sábado, 15 de abril de 2017

A solidão do caminho da santidade


Deus tocou o seu coração e você decidiu se entregar totalmente a Ele. Mudou suas escolhas, começou a fazer sacrifícios e rezar o terço. Não perde uma missa aos domingos e seu coração se enche de alegria de poder colocar seus dons a serviço de Deus e dos irmãos. Mas você olhou pro lado e não tinha mais ninguém.

Não estou falando da vida em comunidade dentro da Igreja. Estou falando dos seus amigos de infância, dos colegas de trabalho, do pessoal da faculdade, do cursinho, da sua família. Estou falando do mundo à sua volta.

Você olha pros lados e parece que ninguém mais procura a santidade, só você. Ninguém quer saber de rezar junto, ouvir a pregação que te emocionou, de compartilhar as dificuldades na oração, de ir com você na missa, nos retiros, nos eventos, no show daquele artista católico. Eles simplesmente não querem saber. Você fala de Deus e elas mudam de assunto, isso quando não criticam o que eles chamam de seu “novo estilo de vida”. Dizem que a santidade é impossível e que a castidade é algo impensável. Você quer viver na retidão e é taxado de chato, puritano e moralista.

Se você se identificou com tudo isso, preciso te dizer: você não está sozinho. É sério. Neste momento, há muitas pessoas, principalmente jovens, que passam pela mesma situação.

Às vezes dá vontade de desistir, eu sei. Cansa defender aquilo que tanto se ama e ser sempre incompreendido. O caminho se tornou um fardo e não tem absolutamente ninguém próximo, querido, que possa te encorajar. Gostaria de dar uma solução prática mas… não tenho.

Passo pela mesma situação e, ao refletir sobre isso, percebo que sim, apesar da cruz da solidão, vale a pena. Hoje pode parecer difícil, mas quem disse que seria fácil? Persevere! Quando a tristeza se abater, lembre-se da alegria de ter correspondido ao chamado de Cristo. O seu lugar é céu!

Talvez você não mude o mundo ao seu redor, mas poderá mudar a vida de alguém e ganhar mais uma alma pra Deus, ser instrumento nas mãos do Senhor. A nossa felicidade não está aqui. Tudo isto é passageiro. Dói… mas vale a pena! O importante é não parar.

Jesus também sofreu a dor da solidão antes de ser entregue para ser crucificado. Quando o fardo pesar, medite o que o próprio Cristo nos falou:

“Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.” Mt 11, 28-30.

Estaremos unidos em oração!


Talita Pereira Villalba
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Via Lumina

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