segunda-feira, 18 de junho de 2018

Que esperança o encontro entre Kim e Trump traz aos cristãos da Coreia do Norte?


O encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un nessa terça-feira (12/06) em Singapura foi um dos grandes acontecimentos políticos dos últimos anos. A desnuclearização foi o tópico principal do encontro, mas os mandatários dos Estados Unidos e da Coreia do Norte trataram também de outros assuntos que também têm a sua importância – entre os quais a condição da liberdade religiosa no país asiático.

Durante a coletiva de imprensa após o encontro, Trump foi questionado sobre o histórico de violação dos direitos humanos no país. O presidente respondeu que “isso foi discutido” e que “será mais discutido no futuro”. Sem dar detalhes específicos, insistiu que Kim “quer fazer a coisa certa”. Ao ser indagado especificamente sobre a situação dos cristãos no país, sabidamente perseguidos, Trump declarou: “Cristãos? Sim. Nós tratamos do assunto, muito fortemente”.

Depois mencionou o trabalho do pastor Franklin Graham – filho do recém-falecido Billy Graham – com quem tem o costume de orar e se aconselhar na Casa Branca. “Sabe, Franklin Graham passou e passa muito tempo na Coreia do Norte. Ele tem essa questão muito a peito. O assunto surgiu e as coisas vão acontecer, ok? Obrigado. Excelente questão”.

Diversas entidades fizeram campanhas de oração pelo encontro entre Kim e Trump. A missão Portas Abertas, que tem seu foco na situação dos cristãos perseguidos, iniciou uma campanha online, pedindo que os cristãos de todo o mundo orem para que Kim Jung-Um liberte os mais de 50 mil cristãos mantidos em centros de detenção e campos de prisioneiros em todo o país e permita a abertura de novas igrejas, onde os cidadãos norte-coreanos possam exercer a sua liberdade de culto.

domingo, 17 de junho de 2018

Argentina: Bispos publicam nota decepcionante sobre a vitória do aborto


A Conferência Episcopal da Argentina emitiu uma nota comentando a vitória do aborto na votação desta quinta-feira (14/06) na Câmara dos Deputados daquele país. Seria melhor se não tivessem publicado nada.

Honestamente, acho que nem a nossa CNBB, com todos os seus inúmeros defeitos, produziria um texto tão tíbio, sobre um tema tão grave, num momento tão delicado. Os bispos fazem parecer que o mal provocado por um aborto é relativo e depende do que cada um pensa.

Leiam e tirem as próprias conclusões:


COMUNICADO DA COMISSÃO EXECUTIVA E DA 
COMISSÃO EPISCOPAL DE PESSOAS E FAMÍLIAS LEIGAS (CELAF)

Toda a vida vale a pena

A Câmara dos Deputados da Nação aprovou o projeto de descriminalização do aborto. Como argentinos, essa decisão nos machuca.

Mas a dor do esquecimento e a exclusão dos inocentes devem ser transformados em força e esperança, para continuar lutando pela dignidade de toda a vida humana.

Continuamos a apoiar a necessidade de que, no debate legislativo que continua, possa haver diálogo. A situação das mulheres diante da gravidez inesperada, a exposição à pobreza, a marginalização social e a violência de gênero permanecem sem respostas. Acabou de adicionar outro trauma, o aborto. Ainda estamos atrasados.

Temos a oportunidade de buscar soluções novas e criativas para que nenhuma mulher tenha que fazer um aborto. A Câmara dos Senadores pode ser o lugar onde se desenvolvem projetos alternativos que podem responder a situações conflitantes, reconhecendo o valor de toda a vida e o valor da consciência.

Um diálogo calmo e reflexivo é necessário para responder a essas situações. Viver o debate como uma batalha ideológica nos afasta da vida de pessoas concretas. Se apenas procurarmos impor a nossa própria ideia ou interesse e silenciar outras vozes, continuamos a reproduzir a violência no tecido da nossa sociedade.

Festas Juninas e a Teologia da Festa


Ser cristão não significa ser triste nem ser estranho ao lazer, à festa, à hilaridade. Um velho adágio lembra que “um santo triste é um triste santo”. A beleza, a estética, a arte são manifestações do Absoluto. Nelas o mistério escondido se faz tocável. Vamos hoje refletir sobre a teologia da festa.

1. A festa e a comunidade. Uma das melhores maneiras de se reunir a comunidade é a festa. Ela tem a função de fomentar a comunhão, possibilitar a partilha, unir a comunidade. A festa facilita o encontro, o estar juntos, o diálogo e a reciprocidade.

2. A festa e a criatividade. Por ocasião da festa, a criatividade humana tem uma ocasião propícia para se exercitar. As pessoas desenvolvem seus dons, oferecem suas qualidades, despertam suas potencialidades. A festa ativa a fantasia e nos torna criativos.

3. A festa e a cultura. Nos festejos populares, encontramos as grandes expressões culturais dos povos. Por meio das festas, a cultura se perpetua no tempo, nascem novos incentivos culturais, e o povo se expressa mais espontaneamente.

