 2011

Os Talentos a nós confiados


Mais um ano litúrgico está terminando e celebramos neste final de semana o penúltimo domingo – o XXXIII - do Tempo Comum. Os textos da Palavra de Deus desta época nos levam ao tema das últimas coisas e nos fazem pensar sobre a parusia. E o apóstolo São Paulo nos traz de volta à realidade da nossa vida e de nossa existência aguardando a vinda do Senhor. No trecho da segunda leitura, tirada da primeira Carta aos Tessalonicenses (1Ts 5,1-6), fala-nos exatamente do dia do Senhor.

Há no texto um convite claro para a vigilância na espera desse encontro com o Senhor. Existem muitos que discursam sobre o final dos tempos marcando falaciosamente datas. Porém, para nós, o convite nos é dirigido para estarmos preparados cada dia. No início do mês celebramos a comemoração dos fiéis defuntos e rezamos nessa intenção. No domingo passado recordarmos com alegria os nossos irmãos que se encontram na visão beatífica, os santos, e nos alegramos com seus exemplos e intercessão. Porém, é fato também que existe uma cultura que tem causado violências e mortes em nossa sociedade e que nos questiona sobre o sentido que damos às nossas vidas. Essas celebrações e ocorrências nos ajudam a olhar com mais profundidade os nossos caminhos. Nestas terras da Jornada Mundial da Juventude, chamam a nossa atenção  algumas mortes precoces de jovens por causa da violência em nosso país, como por exemplo: pela violência oriunda da contravenção, as que ocorrem pelos acidentes de trânsito, as causadas pelos motoristas bêbados, e tantas outras em circunstâncias e detalhes que enchem as páginas de alguns jornais. Com a campanha “contra o extermínio de jovens”, somos chamados a pensar sobre nosso compromisso com a vida e com uma sociedade mais justa. É doloroso ver os nossos jovens enveredados por tantos caminhos que só levam à infelicidade e morte. Porém, diante de tantas ocorrências somos chamados a refletir sobre o último ato da nossa vida. Nossa vida de fé deve ser uma vida ativa e dinâmica, no sentido de que não podemos adormecer sobre a nossa condição, às vezes sem expressão clara da verdadeira fé.


O Evangelho deste domingo (cf. Mt 25,14-30) nos ajuda a examinar nossos caminhos porque fala dos frutos dos talentos recebidos. Deus nos deu uma importante missão, que devemos levar adiante e que identificamos como talentos. Temos o dever de trabalhar para a conquista do Reino de Deus e a sua propagação entre nós. Isso nos foi confiado pelo Senhor. A parábola dos talentos ajuda-nos a assumir um comportamento mais responsável sobre a fé, para vivê-la e repassá-la não somente pela palavra, mas, sobretudo, pelo exemplo de vida. Isso deve ser claro, especialmente para aqueles que vivem sobre o legado do passado, sobre os bens já feitos e executados imaginando que nada mais é necessário hoje. Devemos, porém, estar sempre vigilantes e ativos.

Deus vê o coração, a generosidade, o empenho, a dedicação, a vigilância, o compromisso de cada um de nós. Nessa perspectiva, é muito eficaz o que lemos na primeira leitura deste domingo (cf. Pr 31,10-13.19-20.30-31): o texto é retirado do livro de Provérbios, um dos livros sapienciais do Antigo Testamento, cheio de razões espirituais e morais. É claro que o padrão das mulheres fortes e trabalhadoras, honestas e generosas, que cuidam de sua beleza interior é um exemplo de vida para todos que se preocupam com o destino de sua felicidade terrena e eterna.

A leitura do Evangelho deste domingo mais uma vez insiste na vigilância ativa e sobre a responsabilidade corajosa que devem distinguir quem acolheu a mensagem da salvação. A parábola não deixa de ter um aspecto polêmico: Mateus, obviamente, estava pensando numa comunidade não muito comprometida, que adormece sobre os louros. O servo que se contentou em esconder o seu talento, servilmente fazendo o que ele pensa ser a tarefa do mestre, é chamado de "mau e preguiçoso".

A parábola vai bem além dos padrões morais que encontramos na primeira leitura. Não se trata apenas de valorizar os dons recebidos: o capital que o Senhor nos confiou é, antes de tudo, a Sua Palavra, que abre horizontes infinitos para as nossas vidas. É também a missão de evangelização, que se refere ao futuro da Igreja e do reino.

O homem da parábola representa o próprio Cristo, os servos são os discípulos e os talentos são os dons que Jesus lhes confia. Por isso, tais dons, além das qualidades naturais, representam as riquezas que o Senhor Jesus nos deixou em herança, para que as multipliquemos. E, em consequência, toda a transformação da sociedade na civilização do amor. Em síntese: o Reino de Deus, que é Ele mesmo, presente e vivo no meio de nós.

A parábola insiste na atitude interior com que acolher e valorizar este dom. A atitude errada é a do receio: o servo que tem medo do seu Senhor e teme o seu retorno, esconde a moeda debaixo da terra e ela não produz qualquer fruto. Isto acontece, por exemplo, com quem, tendo recebido o Batismo, a Comunhão e a Crisma, depois enterra tais dons debaixo de uma camada de preconceitos, sob uma falsa imagem de Deus, que paralisa a fé e as obras a ponto de atraiçoar as expectativas do Senhor.

A realidade salta aos nossos olhos: Sim, o que Cristo nos concedeu multiplica-se quando é doado! Cristo nos oferece, generosamente, um tesouro feito para ser despendido, investido, compartilhado com todos. A mensagem central da liturgia deste domingo diz respeito ao espírito de responsabilidade com que devemos acolher o Reino de Deus – responsabilidade em relação a Deus e à humanidade. Encarna perfeitamente esta atitude do coração a Virgem Maria que, recebendo o mais precioso dos dons, o próprio Jesus, ofereceu-O ao mundo com imenso amor. A Maria Santíssima peçamos que nos ajude a ser "servos bons e fiéis" para que possamos um dia, com júbilo, entrar e participar "na alegria do nosso Senhor, o Cristo Redentor".

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