4. A festa e os novos relacionamentos. A festa propicia comunicação, relacionamentos novos, início de grandes amizades. Festejar é, antes de tudo, encontrar- -se. A festa aproxima as pessoas, congrega as famílias, movimenta as cidades.

5. A festa e a reconciliação. Quantos inimigos voltam a se abraçar e quantos adversários dão-se as mãos por ocasião de uma festa. As mágoas são desfeitas, e a paz volta aos corações, pois a festa tem “um poder nidificador”, um poder de reconciliação.

sábado, 16 de junho de 2018

Papa compara aborto ao nazismo e diz que família segundo Deus é homem e mulher


O papa Francisco comparou, neste sábado (16), o aborto praticado em caso de má-formação do feto com uma eugenia "de colarinho branco" como a praticada pelos nazistas, denunciando que "para ter uma vida tranquila, elimina-se inocentes".

"Ouvi dizer que está na moda, ou pelo menos é habitual, realizar exames durante os primeiros meses de gravidez para ver se a criança está bem ou nascerá com algo [algum problema] e que a primeira opção é se livrar [dela neste caso]", declarou o papa no Vaticano a representantes de associações familiares.

"No século passado, todo mundo se escandalizou com o que os nazistas faziam para preservar a pureza da raça. Hoje, fazemos o mesmo com colarinho branco", declarou o pontífice argentino.

O papa também se indagou: "Por que não vemos anões nas ruas? Porque o protocolo de diversos médicos diz: 'nascerá com uma anomalia, livre-se dele'".

"Ouvir o grito dos pobres", pede Papa em mensagem para o II Dia Mundial dos Pobres


MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO 
PARA O II DIA MUNDIAL DOS POBRES

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(18 DE NOVEMBRO DE 2018)

Este pobre grita e o Senhor o escuta

1. «Este pobre grita e o Senhor o escuta» (Sl 34,7). As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de “pobres”. Quem escreve aquelas palavras não é estranho a esta condição; bem pelo contrário. Faz experiência direta da pobreza e, apesar disso, transforma-a num cântico de louvor e de agradecimento ao Senhor. Também a nós hoje, imersos em tantas formas de pobreza, este salmo permite que compreendamos quem são os verdadeiros pobres para os quais somos chamados a dirigir o olhar, para escutar o seu grito e conhecer as suas necessidades.

É-nos dito, antes de mais, que o Senhor escuta os pobres que clamam por Ele e que é bom para com os que n’Ele procuram refúgio, com o coração despedaçado pela tristeza, pela solidão e pela exclusão. Escuta os que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de levantar o olhar para as alturas, para receber luz e conforto. Escuta os que são perseguidos em nome de uma falsa justiça, oprimidos por políticas indignas deste nome e atemorizados pela violência; mesmo assim sabem que têm em Deus o seu Salvador. O que emerge desta oração é, antes de mais, o sentimento de abandono e de confiança num Pai que escuta e acolhe. Em sintonia com estas palavras podemos compreender mais a fundo o que Jesus proclamou com a bem-aventurança: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus» (Mt 5,3).

Em virtude desta experiência única e, sob muitos aspetos, imerecida e impossível de se exprimir plenamente, sente-se, no entanto, o desejo de a comunicar a outros, antes de mais aos que, como o salmista, são pobres, rejeitados e marginalizados. Com efeito, ninguém pode sentir-se excluído pelo amor do Pai, especialmente num mundo que frequentemente eleva a riqueza ao primeiro objetivo e que faz com que as pessoas se fechem em si mesmas.

2. O salmo caracteriza com três verbos a atitude do pobre e a sua relação com Deus. Antes de mais, “gritar”. A condição de pobreza não se esgota numa palavra, mas torna-se um grito que atravessa os céus e chega até Deus. Que exprime o grito dos pobres, que não seja o seu sofrimento e a sua solidão, a sua desilusão e esperança? Podemos perguntar-nos: como é que este grito, que sobe até à presença de Deus, não consegue chegar aos nossos ouvidos e nos deixa indiferentes e impassíveis? Num Dia como este, somos chamados a fazer um sério exame de consciência, de modo a compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres.

É do silêncio da escuta que precisamos para reconhecer a voz deles. Se falarmos demasiado, não conseguiremos escutá-los. Muitas vezes, tenho receio que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, estejam mais orientadas para nos satisfazer a nós mesmos do que para acolher realmente o grito do pobre. Nesse caso, no momento em que os pobres fazem ouvir o seu grito, a reação não é coerente, não é capaz de entrar em sintonia com a condição deles. Está-se tão presos na armadilha de uma cultura que obriga a olhar-se ao espelho e a acudir de sobremaneira a si mesmos, que se considera que um gesto de altruísmo pode ser suficiente para deixar satisfeitos, sem se deixar comprometer diretamente.

França: Inundações atingem gruta das aparições de Nossa Senhora em Lourdes


O aumento do nível do rio Gave por causa das chuvas afetou o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes (França), inundando a gruta onde a Virgem apareceu em 1858 e obrigando às autoridades a tomar medidas para evitar danos neste destino de milhões de peregrinos.

Em um comunicado divulgado em seu site, o santuário informou que o rio Gave, em cuja margem se encontra a gruta, transbordou por volta das 3h de 13 de junho.

“A inundação está atualmente circunscrita a área da cova (jardim de fontes e piscinas), assim como na margem direita nas capelas da luz”, indicou. O santuário assinalou que “a situação está estável neste momento” e que foram tomadas medidas de segurança para proteger a sacristia e a igreja de Santa Bernardette.

Primeiro-ministro afirma que hospitais católicos da Irlanda serão obrigados a praticar o aborto



O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, assegurou que os hospitais católicos do país deverão realizar abortos depois que a nova legislação entrar em vigor.

Segundo informou BBC de Londres, no dia 12 de junho, o chefe do governo irlandês disse à Câmara Baixa do Parlamento que médicos, enfermeiras ou parteiras poderiam optar por não realizar procedimentos por motivos de consciência, mas que esta opção não será permitida aos hospitais financiados com fundos públicos, entre os quais estão centros católicos.

“Não será possível que os hospitais financiados com fundos públicos, indiferente do seu chefe ou proprietário, possam optar por não prestar estes serviços necessários que serão legais neste Estado quando esta legislação for aprovada pelo Dail (Câmara Baixa) e pelo Seanad (Senado)”, disse o primeiro-ministro e acrescentou que está “feliz” por oferecer “essa segurança”.

As declarações ocorreram ante as perguntas de vários parlamentares sobre a nova regulamentação do aborto no país, após o referendo do dia 25 de maio que revogou a Oitava Emenda da Constituição que protegia o direito à vida da mãe e do nascituro.

Acatou ao clamor popular pelo direito à legalização do aborto. Primeiro-ministro irlandês, Léo Varadkar.

Conforme informaram, o governo está elaborando uma legislação que permitirá o aborto até 12 semanas de gestação e, em alguns casos, até 24 semanas.

Os dois maiores hospitais da capital, Dublin, pertencem a ordens religiosas. O Grupo São Vicente da Saúde, que inclui o Hospital da Universidade de São Vicente, pertence às Irmãs da Caridade, enquanto o Hospital Mater é das Irmãs de Maria.

“Assim como na legislação para a Lei de proteção da vida durante a gestação de 2013, serão necessários hospitais como, por exemplo, Holles Street – que é um hospital voluntário católico –, Mater, São Vincente e os outros, e espera-se que realizem qualquer procedimento que seja legal neste Estado e será o modelo que seguiremos”, continuou Varadkar.

Em uma coluna de opinião publicada em 14 de junho, o doutor em teologia moral e editor consultor de ‘The Catholic Herald’, Pe. Alexander Lucie-Smith, afirmou que estes centros já não poderão continuar sendo católicos se o governo os obrigar a praticar abortos e os impede de poder escolher os seus funcionários com base de que são objetores de consciência ou não.

“Se um hospital de propriedade católica (embora financiado pelo Estado) for obrigado a proporcionar abortos, significa que a Igreja enfrenta uma decisão difícil. Talvez possa lutar contra a medida e revogá-la nos tribunais. Mas, se isso fracassar, então há apenas uma coisa a fazer, fechar seus hospitais”, afirmou o sacerdote.

Assegurou que “é simplesmente impossível que um hospital católico proporcione abortos” e, se isso acontecer, “deixa de ser católico, ipso facto”.

Cardeal argentino desmente ser autor de mensagem pró-vida difundida em redes sociais


O Arcebispo de Buenos Aires (Argentina), Cardeal Mario Aurelio Poli, desmentiu ser o autor de uma mensagem sobre a legalização do aborto que circula por WhatsApp.

A mensagem falsa assinala: “A todos os meus queridos paroquianos, peço que não desistam, porque no Senado vencerão as pessoas que são contra a legalização do aborto. Eu lhes asseguro”.

E acrescenta: “A Igreja e a Vida vencerão. Agradeço a todos vocês por se unirem à luta em favor da vida, porque isso os torna mais dignos, mais cristãos; assim, os converte em almas mais puras aos olhos do Senhor. Bênçãos! Cardeal: Mario Aurelio Poli”.

A mensagem foi divulgada em 14 de junho, depois que a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei do aborto.

O Cardeal Poli esclareceu em um comunicado que o texto “não me pertence”. “Esta não é a minha maneira de comunicação e nem um conteúdo escrito por mim”, afirmou o Arcebispo de Buenos Aires.

“Meus pensamentos e sentimentos neste momento foram manifestados apenas na recente declaração conjunta da Comissão Executiva da Conferência Episcopal e da Comissão da Família da CEA”, concluiu.